Férias com 4 patas
Autor: Rachel Barbosa ~ 29 de novembro de 2009. Categorias: animais.
As férias estão se aproximando e as famílias começam a programar as viagens. Na hora de decidir o que fazer com o pet, quase todo mundo opta por deixá-lo em um hotelzinho para animais.
A idéia é boa, mas levar o mascote com a família também é uma excelente alternativa.
A primeira vez que viajei com um acompanhante de quatro patas foi por falta de outra alternativa. Quando morava com a minha avó, Annita, minha gata, ficava com ela. Nas primeiras férias depois que minha avó foi morar com minha mãe, levei Annita comigo. Ela não está acostumada a andar na rua, por isso ficou na pousada durante todo o período e adorou, porque não ouviu fogos estourando na noite de 31 de dezembro.
Nas férias seguintes, além da Annita, havia o Galileu, meu poodle. Esse não quis saber de pousada. Ficou o tempo todo com a gente, fez todos os passeios e ainda assistiu a queima de fogos na virada do ano.
No outro ano a família havia crescido de novo e lá fomos nós com Annita, Galileu e Bruno. Decidimos alugar uma casa porque achamos que nenhuma pousada aceitaria tantos animais. As moças da pousada em que nos hospedamos no ano anterior ficaram chateadas porque não fomos para lá com a bicharada! Galileu e Bruno passearam de barco, visitaram um museu e uma galeria de arte, foram à praia, e no Reveillon, Bruno ficou morrendo de medo do grupo hare krishna que passou dançando e cantando pela cidade rsrs
Nas férias seguintes Galileu e Bruno ainda fizeram amigas. Na pousada que ficamos hospedados havia um casal com duas schnauzers. Toda manhã, após o café, os quatro corriam soltos, brincando no gramado do hotel. Eles amaram!
Esse ano vamos inovar. Passaremos férias no Rio Grande do Sul. Pensamos em ir de carro, mas optamos pelo avião para ganhar tempo. Bruno vai visitar a família canina e os padrinhos. Ele veio do canil de um casal de amigos em Porto Alegre. Esses amigos vão nos hospedar. Também passaremos 4 dias na Serra Gaúcha e a virada do ano em Imbé, no litoral. Os cães viajarão no porão do avião, Annita irá na cabine conosco. Sei que eles se assustarão um pouco, mas como estão acostumados com caixa de transporte e com lugares e situações diferentes, não será nada demais. Tenho certeza que o passeio compensará a dificuldade.
Viajar com acompanhantes de quatro patas não é complicado, apenas exige um planejamento específico. Alguns roteiros são mais apropriados para animais do que outros. O hotel precisa ser consultado com antecedência sobre a aceitação de animais. Viajar com gatos é até mais simples que viajar com cães. Gatos são, em geral, mais silenciosos, e não costumam sair do quarto. Quando ficamos em pousadas, tomo o cuidado de deixar Annita presa na caixa de transporte pela manhã, quando a camareira entra para arrumar. Ela poderia se assustar e correr pela porta aberta quando visse a camareira. Na hora do almoço volto ao quarto, fecho a janela e deixo Annita solta, com água, comida e caixa de areia.
Notei que cidades turísticas impõem menos limitações à entrada de cães em restaurantes e locais de passeios. A idéia é simples: se o turista com cachorro for barrado, deixará de gerar receita para o estabelecimento. Nunca fui à Europa, mas sei que lá a aceitação de animais é muito grande. Já vi em documentários que alguns hotéis não apenas permitem cães como ainda os mimam, com cardápio próprio, caminhas aquecidas, água mineral.
Se gostou da idéia de viajar com seu peludo, dê uma olhada na série de posts que estou publicando no http://rachelbarbosa.com.br. Neles faço um passo-a-passo de como deve ser feito o planejamento.
Boa viagem!
Rachel Barbosa