Palpites para o Oscar 2011
Autor: Mafalda ~ 27 de fevereiro de 2011. Categorias: MonaCine, Sofá da Mona.
Os 10 que concorrem ao prêmio são A Rede Social, Bravura Indômita, A Origem, Toy Story 3, O Discurso do Rei, Cisne Negro, 127 Horas, O Vencedor, Minhas Mães e Meu Pai e Inverno da Alma. Entre eles temos drama, biografia, faroeste, ficção científica, suspense e animação, enfim, vários tipos de filmes diferentes, que agradam a diversos tipos de público.
Com 10 indicados, temos aqueles filmes que estão na lista apenas para fazer número. Penso que Inverno da Alma, Minhas Mães e Meu Pai e 127 Horas dificilmente estariam entre os indicados a melhor filme na época em que eram apenas 5. Não são filmes ruins, mas são os mais fracos entre os 10.
Bravura Indômita é a refilmagem de um faroeste de 1969. O filme, dirigido pelos Irmãos Coen, é interessante e conta com as ótimas atuações de Jeff Bridges e da jovem Hailee Steinfeld. Talvez se os Coen não tivessem levado o Oscar há 3 anos, por Onde Os Fracos Não Têm Vez, ele estivesse mais bem cotado. Não acho que tenha grandes chances de levar o prêmio.
A Origem foi um dos filmes mais comentados de 2010. Quando saiu, gerou horas e horas de discussões pela sua trama cheia de detalhes e, principalmente, pelas dúvidas que coloca na cabeça dos espectadores. Tem a grande desvantagem de ser um misto de ação com ficção científica, tipos de filme que quase nunca (ou nunca) ganham o Oscar. Além disso, foi lançado fora de época, nas férias de verão nos EUA, enquanto os “filmes de Oscar” acabam saindo mais próximos ao final do ano, para estarem frescos na memória de quem vai votar. Seria uma vitória muito interessante, mas bem improvável.
O Vencedor é o típico “filme de Oscar”, baseado em história real, mostra dificuldades e superação, tem drama familiar e uma pessoa destruída pelas drogas. No entanto, para mim, é um dos filmes menos memoráveis entre os indicados. Tem um roteiro muito simples. Acaba valendo muito mais pelas atuações de Mark Wahlberg, Amy Adams, Melissa Leo e Christian Bale, que vão, em ordem crescente, de boa a espetacular. Não fica com a estatueta de melhor filme, mas deve conseguir outros prêmios para coleção.
Toy Story 3 foi, para muitos, o grande filme de 2010. Ele é divertido e emocionante, tanto que poucas vezes vi tantas pessoas deixarem a sala de cinema chorando. Só que Toy Story 3 é uma animação e eu duvido muito que algum dia este tipo de filme irá ganhar o prêmio máximo da noite do Oscar. Mas não dá para negar de que seria muito legal se isso acontecesse.
Cisne Negro é o filme do momento. Algumas pessoas odiaram, mas a maioria sai do cinema totalmente hipnotizada pelo drama da garota travada, criada para ser uma estrela do ballet. Os comentários a respeito do filme são apaixonados e na votação que fiz lá no Grandes Filmes ele é o que mais cresce atualmente. Cisne Negro é um suspense que usa a dança como pano de fundo. Enquanto Mila Kunis e Vincent Cassel trabalham como bons coadjuvantes, Natalie Portman brilha. Vi algumas pessoas reclamando que ela está muito chorosa, mas acho que foi na medida certa que a personagem precisava. É um tipo de filme que costuma agradar à Academia, mas tem o ônus de não ter ganho nenhum outro prêmio. Acho difícil que surpreenda.
A Rede Social era o filme que vinha sendo apontado como o principal candidato ao Oscar, mas perdeu um pouco de força com as últimas premiações que elegeram O Discurso do Rei como o melhor filme. O drama de David Fincher, que conta a história do criador do Facebook, é tecnicamente perfeito e agradou ao público. Talvez falte para ele uma grande atuação; os atores principais estão OK, mas não teve aquela interpretação bombástica, coisa que O Discurso do Rei tem de sobra. Ainda é um dos grandes candidatos e tem muita chance de levar a estatueta.
O Discurso do Rei tem tudo o que um filme precisa para ganhar o Oscar: um protagonista desajustado, que não se adequa ao mundo à sua volta, uma história de superação, muito drama, mas com vários momentos irônicos, coadjuvantes interessantes e uma trama que acaba por nos envolver e, por que não, nos bota para cima. Além de tudo isso, tem o fato de também ser baseado em fatos reais, o que gera interesse em saber mais a respeito dos personagens. Mas como disse acima, o que realmente diferencia O Discurso do Rei são as atuações: Colin Firth e Geoffrey Rush dão um show, enquanto Helena-Bonham Carter trabalha muito bem como “atriz de suporte”. O filme ganhou vários prêmios neste começo de ano, não é de duvidar que seja coroado com o Oscar de melhor filme.
E para vocês? Quem leva o Oscar de melhor filme?