Isso aí dá câncer, menino!
Por Phoebe - 13 de março de 2009. Categorias: Cantinho das Monas, Mona em Família.
Na minha família, sempre que algum primo ou prima descobre uma gravidez acidental, meu pai vai logo dizendo: “Teve sorte… Podia ter pego AIDS. Filho é lucro.” E ele tem mesmo razão. Crescemos ouvindo e lendo sobre as tais doenças sexualmente transmissíveis e desde a pré-adolescência somos bombardeados por avisos apocalípticos sobre os perigos de ir para a cama com alguém sem usar preservativo. Até na escola somos obrigados a ouvir sermões sobre o assunto – sem contar com o sentimento de vergonha alheia que nos invade ao ver o professor de biologia encapando uma banana com camisinha para nos mostrar como o negócio funciona.
Mas mesmo com tanta informação, o povo continua não usando preservativos, não é mesmo? A menina até pede que o cara use, mas depois que os dois completam um mês de namoro ela avisa que não precisa mais, porque agora está tomando pílula. Como se namoro engatado desse ao cara um certificado de isenção de doenças sexualmente transmissíveis.
Pois bem, voltando à Seleções: no artigo, o cara conta sobre as dores terríveis de garganta que ele vinha sentindo até descobrir que estava com câncer, depois relata os riscos da cirurgia para extrair parte da língua, das cordas vocais e da traquéia, o medo de perder para sempre a voz e/ou a capacidade de sentir o sabor dos alimentos, as dores lancinantes para comer e beber após a cirurgia, o doloroso processo de quimio e radioterapia.
E tudo isso por quê? Porque pegou o vírus HPV (o mesmo que causa nas mulheres o câncer de colo do útero) em alguma sessão de sexo oral. Como diz o próprio autor, “Milhões de pessoas nos últimos 30 anos andaram brincando com a sorte, praticando, na verdade, o maior dos jogos de azar. Afinal, não importa quantos pratiquem sexo seguro com penetração; quase ninguém faz sexo oral com camisinha”.
Ainda não está em pânico? Então veja essa: uma pesquisa recente informa que 72% dos homens brasileiros carregam o vírus HPV (http://www.oesteinforma.com.br/news.php?news=34332).
Ou seja: cuidado que isso aí dá câncer, menino(a)!
13 de março de 2009 às 14:45
“Como se namoro engatado desse ao cara um certificado de isenção de doenças sexualmente transmissíveis.”
Disse tudo aqui Phoebe. Tenhos muitos amigos que seguem a risca esse conceito pois não sabem que um DST pode tomar proporções muito maiores o que imaginam. Apesar de soar jargão, estamos em 2009 o o problema ainda é a desinformação.
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13 de março de 2009 às 15:11
é uma pena mas no mundo de hoje não podemos vacilar(eu já vacilei varias vezes e tenho medo das vaciladas ).
o problema não é a falta de informação, todos sabemos que é perigoso que podemos adquirir doenças, essas coisas são explicada até a exaustão na escola.
acredito que o problema seja aquele pensamento de “nunca vai acontecer comigo” as pessoas acham que isso é uma realidade distante…nem imaginam que o perigo está ao lado =/
ótimo texto meninas
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13 de março de 2009 às 15:48
esse texto me lembrou muito a frase da Bebeca:
não mexe no perigo!
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13 de março de 2009 às 16:32
Phoebe, e pras meninas um recadinho: já existe vacina (em clínicas particulares) que previne as formas agressivas de HPV que causam câncer de colo de útero, o problema é que ela ainda custa caro..são 3 doses por mais ou menos 500 reais cada. Mas comparado a um câncer..não custa nada! Mas mesmo vacinadas…SEXO SEGURO, pessoal…com a vida não se brinca!
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14 de março de 2009 às 9:11
Nossa, na escola tinhamos palestras sobre isso….o ruin era os palestrantes caretas….enfim, uma vez eu me levantei do meio da turma e (feito um drogado Oo) e disse….’é, na dúvida não coloquem na boca crianças’…nem precisa dizer que fui a piada do mês… piadas a parte……na duvida, não coloco na boca!
belo post alias =D
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16 de março de 2009 às 17:38
Olha pessoal. Apesar de ser plausível, não há constatação desse fato. O HPV sim faz câncer de útero em mulheres (Mais especificamente o HPV-16 e 18). No entanto, nunca foi cientificamente provado seu envolvimento em câncer de cabeça e pescoço, como mencionado no texto. Muito disso é especulação sem base científica. Não se impressionem com sensacionalismo barato de algumas revistas. Eu trabalho com papilomavírus há três anos e sei dos numerosos estudos sobre isso.
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