Confissões de Mãe
Por Mafalda - 7 de maio de 2009. Categorias: Cantinho das Monas, Mona em Família.
Lembram-se da Maria Mariana, aquela menina do Confissões de Adolescente? Ela escreveu este livro, que virou peça de teatro e um seriado de muito sucesso na Tv Cultura.
Para falar a verdade, não era fã da atriz, escritora e mesmo da série. Assistia, achava engraçadinho, mas não era aquela “Paixão” como outros seriados que assisto mais recentemente.
Ela era considerada uma adolescente moderninha e que trouxe para mídia muitos tabus relacionados às descobertas adolescentes.
E quando fitei o livro, vi – aquela que outrora era uma menina – uma mulher bonita e feliz com seus “4 filhos”! e eu me espantei: “4 filhos!?” Pois hoje em dia, uma mulher que tem 4 filhos é considerada maluca, insana. Minha cunhada que tem 3 filhos, há pessoas que já olham feio.
Aquilo me prendeu, ela com aquelas 4 crianças lindas! Peguei o livro e comecei a folhear.
E olha, me espantei e fiquei admirada. Não, este não é um post pago pela editora do livro. Mas eu indico muito para aqueles: mulheres e homens (também) que pensam em ter filhos (ou estão em dúvidas), e mesmo para as mães de primeira viagem. Especialmente estes dois casos.
As palavras da Maria Mariana transmitem emoção, beleza, amor, alegrias e candura. Eu muitas vezes, ao ler algum parágrafo, parava e me afundava dentro dos meus pensamentos sobre minha própria condição de mãe e de mulher.
No começo ela conta quando se descobriu grávida e como foram os partos dos 4 filhos, todos – curiosamente – nascidos em fevereiro. Sendo que com a última filha, ela quase morreu depois do parto.
Ela dedica o livro aos filhos e escreve como se fosse uma orientação e visão dela sobre “a mulher e a maternidade”, não só para as 3 filhas dela quando ficarem grandes, mas também para o filho homem, para que ele possa compreender e entender as mulheres:
” (…) E escrevo para você também Gabriel, meu tão amado menino, para que venha a nos conhecer melhor.”
Aqui alguns trechos para vocês sentirem um pouco do Confissões de Mãe:
“Quando eu devo ser mãe?
Com certeza filha, a pergunta é : Quando encarar a maior responsabilidade que uma mulher pode ter aqui neste chão? Só que, graças à sabedoria divina, antes de ser mãe você não saberá a dimensão dessa responsabilidade. Ela é sentida na pele, é uma compreensão que só chega através dos olhos do filho.”
“Filha, presta atenção, olha nos meus olhos que eu vou te dizer uma verdade: ser mãe é a missão que temos a cumprir! Nossas vivências maternais são o chão que nos deram para caminhar. Umas vivem para fugir, outras para se revoltar, outras para se harmonizar, mas todas nós estamos no mesmo barco. A caminhada para a mulher fica mais fácil quando ela entende e aceita essa realidade! Ser mãe é o que de mais importante podemos fazer aqui na Terra. (…) Todas as mulheres são mães, só que muitas ainda precisam se permitir isso.”
“Meus passarinhos, meus filhinhos, meus amores… Preciso escrever uma carta para vocês…”
” Quem sabe lendo palavras, sem terem que me olhar nos olhos, sem procurarem críticas no timbre da minha voz, vocês venham a me compreeender melhor. Quem sabe, lendo a palavra em preto e branco, vocês possam ver melhor o colorido que a maternidade tem?”
“O amor que a mãe sente pelo filho renova o espírito da mulher. O amor lava as mágoas. Purifica. Transforma a mãe em um ser humano melhor. Mais capaz de olhar o próximo. Mais capaz de servir. Mais capaz de ser feliz.”
Tá aí minha dica de leitura, de presente para alguém ou mesmo para si (como eu fiz), para uma jovem mãe ou para aquela mulher que se sente perdida neste mundo que exige tanto de nós mulheres e não valoriza a maternidade.
Beijos e um Feliz Dia das Mães para vocês!
Mafalda – mãe de duas lindinhas.
7 de maio de 2009 às 13:51
Nossa, não sabia nem que ela era mãe, que dirá mãe de 4!!! Incrível mesmo! Sobre a pergunta Quando eu devo ser mãe?”, acho que a melhor resposta é: Quando você estiver preparada para colocar outro ser em primeiro lugar na sua escala de prioridades, nas mínimas coisas do dia-a-dia. Quando você estiver pronta para optar por ficar em casa cuidando de uma criança doente ao invés de ir bater papo com os amigos em um barzinho. Quando você conseguir aceitar, de livre e bom grado, acrescentar quilos extras ao seu corpo, deixar de tomar bebida alcóolica e conformar-se em não poder mais alisar ou tingir o cabelo durante pelo menos 9 meses, enquanto estiver carregando dentro de si uma nova vida.
Tenho amigas que já são casadas há anos e, quando me perguntam se acho que elas já estão prontas para a maternidade, eu digo que não, pelo estilo de vida que elas gostam de levar. Casais que saem para a balada todos os finais de semana, que viajam para locais distantes em todos os feriados… Eu respondo à pergunta dessas minhas amigas com uma outra questão: “está preparada para deixar de fazer essas coisas por um bom tempo, ou pelo menos reduzir a freqüência?”. Porque ter um filho é isso, é estar sempre abrindo mão de algo em benefício da criança, e por mais incrível que possa parecer para quem não tem filhos, nós, pais e mães, encontramos nossa felicidade nesses gestos de desprendimento. Não trocaria uma noite cuidando da febre da minha filha por nenhuma outra balada!
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7 de maio de 2009 às 15:30
Eita! 4 filhos. E eu penando para educar uma filha! Ahhehe Como diz o ditado, tem louco para tudo nessa vida.
Na realidade eu quero mais um(a) filho(a). Mas como disse a Pheobe, não me sinto preparado. Primeiro porque a esposa está concluindo o mestrado e trabalhando. Segundo porque dá uma despesa danada! E como dá! Mas isso é de menos.
Se com um filho só, nós quase endoidamos, imagina com dois, tres, quatro?!?! Ou a pancada de ter um ou quatro é tudo igual e não faz a diferença?
Não sei. Sei que mais um está nos planos.
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7 de maio de 2009 às 15:36
Se você tem menos de 40 anos… pelamordeus não caia na besteira de ter filhos, vá aproveitar sua juventude, ler, criar um blog, ganhar dinheiro, viajar…você ainda está jovem para filhos, só não veja novela, esse é o meio fácil de você querer parir, então desligue a TV e vá fazer as unhas.
Vejam só: o parto é uma tortura; Não se tem vontade de fazer sexo tendo em volta o alvoroço de pirralhas brigando; Crianças custam caro; Você vai passar noites acordada e não será na balada e sim ouvindo choro; O filho é a despedida dos seus sonhos de juventude; Ser mãe ou ter sucesso: é preciso escolher;
Quando o filho aparece, o pai desaparece; Você não tem tempo para os amigos; Sua pele fica feia com estrias, celulites e gordura localizada pra sempre; E por fim, tem crianças demais na Terra.
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7 de maio de 2009 às 15:36
Luiz,
Eu também pensava assim (eu e o Falcão) que com uma já estávamos loucos, imagina duas! Mas se vc já tem um, o segundo é mão na roda, diga-se de passagem. É muito bom ter dois filhos! E eles se ajudam, brinca juntos, brigam juntos também, sente falta um do outro. É muito lindo, muito bacana ver esta relação de irmãos.
Bjs,
Mafalda
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7 de maio de 2009 às 16:00
Cara Donademim,
Não dá para generalizar. Há muitos pais que se importam com o crescimento dos filhos e estão presentes na criação e educação. Eu sou assim (ou pelo menos me esfoço muito para ser). E a Mafalda é muito mais bonita hoje com as duas filhas do que antes. Há muitos exemplos de mulheres bonitas e bem sucedidas que tem filhos.
Por mais que hoje seja mais seguro ter filhos depois dos 40 do que era a algumas décadas atrás, nenhum médico recomenda esperar tanto – o corpo da mulher não foi preparado para maternidade tardia e os riscos são muito maiores, tanto de complicações quanto de má formação. Fora o pique, que é muito menor aos 40 do que na juventude.
Não estou dizendo que todo mundo deva sair tendo filhos por ai. Mas se realmente quiser ter filhos, não é recomendável esperar tanto tempo.
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7 de maio de 2009 às 17:07
É Donademim,
se eu te falar que meu pai tem 13 irmão e minha mãe tem 11 irmãos voce endoida, não?
Sempre brinco com minha esposa que queria um time de futebol, mesmo que fosse misto.
Mas depois de muita discussão, ficamos em um time de voleyball mesmo.
Uns 5 está bom, não?
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7 de maio de 2009 às 18:35
“O amor que a mãe sente pelo filho renova o espírito da mulher. O amor lava as mágoas. Purifica. Transforma a mãe em um ser humano melhor. Mais capaz de olhar o próximo. Mais capaz de servir. Mais capaz de ser feliz.”
Lindas palavras!
Bela indicação!
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7 de maio de 2009 às 19:05
Monas, seria interessante um Monacast com a Maria Mariana, não acham???
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7 de maio de 2009 às 19:15
Olá. Não costumo da presente pra minha mãe, porque o dinheiro que ganho é do meu pai, então não muda muito… Mas ando pensando em dar esse livro pra ela. Ela também tem 4 filhos (Eu e mais 3 meninos), trabalha fora de casa, trabalha dentro de casa, se dedica ao máximo á todos nós (inclusive ao que está morando longe, o ligando várias vezes ao dia) e tem uma enorme paciência. Ela entende cada um, e faz tudo o que uma boa mãe faz, e mais um pouco… Beijos.
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7 de maio de 2009 às 20:09
Seria sim, Thiago! Eu pensei nisso enquanto lia o livro.
Bjs e valeu,
Mafalda
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7 de maio de 2009 às 20:10
Que legal, Natih! Pelo visto, sua mãe é uma guerreira mesmo!
E Donademim, não acabe com nós, mães, pelamordeDeus!!! kkkkkkkkk! Acho que não é assim não, pelo contrário! Um filho só acrescenta, é uma bênção gigantesca que a gente recebe. Acabo de voltar da apresentação de dia das mães da minha filha na escola e estou aqui com os olhos inchados de tanto chorar, e não foi de tristeza, foi um choro de pura felicidade por ter aquela pessoinha linda ali, no palco, cantando e dançando a música olhando diretamente nos meus olhos, com um sorrisão de orelha a orelha, feliz por estar me homenageando. Quando terminou, pegou o microfone da tia e disse “mamãe, eu te amo”! Nossa… Não tem nada no mundo que pague isso!
Agora, é como eu disse no meu comentário anterior, tem que se saber o momento de ter filhos, e isso independe da idade. Eu tive a minha aos 26, mas tenho amigas de 30 e tantos anos que se incluem naquele grupo que eu não recomendo ainda a maternidade. Acho que depende de N fatores, também não é chegar e dizer “quero um filho” e pronto, problemas resolvidos. Tem que se pensar em tudo, desde a parte financeira como o tempo disponível e, principalmente, se o marido/namorado/encosto é o cara certo. Essa parte, então, é fundamental! Tem muita mulher que engravida achando que com a paternidade o cara vai tomar jeito na vida, mas para caras assim o efeito é justamente o inverso: com a notícia da gravidez, ao invés de tomar juízo, o que eles fazem é desaparecer da vida da mulher e do filho. Outros, mais acomodados, até ficam, mas também não movem uma palha, não se interessam o mínimo que seja pelo filho ou pela nova vida. Conheço muito cara que continua indo a festas, largando a mulher em casa com o filho pendurado no braço.
E sobre o “depois de ser mãe”, não dá pra generalizar. Eu mesma, modéstia à parte, fiquei melhor depois de ter minha filha, todo mundo comenta isso – família, marido, amigos. E pelo que tenho visto, foi-se o tempo em que as mulheres usavam a gravidez como desculpa para “embarangar”! rs!
Bjs!
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8 de maio de 2009 às 11:41
Sim, de fato, a maternidade para muitos virou contra-tempo ou símbolo de status (desde que não passe de uma criança, pois “dá trabalho”) dependendo da conveniência ou da exigência social… Infelizmente, valores subvertidos, contraproducentes, exigimos amor mas muitas vezes não plantamos esse sentimento a nossa volta…
Pois é, cabe essa reflexão nessa semana… Tanto enquanto pais, mães, quanto enquanto filhos nesse dia das Mães!!! O presente mais importante é o carinho que possamos dedicar-lhes!!!
Vamos em frente, façamos nossa parte, com sensibilidade e amando sempre…
Muito legal o artigo…
Beijos!!! Muita Luz!!!!
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8 de maio de 2009 às 18:20
adorei a dica!!!
vou dar de presente pra minha priminha que a pouco mais de 20 dias teve seu primeiro filho.
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11 de maio de 2009 às 1:08
Já havia lido uma resenha sobre esse livro. Agora, fiquei com mais vontade ainda de lê-lo, Mafalda.
Eu adorava a série Confissões de Adolescente. Foi uma das milhares de influência que recebi para prestar vestibular para Jornalismo. Lembra que era esse o curso que a personagem da Maria Mariana fazia?
Olha, vou dar uma de intrometida, se ela topar falar pro Monacast, adoraria ser uma das participantes.
Saudades. Muitos beijos.
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11 de maio de 2009 às 1:09
Ops, engoli um S. Quis escrever influênciassssssssssss.
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11 de maio de 2009 às 9:28
Que legal, Iracema! Não sabia disso! Aproveitando que vc deu uma de intrometida e é jornalista, vou te pedir um favorzão.
Se puder, não quer achar o contato da Maria Mariana para mim?
Beijos e Saudades de você também!!
Dê notícias.
Mafalda
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11 de maio de 2009 às 11:35
O livro pode até ser interessante, mas a entrevistas que a MM anda respondendo… Nossa, quanta besteira e machismo. Deixo aqui dois posts pra quem se interessar pelo outro lado:
http://escrevalolaescreva.blogspot.com/2009/05/as-confissoes-de-maria-mariana-sobre.html
http://marjorierodrigues.wordpress.com/2009/05/11/para-azedar-o-seu-domingo/
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11 de maio de 2009 às 12:59
Oi Lila.
Eu acho que a beleza do livro está nela ressaltar a maternidade em si, e sua importância para o mundo.
Claro que alguns pontos de vista da autora vão causar polêmica. Acredito que ela seja do movimento das mulheres que optam em “voltar para o Lar”, que tem acontecido lá fora.
Acho que devemos tirar o que tem de bom, e aquilo que vai contra o que achamos deixar de lado. Nem sempre a mulher pode ficar em casa, ela precisa trabalhar também.
Sem contar que tem mulher que não se satisfaz somente com a maternidade.E nisso, temos 3 exemplos aqui na Monalisa.
Bjs,
Mafalda
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11 de maio de 2009 às 18:03
Nossa, li o último link indicado pela Lila… De fato, a escritora tem todos os requisitos para gerar boas polêmicas entre as mães modernas! Também não concordo com as opiniões dela sobre parto normal (ser uma “mãe melhor” só porque pariu desse jeito e não por cesárea?), sobre a questão da depressão pós-parto (um assunto tão complexo e sério não pode ser resumido a “frescura de mulherzinha fútil”), e também quanto a própria questão do papel de homens e mulheres nesse mundo. Eu jamais sairia pela casa catando cueca de marido, assim como não admitiria que ele cuidasse do meu leme (do meu barco cuido eu)!
Mas, como excelente escritora que ela sempre foi, acredito que o livro seja mesmo emocionante, como a Mafalda descreveu, e fiquei com vontade de lê-lo também!
Bjs!
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13 de maio de 2009 às 1:15
Mafalda,
Missão iniciada. Não achei o site da editora. Mas achei o blog dela. Assim que ela responder o comentário, entro em contato novamente com vocês.
Um abraço.
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13 de maio de 2009 às 14:04
rsrsrsrs!!! eu tenho 4 filhos!!! e é isso mesmo… qdo me vêem com os 4, sempre tem aquela pergunta em tom de surpresa: “são todos teus??!!” – sim, são todos meus!!!!! – “como é que vc consegue?” – é doido, mas é a melhor coisa do mundo!!!!
beijinho
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15 de maio de 2009 às 9:53
Olá amigos, sou eu Maria Mariana. Venham conversar comigo no meu blog (confissoes10anosdepois.blogspot.com) Até. Mariana.
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27 de maio de 2009 às 20:56
Ufa! Que bom ver alguém falando bem do livro… hahaha!
Acabei de voltar do blog Escreva Lola Escreva, onde ela mete o pau na MM, principalmente pelo fato de Lola ser feminista… Que equívoco gigantesco! O movimento feminista não foi um equívoco, não é isso. Mas acho que foi uma etapa e não o fim. Hoje em dia, as mulheres perderam sua feminilidade, em um mundo (masculinizado) que quer produtividade,competição, ao invés de nutrição e amor. E quem nutre os filhos? (nutrir em um sentido mais amplo, maior…)
Não é a mãe que é capaz de parir e amamentar sua cria? Pois é ela que deve “nutrir” esta criança, para que ela se torne amorosa e forte o suficiente para ir para o mundo exterior batalhar!
É isso!
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