Meus bons amigos, onde estão?
Por Phoebe - 10 de setembro de 2008. Categorias: Sem categoria.
Se tem uma coisa que eu não sei fazer nessa vida é cultivar minhas amizades. Para eu conquistar novos amigos basta um piscar de olhos e puft! Ser uma pessoa expansiva e sorridente faz com que você atraia a simpatia até da tia da prima do filho do porteiro, o que, convenhamos, é uma boa qualidade.
Mas a partir do momento em que você é como eu, que simplesmente não sabe cultivar suas amizades, isso acaba se tornando uma baita dor-de-cabeça, pois nem todo mundo entende que o fato de você não telefonar toda semana não quer dizer que você não goste da pessoa.
Eu tenho amigas que me telefonam sempre para perguntar como eu estou. Uma amiga do trabalho costuma telefonar à noite para saber se melhorei daquela dorzinha chata ou se já estou menos chateada com algum problema corriqueiro que aconteceu durante o dia. E eu realmente invejo essa capacidade dela de demonstrar atenção sempre, de cuidar da amizade como se cuida de uma plantinha.
Eu não sou assim. Eu não telefono para os meus amigos – aliás, devo ser uma das poucas mulheres da face da Terra que não gostam de falar ao telefone. Eu não envio e-mails semanais nem deixo recadinhos do tipo “Bom final de semana!!!!!!!!!” nos scrapbooks do Orkut. Sou capaz de ficar meses sem dar sinal de vida, embora ame meus amigos até o último fio de cabelo.
O que complica a minha vida é que eles dificilmente saberão o quanto eu gosto deles, por pensarem ser descaso a minha ausência.
Mas aqui e ali, nos meus ímpetos de saudade arrebatadora, quando os procuro e deixo registradas minhas demonstrações de carinho, eles poderão saber o quanto são importantes para mim e o quanto eu os amo.
Como disse certa vez uma das minhas melhores amigas, minha única madrinha de casamento, “O bom da nossa amizade é que não há cobranças. Podemos passar meses ou anos sem nos falar, mas sempre que nos encontramos, é como se não tivesse transcorrido um único dia sequer”.
Mas hoje acordei como o Frejat. “Meus bons amigos, onde estão? Notícias de todos quero saber”!
Phoebe
10 de setembro de 2008 às 10:47
Isso é um problema, principalmente no orkut, onde a amizade vale um recado sempre. Se vc não manda recados, é pq não é amiga ou esqueceu das amizades, o que não é verdade. Nisso, eu ando ausente lá…
Tenho poucos, bons e valiosos amigos! Tirando as queridas amigas que fiz na net, são todos homens.
Não gosto de amizade grude ou que te sufoca.
Mas acho que a amizade é como uma plantinha mesmo, tem que ser cultivada, tem que regar um pouquinho. Senão ela seca e morre.
Beijos
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10 de setembro de 2008 às 10:48
Te entendo perfeitamente!
Normalmente minhas amigas gostam de conversar comigo sempre, mas eu não tenho a menor criatividade para o assunto.. então ligo as vezes sem assunto nenhum, pois sei que elas teram 500000000 assuntos e eu não vou precisar fazer nada a não ser concordar, descordar ou fazer alguma observação rapida sobre o assunto.
Por isso que eu amo amigas mulheres
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10 de setembro de 2008 às 10:48
Ah, adorei a imagem Phoebe!!!
bjocas
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10 de setembro de 2008 às 13:34
Phoebe,
Também sou desse jeito. Conheço muita gente, tenho ótimos amigos, mas sou extremamente ausente. Não mando recados no orkut, não telefono pra ninguém. E tenho inveja de quem consegue dar tanta atenção aos amigos. Igualzinho você.
Isso em nenhum momento quer dizer que não gosto deles/as. Por outro lado, sou bastante recíproco e retribuo a atenção quando alguém “se lembra” de mim.
Felizmente algumas pessoas compreendem essa “desatenção”.
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10 de setembro de 2008 às 15:39
Meu deus! Sou eu!
Não telefono, não procuro… Minha amiga Crespinha que o diga.
Me mudo e vou deixando os amigos. Agora a grande maioria eu guardo na mesma página graças ao santo orkut.
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10 de setembro de 2008 às 16:05
Bem… eu sempre achei que a maioria (incluindo eu) era assim…
nem brinca que é difícil ligar para os amigos e ficar batendo papo… homem então, nem se fala
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10 de setembro de 2008 às 23:43
Acabei de me ler nesse texto, o que, infelizmente para mim, me faz perder mesmo as ditas amizades. Muita gente já reclamou (e muito) que eu não ligo, não mando mensagem, nem a receita da lasanha da minha mãe, mas é uma característica minha mesmo a de não telefonar, fazer o quê?
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11 de setembro de 2008 às 3:09
Então… qual é o e-mail? Eu sempre ouço e vocês sempre falam “mandem e-mail” mas não falam o endereço hehehe… não achei no site, acho que sou meio burraldo
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11 de setembro de 2008 às 10:32
A matéria postagem que mais me identifiquei até agora.
Inclusive eu já me peguei falando muita coisa do que Li neste texto.
Tive uma amiga que deu varias super mancadas comigo.
E na época não estávamos nos vendo tanto, porque estávamos no fim do ano na faculdade, época de provas TCC, estávamos ambas com o tempo bem corrido.
Ela usou esta desculpa por ter dado a mancada mestre comigo. Disse que estávamos afastadas, não estávamos nos falando tanto.
Agora isso é que nunca entendi, uma pessoa só é amiga de outra se ficar mandando recadinhos no orkut, e-mails a todo momento, ligando ao menos duas vezes no dia.
E se acaso você não ver tanto uma amiga, você não é amiga, quando voltar a trocar recadinhos de orkut, é amiga novamente.
Tirando a parte do e-mail, que nos falávamos sempre(quase tdos os dias). O resto realmente não fazíamos sempre.
Mas eu não acredito que só se é amigo de alguém quando tem q ficar indo atrás e ligando, amigo que é amigo de verdade é amigo sempre, não importa a quantidade de vezes que você procura aquela pessoa.
Inclusive tenho uma amiga desde a infância… que podemos passar dias ou meses se nos ver, e ainda assim parecer que a ultima vez foi apenas do dia anterior.
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11 de setembro de 2008 às 13:48
Gabriel,
Nosso email é monacast@monalisadepijamas.com.br
Bjs,
Mafalda
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12 de setembro de 2008 às 0:31
Nossa!!! Fui lendo o texto e parecia que tinha sido eu que o tinha escrito.
Meus amigos sempre reclamam que eu não dou notícias, não telefone, não deixo recadinhos… mas fazer o que? Não é da minha natureza fazer essas coisas.
Phoebe, vc não está sozinha
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12 de setembro de 2008 às 17:12
Acho que Vinícius nos reflete muito bem aqui: http://www.amoremversoeprosa.com/imortais/080amizade.htm
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27 de setembro de 2008 às 1:22
Estranho. Mas o problema é ser esquivo, evasivo e etéreo. Assim cultivar uma amizade é um desafio de uma vida toda. Sentimetos humanos é uma árdua tarefa, compreendê-los e interagir com eles. Um dia serei legal.
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28 de setembro de 2008 às 21:34
Sabe, Phoebe, eu sou meio nesse estilo.
Tenho uma certa facilidade pra ganhar a simpatia das pessoas. E, por outro lado, tenho também essa mesma atitude de não ficar telefonando, e de não ficar amolando por e-mail, sms ou orkut…
Eu sou do interior de MG. E, por causa da faculdade, todo mundo se mudou da cidade pra fazer seus respectivos cursos e assim me separei dos meus verdadeiros amigos — que de tão verdadeiros, pra mim, são como uma família mesmo. E o engraçado é que percebo que temos essa mesma coisa que você tem com sua madrinha. Tipo, eu os vejo pessoalmente no três ou quatro vezes no ano. Mas cada vez que os reencontro é como se as coisas se reconectassem novamente, como se aquele fosse um dia imediatamente após nosso último encontro.
E, ao meu ver, essas amizades são mais gostosas. Porque não há cobranças, não há encheção. Só fica a parte boa da amizade; que é estar na presença de uma pessoa de confiança e que sempre só agrega coisas boas pra sua vida.
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29 de outubro de 2008 às 0:43
Olá Phoebe!
Olha… Sou nada mesmo parecida com vc nesse quesito… Quero sempre falar, escrever, ligar… E fico até magoadinha qdo percebo meus amigos assim, como vc é!
Na verdade, esse texto que vc escreveu me caiu como uma luva: O QUE TENHO MESMO QUE FAZER É ACEITAR AS PESSOAS COMO ELAS SÃO, né não???!!! Rs!!!
Eu sou, definitivamente, daquelas amigas que ligam pra saber como vc está e se a cólica melhorou, MAS AMO VC mesmo sendo assim como és!
Beijos carinhosos e saudosos,
Fabi
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