Ser mãe é padecer no paraíso.
Por Eubalena - 21 de outubro de 2008. Categorias: Cantinho das Monas.
Sempre ouvi isso e nunca tinha conseguido alcançar o verdadeiro significado da frase. Isso até minha filha nascer e ver toda a tranqüilidade da minha vida ir embora.
Um dia a gente dorme com um barrigão e no outro tem um bebê grudado no teu peito. E é estranho. Muito estranho… Aquele peito que até então estava lá só para participar das tuas horas de prazer luxurioso agora é a principal fonte de vida do teu filho. E o mais estranho ainda é que a mesma ação pode te dar uma sensação tão prazerosa e completamente diferente da outra. Sim, porque não pensem os tarados-mentes-poluídas de plantão que o prazer de amamentar o filho é o mesmo prazer sexual. NÃO É! Nem parecido!
Aliás, não tem nada pior do que a gente estar amamentando e passa um cara olhando pros teus peitos. Ai, que raiva! Puta que pariu! Dá vontade mandar o cidadão tomar no cu! Nós somos mamíferos e o peito foi inventado para amamentar, os demais usos dele só foram descobertos com o manuseio do produto.
O resultado dos peitos é o cocô do bebê. Uma das maravilhas da maternidade e causador de dúvidas terríveis. Este objeto de raro odor (não sei como um ser tão pequeno e que só toma leite tem a capacidade de fabricar um negócio tão catinguento e em tão grande quantidade) pode ser comparado a um Kinder Ovo: cada fralda trocada é uma surpresa. As mães morrem a cada cocô verde, amarelado, roxo de bolinhas fúcsia… Enfim, um sonho!
Algumas mães chegam ao cúmulo da capacidade ocular e conseguem achar sementinhas de banana nos excrementos filiais. Falos alados, banana tem semente?
E o arroto pós mamada? Nossa, uma festa! Bota para arrotar, fica lá espancando as costas do pobre e o bebê nem ai pra ti! Mas bom mesmo é quando, junto com o arroto, eles dão uma golfadinha. Golfadinha é coisa meiga. A minha tinha umas golfadinhas iguais a da menina do filme O Exorcista.
E papo de mãe? Mãe perde todo e qualquer tipo de noção que se possa ter. Pode debater horas sobre a textura do cocô enquanto degusta uma taça de creme de abacate e não sente nojo! Ou sair toda “golfada” do fraldário de um Shopping Center porque mãe perde a capacidade de pensar e sempre esquece de colocar uma camiseta limpa para ela na bolsa do bebê.
Por falar em bolsa de bebê. O que é aquilo? Quanto menor o bebê maior a bolsa. E isso que todo mundo usa fralda descartável. Imaginem quando tinha de levar fraldas de pano, fita adesiva, fralda plástica, sacola para fralda suja e todo o resto da tralha.
Uma vez, quando ainda não era mãe, eu vi uma conhecida saindo da praia. Juro que procurei o caminhão da Graneiro por lá. Caixa de isopor (tamanho geladeira), umas 4 bolsas, sombrinha, cadeiras, baldes, piscininha (maldita a pessoa que inventou aquilo), isso, mais um pouco e ainda faltava o filho!
Na minha primeira ida à praia com a filha eu também levei um monte de tralha. Mas depois pensei, deixei meu lado marisqueira falar mais alto e, atualmente, minha carga- praia resume-se a uma mochila, uma sombrinha (pra mim, porque ninguém consegue fazer a criatura ficar na sombra) e um carrinho com tudo dela dentro. O saco é catar aquilo tudo depois. A sorte é que para isso, Deus inventou o marido!
Mas ser mãe e pai – porque tem muito pai que é muito mais que uma mãe para o filho – é a melhor coisa do mundo. Quem resiste a um sorriso te esperando na porta de casa? Ou aquela mãozinha acariciando teu rosto no meio da madrugada?
Tenhamos filhos! Um só por casal para ajudar na manutenção do mundo! Mas, o mais importante é treinar muito antes (com camisinha): a voltinha da orelha é complicadíssima para ser feita!
Eubalena
E continuem votando!
21 de outubro de 2008 às 12:56
“A sorte é que para isso, Deus inventou o marido!”
kkkkkkkkkkkkk! EXATOOOO!!!!!
E concordo, tem que treinar demais antes, porque a voltinha da orelha é uma complicação medonha, só com muito, muito treino para sair perfeitinha. Da mesma forma os dedos… Se treinar errado, seu filho sai como a Cicarelli, com 6 dedos em cada pé.
Eu amo a Euba! (só para ela ficar sem-graça)
bjs!
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21 de outubro de 2008 às 12:59
amei o texto!
tá… eu, sem filhos, não posso comentar muito… mas concordo mesmo assim! tem que ser muito bom pra compensar o trabalho que dá =p
bjs meninas
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21 de outubro de 2008 às 13:00
p.s.: voltei no Mona.. quero bj tb =p
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21 de outubro de 2008 às 13:01
ai que burra… voltei não.. VOTEI
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21 de outubro de 2008 às 13:14
Hehe… por isso não terei filhos!! Respectivamente dispenso o marido pra juntar as tralhas!! hehehhehe…
Tu escreve muito bem, espero chegar lá!!
Beijãoo as Monas
Especial a minha prima que me viu nascer, me carregou nos braços e me levou a praia. hehehe
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21 de outubro de 2008 às 13:22
Gê… eu tbm falava tudo isso!
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21 de outubro de 2008 às 13:26
Eu só tenho 15 anos, não tenho filhos, mas quero concerteza tê-los.
Muito engraçada a história da gofadinha estilo menina do Exorcista. Hehe.
E que bebê MAIS FOFO, Euba.
Já votei, esperando a listinha do word.
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21 de outubro de 2008 às 15:32
o problema é quando tu ganhas um bebê e leva outro (marido) de graça
Bjs
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21 de outubro de 2008 às 18:49
Euba, Coró é a tua cara! Impressionante! Igualzinha a você pequena na foto do Dia das Crianças!
Você levou golfada na camiseta. Minha mãe conta que eu golfei e acertei a boca … dela. Que nojo! kkkkkkk
Justamente porque não tenho vocação pra discutir cocô de criança e não gosto de carregar tralha pra praia (levo dinheiro e chave de casa, só), preferi ter cães em vez de bebês hehe Mas admiro sua coragem!
Beijos
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22 de outubro de 2008 às 13:34
Opa!
Ainda estou uns 2 anos do projeto filhos, mas contando os dedos para a chegada do dia!!!!
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22 de outubro de 2008 às 15:15
Hahahahahaa….será q é por isso q o Gu tem a voltinha de uma da sorelhas tortas??rsrsrs..treinei pouco!!
Amei o testo.
Bjos
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22 de outubro de 2008 às 15:20
Hahahahahaa….será q é por isso q o Gu tem a voltinha de uma da sorelhas tortas??rsrsrs..treinei pouco!!
Amei o texto.
Bjos
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22 de outubro de 2008 às 17:23
Adorei o texto! Mas ainda estou longe desta situação, pelo menos mais uns 8 anos hehehe
E Euba, sua filha é muito linda e realmente muito parecida com você.
Bjos
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23 de outubro de 2008 às 20:00
golfada é dose.. rsrsrs
Uma vez, um amigo meu, bem novinho, resolveu levantar um bebê acima da cabeça.. sabe, meio que fazendo aviãozinho…. coitado, o rosto e a camiseta sofreram menos que o ego dele … hehehehe
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23 de outubro de 2008 às 22:39
Olá Euba, que lindo texto, publique mais… sou uma pai Coruja e posso falar que nunca imaginei que sentiria algo tão forte por um ser, quanto sinto por meu filho… já votei para vcs Monas!
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29 de outubro de 2008 às 9:51
Ai que gostosaaaaaaaaaaaaaa!!!!
Muito linda! Nem vou mostrar o texto pra minha namorda senão ela vai querer fazer um bebê hj! rsrs
bjs
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2 de novembro de 2008 às 23:13
Hahahaha!!!
Maravilhoso o texto, Euba!!
..Me vi em tantas situações, e ainda em dose dupla, pq, ao contrário da sua sugestão, tivemos um casal ao mesmo tempo!!!
Beijos carinhosos!
O site de vcs está simplesmente MARAVILHOSO!!!
Tenho o indicado muitoooooooooo!!!
Sucessooo!!
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2 de novembro de 2008 às 23:19
Beijo mais que especial pra Phoebe!!! ;P
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14 de novembro de 2008 às 14:57
Bom saber que não apenas eu vejo isso tudo como muito louco.
Meus filhos já passaram da época das fraldas. Agora, com o fim das golfadas e das fraldas sujas, permanecem os papos tediosos das mães. Não sei por quê conversa de mãe é tão chata! Resume-se em rotina de casa, escola, personalidade do filho, gracinhas do filho,professora do filho… massacrante!
Meu reino por uma mãe que, enquanto espera o final da aulinha de futebol do filho, converse sobre atualidades, cinema, viagens, conte uma piada… será que somente eu penso assim?
Parabéns pelo texto e boa sorte!
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4 de março de 2009 às 12:58
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK!!!!! Adorei!!!!
tenho 4… isso mesmo.. 4 filhos!!!! Sei bem o que é isso!!!!
beijinho
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20 de fevereiro de 2010 às 16:50
Tenho uma filha de 7 meses, e adorei toda a descrição acima. Estava pensando “ser mãe é padecer no paraíso” e resolvi procurar no Google alguma coisa a respeito (para acalmar a alma). Encontrei o site de vcs e AMEI. Pelo menos assim não me sinto só quanto aos meus sentimentos. Minha filha se chama Sofia e é a alegria da minha vida, costumo dizer “filho dá trabalho, mas é a melhor coisa que existe”.
Abração.
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2 de outubro de 2011 às 11:44
Espere um filho se tornar adolescente e vc descobrira que a parte do paraíso deixou completamente de existir ..so fica mesmo o tal do padecer ..ninguem merece ..uhuhsuhsua
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