Mamãe, eu quero um cachorrinho!
Por Mafalda - 13 de janeiro de 2009. Categorias: animais.
“Mamãe, eu quero um cachorrinho.” Acho que toda mãe ouviu esse pedido pelo menos uma vez de seus filhos (minha mãe ouviu várias vezes de mim). Aí vêm as dúvidas. Será que devo atender? Meu filho não é muito pequeno para ter um bichinho? Os pelos não vão piorar a alergia? Um bichinho vai dar muito trabalho?
Estes e outros questionamentos são legítimos. Além disso, é preciso lembrar que um bichinho é um ser vivo. Ao pegar um, a gente assume um compromisso que vai durar anos. Não dá pra simplesmente se livrar do animal quando não for mais conveniente. Por tudo isso, a decisão de ter um bicho em casa deve ser bem pensada. Mas posso garantir que um pet vai trazer muita alegria para a família, além de ensinar muitas lições às crianças.
Em outro artigo falarei sobre os benefícios para as crianças, do convívio com animais. Hoje vou falar sobre a escolha do bichinho. Não existe família que não possar ter um. O segredo é encontrar o pet certo.
A primeira coisa a considerar é o espaço disponível. Quem mora em apartamento deve logo descartar a possibilidade de um cão de raça grande. Animais de grande porte precisam gastar mais energia e dificilmente isso será possível sem vários passeios durante o dia. Como as crianças não poderão levar sozinhas o cachorrão pra passear, os pais terão mais trabalho. Vale lembrar que mesmo os cães de pequeno porte precisam de exercício. Conheço muitas pessoas que não saem de casa com seus poodles ou shi tzus porque acham que não precisam, mas estão redondamente enganadas.
Isso leva ao segundo item a ser considerado na escolha do bichinho: o tempo que os pais terão para dedicar ao pet, já que eles ficarão de fato com a maior responsabilidade. Cães necessitam de muito mais tempo do que gatos, peixes, aves ou répteis, porque precisam de passeios diários, banhos e às vezes escovação. Em segundo lugar na escala de tempo estão os gatos, que também precisam de escovação e, dependendo da raça, de tosa. Todos os pets, inclusive cães e gatos, necessitam de cuidados diários com alimentação e limpeza de fezes e urina, mas nada que ultrapasse alguns minutos.
O terceiro quesito está relacionado à idade, ao jeito e às necessidades dos filhos. Crianças pequenas não têm total controle da força e dos movimentos, por isso podem acabar sendo brutas ao segurar o bichinho. Assim, animais muito delicados, como cães de pequeno porte, gatos ou aves, não são muito indicados para crianças pequenas. Quando machucados, cães e gatos podem morder, e uma ave pode morrer se segurada com força. Algumas crianças são mais calmas, outras mais ativas. As mais calmas ficarão satisfeitas com um peixinho, as mais agitadas ficarão melhor acompanhadas por um cão cheio de energia para correr e brincar. Às vezes o pediatra proíbe animais de estimação por causa do pelo, mas nada impede que crianças alérgicas tenham um peixinho ou uma tartaruga.
Finalmente, o último fator a ser considerado é a vontade dos filhos. Como vimos, não se pode basear a escolha do animalzinho apenas nesse desejo, mas eles também devem ser ouvidos. Para demonstrar essa importância, vou contar o caso dos meus sobrinhos. O pai deles não é um “apaixonado” por animais, mas, reconhecendo a importância na formação das crianças, há uns 3 anos resolveu atender ao pedido dos garotos. Resolveu que daria a eles um aquário cheio de peixes, pois ele mesmo criou peixes quando criança. Todo animado com a idéia, numa tarde de sábado levou a família a um shopping do Rio em que há um pet shop, decidido a sair de lá com um belo aquário. Para sorte dos meninos, meu marido os acompanhou nesse dia. Antes que chegassem à loja, o garoto mais velho confidenciou ao tio o que não teve coragem de dizer ao pai: que não achava graça em peixe, que preferia um cão ou gato. Meu marido contou ao meu cunhado e a compra do aquário foi cancelada. Dias depois chegou a Lindinha, uma gata persa muito fofa, já que um cachorro era demais para o meu cunhado.
Na próxima vez que seus filhos disserem “mãe, eu quero um cachorrinho”, você já pode começar a pensar na idéia.
Rachel
14 de janeiro de 2009 às 0:42
Tem um selo para você no meu blog. Espero que goste!
http://sarapateldecoruja.blogspot.com/2009/01/valerme-quanto-selo.html
Abs.
[Responder]
15 de janeiro de 2009 às 9:24
Tive aquário durante anos da minha vida, sempre gostei, pretendo ter novamente.
Odeio gatos!
Tive um cachorro, era uma graça, não dava ouvidos a ninguém, fazia o que queria, ignorava solenemente as ordens que o davam, mas abaixava as orelhas e ficava quieto diante de um simples psiu meu. Obedecia somente a mim e a minha mãe (até o cachorro tinha medo dela), ele morreu com pouco mais de uma ano de idade, putz eu chorei.
Depois disso não quis mais ter cachorro, sei lá fiquei com trauma, eu gostava muito dele…
[Responder]
25 de janeiro de 2009 às 14:13
Oi Rachel! Adorei seus dois textos sobre convívio de crianças com animais.
Um ponto sobre essa questão que gostaria de salientar para as pessoas é que antes de pensar em comprar um bichinho, o ideal é pensar em adotar um bichinho abandonado. Assim pode já ensinar à criança uma lição de cidadania.
Importante também é a questão sobre o tempo que você levantou. Pessoas que não tem muito tempo para se dedicar ao bichinho não devem adquirir um animal que vá precisar de muitos cuidados. Animais de raça geralmente demandam mais tempo do que os animais comuns. Animais de pelo longo, embora lindos, demandam muito mais tempo do que animais de pelo curto. Parabéns pela coluna! Parabéns também às monas pelo aniversário e novo site, ficou mto bonito. abs.
[Responder]
3 de maio de 2016 às 0:17
Amo gatos, adoro cachorros, já tive peixinhos, coelhos e até uma tartaruguinha. Rafael, amei o seu texto, vc escreve muito bem! Parabéns!
Tambpem desenvolvi o
Projeto Mamãe Sarada funciona
Bjs
[Responder]