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Marley mais uma vez



Por Rachel Barbosa - 16 de fevereiro de 2009. Categorias: animais.

Ontem fui ao Barrashopping. É o maior shopping center da Barra, talvez do Rio de Janeiro. Uma visita àquele shopping não é completa se não incluir uma passada pelo pet shop incrível que existe lá. Dentro da loja existem répteis, como jabutis, pássaros exóticos, como calopsitas e até papagaios africanos, todos vendidos legalmente, com autorização do IBAMA, e por preços nada modestos. Mas as maiores atrações ficam nas vitrines: um aquário de água salgada gigantesco e os filhotinhos de cães e gatos (que fazem muito mais sucesso com o público do que os peixes do aquário).

Dessa vez o bichinho que mais chamava a atenção de dezenas de observadores era um scottish terrier. Os mais velhos se lembrarão dessa raça como “o cachorrinho da Tavares”. Enquanto todos os demais filhotes dormiam em suas gaiolinhas, o barbudinho se divertia horrores com um brinquedo de vinil. E latia, latia muito.

Meu amigo Gilvan ficou simplesmente encantado por aquela agitação toda. Ele adora o meu schnauzer Bruno e por isso tem uma queda por terriers. Ao ver aquele terrier cheio de vida, achou o máximo, o tipo de cão que adoraria ter em casa. Só não comprou porque não tinha R$ 2.600,00 no momento. Tenho certeza que havia um monte de gente sentindo a mesma coisa. No entanto, somente ao Gilvan pude dizer: levar um bicho desses pra casa é dor de cabeça na certa. Com os olhos espantados ele me perguntou: por quê?!

Um cão terrível é encantador, eu sei. Todo mundo que leu Marley & Eu ou viu o filme, achou o máximo a insubordinação e o mau comportamento do labrador. Mas quem tem ou teve um cão assim, sabe que no dia a dia isso não é nada agradável.

Um cão terrível vai estragar coisas em casa, principalmente enquanto filhote. Isso é tão certo como 2 mais 2 são 4. Um cão terrível vai comer um documento importante, puxar do varal uma roupa que estava secando para depois rasgá-la em pedacinhos, destruir aquele sapato que custou uma fortuna. E o dono do cão terrível vai realmente ficar muito chateado quando o objeto destruído for uma antiga foto de família carregada de valor sentimental.

Se o cão terrível for do tipo que late muito, como o scottish terrier do Barrashopping, o dono terá problemas com os vizinhos, especialmente se morar em apartamento. O bichinho vai latir o dia inteiro, talvez até durante a noite, e quem mora por perto vai reclamar.

Portanto, se você está pensando em adotar ou comprar um filhote (e esse conselho vale também para quem está pensando em um gatinho), mas não tem estrutura psicológica e/ou financeira para as conseqüências de um bichinho endiabrado em casa, escolha um dos bebês mais calminhos da ninhada. Observe os filhotes algumas vezes, em dias diferentes, para ter uma boa idéia de qual escolher. Afinal, o peludinho que está dormindo hoje, amanhã poderá estar aprontando todas!

Mas se esse post veio tarde demais e você já escolheu o filhote mais agitado da ninhada (“ele era tão bonitinho!”), aguarde o texto da próxima semana.

P.S.: O Gilvan ainda não desistiu de ter um cachorro e estou tentando convencê-lo a ter uma schnauzer para ser namorada do Bruno =)

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4 Comentários to Marley mais uma vez

  1. Phoebe

    É verdade, Raquel… o bebê mais calminho da ninhada com certeza vai ser um adulto tranqüilo também. Lembro que, quando ganhei a minha poodle como presente de aniversário, minha mãe me levou à casa onde estava sendo vendida a ninhada (na época eu ainda não sabia que o certo era adotar!), e só tinham sobrado dois filhotinhos: um macho branco – que não parou de correr um só segundo, tirou o cadarço do meu tênis, pulou por cima do meu pé, deu trocentas voltas em torno do sofá, e uma fêmea preta – que até tentou seguir o pique do irmão, mas depois de 1 minuto cansou e deitou para descansar. Eu não contei conversa: “fico com a pretinha”! E de fato ela sempre foi muito calminha.
    Bjs!

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  2. Escola animal | Monalisa de Pijamas

    [...] semana passada falamos sobre filhotes terríveis e aconselhei aos futuros donos de cachorrinhos e gatinhos que resistam à tentação de escolher o [...]

  3. Juliana Girão

    Olá,
    Meu nome é Juliana Girão e sou de Fortaleza Ceará.
    Tenho um scottish terrier e ele ão é esse terror que vcs falam!
    Ele é um amor, educado, não late e não destrói as coisas.
    Tenho certeza que que isso é muito de educação e de impor limites.
    O nome dele é Bonno vox, tigrado, tem 2anos e 6meses.

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  4. Rachel

    Juliana, não tentamos falar mal dos scottish, apenas contamos que aquele filhote que eu vi era muito agitado, e que os filhotes agitados darão mais trabalho ao dono. Você tem toda razão sobre a educação e os limites. Isso faz toda diferença na vida de um cachorro, seja de que raça for.
    Bjs

    [Responder]

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