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Educação canina



Por Rachel Barbosa - 17 de janeiro de 2010. Categorias: animais.

No último post contei que estou com uma cadelinha nova em casa, a Ge. Será a terceira que crio. Não estou contabilizando os cães dos meus pais com os quais convivi, mas que não tive influência na criação. Na realidade, quando ganhei o Galileu não sabia nada sobre educar um cachorro. Aprendi com livros e com o adestrador. Quando comprei o Bruno já sabia alguma coisa, mas como ele é um cão difícil, fui obrigada a aprender muito mais. Apesar das pesquisas, Galileu e Bruno foram criados na base da tentativa e erro. Com a Ge, estou tentando fazer diferente. Pretendo educá-la da forma correta desde o início.

Não existe uma fórmula perfeita para educar um cão. Na verdade, muitas coisas precisam ser resolvidas à medida que acontecem, porque dependem das características de cada animal. No entanto, algumas condutas servem para todos os donos e todos os cães.

Nós, humanos, tendemos a ser permissivos demais com seres pequenos e fofinhos, entre eles os cachorros. Concordo que é difícil chamar a atenção de uma coisinha peluda, com apenas dois meses de vida, mas é necessário. Se não estabelecemos as bases do relacionamento desde o princípio, fica muito mais difícil depois. Passei uns dias convivendo com a Ge e a mãe canina dela, e observei que a mesma mãe que é capaz de atacar ferozmente outro cão que se aproxima da ninhada, também é capaz de dar umas mordidinhas para disciplinar quando os filhotes a aborrecem. E a ninhada não tinha nem dois meses completos ainda!

Os cães são capazes de entender algumas palavras e “não” é uma das primeiras que o filhote deve aprender, depois do nome dele. No entanto, disciplinar utilizando a linguagem que o pequeno entende naturalmente é mais eficiente. Tive uma experiência interessante com a Ge, em que comprovei isso. Ela mordeu minha mão quando estávamos brincando e imediatamente “mordi” o focinho dela de volta, sem usar os dentes, pra não machucar. Morder o focinho é uma das formas de disciplinar que as mães caninas utilizam. Ela entendeu o recado e tentou lamber minha boca, gesto que diz em linguagem canina “tá bom, você manda”.

Cachorrinhos já vêm com várias “programações” inseridas pela Mãe Natureza, como por exemplo, dar um latido característico, alto, quando estão em perigo, para que a mãe ouça e venha salvá-los. A Ge também demonstrou isso na prática. Meu schnauzer Bruno está com ciúmes dela e já a atacou duas ou três vezes. Em um dos ataques ele não a alcançou por estar no meu colo e não a machucou, ainda assim ela deu o latido característico. Quando substituímos a mãe canina, as obrigações nos são transmitidas, então devemos atender ao chamado e salvar o bichinho. Mas como somos humanos, não nos contentamos em fazer apenas isso. Nossa tendência natural depois de salvar um filhotinho é pegá-lo no colo e dizer “ah, coitadinho”, e aí passamos uma mensagem errada, de que aquele ser que o atacou é muito perigoso e deve ser temido. Se dois cães vivem no mesmo lugar e um acredita que o outro é muito perigoso, jamais poderão conviver harmoniosamente.

Portanto, se você tem um filhote ou pretende ter, procure utilizar as “programações” da Natureza a seu favor. Quer umas dicas pra fazer isso? Aguarde o próximo post!

Rachel Barbosa
http://rachelbarbosa.com.br

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1 Comentário to Educação canina

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