Porque fazer humor e podcast é uma arte
































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Para Beatriz


Autor: Eubalena ~ 9 de fevereiro de 2010. Categorias: Cantinho das Monas, Mona em Família.

Uma vez eu ganhei um presente. Um presente muito especial. Ganhei uma menina!

Quem me deu essa menina foi uma irmã. Não irmã de sangue, mas uma irmã dessas que a vida coloca no nosso caminho.

Um pouco depois que ela nasceu eu a peguei no colo. Ela era linda. Miudinha, quentinha, fofinha, cheirosa. Mas depois a gente se distanciou e essa menina e eu nos vemos muito pouco. Nos conhecemos mesmo no ano passado. Mas eu sempre fui apaixonada por ela.

Agora ela está grande. Está começando a ler e a escrever. Tem seus amigos, as suas coisas favoritas e as que não gosta. E eu ainda continuo apaixonada por ela.

Algumas pessoas me chamam pelo nome, outras por apelidos, mas essa menina me chama de uma palavra mágica. Uma palavra que me fez derreter quando a ouvi me chamando pela primeira vez. Apesar dela não me chamar assim em público muitas vezes. Essa menina me chama de madrinha.  E eu continuo cada vez mais apaixonada por ela.

Essa menina é exatamente o que o nome dela significa: aquela que faz os outros felizes.

E é por isso que eu sei que vou amá-la para sempre.

Feliz Aniversário, Bia.

Beijos
Madrinha


Caro São Pedro


Autor: Eubalena ~ 5 de fevereiro de 2010. Categorias: Cantinho das Monas.

www.cabecadecuia.com/…/?q=aquecimento%20global

Não sei se o senhor tem notado mas as pessoas do sul estão um pouco mais baixas e com a cara levemente derretida. E, caso o senhor esteja curioso com o motivo, eu explico:
Aqui somos criados a base de doses pequenas de calor. 25°, no máximo, já está ótimo. E, claro, sempre com uma brisa.
Esse calor não combina com a nossa genética. Não fomos criados para altas temperaturas. Derretemos facilmente.
Pense, nós já temos a nossa dose de sacrifico em prol da popularidade do Brasil no mundo: somos os mais próximos da Argentina.
Somos os primeiros a receber as frentes frias, que só aparecem quando não precisamos delas, e os turistas de lá. Não dá pra gente ficar com o nosso clima de antes, nao?

Sim, sim. Eu sei que sempre reclamos, mas reclamar faz parte da nossa cultura. Se bem que reclamar no fresquinho é mais fácil.
Mas veja pelo lado bom! Coloca o nosso clima antigo no Rio e vamos ver quem reclama mais!

Ah, também não vale tirar esse calorão e mandar chuva. Lembre-se que tudo na vida tem de ser em doses certas.
Tem tanto país malvado por ai que poderia ter o clima mudado. Aqui no Brasil somos tão gente boa! A gente se sacaneia internamente… Sem foder com o resto do mundo como eles fazem.
Pense nisso com carinho, Pedrão!

Atenciosamente.

Euba


O Arquipélago – 2ª parte


Autor: Eubalena ~ 25 de janeiro de 2010. Categorias: Cantinho das Monas.

A Ilha do Mimimi Eterno

Também conhecida como a “ilha dos que a gente atura”, é povoada por pessoas com o dom de encontrar algo para reclamar em qualquer situação.

Alguns pesquisadores estudam a forma que o  povo mimizento utiliza para enviar sua reclamação às demais ilhas.  Sua capacidade de alcance de longas distâncias despertou interesse inclusive da NASA, que tenciona usar este dom para o envio de mensagens à povos alienígenas. Economizando assim, milhões em construções de foguetes e sondas espaciais.

O mimizento, em geral, também é conhecido por dominar todas as mais diferentes áreas de conhecimento. Ele sabe como limpar aquela  mancha de vinho tinho do tapete da sala ou como retirar uma tumor no cérebro. Mas nunca consegue realizar nenhuma das funções, já que perde parte do seu tempo reclamando da dificuldade de executá-las, ou de como aquele ali conseguiu e eu não? Ou o que ele tem melhor do que eu? Ou o meu é melhor, eu sou mais rápido… E mimimi, mimimi, mimimi…

A Ilha dos Panos Quentes e A Ilha do Espírito Natalino

A ilha Panos Quentes é vizinha da ilha do Passos Leves. Nesta ilha não há brigas, não há desavenças e não há gente feia.

Lá tudo que possa causar algum tremor que prejudique a ilha vizinha é devidamente apaziguado com panos aquecidos no vulcão que está sempre prestes a entrar em erupção.

Sua deusa Pollyana desdobra-se para encontrar sempre a palavra correta que faça seus fiéis entenderem que a história não é bem assim, que talvez aquela pessoa não seja tão chata quanto parece, ou tão feia, ou tão maldosa… Enfim, nesta ilha todos têm seu lado bom.

Na verdade, a Deusa Pollyana espera que seu povo acabe sendo transferido para a Ilha do Espírito Natalino, onde todo mundo é bom, todo mundo é amável e todos têm paz, paciência e sabedoria em seus corações. Onde doação é o lema.

Mas Pollyana sabe que o espírito natalino nunca durou muito tempo sem seus panos quentes e, inevitavelmente, muitos seguidores ficaram alguns bons anos na ilha da Tolerância Zero.

Aguardem mais notícias do arquipélago.

Beijos

Euba


E se eu fosse a Bella Swan?


Autor: Eubalena ~ 22 de janeiro de 2010. Categorias: Cantinho das Monas.

Durante minhas maravilhosas férias indoor desse ano tive o prazer de acompanhar a discussão acalorada de duas adolescentes sobre quem seria o par ideal para Bella, a mocinha do filme/livros da série Crepúsculo. (Comentário básico: gosto muito, mas muito mais da Bella do livro, a do filme é um picolé de chuchu completo.)

No dia da discussão já citada não pude participar porque só tinha assistido ao filme, não tinha lido tudo sobre os dois pretendentes de Bella então, interessada no assunto, comecei os livros na sexta-feira passada e hoje acabei de ler o último.

Como uma jovem senhora já mais perto dos 40 anos que dos 30, pensei na dúvida proposta pelas jovens adolescentes que mal descobriram a dor e a delícia de um relacionamento amoroso e resolvi me colocar no lugar da pobre Bella e ver quem seria o meu par ideal. Se um vampiro ou um lobo.

Infelizmente, depois de assistir ao filme, fica meio difícil desvincular a imagem dos atores dos personagens. Então, inclusive para não ter de explicar em casa de quem foram os rostos que coloquei em Edward e Jacob durante a minha leitura, vamos usar os dois meninos do filme mesmo.

No quesito beleza eu sou o lobo sem pensar duas vezes. Qual a graça de uma menino magrinho, branquelo e gelado? Gente, nada como cor e calor na vida de uma pessoa! Jacob é quentinho, tem um sorriso lindo e fala com os olhos. Mas só será sempre o meu preferido se mantiver o cabelo curto. Cabelo longo me dá aflição. Eu fico pensando na imagem do Axel Rose com aquela bermuda de lycra…Credo, coisa feia!

Se fosse para seguir os conselhos casamenteiros de Bebeca, minha avó, eu teria de ficar com o vampiro. Afinal, eu tenho a idade mais próxima a dele. E, em tempos de crise, mais vale um vampiro gelado e milionário que um lobo quente e pobretão.

Enquanto o primeiro poderia te proporcionar uma vida de luxo, o outro te ofereceria amor a beira mar…Não,não… A hipótese de ficar com o vampiro e seu dinheiro e manter o lobo como amante não daria muito certo já que o vampiro nunca dorme a ainda tem a irmã vidente fofoqueira.

A família do lobo é pequena. Só o pai e duas irmãs que nunca aparecem. Olha a vantagem ai…

Já o vampiro tem um monte de gente em casa e a dita irmã ligada o tempo todo a ele. E a filha da puta ainda pode ler a tua mente!

Tanto o vampiro quanto o lobo são carinhosos e se declaram constantemente. Tá certo que o vampiro é meio grudento, não sei se eu ia conseguir ficar com a criatura cheia de oh! E ah! O tempo todo atrás de mim. Já o lobo é crianção. Fica de mal por qualquer coisa e menino dodói também não dá, né?

Vampiros não comem. Coisa mais sem graça uma casa sem comida! Já os lobos comem tudo e mais um pouco.

Os lobos podem ter sexo normalmente. E ainda tem todo aquele calor e o corpo que fica mais e mais musculoso a cada dia que passa… Ui!

Já com vampiro, não existe sexo sem que corras o risco de morrer. Se não no ato, depois dele, no caso de uma gravidez. ( e eu que me assustava com a maneira que algumas pessoas descreviam a cesariana!) Ou seja: Vampiros também não te comem, já os lobos comem tudo e mais um pouco!

Depois dessa análise detalhada, eu juro que não sei com quem eu ficaria… Acho que esse é o tipo de coisa que só colocando a mão para saber.

Beijos vampirescos

Euba


O Arquipélago – 1ª parte


Autor: Eubalena ~ 3 de janeiro de 2010. Categorias: Cantinho das Monas.

Arquipélago: s.m. palavra grega que significa mar principal. Aplica-se, hoje em dia, a qualquer extensão de água contendo ilhas e, frequentemente, às próprias ilhas.

Existe, entre tantos outros espalhados pelo mundo, um arquipélago especial cujas ilhas foram povoadas por pessoas que apresentavam os mesmo sentimentos, as mesmas reações aos fatos, o mesmo modo de agir e pensar e cada uma dessas ilhas recebeu o nome que caracteriza seu povo.

Um fato curioso deste arquipélago é que novas ilhas surgem constantemente e seus habitantes podem passar a viver nesta ou naquela, dependendo do seu estado emocional. Mas todos, sem uma única exceção, procuram alcançar a graça de viver na ilha mais longínqua do arquipélago, a Ilha da Paz.

Navegando sempre a direita pelo Mar do Relacionamento, rume norte no Rochedo do Monge . Em poucas milhas poderá ser avistada a primeira ilha.

A Ilha do Primeiro Contato

Esta ilha é a maior e mais populosa de todas. Ela é a que recebe e abriga os recém chegados e é moradia eterna daqueles que não costumam aprofundar relacionamentos. Muitos ex-namorados, hoje ainda solteirões, estão por lá. Sem contar a quantidade enorme de filhinhos da mamãe que, sem decidirem se casavam com a moça ou ficavam nas saias maternas, perambulam por lá. Contam os mais velhos que em noites de lua nova é possível ouvir o resmungo de alguns deles quando suas camisas não estão bem passadas.

Na Ilha do Primeiro Contato o importante é fazer amigos, é participar de grupos. Alguns preferem grupos bem pequenos, outros adoram grupos enormes.

Analisando a convivência nessa ilha é que o Conselho do Arquipélago1decide sobre as mudanças, quem vai para onde e por quanto tempo.

1. O Conselho do Arquipélago é formado por pessoas desprovidas dos 5 sentidos, assexuadas e portadoras de um saco de proporções infinitas responsável pelas decisões mais importantes do arquipélago.

Todas as mais diferentes formas de vida podem ser encontradas por lá. Um lugar pitoresco e de grande serventia para o estudo comportamental humano.

A Ilha do Povo Marisco

O povo marisco é caracterizado pela total falta de vontade de saber da existência do próximo. Estando tudo a sua disposição e da maneira que mais lhe agrada, não importa o resto do humanidade. O lema da ilha é “Meu umbigo é meu mundo.”

Inexplicavelmente os moradores desta ilha namoram, casam e até se reproduzem.

A Ilha dos Passos Leves

Os que moram nesta ilha possuem um andar bem peculiar. Sendo o solo da ilha completamente coberto por ovos, cabe a esse pobre povo a difícil tarefa de mantê-los inteiros.

Para o Conselho, a Ilha dos Passos Leves é uma forma de evolução. Pisar em ovos é uma maneira de alcançar a paz interior e a paciência plena para desenvolver a capacidade de não mandar ninguém tomar no cu.

Conheça mais ilhas nos próximos posts.

Beijos

Euba


Diário de Férias: A Saída – escrito ao vivo da Br 101


Autor: Eubalena ~ 21 de dezembro de 2009. Categorias: Cantinho das Monas, Curtindo a Vida.

18 de Dezembro de 2009. – por volta das 14h.

Chega Dezembro e é hora de ingressar no maravilhoso mundo das férias indoor na sogrolândia.

Tudo começa com a arrumação das malas:

Em casa são dois adultos e uma criança e a bagagem para um exército. E, mesmo sabendo o que acontece todo ano, eu sempre deixo para arrumar tudo na última hora.

Prancha, marido, filha, bolsa, mala, brinquedos, lanchinho…E cadê minha cadeira de praia?

_ Mas onde eu vou por? Pergunta o amado marido.

Depois de respirar profundamente, resolvi deixar a cadeira em casa pelo bem do meu primeiro dia oficial de férias. Mas isso me fez refletir sobre a maneira como esses pais estão criando seus filhos pranchas. Lembro que num passado não muito distante, as pranchas dividiam seu espaço no rack do carro com outras pranchas, malas e afins. Mas enfim, essa juventude prancha não é mais a mesma… O rack é só para elas e as pobres cadeiras de praias que fiquem em casa e suas usuárias que sentem-se com as respectivas bundas no chão.

10.45h

Problema resolvido, vamos para a balsa, também conhecido como ferry boat ou “ferry bót”. Ah, a balsa…É o maior atraso na vida de quem mora em Matinhos e Guaratuba. Mas é pitoresco e deve dar muito dinheiro para o dono.

O trajeto é lindo, mas nem isso me faz parar de desejar uma ponte.

Quem viaja com criança sabe a quantidade de tralhas que se carrega e a quantidade de paradas que são feitas. No final, aquela viagem de 4 horas, vira uma lamúria de 8 horas.

Esse ano parecia que tudo correria bem. Paramos somente uma vez para o xixi. A estrada estava tranquila, Coró calma mas, faltando menos de 2 horas para o destino… PARA TUDO!

E cá estou eu, há quase duas horas parada num engarrafamento, na chuva, e com a filha já começando a ficar doida.

Mas isso não é nada! O pior de tudo é que EU QUERO FAZER XIXI! Ai, como eu queria ter um pinto nessas horas!

16.35h

Estamos de volta à feliz vida dos carros que andam…Não falemos nada sobre xixi porque o problema ainda não foi resolvido.

Conseguimos, depois de duas horas, sair de Biguaçu e chegar em Floripa.

Noto que aqui o povo da cidade anda meio carente, já que todo mundo resolveu se unir em um novo engarrafamento.

Pelo jeito, só chego em Imbituba para o Natal de 2010.

17.14h

E saimos do engarrafamento! Era mais um acidente.

Passamos no SOS Usuário do pedágio. Deus abençoe quem inventou o banheiro. Fazer xixi depois desse tempo todo é quase um orgasmo cósmico!

18.50h

Finalmente, após uma paradinha para um lanche – depois de um dia a base de bolacha e água – chegamos em Zimba Beach.

22.15h

Agora, com licença que eu preciso tomar um banho, comer comida de verdade e dormir!

Amanhã tenho de organizar o aniversário da sogra.

Ah, mas não posso deixar de dividir uma amostra da  arte literária da BR 101!

Beijos

Euba


Momento: Meu Deus! Tem de dar presente para os professores!ou Sou Mãe Babona!


Autor: Eubalena ~ 3 de dezembro de 2009. Categorias: Cantinho das Monas, Mona em Família.

Todo ano é a mesma coisa, chega perto das férias e quem tem filho pequeno sempre pensa: O que vou dar de lembrança para os professores este ano?

Eu sempre gostei de ganhar presentes dos meus alunos, não pelo presente, mas porque a maioria deles era uma lembrança pessoal. Tenho uma caixa cheia de cartinhas, bilhetinhos e desenhos que recebi durante os anos que trabalhei com educação infantil. Lembro de uma caixa de bombons que ganhei logo no primeiro ano de trabalho. O papel de presente que a embrulhou era um lindo desenho feito pelo meu aluno. Guardo o desenho até hoje e sempre que como um bombom igual ao que ganhei, lembro dele, da mãe, do ano que passamos. Enfim, são coisinhas pequenas que marcam. Os bombons não duraram meia hora, mas a lembrança fica para sempre.

Este ano resolvi que eu faria as lembranças para os professores. Comprei caixas de madeira, tintas e todo o material artístico necessário. Mas desisti. Minhas mãos habilidosas não conseguem acompanhar meus desejos…

Foi então que eu lembrei de uma amiga que faz umas coisas muito legais - http://www.personalizate.com.br/ - e o resultado serão canecas de porcelana personalizadas  com desenhos da minha filha, também conhecida como o gênio de 4 anos. E, como gordo é sempre gordo e presente tem de ter comida junto, as canecas serão devidamente recheadas com trufas.

Espero que eles gostem.

Beijos

Euba


Não Sou Boneca Inflável


Autor: Eubalena ~ 26 de outubro de 2009. Categorias: Cantinho das Monas.

Indo direito ao ponto: sexo, para mim, só se eu estiver com vontade.

Não consigo ficar lá de boneca inflável, e tampouco quero ser daquelas mulheres que transam preparando a lista de compras ou que, quando o parceiro finalmente termina, ela pensa: off-white! Vou mandar pintar o teto de off-white.

Não! Comigo não funciona assim. Sexo tem de ser entrega total dos dois. Também não sou adepta ao sexo do eu sozinho. Não quero ser a protagonista do show. Quero ter meu parceiro comigo o tempo todo e não que ele sirva como um mero acompanhante do pênis. Quero um parceiro completo: cabeça, tronco e membros.

Sexo bom é a dois e os dois juntos, na mesma sintonia.

Sexo bom tem de ter começo, meio e fim. Começar com um beijo na nuca e terminar dormindo de mãos dadas… E continuar  te vestindo um  belo sorriso nos lábios pela manhã.

Sexo de boneca inflável não tem beijo na boca. Sexo de boneca inflável não tem calor, não tem cheiro, não tem som, não tem cor.

E sexo bom é o que te faz gargalhar e ficar com vergonha dos vizinhos no outro dia: “Será que alguém ouviu?”

Sexo bom não precisa ter posições mirabolantes, gel, mel, frutas e todo o cardápio disponível.

Sexo bom pode ser o trivial, o velho prato do dia-a-dia. Aquela comidinha caseira honesta e confiável.

Mas e o temperinho? Tempero sempre é bom e necessário. Mas devemos lembrar que pimenta demais queima a língua e acaba com a festa.

Mas isso não é regra, afinal o meu sexo perfeito pode não ser o teu. O meu pode seguir a risca o manual lacrado de sexo da revista feminina e o teu ser só o que a Santa Igreja permite.

Entretanto os dois serão ótimos desde que quem estiver nele esteja nele mesmo. Desde que os parceiros sejam realmente parceiros (mesmo sendo a primeira vez que se encontram.)

Enfim, sexo bom é aquele que te faz saber para qual cama queres voltar.

Mas nunca esqueça a camisinha!

Euba.


Por que homens fazem xixi em pé?


Autor: Eubalena ~ 19 de outubro de 2009. Categorias: Cantinho das Monas, Mona em Família.

Vou confessar, eu acho que fazer xixi em é algo artístico. O equilíbrio, a mira (e a olhadinha furtiva para ver se o do cara do lado é maior que o meu), tudo junto, com pouco tempo para pensar… Realmente,coisa de circo! Eu jamais conseguiria. Mesmo porque sou mundialmente conhecida pela minha falta absoluta de noção de espaço e mira.

Mas não é por achar algo digno dos maiores equilibristas do mundo, que eu ache legal. Para mim é muito pouco higiênico.

Acho que foi o Maurício Kubrusly que mostrou um país onde os homens fazem xixi sentados Eu achei aquilo o máximo. Fazer xixi sentado acabaria com assentos pingados, tampos levantados - uma pausa para o assento: o que irrita, a mim pelo menos, não é aquela parte com o buraco levantada, é a tampa mesmo.

Eu sempre me pergunto por que homem tem de fazer xixi em pé ? Nascer com mangueirinha essa obrigatoriedade ao ato? Para acabar com a minha dúvida, resolvi perguntar ao portador do acessório.

Entrevistando alguns homens:

Por que tu fazes xixi em pé?

Entrevistado 1.

-É porque quando o pinto está murcho ele fica em cima do saco e não muita pressão pro xixi sair. Daí tem de terminar em pé. E, quando está duro, não para ser sentado porque ele aponta para frente e vai respingar xixi fora do bacio.

Entrevistado 2. (dando pulos de raiva ao responder)

- Agora ela cismou com isso de não fazer xixi em pé! A evolução do homem ta aí, Euba. O homem evoluiu para conseguir fazer xixi em pé.

Entrevistado 3

- Não sei.

Euba: Mas às vezes você faz sentado?

- É quando eu to cagando.

Euba: Por quê?

- Ué, eu já to sentado.

Euba: Mas e por que faz em pé?

-Em é mais prático e mais rápido. Dou uma balançadinha e ta novo de novo.

Euba: E sentado?

- Ué, eu to cagando, já to sentado… e faço. Mas é mais relaxante sentado.

Outra coisa que me deixa com muita inveja é a básica e prática sacudida final. Para mulher, xixi tem de ter papel para secar, e secar da frente para trás para não trazer sujeirinha. Mas, para me fazer voltar e refletir o quanto o papel é necessário, tem coisa mais feia do que aquele jovem que sai de calça de moletom cinza, sem cueca para chocar a sociedade, e que volta do banheiro com dois pingos bem na região do xixi? É terrível.

E se os homens também tivessem o hábito do papel higiênico após o xixi?

Acho que descobrir por que homem faz xixi em pé, já que a única diferença é portarem mangueirinha, é uma dúvida tão profunda quanto o umbigo de Adão!

Beijos.
Euba


Meu Debut


Autor: Eubalena ~ 12 de outubro de 2009. Categorias: Cantinho das Monas.

ATENÇÃO

Este post contém amostra da moda festa dos anos

80. Por medida de segurança evite olhar

diretamente para a padronagem

dos tecidos e penteados.

Desde o momento que o médico anunciou: É uma menina! Minha mãe deu início a chantagem para que eu debutasse. Ela veio com o papo que o pai dela morreu antes de realizar o sonho de ver as filhas debutando. Daí, que filha malvada vai dizer não à uma mãe órfã?

Claro que, sendo de cidade pequena – ou seja, era a única coisa para se fazer por lá, e com todas as minhas amigas empolgadas para debutar,  me empolguei e fui junto.

Meses antes, sai de Santa Catarina, num ônibus cata-corno, com um bêbado, uma velha que comeu a noite toda e um carinha com quem minha mãe e a amiga, que foi conosco, queriam que eu ficasse a viagem toda conversando. MEU DEUS! Só porque ele tinha problemas cardiácos e tinha me achado”engraçadinha, com carinha de japonesa.” Posso com isso? Acho que desde os meus 14 anos minha mãe, e pelo visto o resto do povo também, achava que eu ficaria largada no mundo amargurado das solteironas rabugentas. Se bem que  rabugenta eu sempre fui.

Cheguei em SP e fiquei no hotel  menos confortável e estranho que se podia achar. Mas, segundo mamãe, foi recomendado por conhecidas. Imagino se fossem inimigas.

A missão em São Paulo era comprar um vestido de debutantes. Vestido de debutantes é aquele que fica entre os de primeira comunhão é o de noiva. Ele é meio assim: sou virgem, mas só até o ano que vem.

Claro que mamãe sempre sonhou com um vestido branco para mim. Imagina eu entrando nos luxuosos salões do Imbituba Atlético Clube, com aquele castelo de papelão no palco e o presidente do clube se achando o próprio príncipe encantado, num vestido rosa? Mamãe surta!

Achar um vestido de debutantes não é tarefa fácil. Principalmente se a mãe da menina adora mangas semi-bufantes e saia de tule e a menina odeia bolos de noiva.

Felizmente, após subir e descer aquela rua das noivas, acho que é a São Caetano, encontrei Samuel – um estilista companheiro que me livrou das mangas bufantes e fez minha mãe enxergar que eu poderia pegar fogo caso alguém encostasse um cigarro aceso em mim durante o baile.

Comprado o vestido era hora de voltar pra casa e participar dos vários eventos pré-baile. E eram vários, já que, para aproveitar o vestido e não jogar dinheiro fora, debutei em três clubes diferentes.

O primeiro baile foi em Siderópolis, uma cidade perto de Criciúma, no sul de Santa Catarina.
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Baile de Debutante de Siderópolis

Não lembro de quase nada daquele baile, mas lembro da recepção na casa da patronesse e do passeio pra Termas do Gravatal num onibus da Zelindro. Até hoje não consigo entender o fascinio das pessoas por Termas.

O outro baile foi o mais esperado pela minha mãe, já que era no clube da minha cidade. A decoração era tudo! Um castelo. E saíamos de lá. Sei que nas reuniões falaram nos cadetes da Aeronáutica para esperar as debutantes na porta do castelo. Mas a mãe de uma debutante não aceitou porque a filha dela não era menina de cadete. Tá, mas era menina de se agarrar com meio clube na sacada de tras durante o baile.

Depois falaram em contratar um ator. Não lembro qual era o gostoso de 1988. Mas também não aceitaram e quem acabou esperando na porta foi o presidente do clube mesmo.

Imbituba Atlético Clube – Debutantes de 1988

Nesse baile eu chorei. Tá certo que choro até em propaganda das Casas Bahia. O apresentador começou a falar e eu a chorar. Acabei fazendo todo mundo chorar junto. E, neste momento, minha mãe, vestida num belo traje verde papagaio, levanta-se com um lecinho azul para secar minhas lágrimas. Terrível!

Mamãe em seu traje verde papagaio e Sr. Paulo Coelho, ainda com cabelos.

O último baile foi o mais divertido, e o único que lembro melhor. O apresentador… Meu Deus, o apresentador! Levou 3 horas pra falar meu nome e ainda falou errado. Mas também, quem manda convidar Cacau Menezes para apresentar um baile de debutantes. Até hoje eu me pergunto quem teve essa idéia maravilhosa.

Vila Nova Atlético Clube – Sorriso de pânico ao ver Cacau Menezes no palco. Detalhe para as flores de papel higiênico na decoração.

Ah, um capítulo a parte é a escolha do par especial. Antes era valsa dos namorados, mas tinha umas barangas que só conseguiam dançar com o irmão ou o primo (este forçado pela mãe para não magoar a irmã, mãe da baragua) então trocaram o nome para valsa com o par especial.

A escolha do par é quase uma luta de foice. É uma guerra para ver quem convidava os mais bonitos primeiro. Por sorte, sempre tive muitos amigos bonitinhos. E o melhor: nenhum deles foi forçado pela mãe a dançar comigo.

Eu não posso dizer que não gostei dos bailes. Ri muito! Afinal, não é sempre que se sobe num palco para dançar Ilariê e se pega rubéola na mesma noite.

Beijos
Euba.





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