Porque fazer humor e podcast é uma arte
































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Bebê rock´n´roll – ninando seu filho com estilo


Autor: Phoebe ~ 27 de maio de 2009. Categorias: Cantinho das Monas, Mona em Família.

Que nossas canções de ninar são uma tragédia, isso não é novidade para ninguém – inclusive vários humoristas já fizeram troça com os versos tragicômicos das nossas cantigas de roda.

Desde que me vi com a incumbência de ninar minha filha, sabia que jamais a embalaria ao som de “Boi da cara preta, pega essa menina que tem medo de careta”. Como na época eu não conhecia muitas músicas infantis, o jeito foi improvisar cantando canções que eu sabia de cor – mas de cor eu só conhecia os “rocks” que passei a adolescência inteira ouvindo.

E foi assim que, ainda recém-nascida, minha filha foi apresentada aos maiores sucessos do Guns ´n´ Roses, Nirvana e Bon Jovi.

Com as músicas do Nirvana o efeito não foi lá muito interessante, não sei se devido à minha incapacidade de transformar os gritos viscerais do Kurt Cobain em sussurros maternais, ou em razão das próprias letras das músicas – afinal, como cantar para um bebê o verso “I wish I could eat your cancer when you turn black”? Não tem clima, né?

Já com o Guns o negócio fluiu com mais facilidade, especialmente com a música “Sweet Child O´Mine”, que deve – ou deveria – ser o hino de todos os pais que têm sob seus cuidados uma doce garotinha.

Mas foi uma música do Bon Jovi que cumpriu com perfeição a função de embaladora oficial das sonecas da minha filha: “Blaze of Glory”. Foi engraçado constatar que a menina caía em sono profundo ao me ouvir cantar “Well, I´ve seen love come, I´ve seen it shot down, I´ve seen it die in vain… Shot doooooown, in a blaze of gloryyyy”. Mais engraçado ainda foi constatar há algumas semanas que, mesmo depois de 3 anos, “Blaze of Glory” continua sendo um Lexotan para os ouvidos da pequena: numa noite dessas, voltando para casa depois da escola, essa música tocou no CD-player e, quando virei para trás, lá estava a menininha dormindo profundamente!

Portanto, na hora de ninar seu bebê, esqueça o “Nana, neném, que a Cuca vai pegar”! Vá de Beatles, Aerosmith, Oasis etc. Seu pequeno Elvis agradece!

Beijos da Phoebe


Comprando pela internet sem cair em golpes


Autor: Phoebe ~ 26 de maio de 2009. Categorias: Cantinho das Monas.

pindebit.blogspot.com

Devido à boa repercussão do post sobre as armadilhas existentes nos contratos de financiamento, resolvi escrever mais alguns posts relacionados ao consumo e os direitos dos consumidores, começando com dicas para quem gosta de comprar pela internet mas tem medo de cair nas mãos de golpistas.

Eu confesso que sempre fui meio kamikaze com relação ao comércio virtual. Antes mesmo de surgirem os grandes portais de compra, como Americanas e Submarino, eu já me aventurava comprando CD´s e livros em sites absolutamente desconhecidos, o que me rendeu uma certa experiência em identificar golpistas.

A maior fogueira que já pulei até hoje foi ao conseguir escapar de um golpe praticado por estelionatários que conseguiram se cadastrar no Buscapé, chegando a ostentar a condição de “loja ouro” (ou seja, uma loja “confiável”). Comprei uma máquina digital e por muito pouco não perdi o dinheiro, graças a uma das dicas que passarei a seguir.

1) Em suas andanças pela internet, você chega até o endereço de uma atraente loja virtual e encontra, por um bom preço, produtos que há muito você vinha procurando. O primeiro passo é investigar os dados de registro desse site – quem o registrou? Pertence a uma pessoa física ou pessoa jurídica? O e-mail de contato indicado no registro confere com o listado no site? Tudo isso você pode verificar em sites que oferecem o serviço “whois”, a exemplo do site Registro.br.

2) Você procurou o serviço “whois” e viu que a Loja de Macumba da Tia Joaninha está registrada em nome de uma tal empresa Macumba & Despachos Inc., com um certo CNPJ n.º 11.111.111/1111-11. Como saber se esse CNPJ existe mesmo e se pertence à tal empresa? É bem simples: basta ir ao site da Receita Federal e consultar o comprovante de CNPJ da loja. Caso o CNPJ indicado exista realmente, no site da Receita você terá acesso ao cadastro da empresa, podendo ver informações como o endereço, ramo de atividade, data de abertura e se a empresa está ativa ou inativa. No caso da Loja de Macumba da Tia Joaninha, você constatou que ela existe há vários anos, comercializa objetos como os que você pretende adquirir e possui sede no endereço informado no site da loja. Então pode ir em frente na sua compra, sabendo que são baixos os riscos de estar lidando com golpistas.

3) Já no caso da loja “Pantufinhas e Pantufetes do Palhaço Macarrão”, você verificou no “whois” que o site está registrado em nome de um tal José Francisco Artur Mateus Inácio de Loyola Abrantes Macarrão, com o CPF n.º 111.111.111-11. Você foi até o site da Receita Federal para consultar o comprovante de CPF do indivíduo, e descobriu que esse número de CPF não existe, ou até existe mas pertence a outra pessoa. Nesse caso, o melhor é desistir da compra e procurar em outra loja virtual os produtos desejados, pois não há como garantir que você esteja lidando com pessoas honestas.

4) Você já verificou todos os dados e pôde ter certeza de que a empresa realmente existe e aparenta ter credibilidade, mas ainda assim está com o pé atrás, sem saber se deve ou não concretizar a compra. Para ficar mais seguro, você pode procurar os serviços de sites que recebem reclamações de consumidores. O que eu mais gosto e recomendo é o Reclame Aqui. Recentemente vi um site que vende fraldas a domicílio e pesquisei no Reclame Aqui para ver se havia queixas de consumidores, tendo encontrado pouquíssimos registros (menos de 7), todos sobre supostos atrasos na entrega, tendo a empresa resolvido todas as pendências registradas no site, demonstrando tratar-se de uma loja confiável. Por outro lado, há 2 anos encontrei no Buscapé uma empresa vendendo a máquina digital que eu queria, por um preço excelente. Comprei através do cartão de crédito e, estranhando a demora na entrega, resolvi pesquisar no Reclame Aqui: decepção total! Havia dezenas de registros de consumidores que compraram objetos caros e não receberam. A loja virtual era, na verdade, uma fachada para a ação de golpistas!

5) Se o produto for caro, é melhor comprar através do cartão de crédito, de preferência em várias prestações, ao invés de pagar o valor à vista através de depósito bancário. Foi apenas em razão dessa cautela que eu não cheguei a perder dinheiro no tal golpe da máquina digital. Ao verificar que a loja estava dando golpes nos clientes, vasculhei a internet atrás de informações sobre os responsáveis, consegui um número de telefone e entrei em contato com eles. Usando meu jeitinho-meigo-de-ser (ham-ram), fui logo com o pé na porta, avisando que se não procedessem ao estorno da compra junto à VISA até as 17hs daquele dia, eu acionaria o Ministério Público, a Polícia e a imprensa. A pessoa do outro lado da linha informou que faria o estorno naquele mesmo momento mas, como eu não acreditei em sua palavra, corri para preparar logo uma petição para dar entrada no Juizado Especial, requerendo liminarmente o cancelamento da cobrança na minha fatura. Nem precisei usar a tal petição porque os caras de fato fizeram o estorno prometido. Quanto aos que pagaram através de depósito bancário, até hoje não receberam o dinheiro de volta - e nem receberão. Quando se compra com cartão de crédito, há a chance de sustar a cobrança das parcelas na Justiça, evitando assim um prejuízo maior.

Em outra oportunidade darei dicas de como comprar com segurança no Mercado Livre.

Boas compras!

Beijos da Phoebe


Cantinho das Monas: Machista não, realista!


Autor: Phoebe ~ 22 de maio de 2009. Categorias: Cantinho das Monas.

Dia desses, flagrei um colega de trabalho chamando o outro de machista. Curiosa, perguntei o motivo de tamanha gentileza, já pensando em aderir ao coro.

“Olha só que machista”, explicou o colega. “Ele está culpando a esposa pelo prejuízo que acabou de ter na concessionária, com a troca do sistema de embreagem do carro”.

Nisso o colega acusado se defendeu dizendo: “Mas a culpa foi dela, ué! Só dirige com o pé na embreagem”!

Nesse momento caiu a ficha. Tóin, é verdade! Eu dirijo com o pé na embreagem… Quer dizer, não fico o tempo todo com o pé na embreagem, mas para mim esse pedal é um complemento do freio – os dois pedais são sempre acionados ao mesmo tempo, pois morro de medo de deixar o carro estancar. Fiquei alguns segundos até digerir a triste constatação – logo eu, que sempre me achei uma boa motorista!

Quando eu me recompus, defendi o colega dizendo que era a mais pura verdade, que eu também já tinha detonado um cabo de embreagem por conta dessa mania feia. Outras colegas ouviram a conversa e, diante da minha confissão, tomaram coragem e assumiram que sim, elas também dirigiam com o pé na embreagem. Fizemos uma enquete e constatamos que, no pequeno universo feminino aqui do trabalho, 100% usa a embreagem como extensão do salto alto na hora de dirigir. Absolvemos, assim, o nosso colega da acusação de machismo!

Mas antes que algum engraçadinho se atreva a fazer piadas, vou logo avisando que essa mania não é exclusividade feminina e que muitas mulheres sabem fazer baliza melhor do que muito marmanjo por aí (vide esse nosso post mais antigo: http://www.monalisadepijamas.com.br/sem-categoria/vinganca-feminina).

E você, por onde anda o seu pezinho na hora de dirigir?

Beijos da Phoebe!


A Vida Sexual da Mulher Feia


Autor: Phoebe ~ 21 de maio de 2009. Categorias: Cantinho das Monas, Coisinhas de Mulher.

Antes que alguém se anime, não, “A Vida Sexual da Mulher Feia” não é um livro de auto-ajuda. Tampouco é um livro de memórias da escritora – que, ao que tudo indica, de feia não tem nada.

O livro de Cláudia Tajes é uma deliciosa ficção em que Ju, a personagem-feia, relata todas as agruras decorrentes de sua feiúra, desde a mais tenra idade. Sem medo da patrulha do “politicamente correto”, a autora dá um enfoque todo especial aos problemas dessa tal mulher feia, pois é ela própria – a personagem Ju – quem faz as piadinhas e comentários despudorados sobre sua aparência e sobre todo o impacto que a feiúra exerce sobre o seu comportamento.

O legal do livro é que ele agrada a todos – homens e mulheres, feios ou não. Afinal, todo homem já se sentiu o próprio Shrek algum dia e até a princesa mais linda já teve o seu dia de Fiona. Gisele Bünchen cansou de contar ao mundo que, na infância e adolescência, era o patinho feio da escola. Quem nunca esteve acima do peso? Quem nunca se viu apavorado ao constatar os estragos feitos pelos hormônios da adolescência?

Ao acompanhar os relatos hilários do diário amoroso da Ju, todos nós acabamos por nos identificar com algum parágrafo do livro – ou, dependendo da gravidade do caso, talvez com capítulos inteiros -, o que faz com que a história se torne ainda mais engraçada. Afinal, tem coisa melhor do que rir de nós mesmos?

Seguem abaixo alguns trechos do livro:

“Antes de tomar consciência da sua feiúra, a mulher feia vai, invariavelmente, descobrir o amor”.

“Mulheres costumam esconder sua primeira vez no sexo. Com as mulheres feias a tendência é acontecer o mesmo, com uma diferença: no caso delas, é o deflorador quem prefere evitar a divulgação do fato.”

“Um dia, assim que saiu de cima de mim, ele me falou que estava gostando de uma garota do colégio e que devíamos parar de nos encontrar. Respondi que aceitaria dividi-lo sempre que fosse preciso e que, por mim, seguiria tudo igual. Uma legítima frase de mulher feia que, sem saber, eu usava pela primeira vez”.

Beijos da Phoebe!


Meninas no ataque!


Autor: Phoebe ~ 13 de maio de 2009. Categorias: Cantinho das Monas, Mona em Família.

Se minha avó fosse viva, certamente diria: “Isso prova que estamos no final dos tempos”!

Acabo de voltar da reunião bimestral da escola da minha filha, tendo sido os pais da turma alertados sobre o comportamento inadequado das moçoilas, que andam agarrando os rapazes à força para tascar-lhes beijos de língua.

Seria normal caso se tratasse de uma turma do ensino médio, mas vindo de uma turminha do jardim de infância, essa história é capaz de causar arrepios. Bom, vi muitos pais de garotinhas se arrepiando nessa reunião!

Depois de suspirar aliviada ao saber que minha filha não fazia parte do grupo das mini-avançadinhas, fiquei me perguntando o que poderia levar crianças de 3 anos a esse tipo de comportamento. E nem precisei pensar muito, pois a professora da turma logo surgiu com as respostas: os pais estão colocando as carroças na frente dos bois. Ao invés de estimular a filha a brincar de boneca, tem muita mãe levando criança de 3 anos para o salão para fazer as unhas. Na sala da minha filha, segundo a professora, há crianças que não andam sem maquiagem. Carregam inclusive o batom na mochila para retocar o visual depois das refeições! Sem contar com a “brincadeira” de eleger um amiguinho para ser o namoradinho da filha. Que eu saiba, há pelo menos 3 casais imaginários na sala, formados por mães de meninos e meninas que, seguindo a moda indiana ditada pela novela das 8, elegem os futuros cônjuges de seus pimpolhos. E por falar em novela das 8, criança tem que assistir canais e DVD´s infantis, e não ficar ali pela sala, como quem não quer nada, acompanhando as cenas de amor de Raj, Maya & Cia., não é verdade?

Por isso, podem me chamar de retrógrada, antiquada, não me importo: aqui em casa, maquiagem, esmalte e namoradinhos continuarão terminantemente proibidos pelos próximos 10 anos!

Beijos da Phoebe!

P.S.: Sem querer zoar a ala masculina que acompanha o blog, mas não poderia deixar de comentar essa parte! A reunião escolar ganhou ares de conferência da ONU porque os pais dos meninos atacados estavam reclamando em massa, dizendo que os filhos não queriam mais ir à escola porque não queriam ser beijados! A mãe de um dos meninos chegou a frisar durante a reunião que o filho chorava dizendo “Eu não gosto de meninas, não gosto”! :D


Um tapinha dói ou não dói?


Autor: Phoebe ~ 27 de abril de 2009. Categorias: Cantinho das Monas, Mona em Família.

Quem nunca levou uma chinelada? Na minha infância, eu era praticamente íntima dos chinelos da minha mãe. Tão íntima que – lembro-me como se fosse hoje – morri de vergonha ao devolver para a escola um questionário elaborado pela coordenadora, onde minha mãe fez o favor de responder que a “psicologia utilizada pelos pais na criação dos filhos” era a “psicologia da chinelada”. Juro que ela escreveu isso!

Como cresci e me tornei uma pessoa perfeitamente normal, sempre julguei que as chineladas eram mesmo a melhor forma de se educar um filho. Meu marido chegava a ter arrepios quando eu afirmava, ainda solteira, que nossos filhos seriam clientes da tal “psicologia da chinelada”.

Só que os filhos nascem e, pais da geração cibernética que somos, acabamos tendo acesso a todo tipo de informação sobre como educar bem nossas crianças, e então descobrimos que a nova tendência mundial é a máxima “palmada não educa, machuca”. E haja confusão nos fóruns da internet, com uma corrente de mães dizendo que bater nos filhos é crime, enquanto a outra corrente afirma que “só um tapinha não dói, um tapinha não dói, um tapinhaaa”.

Pelo sim, pelo não, optei por educar meus filhos à base de muito diálogo e muito jogo de cintura, aplicando um tipo de “sistema de recompensas” que, ao menos por enquanto, tem dado certo (cada malcriação gera uma punição, enquanto cada comportamento positivo gera uma reação positiva nossa).

Mas conheço vários pais que ainda aplicam a tal “psicologia da chinelada” e não me sinto no direito de julgá-los por isso. Condeno apenas os exageros que vejo nas ruas, com pais castigando fisicamente seus filhos por qualquer motivo, como um pai que, no mercado, deu um tapa no seu filho bebê só porque o menino pisou na caixa de pizza que ele havia colocado no carrinho. Ora, se não quer que o filho pise nas compras, então não o coloque em pé dentro do carrinho, não é verdade?

E aí? Na sua opinião, um tapinha dói ou não dói?

Beijos da Phoebe!


Cadê o manual? Tracy Hogg: a encantadora de bebês


Autor: Phoebe ~ 8 de abril de 2009. Categorias: Mona em Família.

Já virou meio clichê a pergunta que todo pai e mãe faz ao voltar para casa com aquele pacotinho pequetito nos braços: “E agora, cadê o manual dessa criança?”.

A idéia de ter um filho assusta muito porque a gente não faz a menor idéia do que seja exatamente ter um filho. A gente pode ter cem sobrinhos e ainda assim não vai saber nada sobre o assunto, vai sentir como se aquele pacotinho fosse a primeira criança a estrear na face da Terra. E o que pode ser feito? Há, afinal, algum manual de instruções?

O primeiro conselho ao receber a notícia do positivo é procurar logo informações sobre como cuidar bem de crianças. Melhor pesquisar antes do que ter que passar por “aulas de laboratório” depois, com um bebê se esgoelando nos seus braços. Mas aí é preciso muito cuidado, porque as informações disponíveis mais assustam os futuros pais do que tranquilizam.

Quando engravidei da minha primeira filha, passei meses e meses coletando informações em fóruns e comunidades de mães da internet. Na época, tive que me conformar com duas conclusões: a) todo recém-nascido tem cólicas e chora por horas seguidas; e b) os pais só voltam a dormir uma noite inteira depois que o filho passa do 2o aniversário.

Já estava preparada para a guerra quando ouvi falar de uma tal de “Encantadora de Bebês”. Procurei na livraria a sua obra mais conhecida, “Segredos de uma encantadora de bebês”, dei uma folheada rápida no livro e gostei tanto que acabei levando para casa. Foi uma novidade e também um alívio saber que, afinal, cuidar de um bebê não podia ser tão complicado assim.

O livro é excelente, começa falando sobre os diversos tipos de personalidades de bebês, com dicas para você saber em que grupo seu filho se encaixa, e a partir daí as dicas levam em conta as características de cada bebê, mas no geral o segredo é um só: manter desde o 1o dia uma rotina estruturada, porque é dentro da rotina que o bebê se acalma, ele precisa saber o que virá depois.

Com o livro, acabei percebendo que estavam erradas aquelas duas conclusões iniciais: a) não é verdade que todo recém-nascido tem cólica – aliás, acho que poucos têm cólicas realmente, a maioria chora ao anoitecer em razão da sobrecarga de estímulos a que foram expostos durante o dia (barulho demais, luz demais, agito demais); e b) é possível, sim, ter uma noite de sono tranqüila mesmo tendo um bebezinho em casa (com as dicas do livro e a aplicação de uma rotina estruturada, aos 2 meses minha filha já dormia mais de 5hs seguidas durante a noite, e com 4 meses já dormia a noite inteira sem acordar para nada).

Como o livro da Encantadora de Bebês era dirigido somente aos primeiros meses de vida, posteriormente a autora publicou outro livro, desta vez voltado à solução dos problemas que os pais podem enfrentar ao seguir suas dicas durante toda a primeira infância do filho. Questões como “meu filho não quer comer”, “ele tem 1 ano mas ainda acorda de madrugada”, “era um anjo, mas agora virou um pittbull e morde todo mundo” podem ser facilmente resolvidas com as dicas desse segundo livro, bem mais abrangente do que o primeiro (“A Encantadora de Bebês Resolve Todos os Seus Problemas” – Ed. Manole).

Então fica a dica para quem é pai/mãe, não importa se de 1ª, 2ª ou 3ª viagem, e também para quem quer dar um bom presente para aqueles amigos especiais que acabaram de descobrir que vão ter um bebê!

Beijos da Phoebe

Phoebe


Willy Wonka – versão original


Autor: Phoebe ~ 28 de março de 2009. Categorias: Cantinho das Monas, Mona em Família.

Quem convive com crianças sabe o quanto são especiais os momentos em que paramos para assistir vídeos com elas. Afinal, que outra desculpa a gente teria para assistir filmes infantis e desenhos animados?

Mas mais especial ainda é quando a criança elege como preferido um filme infantil da sua época, que o deixava encantado quando você também ainda era uma criança.

Aqui em casa, o “filme da vez” (leia-se: aquele que não pode ser retirado do aparelho de DVD) é a versão original da Fantástica Fábrica de Chocolate, com o Gene Wilder no papel de Willy Wonka.

O filme mostra a corrida atrás dos 5 bilhetes dourados que, escondidos em barras de chocolate, são os passaportes para uma visita à misteriosa fábrica, onde os portões estão sempre fechados e nunca ninguém é visto entrando ou saindo, além de fornecimento vitalício de chocolates Wonka – que, segundo consta, são um verdadeiro néctar dos deuses, os chocolates preferidos do mundo inteiro.

Os bilhetes são encontrados por 4 criancinhas insuportáveis e um menino para lá de bonzinho, o Charlie. E nessa parte há algumas lições de moral para as crianças e principalmente para os pais: o menino gordinho que sempre come além da conta, a garota mimada cujos pais dão tudo o que ela exige, o garoto que é viciado em televisão e a menina do chiclete que, sinceramente, não consegui detectar ainda qual seria o seu defeito (mascar o mesmo chiclete por mais de 3 meses? Ser impulsiva e ignorar os conselhos dos adultos?). Uma por uma, todas as crianças acabam entrando pelo cano – no caso do gordinho, literalmente. E, fazendo o contrapeso, há o fofíssimo Charlie, um menino órfão de pai que estuda e trabalha entregando jornais para ajudar a mãe a sustentar os quatro avós inválidos que moram em sua casa.

Há alguns fatos engraçados nesse filme, que talvez em razão de sua idade (quase 40 anos – foi produzido em 1971), deixa escapar alguns detalhes politicamente incorretos, como a descoberta de que o 5o bilhete apresentado por um paraguaio era… falsificado, claro!

Entre rios de chocolate, árvores comestíveis e a cantoria dos anõezinhos Oompa Loompa, taí um bom filme para você alugar no final de semana, tenha ou não uma criança ao lado para assisti-lo com você!

Beijos da Phoebe


Mãos ao alto! Cuidado na hora de financiar seu carro


Autor: Phoebe ~ 26 de março de 2009. Categorias: Cantinho das Monas.

Que todo brasileiro é apaixonado por carro, isso a gente já está careca de saber. O que quase ninguém sabe é que, na hora de financiar um carro, mais de 90% das instituições de crédito promovem verdadeiros assaltos, valendo-se do desconhecimento dos clientes.

Em 2007 eu financiei um automóvel e, depois de pagar 8 parcelas, quis fazer o liquidamento antecipado. O Código de Defesa do Consumidor assegura a todos nós o direito de obter descontos ao liquidar uma dívida antecipadamente. Só que o banco que havia financiado o meu carro, além de não ter dado desconto algum, ainda me cobrou R$ 1.000,00 de “taxa de liquidação antecipada”. Tentei negociar de todas as formas mas não houve acordo. A contragosto, paguei a tal taxa, liquidei o débito e no mesmo dia redigi uma petição para dar entrada no Juizado Especial. Ao pesquisar mais sobre os valores do meu contrato de financiamento, tive uma surpresa: havia sido roubada em quase R$ 2.500,00, em apenas 8 meses de financiamento! O meu processo no Juizado demorou poucos meses e a sentença reconheceu os meus direitos como consumidora, determinando ao banco que me devolvesse todo o valor que havia sido cobrado indevidamente.

Seguem abaixo algumas dicas que vocês podem seguir para que não sejam enganados pelas instituições de crédito ao assinar algum contrato de financiamento. Para quem já assinou, não tem problema: é só dirigir-se ao Juizado Especial mais próximo à sua casa portando todos os documentos referentes ao financiamento, especialmente o contrato, e pedir que o funcionário reduza a termo a sua petição. “Reduzir a termo” significa que o funcionário irá ouvir a sua reclamação e transformá-la na petição inicial do seu processo, sem necessidade de contratação de advogado ou pagamento de custas.

a) Primeiro, solicite à instituição o seu contrato de financiamento. Nem adianta procurar em casa, você dificilmente terá esse documento guardado na sua pasta. Isso porque as financeiras, no momento de assinatura do contrato, ficam com todas as vias, alegando que depois você irá recebê-lo pelo Correio, devidamente assinado, mas não o devolvem. Você terá que telefonar pedindo a sua via e certamente ouvirá que ainda terá que aguardar pelo contrato por mais ou menos 30 dias.

b) Com o contrato em mãos, a primeira providência é verificar se foi cobrada taxa de abertura de crédito. Todas as instituições cobram, mesmo sabendo que essa taxa é ilegal. Tão ilegal que o Banco Central precisou editar uma resolução proibindo essa cobrança. O que as financeiras fizeram? Mudaram o nome para “Taxa de Confecção de Cadastro” – TCC e continuaram cobrando. Pior: aumentaram o valor! Nos anúncios de jornais, podem observar que algumas concessionárias chegam a cobrar até R$ 700,00 a título de TCC.

c) Verifique se foi incluída a cobrança pela emissão de cada folha do boleto bancário. É outra cobrança ilegal que todas as instituições promovem. Um mesmo banco chega a cobrar 3,50 por cada folhinha do carnê de financiamento de um Celta, ao mesmo tempo em que cobra R$ 6,00 pela folhinha de um Corolla – por certo o serviço de impressão é diferenciado, para o Corolla devem usar tinta à base de ouro.

d) Verifique a taxa de juros prevista no contrato. No meu caso, o contrato previa taxa de juros de 1,4%, mas as parcelas escondiam a cobrança de uma taxa superior a 1,8%. Parece pouco? Em apenas 8 meses, a financeira ganhou mais de R$ 400,00 com esse “pequeno engano”. Imagine o quanto teria lucrado caso eu tivesse mantido até o final o pagamento das 48 parcelas, ao invés de fazer o pagamento antecipado? E nem é preciso saber matemática para fazer os cálculos: o Banco Central oferece esse serviço em sua página da internet. Basta você colocar os dados principais (valor financiado, número de prestações e valor da parcela), que o site já informa a taxa de juros embutida no valor das parcelas. http://www.bcb.gov.br/?PRESTFIXA

e) Se você recebeu um dinheiro extra e pretende liquidar antecipadamente o seu financiamento, precisa tomar muito cuidado! A taxa de liquidação antecipada é ilegal e já foi condenada pelo Banco Central, portanto não aceite essa cobrança. Mas o mais importante é verificar os cálculos feitos pela financeira. Para fazer o pagamento antecipado, você precisa telefonar pedindo o valor do saldo devedor para quitação integral na data X. No cálculo desse valor, há que ser dado o desconto proporcional da taxa de juros, mas muitas instituições não dão o desconto correto. Há pouco tempo uma amiga tentou fazer a liquidação antecipada mas descobriu que, após pagar 17 parcelas de R$ 500,00, o valor do saldo devedor ainda era de R$ 16.500,00, sendo que o valor financiado era R$ 17.000,00. Ou seja, após ter pago mais de R$ 8.500,00, a financeira só havia abatido R$ 500,00 e exigia R$ 16.500,00 para quitar o débito. Claro que há algo de muito errado nesses cálculos! Nesses casos, o ideal é procurar o PROCON da sua cidade e pedir que o órgão faça os cálculos corretos, inclusive convocando a financeira para uma tentativa de acordo. Caso não haja acordo, o jeito é procurar a Justiça.

Portanto, muito cuidado na hora de financiar seu automóvel! E não deixem de divulgar essas informações, porque as instituições bancárias somente deixarão de cometer essas irregularidades quando os consumidores passarem a exigir os seus direitos.

Beijos da Phoebe!

Fonte da imagem: http://www.acf-fr.org/pt/


Isso aí dá câncer, menino!


Autor: Phoebe ~ 13 de março de 2009. Categorias: Cantinho das Monas, Mona em Família.

Na revista Seleções desse mês, há um artigo sobre um cara de 40 e poucos anos que relata o furacão que atravessou sua vida após a descoberta de um câncer na garganta. E lá pelo meio do texto ele mencionou algo que me deixou perplexa: a forma como ele adquiriu esse câncer.

Na minha família, sempre que algum primo ou prima descobre uma gravidez acidental, meu pai vai logo dizendo: “Teve sorte… Podia ter pego AIDS. Filho é lucro.” E ele tem mesmo razão. Crescemos ouvindo e lendo sobre as tais doenças sexualmente transmissíveis e desde a pré-adolescência somos bombardeados por avisos apocalípticos sobre os perigos de ir para a cama com alguém sem usar preservativo. Até na escola somos obrigados a ouvir sermões sobre o assunto – sem contar com o sentimento de vergonha alheia que nos invade ao ver o professor de biologia encapando uma banana com camisinha para nos mostrar como o negócio funciona.

Mas mesmo com tanta informação, o povo continua não usando preservativos, não é mesmo? A menina até pede que o cara use, mas depois que os dois completam um mês de namoro ela avisa que não precisa mais, porque agora está tomando pílula. Como se namoro engatado desse ao cara um certificado de isenção de doenças sexualmente transmissíveis.

Pois bem, voltando à Seleções: no artigo, o cara conta sobre as dores terríveis de garganta que ele vinha sentindo até descobrir que estava com câncer, depois relata os riscos da cirurgia para extrair parte da língua, das cordas vocais e da traquéia, o medo de perder para sempre a voz e/ou a capacidade de sentir o sabor dos alimentos, as dores lancinantes para comer e beber após a cirurgia, o doloroso processo de quimio e radioterapia.

E tudo isso por quê? Porque pegou o vírus HPV (o mesmo que causa nas mulheres o câncer de colo do útero) em alguma sessão de sexo oral. Como diz o próprio autor, “Milhões de pessoas nos últimos 30 anos andaram brincando com a sorte, praticando, na verdade, o maior dos jogos de azar. Afinal, não importa quantos pratiquem sexo seguro com penetração; quase ninguém faz sexo oral com camisinha”.

Ainda não está em pânico? Então veja essa: uma pesquisa recente informa que 72% dos homens brasileiros carregam o vírus HPV (http://www.oesteinforma.com.br/news.php?news=34332).

Ou seja: cuidado que isso aí dá câncer, menino(a)!





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