Ter ou não ter filhos, eis o tabu?
Por Mafalda - 21 de março de 2011. Categorias: Cantinho das Monas, Coisinhas de Mulher, Mona em Família.
Fui criada para não casar e não ter filhos. Minha mãe não me dava boneca, nem aqueles brinquedos de mini dona de casa: passadeira, lava-pratos, etc. E seu discurso sempre foi feminista anos 70. hehe.
Muita coisa concordo com ela, até porque na época em que ela era jovem havia muito mais machismo e preconceito contra a mulher.
No entanto, casei e tive filhos. Escolhi este caminho, confesso que não foi fácil, já que minha criação era de “não ter filhos porque eles te prendem”, etc. Mas as crianças me trouxeram uma riqueza e um crescimento pessoal que eu não teria, se não as tivesse.
Mas voltando à matéria: afirma que o assunto é polêmico, tabu. Eu não vejo assim, pelo menos, não em São Paulo, como polêmico. Vejo que as pessoas se surpreendem e até ficam tristes com a escolha de não ter filhos, mas não chega a ser um escândalo, que a mulher vai cair na “boca do povo”.
Tenho uma cunhada que pela idade, e por não conseguir engravidar, não tem filhos. Ela não foi tentar aqueles tratamentos. Claro que meus sogros ficaram tristes por conta do filho mais velho não ter filhos. Mas ninguém condenou.
Eu gostei do artigo, com exemplos interessantes, sem ser uma panfletagem feminista. A escolha das 4 mulheres foi boa, bem interessante. Principalmente da Marta Machado. Algumas coisas que ela falou: sobre os filhos irem embora e ficar aquela vazio, ainda mais se a mulher tem depressão ou tendência, é um pensamento que passa por muitos pais. Temos sempre que nos lembrar que estamos criando os filhos para o mundo, e que depois eles vão embora. Não podemos nos esquecer totalmente de nós, pois quando eles forem embora, claro que iremos sentir, mas teremos outras coisas para nos preocupar.
Por isso que acho uma sacanagem quando escuto pessoas machistas criticando mães que se dedicam fortemente a outras coisas, além dos cuidados com seus filhos.
Para a nova geração de mulheres deve ser mais complicado a idéia de se ter um filho. Com o número enorme de separações que acontecem hoje, o grande número de mulheres chefes de familia, a descrença de um relacionamento que dure “para sempre”, sendo que nem em seu trabalho você pretende ficar mais do que alguns anos… ou meses…, que tudo é relativo e descartavel, imagino o que uma jovem deve pensar sobre a responsabilidade de criar um ser humano, sem ter a segurança de que fará isso com alguem ou terá que arcar sozinha. Isso pesa muito!
Também há a valorização do prazer e o do “não-sofrimento” a todo custo na nosso sociedade, conceitos estes fortes na mente da nova geração de 20 poucos anos. Ora, filhos trazem sofrimentos, tiram sua liberdade, e também o prazer de dormir até tarde, de não ter nenhuma preocupação, etc. Esse é o lado “negativo”, embora sofrimento nos faça crescer – já dizia o Dalai Lama. O lado positivo, existe também: muita coisa que só sabe quem vive a experiência.
Notei que uma das mulheres entrevistadas comentou que a questão de engravidar é social e não natural. Existe a pressão social, mas engravidar é natural da mulher. Estudos mostram que o fato de hoje em dia nós mulheres não engravidarmos seguidamente, tendo muitos filhos (como nossas avós) acabam por desenvolver no futuro, tumores, cancẽr, por conta do sobe e desce de hormônios todo mês. Veja, não estou defendendo a gravidez de inúmeros filhos, de jeito nenhum, mas querendo mostrar que nosso corpo foi feito para isso, e que os danados dos hormônios trabalham para isso também. E com a modernidade, nós mudamos esta posição natural de parideiras, porém nossos hormônios ainda não acompanharam esta evolução ou mudança.
Vamos muito conforme os ventos nos levam. Vejo em alguns países da Europa, que a população está envelhecendo, programas incentivando as mulheres a terem filhos. E como é dificil mudar a mentalidade de uma hora pra outra, abrem o país para imigrantes, principalmente casais que tem mulheres jovens que podem engravidar. No Canadá está assim também.
Acredito que daqui alguns anos, no Brasil, não estará diferente. E o tabu será o contrário: Você quer engravidar? O Tabu de 4 mulheres que quiseram ter filhos.
Beijos,
Mafalda
Adendo
Escrevi este post em março, e agora no final de abril encontrei estes links que confirmam o que falei sobre o envelhecimento da população, o fato das mulheres não quererem mais ter filhos, e o provável futuro problemático (pra dizer o mínimo) do Brasil.
Brasil envelhece muito mais rápido do que os países desenvolvidos
União Européia terá mais mortes do que nascimentos
Província russa tem feriado para casais procriarem
Espanha quer brasileiros para repovoar “cidades-fantasma”
Se der uma pesquisada, irá achar muito mais noticias assim. Até mesmo na China estão incentivando os casais a terem mais de um filho, preocupados com o envelhecimento da população.
Então, acredito que daqui um tempo os meios de comunicação estarão trabalhando a mentalidade das pessoas para ter filhos. E a questão da “escolha pessoal” vai virar uma questão econômica, social e de sobrevivência de um país.
21 de março de 2011 às 11:16
Mafalda,
surpreendeu sua opinião. Achei que fosse defender somente a opção de se ter filhos. Mas não discordo do vc.
Se não quer ter filhos, tudo bem. Não vou olhar com preconceito. É uma opção. Quem assim decidir vai continuar sendo amigo.
Um abraço, Luiz Carlos.
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LuizC Resposta:
março 21st, 2011 ás 11:27
Como diria nosso podcaster @lucianopires, o texto é uma isca. Te lança uma idéia e faz pensar.
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elaine Resposta:
março 30th, 2011 ás 20:10
olá esse artigo mecheu muito comigo, porque estou em um momento muito complicado da minha vida. Nunca quis ter filhos, talvez pq tenha ouvido muitas estórias da minha mãe sobre a gravidez nao planejada e a adolecencia sofrica por conta disto,ou pq meus pais nos tiveram e se separaram e foi muito duro. não sei ao certo, fato é que sempre relacionei a maternidade a sofreguidao, sempre achei que ser mae seria algo sofrido e que demanda muita abdicação e renuncia de si mesmo. sempre achei incomodo ver mulheres amamentando, sempre achei que as mulheres se desgastam muito mais enquanto os homens comem bebem ou contam piadas.A mãe sempre está lá descabelada e com a comida fria.Acontece que conheci um homem a quem amo muito marcamos casamento e só faltam 4 meses. recentemente falei perto dele que nao queria ter filho, e ele entao me pediu que decisse, porque se eu realmente nao quizesse ele nao ficaria comigo ja que era o sonho dele, e que ele nao iria ao menos argumentar sobre as vantagens pq era um absurdo que as pessoas se casam p ter filhos e por isso ele nao iria esperar p ver se eu iria mudar de ideia com o tempo ou nao. tenho 25 anos sei q posso dizer p ele que quero p daqui a 6 anos mas nao sei se vou querer, tenho buscado na internet depoimentos que relatam a vantagem de ser mae p ver se mudo de ideia mas nao consigo nao quero perdê-lo mas tb nao quero estragar a minha vida. o que faço?
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21 de março de 2011 às 11:47
Oie!
Adorei seu post… mas discordo com alguns pontos. Por mais que os filhos são criados para o mundo, você nunca deixará de ser mãe.
Não é pq o filho sai de casa que vc cortou o laço, é um laço mais forte que marido, outros parentes, amigos…
Ãcho que a mulher tem todo o direito de optar por não ter filhos, isso é uma decisão dela, mas se no dia de amanha ela envelhecer com o marido, só… não podera reclamar de um asilo.
Ontem foi a missa de 30 dias da avo do meu noivo (e todos ajudaram a cuidar dela nos ultimos anos)… e tinha umas 40 pessoas,filhos netos, bisnetos,genros, noras, namoradas nos netos… etc.
É incrivel ver a familia linda que construiu. E imagino que lá de cima ela deve ta orgulhosa de si mesma. Um autor que não me lembro o nome disse… meus filhos a maior riquesa que tenho.
Você perde possibilidades, é como cortar sua arvore genealogica.
É minha opinião… mas não tenho precoceito de quem opta por não ter.
Mas se preocupe onde ficar na velhice, por lei o filho é responsável pelos pais, como fiz trabalho com asilos, sei que parentes de segundo grau não são responsáveis legais e ai vai ficar na mão da prefeitura. (no Brasil é diferente da Europa…etc)
beijos
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Mafalda Resposta:
março 21st, 2011 ás 12:58
Oi Andie! Obrigada pelo comentário.
Entendo o que você quis dizer.
Não quis dizer que depois que o filho vai embora corta-se os laços e você deixa de ser mãe. De jeito nenhum! Mãe (e pai) é pra sempre e muitas vezes, o filho dá mais trabalho adulto do que criança.
Mas digo da dedicação total aos filhos, e depois sentir aquele vazio em casa, afinal foram 20, 30 anos de convívio. Se você focar sua utilidade somente como mãe full time, com certeza irá sentir quando sua casa ficar vazia. Mesmo que você mantenha o laço e ajude, é diferente do que o convívio diário.
Mas claro que vai depender da mulher esta idéia de vazio, vai depender dos laços que esses filhos irão manter, etc.
Beijos,
Mafalda
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21 de março de 2011 às 12:05
Mais um texto interessante e de um outro lado da moeda desse assunto. Quanto a discordância sobre a recriminação social, eu posso afirmar que vivendo em lugares como Goiânia, isso acontece sim onde a cabeça do povo é mais provinciana. Existe com certeza aquela cara de pena ou olhada esquisita quando alguém fala que não quer ter filhos, quaisquer que sejam os motivos. Tenho várias amigas que são criticadas, mesmo que suavemente, pela sua escolha de não querer ter filhos ou adiarem ao máximo.
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21 de março de 2011 às 13:25
O que eu vejo hoje é uma certa “briguinha” entre mães full-time, mães que trabalham fora e mulheres sem filhos.
Ter filhos é opção. Eu cresci afirmando que nunca teria filhos. Com 30 anos engravidei num deslise. Hoje não vejo minha vida sem Coró, mas estou há quase 6 anos pensando se terei outro ou não. E isso porque filho não é só ir lá e parir, é cuidar e se preocupar com alguém para o resto das nossas vidas. E não, não é egoísmo, é medo de não dar conta mesmo.
Sobre engravidar ser algo social. Tbm vejo um ponto forte de discussão aqui. Muitas pessoas acham que, por ser mulher, a gravidez é algo obrigatório, mas nem toda mulher sonha em ser mãe. Agora, que gravidez é algo natural,não tem como falar ao contrário.
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21 de março de 2011 às 13:34
Ok, o assunto é polêmico, mas não devia, afinal, cada um sabe o que é melhor para si né?
Bom, estou há dois anos casada, e é normal que nesta altura da vida (com meus quase 30 anos) as pessoas me perguntem sem cerimonia “e aí, quando é que vai encomendar o bebê??”. Engraçado, ninguém quer saber como vai minha carreira, meus planos, minha vida, como foi minha ultima viagem… como se o objetivo de toda mulher se resumisse somente a missão de casar e procriar. Nesta ordem. :-/
Infelizmente muitas pessoas discriminam quem não quer ter filhos, chamando-os de imaturos e egoístas. Bom, vocês me desculpem, mas já vi muitos pais tendo filhos pelos motivos mais egoístas possíveis.
Eu escolhi não ter filhos e sou feliz assim, obrigada.
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Maxoel Barros Costa Resposta:
março 21st, 2011 ás 14:12
@Ila Fox, Bom, eu não sou mulher e vivo ouvindo essa pergunta desde que me casei, há quase um ano. Tanto, mas tanto, que já estou dando respostas mal-criadas…
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Maxoel Barros Costa Resposta:
março 21st, 2011 ás 14:27
Olá,
Gostei muito do texto. Não tenho nada contra quem opta por não ter filhos, vários casais amigos meus tomaram essa decisão. Filhos, por mais alegrias que possam trazer, também vêm acompanhados de responsabilidades, tomam tempo, dinheiro e muitas vezes paciência. E nem todo mundo tem vocação pra ser pai/mãe (pra não ser machista), vide o número de crianças maltratadas que existem por aí. Minha esposa, durante o tempo de namoro e o noivado, sempre disse que não queria ter filhos. Ela alegava que eles , além do trabalho que dão e o tempo que tomam, tendem a ser ingratos. Acabou mudando de idéia por minha causa. Planejamos ter um filho – não mais que isso – num futuro não muito distante.
Em relação a ter filhos ser natural ou social, a resposta é um tanto quanto óbvia: Somos feitos para reproduzir, como todo bom ser vivo, mas temos a opção e meios de dizer não à Mamãe Natureza e não termos filhos (Isso sim é cultural ou social). Mas a pressão para ter filhos por parte das pessoas, admito, é grande. São poucos os dias em que não me perguntam, desde que me casei, para quando vêm o bebê…
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21 de março de 2011 às 13:45
Confesso que, quando uma amiga vem me dizer que não quer ter filhos ou que não tem coragem de encomendar o segundo filho (como no caso da Euba), eu até sem querer acabo dando uma forcinha para que ela pelo menos pense na possibilidade. Isso porque, como disse uma amiga nossa (minha, da Euba e da Mafalda), uma coisa é certa: vc pode se arrepender por não ter tido filhos, mas nunca vai se arrepender por ter tido. Tenho uma amiga do trabalho que sempre disse que JAMAIS teria filhos, que filhos eram uma prisão e que tirariam toda a liberdade que ela e o marido sempre gostaram de ter – liberdade de sair a hora que quiser, de viajar, etc. Pois bem, aos 30 e muitos do segundo tempo ela engravidou por acaso e amou tanto a experiência que um ano depois já estava grávida de novo. E agora, aos 40 e poucos, está gerando o terceiro – ficou na dúvida se teria ou não mais um, mas ao ver a ampulheta indicando o final do tempo disponível pra decidir, optou por ter o terceiro, por conta daquela ideia que citei aí acima – posso me arrepender por não ter tido, mas não vou me arrepender nunca por ter tomado a decisão de ter mais um.
Acho que, se há um risquinho de dúvida, tem mais é que liberar o caminho mesmo. Eu aqui já finquei o pé, serão só dois e pronto. Mas se nos próximos anos bater a dúvida (o que acho muito, muito, mas muiiiito difícil! rs), pelo menos já sei que caminho devo tomar.
Adorei o texto!
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Ila Fox Resposta:
março 21st, 2011 ás 15:51
@Phoebe, Phoebe, conheço pelo menos uma meia dúzia de mulheres (e homens) que já assumiram com todas as letras que se pudessem não teriam tido filhos. São ótimos pais, mas reconhecem que filhos não é aquele mar de rosas que a maioria pinta. Sem contar aqueles casos na TV de pais (monstros) que matam, jogam no rio, jogam pela janela… Imagino que os que se arrependem dificilmente assumiriam isso publicamente, ou até para si, sabe? até pq se a sociedade já condena quem não quer, imagina quem tem e assume que se arrependeu. Complicado. O_o
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Da niel Spencer Resposta:
abril 3rd, 2011 ás 19:38
Excelênte análise
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21 de março de 2011 às 14:24
PoPois é, assunto polêmico, hehehe…
Quando morava em Campo Grande – MS sentia que as mulheres que saissem um pouco que seja do padrão (casar e ter filhos) era automaticamente tachada de promíscua (ou vagabunda mesmo). Eu mesma passei por esse problema, por ter tido filho e não ter me casado.
Mas uma coisa eu discordo das mulheres do artigo, filho não prende em nada! Olha só, eu fui criada pela minha mãe, que se separou do meu pai quando eu tinha meus 4 anos de idade.
Quando eu tinha 1 ano ela foi fazer intercâmbio na Rússia, na época União Soviética, pelos seus ideais. Ouviu um monte de muita gente, mas a pessoa que mais importava, hoje se orgulha muito de tudo isso, eu. Como filha não tenho traumas a mais ou a menos por minha mãe ter sempre trabalhado muito, ao contrário, acho que me ajudou a ser uma mulher melhor e mais forte. Que vê a importância da dedicação em tudo que faz.
Além disso tivemos uma das melhores viagens juntas, quando fomos para Paris. Caramba, foi muito legal! Compartilhar momentos com seu filho e fazer dele seu amigo não prende ninguém, ao contrário te dá um companheiro, um amigo de verdade.
O problema é que muitos pais ainda vêem seus filhos como inferiores, no sentido de não achar que seja possível compartilhar suas coisas com eles. Qual é o problema em ver seus filhos como eles são?
Quando um amigo seu diz que fez um poema, você pode ler, e quando seu filho diz que fez, você lê? Você pergunta a seu filho como foi seu dia, assim como para o seu marido ou namorado?
A partir do momento que vc ver que viajar com seu filho, passear com ele, se divertir junto, seu mundo se abre, e não fecha ou prende, tudo isso muda. Afinal o que vc faria em algum lugar que não poderia fazer na frente do seu filho, e se não pode reveja seus conceitos, pois algo na sua atitude não está correta, ou você se condena por algo e não sabe.
Ser pai ou mãe nada mais é que ser você em tempo integral, mostrar com atitudes o mundo que você deseja, que mundo quer construir para o amanhã. É exercitar diariamente o seu melhor lado, aquele que você gostaria que seu filho visse, aquele que você gostaria de ser sempre.
Deixar de ter filho pela carreira? Bom, para que você trabalha tanto e ganha tanto dinheiro? Para ter bens? Para se divertir? Para quê? Se a resposta dessa pergunta for, para me realizar profissionalmente (que é o caminho mais feliz, diga-se de passagem) acredite no que eu vou dizer, um filho nos abraça quando chegamos em casa e estamos cansadas, um filho é aquela pessoa que um dia vc vai poder chorar e pedir um abraço sem que questionar nenhuma segunda intenção, e se você fizer a sua parte de mãe, vai ser alguém que te ama profundamente e incondicionalmente.
Problemas existem em todas as relações humanas sem exceção por isso deixamos de nos relacionar? Uma mulher que não deseja filhos, deixa de ter seus namorados?
Gostamos de nos relacionar, precisamos disso. Gostamos e mantemos nossos amigos. Essas relações são preciosas, então por que não vale a pena ter um amor para toda uma vida?
Um filho nada mais é que isso, um amor/amigo para toda a vida.
Desculpa o comentário gigante
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Mafalda Resposta:
março 21st, 2011 ás 14:33
Ana, Emocionante e muito lindo o seu depoimento!
Realmente o filho é um amor para toda vida, seja ele seu amigo ou não, certinho ou problemático, perto ou distante.
Obrigada pelo comentário.
Bjs
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21 de março de 2011 às 14:43
Não sou pai, não sou casado e confesso que não faço planos para tal tão cedo. Conveniência por ser homem? Bom, talvez, mas digo mais por buscar antes uma situação mais confortável financeiramente antes de dar este passo importante.
Mas uma coisa é certa, nada substitui o prazer e a felicidade da maternidade, de fazer cumprir o milagre da criação, de gerar uma nova vida e termos a responsabilidade de torná-los pessoas de bem. Daí toquei numa palavra-chave: RESPONSA. Não digo que as pessoas hoje sejam irresponsáveis, aliás, hoje em dia, engravidar significa a falta dela, mas hoje vivemos um novo modelo social, no qual a mulher está inserida lado a lado com o homem no mercado de trabalho, diferente daquele do tempo dos nossos avós, o que torna mais ausente a presença da mãe na criação, e talvez por este motivo, muita gente pensa muito bem antes de ter filhos.
Recentemente virei tio, e com a chegada do Victor posso sentir parte das alegrias de ter uma criança na família e vê-la crescer. E a sensação? não tem preço!
Parabéns mais uma vez pelo post, Mafalda!
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21 de março de 2011 às 15:58
“Uma coisa é certa: vc pode se arrepender por não ter tido filhos, mas nunca vai se arrepender por ter tido”
Faça uma busca rápida no Google com a expreaaão ‘I hate being a mom’(ou em português mesmo: ‘Eu odeio ser mãe’) só para ver a quantidade de mulheres que se arrependem de ter filhos.
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21 de março de 2011 às 16:06
@Phoebe, “uma coisa é certa: vc pode se arrepender por não ter tido filhos, mas nunca vai se arrepender por ter tido”
Na verdade, várias pessoas se arrependem de ter tido filhos, elas só não falam a respeito abertamente porque serão repreendidas pela sociedade. Elas sofrem caladas.
Porém, hoje graças a possibilidade que a internet proporciona de falar sobre o assunto de forma anônima, várias mulheres estão desabafando sobre o lado ruim da maternidade e o quanto elas gostariam de ter feito uma escolha diferente. Basta vc pesquisar na internet por “I hate being a mom” que você verá depoimentos como esses:
“Se a maternidade é um presente maravilhoso… como você veio parar nesse site?
Muitas mulheres o encontram ao procurar por “odeio ser uma mãe”…. hummmmm, novamente eu me pergunto o que uma mãe como você aparece por aqui?
E eu sinto que seus comentários estão cheios de criticismo e julgamentos… dolorosos e odiosos. Por que chutar uma mulher quando ela está por baixo? Eu já me sinto como a pior mãe fazendo um trabalho ruim todos os dias.
E eu NÃO teria as mesmas atitudes e problemas “com ou sem filhos.”
EU COSTUMAVA ser feliz e não achava que a vida era tão difícil… antes de ter filhos…
EU COSTUMAVA ter dinheiro, um salário muito bom e uma vida profissional que eu curtia… antes de ter filhos.
Meu marido e eu COSTUMAVÁMOS ter tempo para nós dois e curtiamos a vida (e viagens internacionais)… antes de ter filhos.
Eu nunca passei perto de me sentir miserável e deprimida… antes de ter filhos.
E sim, eu perdi minha identidade… eu não sou nada mais do que máquina que cozinha, faz limpezas, limpa caras-&-bundas. Eu não perdi minha auto-estima, e é por isso que eu estou frustrada – pois eu sei que eu valho mais que do que isso! Eu tenho mais talentos e habilidades que são ignorados e estão sendo disperdiçados porque eu não tenho tempo para eles.
Se você aprecia a maternidade e a vê como um dom, isso é maravilhoso para você – eu honestamente quero dizer isso. Eu tenho tenho certeza de que você irá encontrar vários recursos e mães que pensam como você para dividir suas alegrias. Este link não é um deles (lembre-se, o título é “odeio ser uma mãe”)
Eu não acredito que eu validei ao seu comentário odioso com uma resposta, mas eu tenho que falar a verdade. Maternidade NÃO é para todo mundo. Algumas amam… muitas odeiam.” Tradução livre.
Eu sou muito feliz por ter tomado a decisão de não ter filhos e são depoimentos como o da mulher acima que me fazem ter mais certeza de que eu fiz a escolha certa.
;0)
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21 de março de 2011 às 16:14
@Priscila, qdo uma gravidez é planejada ou a pessoa tem maturidade para ser mãe, é raro quem se arrepende. Existem muitas coisas que acontecem no pós-parto, como a depressão, por exemplo, que pode fazer a mulher odiar a maternidade e que a grande maioria não é diagnosticada.
Cada mulher é uma mulher diferente. Decidir ter ou não ter filhos depende de cada uma e não do que vou te falar ou do que vai me mostrar uma pesquisa do Google. Mas o principal é querer. Ser mãe só pq a sociedade impõe ou para impressionar a família, ou para segurar marido, isso é coisa de mulher imatura, infantil e burra.
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Euba Resposta:
março 21st, 2011 ás 16:25
Outra coisa que faz uma mulher poder sentir algum arrependimento por ser mãe é a idealização do filho.
Filho não é bb de novela, não chora só na hora que o diretor manda. Bb real, chora durante a noite, tem colíca, cocô fedido, tira toda a libido da mãe nos primeiros meses, os seios podem doer durante a amamentação.
O problema é que tem mulher que nunca procurou saber como é cuidar de bb pequeno. E nas outras fases. Criança gasta pra cacete, se os pais não tiverem alguém por perto, a vida social pode sim ficar bem atrapalhada… enfim por isso que eu acho que para ser mãe é preciso maturidade.
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21 de março de 2011 às 17:53
Infelizmente o preconceito e o desprezo contra as pessoas (em especial as mulheres) que nao querem ter filhos é grande. Na teoria, isso deveria ser uma decisao pessoal e intrasferível. Na prática, nao é. Muitas mulheres tem filho por pressao do marido, pai, mae, cunhado, irmao, vizinho, vendedor de pipoca, papagaio,cachorro. Os tem para cumprir o “papel social” que lhe impuseram e ela nao parou para questionar. Muitos casais pensam muito mais na cor do carro que vao adquirir do que no significado e na responsabilidade de ter um filho. É uma pena!!! O resultado disso já esta os vendo: bebês abandonados em sacos de lixo, criancas negligenciadas, e jovens cada vez mais sem nocao de respeito e moralidade. Nao tenho filhos e nao os terei. Nunca os desejei. Para mim é algo natural nao quere-los. Assim como é natural alguém escolher ser arquiteto ou enfermeiro. E assim deve ser. Para as mamaes e papais que se realizaram na maternidade/paternidade e entenderam a responsabilidade de formar cidadaos de bem, meu profundo desejo de felicidades. Para aqueles que só cumprem o “papel social”… só posso dizer que sinto muito…
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21 de março de 2011 às 18:31
Bom, muitas moças já falaram o que eu gostaria de falar sobre a maternidade: não é pra qualquer mulher e muitas mulheres, mesmo quando planejam, se arrependem SIM. E há sim preconceito com quem não quer te-los. Canso de ouvir “ahhh, mas sua cabeça ainda vai mudar”, “ahhh, mas quando voce achar um homem que realmente goste vai entender!”. Sempre tentam colocar a mulher que não quer ter filhos como imatura e que não quer assumir responsabilidade na vida.
Outra coisa que eu gostaria de comentar é que esse argumento de “engravidar é natural” é um dos mais furados possíveis. Oras, nós vivemos uma vida 100% artificial, e a Medicina está aí. Se fossemos para viver apenas pelo que é “natural”, a maioria de nós não chegaria nem aos 40 anos. Picos hormonais? Existe uma coisa chamada anticoncepcional. Simples assim.
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21 de março de 2011 às 18:58
Correta a afirmação que, quando as mulheres seguiam o “dom natural” de ter um monte de crias, elas realmente praticamente não tinham tumores nem câncer. Só esqueceram de um “detalhe”: nessa idílica época, as mulheres não desenvolviam tumores por um simples motivo: morriam antes!!! A maior causa de morte entre as mulheres era… o parto!!!
E não era privilégio de pobre não… basta dar uma pesquisada rápida em qualquer livro de história, ou romance de época, ou o que preferir.
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21 de março de 2011 às 19:49
@Sammy, Não acho que a mulher que não queira ter filhos é imatura, acho que é uma escolha dela. Fiquei 5 anos casada e sem filhos, tbm ouvi cobranças, fui chamada de egoísta, mas o problema era meu. Quem não queria ter o filho era eu.
Eu penso que qdo se escolhe ter um filho, daí sim, a maturidade é necessária, pq a vida vira de cabeça para baixo no início.
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21 de março de 2011 às 20:23
Post maravilhoso! Não imaginava que mulheres possuiam tantos pontos de vista diferentes… Eu também acho que as pessoas temem muito o fato de ter filhos, mas quando nascem, tudo fica ótimo!
Agora fiquei com peso na consciência porque faz tempo que não ligo pros meus pais… nao to brigado com eles nem nada.. mas nao sou desses de ficar ligando mesmo..
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21 de março de 2011 às 20:26
Interessante que aqui no post tivemos vários comentários que respeitam as duas opções. Se fôssemos pensar bem isso não reflete bem a realidade.
Bom, as mulheres que não querem ter filho sofrem preconceito mesmo. E graves. Dizer que não gosta de ser mãe também. O que nunca deveria acontecer. Por exemplo, sou a favor da legalização do aborto pelo mesmo motivo, a mulher pode e deve ter o controle sobre o seu corpo.
Porém, tenho um comentário para fazer sobre a mãe da tradução de “odeio ser uma mãe”. Primeiro, ela deveria procurar um psicólogo. Segundo que, mães que param de trabalhar ou se divertir por causa dos filhos é uma falta de atitude dela mesma.
Eu bem sei como é frustrante a mãe que trabalha muito ou fora, aliás, sofre tanto preconceito quanto. Eu sou uma delas e acreditem, ouvem as mesmas coisas, de egoísta pra baixo.Mas pelo menos você pode ser feliz buscando as coisas que gosta.
O problema é ver o filho como um fardo, achar que apenas uma mulher sem filhos pode ter sucesso profissional, ou uma carreira intensa.
Continuo achando que cada mulher tem o total direito de decidir sobre o seu corpo, se quer ou não ter filhos. Mas uma vez que se tem filhos (por pressão ou não) então que se cuide e ame de fato a criança. Pq me desculpem, mas ver um filho como um fardo apenas é não amar a criança. E afinal, isso pode acontecer.
Viajar com o marido? E quem foi que disse que não dá pra viajar com criança? Quando o Daniel tinha meses eu peguei o carro com o pai dele e saí de Campo Grande para Brasília de carro. Fui contente. Quando ele era bebê fiz uma viagem de ônibus com ele. Troquei fralda em banheiro de rodoviária, mas querem saber? Ele tá vivo e bem aqui do meu lado.
Deixar que o filho te prenda é uma questão de visão sua como mulher, do que vc acha que é o papel de uma mãe. Claro que se achar que uma mãe é apenas alguém que fica em casa e limpa, aí não é culpa da sociedade.
E concordo com a Euba, quando se escolhe ter filhos (ou os têm por acaso) precisa adquirir bastante maturidade. Pode-se ter maturidade e ver que o melhor caminho é não ter filhos, claro.
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Phoebe Resposta:
março 21st, 2011 ás 23:08
@Ana Recalde,
Ana, concordo com vc em gênero, número e grau – em todos os seus comentários feitos por aqui!
Eu simplesmente AMO ser mãe, nasci para isso, e o fato de ter duas crianças correndo por aqui não me atrapalhou em absolutamente nada. Tenho uma carreira bacana, estou planejando voltar a estudar (pós-graduação) no ano que vem, quando o caçula estiver com 2 aninhos, não deixo de fazer as coisas que eu gosto e nesse ano vamos voltar a viajar – demos uma parada com o nascimento do bebê, mas agora ele já está maiorzinho, já dorme a noite toda e estamos nos sentindo prontos para voltar a colocar o pé na estrada. Já fiz viagem de carro quando a mais velha estava com 1 ano, já troquei fralda de bebê em banheiro de avião (sacolejando mais que carroça em estrada esburacada).
Acho que tudo depende de nós mesmas, da nossa satisfação, realização pessoal. É como disseram aí acima, é preciso estar 100% pronta para ter um filho. E acho que até mesmo a escolha do pai influencia – tem muito marido por aí que, sinceramente, se eu fosse casada com o cara, ligaria as trompas já na lua-de-mel. Caras que só pensam em si mesmos, que não ajudam em NADA (muitas vezes nem financeiramente) e que, para piorar, ainda menosprezam a própria mulher depois do parto, porque ela não ostenta, ainda que momentaneamente, o corpinho “com tudo em cima” de antes…
Agora, uma pessoa que diz sofrer preconceito com sua decisão de não ter filhos não pode empunhar uma pedra e arremessar na direção de quem diz ser a favor de ter filhos. Não é por aí. Se uma tem o direito de achar uma bosta ter filhos, a outra também tem o direito de achar que filhos são a oitava maravilha do mundo. E viva a diversidade!
[Responder]
21 de março de 2011 às 20:29
A verdade é que a sociedade vai exigir que vc seja, mãe, submissa e conciliadora. A mulher que não é nada disso desafia aqueles que ainda acham que mandam.
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21 de março de 2011 às 20:44
Olha, seu texto é bom, mas tem alguns pontos que precisam de ressalva, já que você demonstrou ser uma pessoa esclarecida… O primeiro, sobre os resultados da pesquisa: eles esqueceram de citar que quanto mais filhos uma mulher tem, maiores as chances de desenvolver câncer do colo uterino.
Tudo bem, mulheres que não tem filhos realmente podem ter mais problemas relacionados ao endométrio em comparação com as que já enfrentaram gestação. Mas esqueceram de levar em consideração o perfil delas: muitas usam pílula anticoncepcional, que atrofia o endométrio evitando problemas futuros, além de proteger os ovários.
Sobre os hormônios: nós seres humanos não temos período de cio, então não são eles os “culpados” por querermos filhos. Já pensou se fossem? A taxa de natalidade não teria caído. Além do mais, ser “mãe” não é só trazer ao mundo, envolve toda uma condição socialmente imposta. (Ainda bem. Já pensou se largassemos os filhos depois do desmame? )
Particularmente, acho muito mais sincero dizer “eu quis um filho pra mim, porque quero ser mãe e tenho condições para tal” do que tentar achar justificativas na biologia. Se a pessoa reúne todas as condições sociopsicológicas, suficientes pra prover a uma criança todas as suas necessidades materiais e sentimentais, e tem vontade de ter filhos, por que não!?
Claro, entenda isso acima como crítica construtiva. É ótimo ver mães esclarecidas como você, tenho certeza que vai educa-lo bem, e dá até um pouco de esperança de que no futuro, o mundo vá ter menos pobreza intelectual.
Ah, e não se iluda com a tal “geração de 20 anos”, achando que teremos uma “Brazilian Childfree Wave” (Que eu particularmente não acharia má ideia ). Tenho essa faixa etária e posso te afirmar que não é isso que acontece: está cada vez mais difícil conseguir acumular patrimônio, então há um foco maior em concluir os estudos, conseguir um bom emprego, acumular bens materiais, para então pensar em formar família. Isso não significa que não querem ter filhos, é apenas planejamento familiar, que pro alívio das gerações futuras, está cada vez mais incutido na mentalidade dos jovens.
E agora,o momento desabafo: moro em São Paulo, Capital. e posso sentir o tabu. Por ser jovem, não sou pressionada a casar e/ou ter filhos, AINDA. Mas quando eu afirmo que não tenho desejo em ser mãe, todos dizem: você ainda é nova, vai mudar de ideia. Isso é, no fundo, rejeição velada contra minha decisão, que eu não pretendo mudar. E caso eu mude, simplesmente adoto, apesar de também ser algo rejeitado, mas de um jeito aberto, com dizeres do tipo “deve ter doenças” ou “você não sabe quem são os pais, não sabe como ele vai ser”, como se fosse possível determinar personalidade. Fico triste com isso, pessoas podem ser crueis quando querem. :/
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Mafalda Resposta:
março 21st, 2011 ás 21:06
Oi Sea Breeze. Obrigada pelo comentário.
Eu realmente não pretendo com o texto defender nenhum dos dois lados. Eu acho ruim isso, pois também concordo que é uma escolha individual.
Apenas coloquei minha visão como mãe, como alguém que não foi criada para ser mãe (no começo da matéria da TPM eles citam algumas que tomaram a decisão de não ter filhos como consequencia de sua criação, que foi parecida com a minha. O que não acho que isso irá determinar a pessoa e sua escolha, já que comigo não foi assim).
E levantei alguns pontos que achei interessante. Já li muito por aí sobre hormônios, e infelizmente tenho que dizer que o ser humano tem o seu periodo de Cio. hehe
Há pouco tempo saiu pela internet, nos portais, falando sobre o periodo da ovulação da mulher, que os homens as acham mais atraentes, o cheiro muda, etc. É algo biológico, e nós humanos também temos.
A não ser aquelas que tomam pílula que evita a ovulação.
Quando disse lá em cima sobre a questão biológica da mulher, da sua capacidade de engravidar, não era um argumento, e sim um fato. (aqui estou só aproveitando para comentar o que a Sammy disse). Não estava falando sobre anticoncepcionais e a mulher decidir ou não engravidar.
Sobre o preconceito, sinto muito que as pessoas não respeitem as escolhas das outras. Existe preconceito de todas as formas contra a mulher: se ela tem filhos, se ela não tem filhos, se ela tem mais de 2 filhos (isso também acontece), se ela trabalha, se ela não trabalha, e por aí vai.
Sociologicamente falando, acredito que a tendência aqui no Brasil é de cada vez mais mulheres optando por não ter filhos, e seguirmos o caminho da Europa, Canadá, etc, com uma população idosa e necessitando de mão de obra jovem. Nunca na história a mulher alcançou a posição de igual ao homem. Sentir e ter este poder e esta liberdade, com certeza vai trazer mudanças de vontades, de mentalidade, de querer e poder.
Beijos,
Mafalda
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Sammy Resposta:
março 21st, 2011 ás 21:15
@Euba, se voce diz que para se ter a decisão de ter filhos é preciso maturidade, implica-se que quem não toma essa decisão não a tem. Pode ser que sua intenção inicial não tenha sido nesse sentido, mas, pode-se interpretar sua afirmação dessa maneira.
@Mafalda, mas nós não somos seres racionais? O que nos faz sermos humanos é justamente poder separar o instinto (e procriar nada mais é do que o instinto de sobrevivencia da espécie) da racionalidade. A ovulação da mulher e esse “cio” podem ser características naturais nossas, mas nós não vivemos em um mundo em que a natureza é o que comanda ou deve comandar! Oras, então deixemos todos os homens serem poligamicos, porque essa é a natureza do “macho”, espalhar o semen no maior número possível de femeas! Não vale usar o argumento biológico em um contexto de tempo em que toda a nossa dinamica com relação aos instintos mudou.
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Mafalda Resposta:
março 21st, 2011 ás 21:24
Sammy, deixa eu repetir o que já falei.
Eu não estou falando no texto que as mulheres “devem todas engravidar e ter milhões de filhos” e nem defendi esta posição.
Ponto.
Bjs
Euba Resposta:
março 21st, 2011 ás 22:08
@Sammy, A interpretação só vai ser negativa se quem ler assim o quiser, pq acho que deixei bem claro quando falo “Não acho que a mulher que não queira ter filhos é imatura, acho que é uma escolha dela.” Escolhar não ser mãe não é sinal de imaturidade, mas simplesmente uma escolha. Alias, uma mulher que escolhe não ser mãe, deve ser bem segura do que está fazendo, já que existe muita cobrança e isso é um sinal da maturidade, no meu entender, pelo menos. Eu jamais julguei alguém que não quis ter filho, mesmo pq engravidei sem planejar e evitei engravidar por quase 10 anos. Ou seja, já passei por tudo o que toda mulher que não quer ser mãe passa.
Enfim, mais uma vez (acho que já é a 3ª) falo que a mulher deve decidir o que quer da vida dela. Ser mãe ou não é uma decisão dela e pronto. Cada um cuidando da sua vida e sem atrapalhar a do outro.
22 de março de 2011 às 14:09
[...] eu vi no blog Monalisa de Pijamas um post sobre Ter ou não ter filhos. Na hora eu me identifiquei e fiz um comentário que quero postar aqui (corrigi os erros [...]
22 de março de 2011 às 15:25
Então só queria compartilhar minha experiência mesmo,
o seu texto me emocionou de verdade!
Interessante eu ler este post justo nesta época da minha vida.Bom,eu tenho 19 anos e decidi não ter filhos aos 7,8 quando comecei a criar uma certa racionalidade e ví minha mãe desistir de uma carreira,permanecer em um casamento não muito saudável e engordar uns 20 Kg por minha causa!Por mais que ela diga que a escolha foi dela,afinal fui uma gravidez planejada,eu carrego alguma culpa nas minhas costas!
Há 3 meses uma prima minha teve bebê,e como o marido dela trabalha em outra cidade e ela é sozinha eu que fui ajudá-la a cuidar da criança!Isso mexeu demais com as minhas convicções.Minhas amigas todas pensam em casar e ter filhos,mas é automático,sabe,como se só existisse esta opção!Eu tenho um instinto materno muito forte,não tenho nojo de trocar,não estresso com choro,eu me realizo cuidando desta priminha,morei lá por 2 meses e quando tive que vir embora foi como arrancar um pedaço do meu coração!
Tudo isso me dá uma certa tristeza por não ter filhos,eu me sinto completa quando estou com bebês,como se eu fosse útil,eles precisam de mim,da minha dedicação e carinho!Mas ter ou não filhos é algo que não está aberto à discussões,afinal eu sei que vou acabar colocando minhas frustrações em cima da criança,e o melhor que posso fazer por mim e pelo meu filho é não tê-lo!
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Phoebe Resposta:
março 22nd, 2011 ás 15:50
@L.H.,
Oi, linda! Posso só ter um pouquinho o bedelho no seu comentário? Deixa…!
Você disse que carrega alguma culpa porque, com a sua vinda ao mundo, sua mãe engordou 20kg, deixou uma carreira e permaneceu em um casamento não muito saudável. Mas pode acreditar, você não tem culpa de nada! Ela ficou 20kg acima do peso porque comeu demais, e não por culpa da gravidez – taí a Joana Prado, 3o filho e corpão maravilhoso de sempre. Eu engordei por aí também na 2a gravidez, mas aos poucos recuperei o peso de antes. Então, filho não é desculpa para excesso de peso (tem uma comunidade no Orkut regida por um médico e ele sempre diz isso, a pessoa engorda porque come muito, e não porque tem hipotireoidismo, gravidez, depressão, toma corticóide etc). Sobre a carreira, por certo ela já não se realizava antes e aproveitou o seu nascimento para abandonar de vez – talvez até pensando em voltar a trabalhar um dia, mas em outro ramo que a deixasse mais satisfeita. Quando o trabalho nos satisfaz, nem passa pela nossa cabeça a possibilidade de deixá-lo por conta do nascimento do filho. Eu amo os meus dois pitocos aqui mais do que qualquer coisa nesse mundo, mas nunca passou pela minha cabeça deixar o emprego que eu tanto amo e que tanto me realiza. E sobre casamento então, aí é que filho não segura meeesmo! Pelo contrário, tem até casais que engravidam na tentativa de salvar o casamento e depois descobrem que foi pior a emenda do que o soneto – é mais fácil um filho causas desestabilidade do que o contrário. Por N motivos – que, claro, não são culpa da criança, mas da própria inabilidade de nós, pais, em lidarmos com os problemas que aparecem. Ex: a educação da criança, a mãe quer liberar todo tipo de porqueira e o pai é natureba, não admite. Aí o pai veta o chocolate, a mãe vem por trás e dá o doce pra criança. Claro que vai rolar uma briga estrondosa! É claro que, quando se tem filhos, a gente até pensa mais antes de tomar uma decisão de separação, por medo que a criança sofra, mas o que mais ouço por aí de mães que se separaram é algo do tipo “a criança supera tudo e vive mais feliz em um lar de harmonia, melhor ter o pai e a mãe morando separados mas em PAZ, do que os dois juntos sob o mesmo teto e brigando constantemente”.
Então, não precisa se sentir culpada por absolutamente nada!
Desculpa por ter me intrometido no comentário, é que achei bonitinho o que vc escreveu e essa parte em especial acabou me chamando a atenção.
Bjs!
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Beatriz Barrios Resposta:
março 22nd, 2011 ás 18:37
@L.H., Sugestões: trabalhe com crianças, por dinheiro, por prazer (voluntariado), ou ambos. Já que vc diz ter essa “necessidade” de estar perto de crianças, canalize para uma coisa boa…
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22 de março de 2011 às 15:56
Bom, no final das contas o que vale, pelo que vi nos comentários, é: a maternidade escolhida e consciente não traz arrependimentos nem frustrações. As maternidades assumidas por pressões sociais trazem muitos mais riscos de arrependimento. E vejam que eu disse riscos, apenas.
No final, acredito que ninguém deva se sentir “obrigado” a ser mãe. A maternidade muda completamente a nossa vida, por tempo indeterminado. Ainda que não impeça as coisas que fazíamos, muda. Inclui brincar na areia e no rasinho ao invés de pegar jacaré láááá no fundo, quando vai na praia, se conformar de ver filme de animação dublado, de ler livros picadinho, de cortar a viagem no meio porque o filhote pegou otite.
Faz parte. As coisas mudam. E o que vai definir o quanto essa mudança vai mexer com você é a consciência que você tem dela.
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22 de março de 2011 às 19:25
Lendo os comentários, tudo que escreveram, o que a L.H. disse também sobre gostar de crianças, eu lembrei de uma conversa que tive com uma amiga médica pediatra e psiquiatra infantil. Aliás, esta médica é uma senhora idosa já, que foi pioneira na psiquiatria no Brasil e até hoje dá aulas para profissionais: médicos e psiquiatras.
Entre várias coisas que ela já me contou, lembrei de quando ela participou de um congresso em Portugal, e ela deu a sugestão de todo jovem, na faixa dos 18 anos, prestar serviço em creche, cuidando de bebẽs.
Pois hoje em dia não há mais aquela coisa de familia grande, com jovens, adolescentes, crianças e bebês, todos ao mesmo tempo, e nisso se acostumava e aprendia a cuidar de um bebê.
Não só isso a sugestão dela, mas o fato que este tipo de serviço irá dar uma visão mais humana e responsável para nossos jovens.
Aliás, pensando bem… acho que aí a garota (ou o rapaz) irá decidir de vez se vai querer ter filhos ou não. hehehe
Outra coisa que ela afirmou, é que desde poucas semanas… não vou lembrar agora exatamente os detalhes, mas o feto já tem as conexões necessárias para sentir e formar sensações e sentimentos que irão acompanhar e desenvolver durante a vida.
Em cada conversa, ela dá uma aula, com tanta informação, que sendo leiga, não consegui guardar tudo.
Bom, é isso. Estou gostando de ver os comentários de vocês aqui, e os diferentes pontos de vista!
Bjs,
Mafalda
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30 de março de 2011 às 20:13
olá esse artigo mecheu muito comigo, porque estou em um momento muito complicado da minha vida. Nunca quis ter filhos, talvez pq tenha ouvido muitas estórias da minha mãe sobre a gravidez nao planejada e a adolecencia sofrica por conta disto,ou pq meus pais nos tiveram e se separaram e foi muito duro. não sei ao certo, fato é que sempre relacionei a maternidade a sofreguidao, sempre achei que ser mae seria algo sofrido e que demanda muita abdicação e renuncia de si mesmo. sempre achei incomodo ver mulheres amamentando, sempre achei que as mulheres se desgastam muito mais enquanto os homens comem bebem ou contam piadas.A mãe sempre está lá descabelada e com a comida fria.Acontece que conheci um homem a quem amo muito marcamos casamento e só faltam 4 meses. recentemente falei perto dele que nao queria ter filho, e ele entao me pediu que decisse, porque se eu realmente nao quizesse ele nao ficaria comigo ja que era o sonho dele, e que ele nao iria ao menos argumentar sobre as vantagens pq era um absurdo que as pessoas se casam p ter filhos e por isso ele nao iria esperar p ver se eu iria mudar de ideia com o tempo ou nao. tenho 25 anos sei q posso dizer p ele que quero p daqui a 6 anos mas nao sei se vou querer, tenho buscado na internet depoimentos que relatam a vantagem de ser mae p ver se mudo de ideia mas nao consigo nao quero perdê-lo mas tb nao quero estragar a minha vida. o que faço?me ajudem
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Mafalda Resposta:
março 30th, 2011 ás 20:31
Elaine, eu e nenhuma outra pessoa podemos dizer o que você faz ou irá fazer na sua vida.
É algo que você terá que decidir, pesando as coisas, lendo os depoimentos, e principalmente olhando pra bem dentro de você e vendo o que você realmente quer ou não quer.
O que eu posso dizer, é que o que vc falou é isso mesmo, a mãe é mais sacrificada. Se tiver sorte de ter um bom esposo, que ajuda bastante com o bebê e a criança: trocando fralda, fazendo arrotar depois que amamenta – enquanto a esposa descansa um pouco, levando a criança pra passear, alternando para dar comida ou sobremesa, olhando a criança enquanto você toma um banho ou sai um pouco para algum lugar, já ajuda bastante!
É dificil ter e criar filhos, não é nada fácil. E os homens também tem uma visão romântica.
É desgastante fisicamente, psicologicamente. É duro como a vida é, mas que também traz alegrias, coisas boas e crescimento pessoal.
Por isso você tem que ter na cabeça, quase como um ideal, a idéia de ter filhos. Como uma missão, como uma aventura heróica que você irá entrar e nunca mais irá sair.
Agora, se você não quer este ideal ou entrar nessa “aventura”, e tiver filhos porque seu futuro marido quer, a possibilidade de se arrepender é grande, pois é algo que está indo contra o seu pensamento e a sua vontade.
Força querida! Continue pesquisando e lendo sobre o tema. Já pensou em visitar alguma creche?
Boa sorte na sua decisão.
Mafalda
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30 de março de 2011 às 23:09
obrigada pela atenção e pelo carinho!!
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3 de abril de 2011 às 17:59
Achei muito bom ter tantos pontos de vista diferentes sobre o assunto, tive vontade de ser mãe quando mais nova, mas meu namoro acabou não dando certo e me dediquei à minha carreira, não casei e hoje, de repente, me vi às vésperas de fazer 40 anos (os anos voam!) e voltei a pensar no assunto. Acho que engravidar agora só porque o relógio biológico está em contagem regressiva não é um bom motivo, e se por acaso daqui um tempo eu tiver com alguém e voltar a ter vontade de ter filhos, a adoção pode ser um caminho. Acredito que mãe/pai vai além da biologia. Um abraço.
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1 de maio de 2011 às 21:15
O mundo precisa de paz. A mulher deve fazer suas opções com calma. Observo que com ou sem filhos os grandes “companheiros” das mulheres são a ansiedade e o medo. Não se deixem mais dominar por esses dois vilões da felicidade da mulher. Optem de cabeça erguida e não aceitem as pressões sociais.
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22 de setembro de 2011 às 18:49
Sou mãe, sempre quis ser. Deixei de lado minha profissão, por por eles e agradeço a Deus por ter esses anjinhos.
E hoje minha mãe que esta com 71 anos se sente grata. Por eu e meus filhos e os bisnetos dela existirem. Apesar de qualquer problema que mães ou não mães tem.
Quero eu chegar com a idade dela e ter uma história para contar.
Na minha opnião haveria um vão obscuro.
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28 de setembro de 2011 às 11:44
Obrigada pelos comentários, que estão e continuam enriquecendo este post!
Beijos,
Mafalda
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3 de outubro de 2011 às 14:16
Bem, mais uma vez o egoísmo impera: Fazer filhos para sustentar a aposentadoria dos mais velhos… Sobrevivência do País… Ora ora, o sonho acabou, só haverá o sonho the wonderfull life, enquanto houver pessoas no mundo, sem capacidade de interpretar um texto. A vida é uma armadilha…
Ah, durmo bem, acordo bem, namoro bem, acampo bem… rsrsrsrs Antes que façam uma ligação com frustrado !!!!
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4 de abril de 2012 às 22:14
@elaine, Oi Elaine,
tenho 42 anos e não tenho filhos porque eu não quis ter. Minha vida é MUITO boa e MUITO feliz. Estou dizendo isso porque existe uma impresão de que as pessoas se arrependem de não ter filhos. Não é assim. Tem pessoas que querem ter filhos e outras que não querem. Do mesmo jeito que uma pessoa que quis ter filhos vai te falar que é a coisa mais maravilhosa do mundo, eu posso te falar que não ter é a coisa mais maravilhosa do mundo também.
O mais importante é você saber o que você quer. Esse homem que você ama muito hoje, se ele quer ter filhos e não tiver, ele vai ficar triste. Por outro lado, se você tiver filhos e não quiser, você vai ficar triste e o pior, seus filhos também vão ficar, proque não são desejados. E esse homeem que vocÊ tanto ama está disposto a largar você agora antes mesmo de existir um filho, só pela possibilidade de você não querer ter filhos. Quando vocÊ tiver filhos, eles vão vir sempre em primeiro lugar pra ele. NNão pense que ele vai te amar por ter dado filhos pra ele. Ele vai amar os filhos muito mais que você. Então, pensa nisso.
Ter filhos é bom, se as duas pesoas envolvidas querem. Se um não quer, a vida fica muito difícil. O melhor que você faz é dar um tempo agora. Adia o casamento e espera mais um pouco. Se você acabar casando, não tenha filhos nos primeiros 5 anos de casamento. É o tempo que leva pra uma relação dar certo ou ir pro brejo. Beijo e se cuida.
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