Porque fazer humor e podcast é uma arte
































Categoria: animais


Pelos


Autor: Rachel Barbosa ~ 30 de março de 2009. Categorias: animais.

Bruno despenteado

À primeira vista esse pode parecer um assunto muito banal para merecer um post, mas não é.

Já reparei que os donos de animais em geral não gostam muito dos pelos e não dão a eles a devida importância.

Para os animais a pelagem possui diversas funções. Gatos e cães de pelos curtos sinalizam que vão atacar através dos pelos. Antes de avançar em outro cão, o labrador, por exemplo, eriça os pelos ao longo da coluna.

A pelagem também serve para proteger o animal das condições climáticas, calor ou frio, e de agentes externos que estejam no meio ambiente. Além disso, é um excelente indicador da saúde do pet.

Infelizmente, a maior parte dos donos acha apenas que a pelagem é um aspecto desagradável do bichinho amado.

Nós, humanos, deixamos de ter o corpo coberto por pelos durante a evolução e passamos a substituí-los pelas roupas. Os beduínos no deserto andam com o corpo coberto por roupas específicas para protegê-los do calor, não andam? Se andassem de bermuda e camiseta não suportariam as altas temperaturas. Como as pessoas não acreditam que os pelos dos animais também fazem isso, basta aumentar um pouco a temperatura que mandam logo os bichinhos para ”passar a máquina” no pet shop. Para provar que isso é verdade, conto para todo mundo que tenho um cão peludo, um cão que usa tosa baixa e uma gata de pelo curto. Os que sentem mais calor no verão são a gata e o segundo cão. Enquanto os dois procuram ventilador para se refrescarem, o peludo encara o calor na boa.

Tenho uma cliente no pet shop que só compra ração importada para as duas poodles e as leva toda semana para tomarem banho na loja. As pessoas ficam espantadas com a beleza das pelagens das duas poodles brancas e perguntam à dona qual o segredo. Ela responde simplesmente: ração de qualidade e escovação. Não adianta escovar e comprar ração barata, o pelo só ficará bonito se a alimentação fornecer os nutrientes necessários.

Tem gente que não quer ter trabalho com pelo e manda o cão ou gato peludo para o pet shop “tosar bem baixinho”. Sempre morro de pena quando chega na loja um shi tzu ou yorkshire e o dono manda raspar. Se a natureza o fez peludo, deixa o bicho com o pelo dele! Se o dono não queria ter trabalho, escolhesse um animal de pelo curto!

Fora todos esses aspectos, o bichinho também fica orgulhoso de si mesmo se apresenta uma pelagem bonita e bem tratada. Todo mundo gosta de acariciar um animal com pelo macio, limpo e cheiroso, e animais adoram ser acariciados. Galileu, meu poodle peludo, fica todo bobo na rua quando alguém diz: “olha que lindo, parece um algodãozinho!” =P

Galileu peludo

Beijocas,

Rachel Barbosa

http://rachelbarbosa.com.br


Gato Ninja


Autor: Mafalda ~ 27 de março de 2009. Categorias: animais.

Fiquei com medo deste gato!  Ô bicho  curioso, e ao mesmo tempo, “precavido”! Se fosse um cachorro iria correndo ver. Mas ele não,  vai de mansinho. Um ninja, mesmo!


Responsabilidade


Autor: Rachel Barbosa ~ 16 de março de 2009. Categorias: animais.

Como vocês já devem saber eu tenho um pet shop. E foi lá que sábado, infelizmente, fiquei muito decepcionada com a falta de responsabilidade de alguns donos de animais.

Quando você leva para dentro de casa um animal, está assumindo a responsabilidade sobre ele. Aquela VIDA passa a depender integralmente de você. E manter um animal vivo não quer dizer apenas dar comida. Ele precisa de qualidade de vida. A qualidade de vida de um animal não é muito diferente da de um humano. Além de comida, ele precisa de higiene, vacinas e cuidados com a saúde.

Sábado chegaram no pet shop dois cães que definitivamente não vivem com qualidade (um deles não vivia, porque a partir de agora vai viver).

Um deles foi uma fêmea de cocker spaniel. Ela esteve no pet sexta-feira para banho e pedimos que retornasse no dia seguinte para ser examinada pela veterinária. O animal deveria ter uma linda pelagem negra, no entanto está sofrendo de queda de pelos e quase não tem mais nenhum cobrindo a pele. Um cão não fica quase sem pelos da noite para o dia. Isso é uma coisa que demora a acontecer, portanto, a cadela já está com problemas de saúde há tempos. As unhas da pobre estavam enormes por não serem cortadas. A unha do quinto dedo havia crescido tanto que tinha entrado na carne. Perguntei à dona: “ela não sai na rua, não está gastando as unhas, não é?” Com a maior cara de pau a dona disse que sai com ela duas vezes por dia. As unhas da cadela afirmam que isso é mentira. Os ouvidos eram um capítulo à parte. A dona disse que dá banho em casa, mas tem nervoso de limpar os ouvidos. Eles estavam tão sujos que não saía cera, mas uma massa grossa, esverdeada. Também estavam inflamados, claro.

O outro caso foi mais grave, porém o cãozinho teve mais sorte. A família, pai, mãe e filha, marcou horário com a veterinária e trouxe um schnauzer miniatura. O bichinho vivia com um dono que não cuidava e eles o adotaram há uma semana. O pobrezinho não conseguia abrir os olhos porque os pelos da sobrancelha estavam colados nos pelos da barba por uma secreção grossa proveniente dos olhos, que estão infeccionados. Uma das orelhas estava cheia de pelos colados pelo pus que saía do ouvido. Quando a veterinária me chamou, cheguei perto e senti cheiro de carne podre. Quando ela levantou a orelha para me mostrar, levei um susto com o que vi. Depois de cortar um pouco o “tampão” de pelos que cobriam o ouvido, a veterinária começou a tentar limpar, mas não conseguiu porque o bichinho estava sofrendo dores insuportáveis. Recomendamos que o levassem a uma clínica, que teria como anestesiá-lo para fazer o que fosse necessário. A dona aceitou prontamente e marcamos uma consulta para o mesmo dia na clínica de um veterinário amigo. Mas antes de mandá-lo para lá, fomos tosá-lo para facilitar o exame. Nem preciso dizer que o pelo do cão era um nó só em todo o corpo. A lâmina não conseguiu atravessar o bolo de pelos que cobriam os olhos e os ouvidos. Tive que deixá-lo de molho com água e shampoo durante alguns minutos para amolecer as crostas de secreção que grudavam os pelos. Quando tudo terminou, embora o ouvido ainda não houvesse sido tratado e ainda estivesse doendo, era visível o alívio do bichinho, que foi um doce durante todo o tempo e não tentou morder ninguém.

Coloque-se no lugar do bichinho por um instante. Você sentiria dor se sua unha houvesse crescido a ponto de entrar na carne? Se você tem unha encravada, sabe bem qual a sensação. Você conseguiria ser gentil com as pessoas à sua volta se estivesse com o ouvido entupido por pus e pelos, sentindo uma dor enlouquecedora?

Se você não tem tempo para levar o animal ao veterinário quando for necessário, não tenha um.

Falta de dinheiro também não é justificativa para não cuidar. Existem locais que oferecem tratamento gratuito ou a preços populares, como a SUIPA, no Rio de Janeiro.

Está na hora daqueles que se orgulham de serem chamados de humanos, tratarem seus animais de estimação com mais humanidade.

Rachel Barbosa
Originalmente publiquei este texto em http://rachelbarbosa.com.br, mas pedi à Mafalda que me permitisse republicá-lo aqui para que a mensagem chegasse a mais pessoas.


Agility


Autor: Rachel Barbosa ~ 9 de março de 2009. Categorias: animais.

Na semana passada falamos sobre a evolução do cão desde os tempos de lobo e como a vida atual de bichinho de estimação pode ser problematica porque o cachorro não tem um trabalho, como tinham seus ancestrais. Prometi uma sugestão de “trabaho” para os cães, por isso hoje falaremos sobre um esporte chamado agility.

O texto a seguir foi publicado pela primeira vez no Dizer o que?

 

95% das vezes em que digo “meus cães fazem agility”, quem ouve responde: “agility? o que é isso?”; em 3% das vezes o interlocutor não tem a menor idéia do que seja Agility mas fica com vergonha de perguntar, então responde de modo vago: “ah é?”; 1% ao menos já ouviu falar e sabe que Agility é um esporte; apenas o 1% restante conhece e sabe como é o Agility.

Aposto que você, leitor, fica nos 95%, não fica?

Falo sobre Agility toda vez que tenho oportunidade e já consegui converter desconhecedores em praticantes. Agora vou ajudar você, leitor, a saber o que é Agility.

Provas de beleza de animais existem há muito tempo. Os cães entram em pista, são examinados pelo juiz, saem e o público fica aguardando o próximo grupo ou decisão do juiz. Nesses momentos em que tinham que aguardar, as pessoas ficavam muito entediadas, até que em 1978 alguém teve a idéia, na Inglaterra, de colocar cães saltando obstáculos nos intervalos do Crufts Dog Show para divertir a galera. Assim surgiu o Agility, que depois foi organizado como esporte.

Mas afinal como é o Agility? É uma prova baseada nas competições de hipismo. Os competidores também formam duplas, humano e animal, mas o condutor não vai sobre o cão, claro, corre junto com ele. A prova consiste numa pista de obstáculos, saltos, que vieram diretamente do hipismo, mas foram adaptados ao tamanho dos cães, mesa, rampa, gangorra, passarela e túnel, que cavalos não podem usar por motivos óbvios.

O objetivo é ultrapassar os obstáculos na ordem determinada pelo juiz, com o menor número de faltas possível. O tempo que a dupla leva para fazer isso também conta. O condutor fica sabendo momentos antes qual é a ordem dos obstáculos e deve fazer com que o cão os ultrapasse nessa mesma ordem, mas para isso não pode usar a guia, tampouco encostar no animal. O objetivo deve ser atingido apenas com comandos verbais e gestos.

Você agora está pensando: “nossa, isso deve ser muito difícil!”. Qualquer esporte é difícil quando você começa a praticar, para isso existem os treinos. Nas competições o grau de dificuldade vai aumentando à medida que a dupla vai ganhando experiência.

Aí você pensou: “muito legal isso, mas o Billy já tem 5 anos, não dá mais pra começar a fazer Agility”. Eu digo, dá sim! Qualquer cão, de qualquer idade e raça, que esteja em boas condições físicas, que não possua problema de saúde, pode praticar. No Rio de Janeiro, por exemplo, existem cães que começaram com poucos meses de vida, os meus por exemplo, e outros que começaram já adultos. Com relação às raças, existem border collies, a raça mais popular no esporte, boxer, labradores, pitbulls, beagle, schnauzers, poodle (o meu é o único atualmente competindo), pastores de shetland, e até os conhecidos vira-latas!

Ficou interessado? Que bom! O esporte precisa de mais praticantes!

Achou muito legal, mas não tem cachorro? Isso aconteceu comigo. Já conhecia Agility mas só quando ganhei meu poodle pude praticar no Canil City Dog, no Rio de Janeiro.

Quer saber mais? Visite http://www.agilitybr.com.br.

 

Gostou da idéia? Coloque seu peludo para trabalhar!

Rachel Barbosa

P.S.: o peludo saltando na foto é o Galileu, o meu poodle (momento mãe coruja rsrs).


Evolução


Autor: Rachel Barbosa ~ 2 de março de 2009. Categorias: animais.

Semana passada dei de cara com a revista Super Interessante em uma banca de jornais e na mesma hora tive que comprar. O motivo: um beagle na capa e a matéria principal “Cachorros – por que eles viraram gente”.

A matéria retrata o cão como um grande sucesso evolucionário. Descreve em detalhes como, há 15 mil anos atrás, quando o homem deixou de ser nômade e começou a plantar, os lobos se associaram aos humanos. Os lobos começaram a comer o lixo deixado pelo homem e aqueles que venciam a tendência natural da espécie de ser arredia se alimentavam melhor, porque não corriam cada vez que um humano se aproximava. Em pouco tempo havia duas classes de lobos: os totalmente selvagens e os que viviam perto dos aglomerados humanos. Esses últimos começaram a mudar, fisiologicamente falando. Seus corpos e cérebros se tornaram menores porque já não precisavam mais caçar. Parte dos instintos desapareceu e os que ficaram foram aqueles agradáveis ao homem. Depois de 15 mil anos essa nova espécie recebeu o nome de Canis familiaris.

Quando a gente olha aquele peludinho dormindo no sofá não se lembra que, de certa forma, tem um pequeno lobo em casa!

Então homem e cão vivam juntos, mas nem por isso o cão estava autorizado a ser um inútil. Para comer os cães precisavam trabalhar. Até a Revolução Industrial quase todo cachorro tinha um emprego: guiar ovelhas, guardar a casa, caçar, puxar trenós. Com a Revolução Industrial o homem deixou o campo para viver na cidade e com isso muitos cães ficaram desempregados. Novamente a espécie se adaptou e aqueles mais dóceis foram os primeiros a entrar nas cidades, mas agora transformados em bibelô e como símbolo de status.

Infelizmente o final dessa história não tem sido um mar de rosas. Os cães de hoje simplesmente não têm o que fazer e isso desencadeia problemas psicológicos. A revista informa que existem 9 vezes mais cachorros doidos do que pessoas doidas, e que 77% dos cães americanos tomam algum tipo de remédio. E nos convida a fazer uma reflexão, imaginando ser um cachorro. O dono te leva para passear pela manhã, depois sai para trabalhar e você fica em casa. Quando ele volta, seu passatempo predileto é tentar chamar a atenção do seu dono, que estará muito cansado para brincar o tanto que você deseja. Ou você fica doido, ou começa a descontar sua frustração fazendo o que não deve.

Entendeu agora como seu cachorro se sente? Meu marido uma vez me falou que a gente sai pra trabalhar, conversa com gente nova, anda na rua, enquanto o cachorro fica trancado em casa. E ainda tem gente que acha que cão de pequeno porte não precisa sair na rua, pode viver o tempo todo trancado dentro do apartamento. Outros acreditam que o quintal oferece espaço suficiente para o cão grande se exercitar, por isso ele também não precisa sair.

Essa espécie surgiu associada ao trabalho. Eles precisam ter uma função, um emprego. Mesmo o poodle, o tradicional “cachorrinho de madame”, foi criado para o trabalho. Originalmente a raça era utilizada para recolher na água as aves que o dono abatia a tiros, por isso na tosa tradicional, a tosa leão, o poodle fica cheio de pelos no peito e na cabeça, para protegê-lo da água gelada. Cães sentem prazer em obedecer comandos no adestramento por se sentirem úteis.

Pense em tudo isso e arrume um emprego para o seu peludinho. Pra ele tanto faz ser escalado para o elenco de um filme, ou trazer o chinelo quando você chegar em casa. Ficará feliz da mesma forma.

Deixo aqui uma sugestão de “trabalho” canino e gancho para o tema da próxima semana. Faça agility com seu cão!

Para saber mais leia a Super Interessante de março/2009 (edição 263).

Rachel Barbosa
http://rachelbarbosa.com.br


Escola animal


Autor: Rachel Barbosa ~ 23 de fevereiro de 2009. Categorias: animais.

Na semana passada falamos sobre filhotes terríveis e aconselhei aos futuros donos de cachorrinhos e gatinhos que resistam à tentação de escolher o mais agitadinho da ninhada. Como prometido, hoje veremos o que é possível fazer se você JÁ escolheu um pestinha como bichinho de estimação. No entanto, este post serve para todos que têm ou pretendem ter um peludinho em casa.

Quem tem um filho não precisa decidir se vai ou não coloca-lo na escola. Isso é uma coisa natural, afinal a criança precisa aprender a ler e escrever, exercitar o cérebro, conviver com outras crianças. Quem tem um cachorro não costuma pensar da mesma forma, embora o bichinho também precise aprender a se comunicar, exercitar o cérebro e conviver com os iguais.

Não, eu não sou maluca. Existem escolas para cachorros. A maioria está concentrada em São Paulo, mas as outras grandes cidades do país também têm escolas de adestramento.

Infelizmente muitas pessoas têm idéia errada sobre adestramento. Já vi no Orkut donos que acreditavam que seus peludos se tornariam pequenos robôs se fossem adestrados. Não pode haver idéia mais distante da realidade do que essa. Um cão adestrado é um cão educado, só isso.

O adestramento permite que dono e cachorro se comuniquem. O humano passa a conhecer melhor seu companheiro, e este passa a entender o que o humano quer dele. Poderia fazer uma longa lista de benefícios que o adestramento trás, mas vou citar apenas três.

O dono se estabelece como líder da matilha. Cães encaram a família como sua matilha e toda matilha precisa ter um líder. Se o humano não assumir essa posição, o cão o fará, aí você que terá que obedecer. Se você escolheu o filhotinho terrível da ninhada, melhor adestrá-lo antes que ele, cheio de energia, assuma o posto de líder. Segundo a “etiqueta” canina, o líder da matilha estabelece as regras. Se o líder não permite que o membro canino destrua os móveis, isso não vai acontecer.

Cão adestrado, que sempre atende o dono, não corre risco de fugir ou ser atropelado se se soltar da guia na rua. No meu pet shop já vi um cocker se soltar das mãos da dona e sair correndo. Ela e meu ajudante saíram em perseguição e alcançaram o cão. E se um carro o pegasse primeiro? Meus cães, que são adestrados, já se soltaram na rua e nem sequer pensaram em se afastar de mim, porque aprenderam que o lugar mais seguro é perto de mim.

Finalmente, você e seu peludo podem fazer muito sucesso entre parentes e amigos se, depois do adestramento básico, você ensiná-lo a fazer truques divertidos. Os maiores fãs dos meus cães são meus sobrinhos, que sempre querem ver um truque novo.

Não existe melhor lugar para adestrar um cão do que numa escola de adestramento. Algumas adotam um sistema em que o próprio dono adestra o bichinho, seguindo a orientação do adestrador. E ainda leva dever de casa! Nas escolinhas, além de aprender, o peludo ainda irá conviver e se divertir com seus semelhantes, como crianças na escola.

Para escolher em que escola colocar seu peludo, procure na Internet, peça indicações, pergunte nos pet shops. Você e seu cão vão encontrar o lugar certo.

No Rio de Janeiro posso indicar a escolinha que Galileu e Bruno freqüentam, a City Dog http://canilcitydog.com.br

Boas aulas!

Rachel Barbosa
http://rachelbarbosa.com.br


Marley mais uma vez


Autor: Rachel Barbosa ~ 16 de fevereiro de 2009. Categorias: animais.

Ontem fui ao Barrashopping. É o maior shopping center da Barra, talvez do Rio de Janeiro. Uma visita àquele shopping não é completa se não incluir uma passada pelo pet shop incrível que existe lá. Dentro da loja existem répteis, como jabutis, pássaros exóticos, como calopsitas e até papagaios africanos, todos vendidos legalmente, com autorização do IBAMA, e por preços nada modestos. Mas as maiores atrações ficam nas vitrines: um aquário de água salgada gigantesco e os filhotinhos de cães e gatos (que fazem muito mais sucesso com o público do que os peixes do aquário).

Dessa vez o bichinho que mais chamava a atenção de dezenas de observadores era um scottish terrier. Os mais velhos se lembrarão dessa raça como “o cachorrinho da Tavares”. Enquanto todos os demais filhotes dormiam em suas gaiolinhas, o barbudinho se divertia horrores com um brinquedo de vinil. E latia, latia muito.

Meu amigo Gilvan ficou simplesmente encantado por aquela agitação toda. Ele adora o meu schnauzer Bruno e por isso tem uma queda por terriers. Ao ver aquele terrier cheio de vida, achou o máximo, o tipo de cão que adoraria ter em casa. Só não comprou porque não tinha R$ 2.600,00 no momento. Tenho certeza que havia um monte de gente sentindo a mesma coisa. No entanto, somente ao Gilvan pude dizer: levar um bicho desses pra casa é dor de cabeça na certa. Com os olhos espantados ele me perguntou: por quê?!

Um cão terrível é encantador, eu sei. Todo mundo que leu Marley & Eu ou viu o filme, achou o máximo a insubordinação e o mau comportamento do labrador. Mas quem tem ou teve um cão assim, sabe que no dia a dia isso não é nada agradável.

Um cão terrível vai estragar coisas em casa, principalmente enquanto filhote. Isso é tão certo como 2 mais 2 são 4. Um cão terrível vai comer um documento importante, puxar do varal uma roupa que estava secando para depois rasgá-la em pedacinhos, destruir aquele sapato que custou uma fortuna. E o dono do cão terrível vai realmente ficar muito chateado quando o objeto destruído for uma antiga foto de família carregada de valor sentimental.

Se o cão terrível for do tipo que late muito, como o scottish terrier do Barrashopping, o dono terá problemas com os vizinhos, especialmente se morar em apartamento. O bichinho vai latir o dia inteiro, talvez até durante a noite, e quem mora por perto vai reclamar.

Portanto, se você está pensando em adotar ou comprar um filhote (e esse conselho vale também para quem está pensando em um gatinho), mas não tem estrutura psicológica e/ou financeira para as conseqüências de um bichinho endiabrado em casa, escolha um dos bebês mais calminhos da ninhada. Observe os filhotes algumas vezes, em dias diferentes, para ter uma boa idéia de qual escolher. Afinal, o peludinho que está dormindo hoje, amanhã poderá estar aprontando todas!

Mas se esse post veio tarde demais e você já escolheu o filhote mais agitado da ninhada (“ele era tão bonitinho!”), aguarde o texto da próxima semana.

P.S.: O Gilvan ainda não desistiu de ter um cachorro e estou tentando convencê-lo a ter uma schnauzer para ser namorada do Bruno =)


Gordura animal


Autor: Rachel Barbosa ~ 9 de fevereiro de 2009. Categorias: animais.

Todo mundo sabe que obesidade é um problema de saúde pública nos Estados Unidos e está se tornando um problema no Brasil também. O que muita gente não sabe é que esse problema está atingindo os animais domésticos.

Lá no pet shop temos um cliente felino muito gordo (e super pesado!). Outro dia descobrimos a causa do problema. A dona dele queria comprar um pote para comida. Mostrei a ela os potes para gatos. Ela exclamou: “nossa, é muito pequeno!” Eu perguntei que tamanho ela costumava usar. Olhando os comedouros em exposição ela apontou um de cachorro e disse: “daquele ali que eu quero”. Ainda explicou: “eu coloco ração até em cima e ele vai comendo”. O pote era tamanho médio, os comedouros para gatos são tamanho mini!

Como vocês sabem, tenho dois cães e uma gata. Só o Galileu não é comilão. Ele come para viver, não vive para comer. Annita está constantemente de dieta. Se eu deixasse, ela comeria quilos de ração. Bruno está de dieta pela segunda vez na vida. A primeira foi após as férias de 2007/2008 do meu marido. Como ele passava o dia com os cachorros, deixava a ração da manhã à disposição até o início da tarde, e dava biscoitos o dia inteiro. Quando as férias terminaram, Bruno estava com 1 quilo a mais. Isso é muito para um bichinho cujo peso normal é 8 quilos. Nas férias 2008/2009 ele ganhou 1,2 quilos e agora tem um motivo extra para perder peso: descobrimos que tem osteófitos (bico de papagaio) na lombar e o sobrepeso agrava o problema. Ele já perdeu 400 gramas.

Os malefícios que o excesso de peso trás para os animais são basicamente os mesmos que acometem os humanos: colesterol alto, gordura no sangue, problemas cardíacos e ortopédicos, etc.

Algumas raças apresentam maior tendência a engordar, como os labradores, por exemplo. Alguns indivíduos (animais) ganham peso com mais facilidade que outros. Animais castrados e/ou idosos costumam engordar também.

Se você tem um peludo adulto e não sabe ao certo se ele está acima do peso, existem várias formas de descobrir. Verifique a cintura, aquele espaço no tronco entre o fim das costelas e o osso da bacia. Se não houver uma curvinha ali, seu bicho está gordinho. Outra forma é apalpar as costelas. Se você passar a mão e se perguntar “que costelas?”, é sinal de que existe gordura demais. E finalmente, pesquise em sites sobre raças o peso médio da raça do seu bichinho. Se ele estiver muito acima da média, está gordinho.

Descobriu que seu pet está acima do peso? Calma, não se desespere. Não deixe o pobre sem comer a partir de agora. O certo é levá-lo ao veterinário. Existem muitas formas de emagrecer um peludo e, cá pra nós, é muito mais fácil emagrecer um bicho do que um humano! Conforme o caso e as condições físicas do mascote, o veterinário pode indicar exercício adequado, ração dietética ou mesmo uma simples redução na quantidade diária de alimento. O importante é não tomar decisões por conta própria. Se um animal obeso for submetido a um exercício intenso repentinamente pode até morrer!

Vale lembrar que filhotes devem comer à vontade. Procure dar sempre ração de boa qualidade e não abuse dos petiscos. Use-os apenas durante o treinamento. Acostume o filhote a ser ativo e continue depois que ele se tornar adulto. Um animal que nunca sai de casa gasta muito menos energia do que um que sai diariamente para caminhar. Já pensou em praticar algum esporte com seu peludo?

Se quiser acompanhar os progressos do Bruno na dieta, visite http://rachelbarbosa.com.br.

Beijos e até a próxima semana.

Rachel Barbosa


Animais especiais


Autor: Rachel Barbosa ~ 2 de fevereiro de 2009. Categorias: animais.

Como vocês já sabem, hoje é o aniversário de 30 anos da Phoebe. Na semana passada a Mafalda me contou que estava planejando para hoje o Phoebe Day e pediu que o tema da coluna sobre animais tivesse a ver com a aniversariante. Não foi difícil atender a esse pedido, já que Phoebe e animais têm tudo a ver. Os ouvintes do Monacast já sabem que a vida dela sempre foi recheada de animais, um deles muito especial. Foi ele que me inspirou para escrever esse post.

Assim como existem humanos com deficiências de nascença ou causadas por doenças ou acidentes, existem animais especiais.

A diferença é que ninguém pensa em sacrificar uma criança que nasce cega, ou um adulto que fica paraplégico depois de um acidente. Humanos merecem uma chance, mesmo com necessidades especiais. Por que os bichos não merecem?

Felizmente esse pensamento começou a mudar. Não faz muito tempo que animais especiais passaram a ter direito à vida, e vida com qualidade. Fora dos grandes centros urbanos o sacrifício de animais com problemas de saúde ainda existe, acredito que até mesmo em razão da falta de recursos médicos. Mas nas maiores cidades do Brasil é muito difícil ouvir falar de alguém ultimamente que tenha sacrificado um animal com doença não contagiosa.

A medicina veterinária teve avanços assombrosos nos últimos anos. Existem veterinários especialistas em diversas áreas, de ortopedia a nefrologia, exames variados, de urina a ultrassonografia, e tratamentos para diversas doenças, de fisioterapia a diálise.

Na minha opinião, uma das “novidades” mais impressionantes da medicina veterinária é a cadeira de rodas para cães.

Cachorros podem perder o movimento das patas traseiras por diversas razões: atropelamentos, doenças degenerativas, tombos. Antigamente se isso acontecesse o cão era simplesmente condenado à morte. Hoje em dia, se a medicina veterinária não é capaz de fazê-lo andar novamente com as próprias patinhas, ele pode continuar a ter uma vida normal usando uma cadeira de rodas.

Pelo que pude apurar na Internet é até fácil comprar uma cadeirinha dessas, se o vet indicar, claro. E também na Internet é possível encontrar vários vídeos e fotos de animais usando a cadeira, correndo, brincando.

A nossa querida Phoebe conviveu, e amou, um cãozinho que continuou a aproveitar a vida graças a uma cadeirinha de rodas. Ele foi abandonado pelo dono e acabou sendo atropelado. Foi resgatado horas depois, tratado e teve a sorte de ser adotado pela Phoebe, com quem viveu muito feliz, fazendo de tudo, até indo à praia!

O cão especial da Phoebe prova que um animal com deficiência é tão bom quanto outro qualquer e capaz de fazer uma família muito feliz. A atitude da Phoebe é um exemplo a ser seguido.

Amiga, parabéns por esse aniversário tão importante, afinal não é todo dia que uma mulher se torna balzaquiana rsrs Tudo de bom hoje e nos próximos 12 meses. Felicidades!

Rachel Barbosa


Seis razões para ter um bichinho


Autor: Rachel Barbosa ~ 26 de janeiro de 2009. Categorias: animais.

Nas últimas semanas praticamente fiz uma campanha para convencer as mães a atenderem aos filhos quando pedirem um bicho de estimação. Espero ter sido bem sucedida.

Hoje vou tentar convencer os adultos a terem animais em suas vidas.

1) Bichinhos bonitinhos podem te conseguir um(a) namorado(a)

Meu marido não gostava de levar o Galileu para passear, mas passou a adorar essa atividade quando percebeu que as menininhas bonitinhas se aproximavam para brincar com o cachorro. Como ele é casado, a coisa para por aí, mas se você é descompromissado, pode aproveitar a oportunidade. Lembram daquele comercial antigo, em que o cara pedia o telefone do cachorrinho?

2) Animais ajudam a combater a depressão e melhoram a resposta imunológica

O bichinho precisa de cuidados. Tem que dar banho, alimentar, levar pra passear. Isso tudo favorece o contato social e ajuda a sair da apatia característica da depressão. Além disso, brincar com um animal alegra, libera endorfinas no organismo, que passa a combater melhor as doenças.

3) Seus bichos fazem amizades por você

É impossível ter um cachorro e não conhecer os vizinhos. Saio cedo de casa para trabalhar e só volto à noite. Passei anos morando aqui, mal encontrando os vizinhos do prédio, muito menos os da rua. Agora conheço todos os vizinhos da rua que têm cães e muitos do prédio me cumprimentam (apenas) para perguntar se os cachorrinhos vão bem.

Na verdade você nem precisa sair de casa para fazer amizades às custas dos seus peludos. Conheci um monte de gente legal desde que criei o Vida de Cão, o fotolog do Galileu http://fotolog.terra.com.br/galileu2

4) Gatos reduzem em 40% o risco de ataques cardíacos

Um estudo comprovou que acariciar um gato reduz a ansiedade e como conseqüência, o risco de enfarto.

5) Levar o cachorro para passear emagrece

Se você é que nem eu, detesta exercícios e não gosta nem de passar na porta de uma academia de ginástica, certamente tem dificuldade para emagrecer ou manter o peso. Mas se você tem um cão, ele pode ser seu aliado na luta contra a balança, já que terá que levá-lo para passear. Só não pense que uma voltinha rápida trará algum resultado. Leve-o para um passeio de pelo menos 30 minutos todos os dias. Será bom pra você e pra ele.

6) Por último, mas não menos importante, um cão nunca vai se recusar a te fazer companhia em qualquer lugar que você queira levá-lo, já o seu marido/namorado…





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