Porque fazer humor e podcast é uma arte
































Categoria: animais


Animais: Mamãe eu quero um cachorrinho – parte 2


Autor: Rachel Barbosa ~ 19 de janeiro de 2009. Categorias: animais.

Na semana passada falamos daquele momento pelo qual toda mãe passa, quando a criança manifesta vontade de ter um animal de estimação.

Vimos que qualquer família pode ter um bichinho. É só fazer a escolha certa.

Agora, para que as mamães não tenham mais dúvidas se devem ou não atender ao pedido dos filhos, vamos falar sobre os benefícios da relação das crianças com animais.

Estudos demonstram que crianças que convivem com bichos desde cedo são mais resistentes a doenças. O sistema imunológico “acostuma” com os agentes alergênicos encontrados nos animais. Sobre isso posso dar meu depoimento. Desde bebê fui alérgica. Tenho asma e durante toda a infância sofri com crises constantes. Minha mãe só concordou em me dar um bicho quando mudamos para um apartamento maior. Ganhei uma gata, a primeira de muitos felinos que vieram depois. Eu tinha 10 anos quando isso aconteceu e só voltei a ter uma crise de asma aos 18 anos.

Animais estimulam o desenvolvimento motor. Crianças pequenas têm dificuldade para controlar os movimentos e a força empregada, pois ainda estão aprendendo a usar o corpo. Convivendo com um bichinho elas têm um estímulo a mais nesse aprendizado, pois logo descobrem que se segurarem com força, o animalzinho se afastará. Exercícios fisioterápicos praticados com ajuda de um pet tornam qualquer prática agradável, por isso as Terapias Assistidas por Animais vêm sendo cada vez mais empregadas.

A convivência com animais de estimação estimula o desenvolvimento das relações afetivas. No dia-a-dia a criança vai vivenciar sentimentos como amor, carinho, medo e até frustração, preparando-se para o convívio com seus semelhantes. A criança que tem um pet é generosa e solidária, se sensibiliza mais com as pessoas e situações; liberta-se do egocentrismo e se torna sociável, sabendo respeitar e tolerar as diferenças.

Finalmente, bichos de estimação ensinam a criança a ter responsabilidade com outro ser vivo. De acordo com a idade, os filhos devem ser estimulados pelos pais a assumirem cada vez mais cuidados diários com o animalzinho.

Antes de terminar, vale lembrar que os animais também podem ajudar os pais a cuidar das crianças. Muitos cães, com a chegada de um bebê em casa, assumem voluntariamente o papel de “babás”. Eu mesma tive uma “babá canina”. Quando nasci minha mãe tinha um vira-latas que a acompanhava desde que era solteira. A família conta que o Bambino tomava conta de mim no berço e corria na sala para avisar quando eu acordava.

Depois desse texto tenho certeza que você não terá coragem de dizer não da próxima vez que as crianças pedirem um bichinho.

Rachel Barbosa


Mamãe, eu quero um cachorrinho!


Autor: Mafalda ~ 13 de janeiro de 2009. Categorias: animais.

“Mamãe, eu quero um cachorrinho.” Acho que toda mãe ouviu esse pedido pelo menos uma vez de seus filhos (minha mãe ouviu várias vezes de mim). Aí vêm as dúvidas. Será que devo atender? Meu filho não é muito pequeno para ter um bichinho? Os pelos não vão piorar a alergia? Um bichinho vai dar muito trabalho?

Estes e outros questionamentos são legítimos. Além disso, é preciso lembrar que um bichinho é um ser vivo. Ao pegar um, a gente assume um compromisso que vai durar anos. Não dá pra simplesmente se livrar do animal quando não for mais conveniente. Por tudo isso, a decisão de ter um bicho em casa deve ser bem pensada. Mas posso garantir que um pet vai trazer muita alegria para a família, além de ensinar muitas lições às crianças.

Em outro artigo falarei sobre os benefícios para as crianças, do convívio com animais. Hoje vou falar sobre a escolha do bichinho. Não existe família que não possar ter um. O segredo é encontrar o pet certo.

A primeira coisa a considerar é o espaço disponível. Quem mora em apartamento deve logo descartar a possibilidade de um cão de raça grande. Animais de grande porte precisam gastar mais energia e dificilmente isso será possível sem vários passeios durante o dia. Como as crianças não poderão levar sozinhas o cachorrão pra passear, os pais terão mais trabalho. Vale lembrar que mesmo os cães de pequeno porte precisam de exercício. Conheço muitas pessoas que não saem de casa com seus poodles ou shi tzus porque acham que não precisam, mas estão redondamente enganadas.

Isso leva ao segundo item a ser considerado na escolha do bichinho: o tempo que os pais terão para dedicar ao pet, já que eles ficarão de fato com a maior responsabilidade. Cães necessitam de muito mais tempo do que gatos, peixes, aves ou répteis, porque precisam de passeios diários, banhos e às vezes escovação. Em segundo lugar na escala de tempo estão os gatos, que também precisam de escovação e, dependendo da raça, de tosa. Todos os pets, inclusive cães e gatos, necessitam de cuidados diários com alimentação e limpeza de fezes e urina, mas nada que ultrapasse alguns minutos.

O terceiro quesito está relacionado à idade, ao jeito e às necessidades dos filhos. Crianças pequenas não têm total controle da força e dos movimentos, por isso podem acabar sendo brutas ao segurar o bichinho. Assim, animais muito delicados, como cães de pequeno porte, gatos ou aves, não são muito indicados para crianças pequenas. Quando machucados, cães e gatos podem morder, e uma ave pode morrer se segurada com força. Algumas crianças são mais calmas, outras mais ativas. As mais calmas ficarão satisfeitas com um peixinho, as mais agitadas ficarão melhor acompanhadas por um cão cheio de energia para correr e brincar. Às vezes o pediatra proíbe animais de estimação por causa do pelo, mas nada impede que crianças alérgicas tenham um peixinho ou uma tartaruga.

Finalmente, o último fator a ser considerado é a vontade dos filhos. Como vimos, não se pode basear a escolha do animalzinho apenas nesse desejo, mas eles também devem ser ouvidos. Para demonstrar essa importância, vou contar o caso dos meus sobrinhos. O pai deles não é um “apaixonado” por animais, mas, reconhecendo a importância na formação das crianças, há uns 3 anos resolveu atender ao pedido dos garotos. Resolveu que daria a eles um aquário cheio de peixes, pois ele mesmo criou peixes quando criança. Todo animado com a idéia, numa tarde de sábado levou a família a um shopping do Rio em que há um pet shop, decidido a sair de lá com um belo aquário. Para sorte dos meninos, meu marido os acompanhou nesse dia. Antes que chegassem à loja, o garoto mais velho confidenciou ao tio o que não teve coragem de dizer ao pai: que não achava graça em peixe, que preferia um cão ou gato. Meu marido contou ao meu cunhado e a compra do aquário foi cancelada. Dias depois chegou a Lindinha, uma gata persa muito fofa, já que um cachorro era demais para o meu cunhado.

Na próxima vez que seus filhos disserem “mãe, eu quero um cachorrinho”, você já pode começar a pensar na idéia.

Rachel


Marley e Eu, ou melhor: Bruno e Eu


Autor: Rachel Barbosa ~ 3 de janeiro de 2009. Categorias: animais.

Logo após o Natal houve a estréia da versão para o cinema do livro Marley & Eu, do americano John Grogan. Eu já havia lido o livro e no dia 27 fui ver o filme, assim como algumas centenas de pessoas. Pretendia ir à seção das 18:50h, mas só consegui os 3 últimos ingressos para a seção de 21:20h!

O livro se tornou um verdadeiro best seller sem que fosse feita qualquer propaganda. A história foi recomendada de leitor para leitor. O filme de certo será um sucesso de bilheteria. As mesmas pessoas que leram o livro – e muitas outras mais – irão ao cinema para assisti-lo. O filme não é nenhuma superprodução, mas vale ressaltar que tem boa trilha sonora. O livro foi escrito de modo interessante, usando uma narrativa leve, descontraída, mas não se pode dizer que seja um texto memorável. Então o que fez de Marley & Eu um sucesso estrondoso? As trapalhadas do cão? Não, empatia.

Quem tem ou teve um animal se identificou com pelo menos uma passagem. Mesmo quem não tem, se transportou para dentro daquela família e também acabou seduzido pelo Marley. Para mim o livro teve uma função muito importante: ajudou a aceitar o cão problemático que tenho em casa. Sim, eu tenho um mini-Marley, que às vezes é agressivo com outros cães.

Em 2005 ganhei o Galileu, o poodle, e tudo deu certo desde o primeiro momento. Tirei-o da casa em que havia vivido com pais e irmãos por mais de 2 meses, e no caminho para a casa nova ele nem chorou! Em 2006 resolvi comprar o Bruno, o schnauzer miniatura, e já na chegada ao Rio – ele veio de um canil em Porto Alegre – tudo foi diferente. Eu e Galileu estávamos na sala de espera na parte da frente do terminal de cargas do aeroporto do Rio, e soubemos pelos gritos histéricos que Bruno havia desembarcado nos fundos.

Era um filhote terrível, agressivo com o Galileu, que corria e se refugiava no sofá para não ser alcançado. Pensei em doá-lo e arrumei uma pessoa interessada, mas então o adestrador do Galileu me convenceu que juntos daríamos um jeito na fera. Bruno começou a ser educado em casa, antes mesmo que pudesse começar a freqüentar a escolinha. Ele gritava quando o seguravam no colo, se recusava a fazer xixi no tapete higiênico, gritava quando ficava descontente com alguma coisa, gritava e rosnava quando via outro cão. Aos poucos aprendeu os comandos básicos, se saiu muito bem nas aulas de condução na guia, aprendeu a respeitar a mim e ao Galileu. Também aprendi a controlá-lo para não deixar que avançasse em outros cães. Na primeira competição de agility ficou em segundo lugar e naquele campeonato foi Campeão Carioca.

As coisas tinham se acertado, mas eu ainda não conseguia relaxar com ele. Na verdade comparava seu mau comportamento com o bom comportamento do Galileu e não aceitava o Bruno. Só me dei conta disso depois de ler Marley & Eu. Então veio a aceitação: aquele não era o melhor cão do mundo, não era bem comportado por natureza, mas era o meu cão e seus olhinhos, por vezes escondidos atrás das longas sobrancelhas, diziam que me amava mais que tudo no mundo. Graças ao Marley percebi isso.

Ainda sou obrigada a ser dura e exigente com o meu barbudo, mas o amo demais.

Rachel


Animais: Bichos no Ano Novo


Autor: Rachel Barbosa ~ 29 de dezembro de 2008. Categorias: animais.

A virada do ano vem aí. Época de festa, comemoração, mas para alguns animais, época de muito sofrimento por causa dos fogos.

Alguns são indiferentes ao barulho, mas a grande maioria sente medo ou mesmo pavor. O que muitos donos nem desconfiam é que contribuíram para esse sentimento se formar. Na primeira vez que ouviu um rojão ou outro estouro qualquer, o filhotinho se assustou. Natural. Aí o dono reagiu ao susto como reagiria com uma criança: pegou o filhotinho e tentou consolá-lo. Com esse gesto, o pequeno entendeu que aquele som era algo a ser temido mesmo, já que o dono o estava segurando e protegendo. Nas outras vezes em que a situação se repetiu, o aprendizado do medo foi reforçado até chegar num ponto sem volta.

O melhor a fazer quando um filhote ouve um estouro é a maior festa, muita comemoração, elogios à atitude destemida do pequeno, sem segurá-lo no colo, por maior que seja a vontade de fazê-lo no momento. A idéia é associar o barulho a algo bom, em vez de associá-lo ao medo. Se o filhote não reagir a estouros, não faça nada. Se ele não está se incomodando, por que você irá se abalar?

E como ficam os animais adultos que já aprenderam a temer os fogos? Isso depende da reação que o peludo demonstra. Se ele apenas sente medo normal, o dono pode fazer um trabalho de dessensibilização durante o ano, preparando-o para o Réveillon. É possível encontrar em alguns pet shops CDs gravados especialmente para essa finalidade. Algumas vezes por semana toque o CD em volume bem baixo – lembre-se que os animais ouvem melhor do que os seres humanos – e, enquanto isso, faça coisas boas com o bichinho: dê comida, petisco, brinque. A idéia é a mesma do filhote, associar os estouros com coisas agradáveis. À medida que ele for descontraindo enquanto ouve o CD, aumente gradativamente o volume e continue a associação com coisas boas. O segredo é ter paciência.

Mas existem animais que não têm apenas medo, têm verdadeira fobia. Nesses casos, o trabalho de dessensibilização pode não ser indicado. Com eles, o jeito é diminuir o contato com o som. Na noite de 31 de dezembro, antes mesmo que os fogos comecem na vizinhança, coloque o peludo no quarto mais silencioso da casa, feche as janelas e a porta, ligue a TV ou o aparelho de som, e não o deixe sozinho. Não deixá-lo sozinho não quer dizer passar a noite agarrado ao bicho, pois dessa forma o dono só aumenta a sensação de que existe mesmo algo muito terrível a ser temido. Apenas faça companhia ao seu animal e permita que ele se aproxime, se quiser. Animais que entram em pânico com fogos não devem jamais ficar em locais dos quais possam fugir – já ouvi a história de um cão que se jogou contra uma janela de vidro na virada do ano –, nem presos a correntes ou guias, pois podem se enforcar.

Em todos os casos, a energia da família é determinante no comportamento do bichinho. Se às 20 horas e família já começa a ficar nervosa, pensando na reação que o peludo terá quando a meia-noite chegar, o sofrimento dele começará mais cedo.

Espero que essas dicas ajudem você e seu peludo a se divertirem bastante no Réveillon.

Feliz 2009!

Rachel Barbosa


Animais – por Rachel Barbosa


Autor: Rachel Barbosa ~ 22 de dezembro de 2008. Categorias: animais.

No mundo de hoje os animais definitivamente deixaram de ter função meramente estética ou utilitária. Foi-se o tempo em que as pessoas possuíam pássaros apenas para apreciar as belas cores ou o canto, gatos para manterem a residência livre de ratos e cães para guardarem o território.

Os animais se tornaram membros da família e nela têm espaço cada vez maior. Enquanto a União Européia é forçada a implementar políticas de incentivo à maternidade para evitar as taxas de natalidade sempre decrescentes, na França, por exemplo, mais da metade da população possui animais de estimação.

Falando sobre o Brasil, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais de Estimação, em 2007 o país possuía 31 milhões de cães, 15 milhões de gatos, 17 milhões de pássaros e 7,5 milhões de peixes ornamentais (2 cães e 1 gato estão no meu apartamento).

Não moro na França, mas conheço uma mulher que não tem filhos e trocou o marido por uma poodle. Dependendo do marido, esse pode ser um excelente negócio.

Para ter certeza de que os animais vêm conquistando espaço cada vez maior no Brasil, basta uma volta pela vizinhança. Existe um pet shop em cada esquina, perdendo apenas para as drogarias, que nos últimos anos proliferaram feito coelhos. Para ter uma idéia mais exata sobre o papel dos bichinhos nas famílias, basta entrar em um desses pet shops. Toda semana recebo no meu pet alguém que teve um cão na infância e agora resolveu voltar a ter. Naquele tempo, a única coisa que o dono comprava para um cachorro mimado era ração, porque a maioria se alimentava com os restos da comida da família. Aí o dono se espanta ao descobrir como o mercado mudou e que agora existe uma infinidade de outros produtos para mimar o peludo.

Mas se você é que nem eu, o tipo de dona que nunca se cansa de correr atrás de uma novidade para o bichinho, faça uma visita aos grandes pet shops de São Paulo. São verdadeiros parques de diversões, mais para os donos do que para os animais. É possível encontrar coisas como vestidos de noiva e de gala, creme para hidratação do pelo, cama com dossel e babados, e até guarda-chuva!

Animais são ótimos, mesmo se você não está a fim de “brincar de boneca” com eles. Gatos reduzem o risco de ataque cardíaco porque acariciar o pelo alivia o estresse. Cuidar de um peixinho é um excelente exercício de responsabilidade para a criança. Um cão nunca vai te dizer que não está a fim de sair hoje, já o seu marido…

Beijos da Rachel

http://www.rachelbarbosa.com.br

Rachel quando criança queria ser veterinária, mas acabou enveredando pelos caminhos do Direito. Adora uma boa briga em seu escritório de advocacia, juridicamente falando, mas se diverte trabalhando no pet shop do qual é sócia. Um dia ganhou de presente o Galileu, seu poodle, e resolveu aprender sobre animais. No Monalisa de Pijamas vai dividir com os leitores o que sabe.





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