Porque fazer humor e podcast é uma arte
































Categoria: animais


Experimente não fazer nada com seu pet


Autor: Rachel Barbosa ~ 15 de agosto de 2010. Categorias: animais.

paw
Foto: theirl

Sexta-feira tive um dia de folga. Pela manhã saí para fazer umas compras. Voltei no começo da tarde, preparei algo para comer, almocei e fiquei na expectativa de receber uma notícia para sair novamente. Enquanto isso, aproveitei para descansar.

Não há nada (ou quase nada) que meus cães gostem mais do que passar um tempo comigo. Liguei a TV, recostei na cama e eles logo vieram deitar junto. Não prestei muita atenção na TV, me concentrei mais neles. Fiz carinho, cocei as barriguinhas (eles amam), brinquei com as patinhas e orelhas (eu adoro), aproveitei para desembolar uns nós que encontrei nos pelos, passamos um tempo juntos, aproveitando a companhia uns dos outros…

Na correria do dia a dia a gente acaba não tendo tempo para aproveitar momentos como esse. Estamos mais preocupados em levar para caminhar, limpar, alimentar, educar.

Um gatinho brincando sozinho ou com outro gatinho é uma das coisas mais engraçadas que existem. A gente pode passar horas olhando sem se cansar. Cãezinhos brincando são muito divertidos também.

Observar e admirar seu bichinho é uma delícia. Olhe as patinhas (almofadinhas de cães e gatos são lindas), brinque com as orelhas caídas, sinta a textura do pelo, sinta a respiração, admire os dentões (lembra como eram pequeninos quando ele era filhote?). Se você nunca fez isso, vai passar a ver seu pet de outra forma. Se não faz isso há muito tempo, vai se reapaixonar.

(Além disso, essa manipulação ajuda a criar intimidade entre vocês e torna mais fácil a manipulação do animal pelo veterinário ou pelo tosador porque ele se acostuma a ser tocado em todo o corpo.)

Rachel Barbosa
http://caoamado.com.br

Selo peixe Grande 2010


Feliz Dia dos Pais


Autor: Rachel Barbosa ~ 7 de agosto de 2010. Categorias: animais.

Neste final de semana vou falar sobre um assunto óbvio, mas sobre o qual tenho certeza que vocês não costumam pensar a respeito: o Pai de Cachorro.

A Mãe de Cachorro já é figura conhecida: chama os cães/gatos de filhos, acha lindos os seus filhos e os dos outros também, visita semanalmente o pet shop para encontrar mimos para os filhos, adora ler blogs sobre pets e trocar experiências.

O Pai de Cachorro é diferente, bem mais discreto. Tem foto dos filhos peludos no smartphone, mas só mostra se outra pessoa puxar o assunto. Adora fazer festa nos filhos dos outros, mas sem muito alarde. Não costuma comprar coisinhas fofas no pet shop, mas sempre leva brinquedos ou ossinhos. Alguns conseguem vencer a vergonha e partilham experiências em blogs.

Os Pais de Cachorros não amam menos os filhos, apenas são mais reservados.

Quando casei já tinha Annita, minha gata siamesa. O maridão dizia não gostar de gatos, mas não teve outra alternativa a não ser aceitar a felina, que ainda por cima dormia na cama comigo. Nunca tratou mal, mas mostrava indiferença. Aí um dia Annita ficou doente. O maridão foi comigo ao veterinário. Quando voltamos fui à cozinha preparar o remédio e ao voltar para a sala flagrei os dois no sofá, o maridão acariciando Annita e dizendo baixinho “você vai melhorar”. Ele já era um Pai de Gato.

Tempos depois vieram os cães. Aí o maridão assumiu de vez o papel de Pai de Cachorro. Quando estava fazendo mestrado em Nova Friburgo, sempre que voltava da aula trazia ossinhos. Até hoje Galileu e Bruno não podem ver o papai tirar um saco plástico da mochila que correm cheios de interesse, achando que vão ganhar um osso.

Na primeira aula de agility do Galileu, o papai estava presente, fotografando e filmando. Na primeira competição também. Quando Bruno ficou mancando porque estava com problema na coluna, papai não pode acompanhar a consulta, mas foi para o trabalho todo preocupado. No dia da cirurgia de castração da Ge o papai faltou ao trabalho para estar com ela (só não teve coragem de olhar a operação pelo vidro do centro cirúrgico). Nos domingos ensolarados gostamos de tomar café da manhã na padaria. O papai é o primeiro a perguntar “vai levar os cachorros?”

Claro que se alguém perguntar, o maridão negará tudo isso. Afinal, não pode perder a pose e deixar todo mundo saber que ele é um Pai de Cachorro.

Tanto amor e dedicação têm que ser reconhecidos, por isso todos os anos os filhos peludos presenteiam o papai na manhã do Dia dos Pais. O mais engraçado é que os cães aqui ficam animados sempre que veem um pacote embrulhado para presente. Por isso sobem na cama, dão beijinho, fazem a maior festa. Parecem até que estão entendendo a homenagem. Vai ver estão!

Fica aqui esse post como uma homenagem a todos os Pais de Cachorro, aqueles que vencem a timidez e comentam os textos da coluna Animais, e também aqueles que preferem só ler. Feliz Dia dos Pais!

Rachel Barbosa
http://caoamado.com.br


O Extraordinário Mundo Animal


Autor: Mafalda ~ 26 de julho de 2010. Categorias: animais.

Adoro fotos da Natureza e Mundo Animal

Tubarão

cuidado com a cobra

cabras no ponto de onibus

gato e mosca

Urso Panda

pombo correio


Amizade Animal


Autor: Mafalda ~ 19 de julho de 2010. Categorias: animais.

A Amizade significa Amor ao Amigo, ou Amor Fraterno. Não se restringe somente aos humanos, mas  encontramos amizades entre homens e animais, e também entre os animais da mesma ou diferente espécie.

Quem já não viu algum vídeo do youtube de algum animalzinho tentando salvar o amigo, ou adotando outro?

Para começar bem a semana, imagens que retratam a Amizade no mundo animal. :)

amizade animal

amizade entre animais

amizade gato e passáro

amizade animais selvagens

melhor amigo

amizade de animais

amizade de cachorro

O cão e o Urso

amizade animal

gato e cachorro amigos

Beijos,
Mafalda


Branquelo difícil


Autor: Rachel Barbosa ~ 4 de julho de 2010. Categorias: animais.

galileu

Galileu é bonito, educado, simpático e inteligente. Poderia ser o cão perfeito, mas está longe disso. Se por um lado tem todas essas qualidades, por outro lado tem muitos defeitos que não param de surgir.

Sempre que tem oportunidade faz xixi no sofá-cama e na minha cama, como é muito ágil consegue subir e pegar objetos que não deve, tem mania de derrubar as almofadas do sofá no chão, tem complexo de vira-latas e adora fuçar no lixo.

A última “invenção” dele foi comer o que a Geometria faz. Isso se chama coprofagia. Na verdade, não é uma novidade na vida do Galileu. Quando era pequeno ele comia as “obras” da gata Annita. A veterinária na época explicou que isso ocorria porque a ração para gatos deixa as fezes mais cheirosas (para os cães, não para humanos). Com o tempo perdeu o hábito. Depois que Geometria chegou, ele ficou louco pela ração de filhote que ela come e o comportamento voltou, certamente desencadeado pelo cheiro da ração nas fezes. Fizemos progressos nesses meses e ultimamente ele vinha perdendo o hábito, mas essa semana Galileu teve uma recaída feia: por duas vezes rasgou o saco de lixo com tapetes higiênicos usados para pegar as fezes que estavam junto. Além de comer aquela coisa nojenta, ainda fez a maior sujeita na cozinha e ficou imundo após enfiar o focinho e as patas nos tapetes higiênicos.

A coprofagia pode ter como causa problemas de saúde ou problemas comportamentais. Claro que estamos falando da coprofagia em filhotes e animais adultos. É normal que cadelas ou gatas com filhotinhos comam as fezes deles para manter o ninho limpo.

Os problemas de saúde podem incluir doenças que diminuam a absorção dos nutrientes contidos na alimentação, alimento com baixa qualidade nutritiva ou em quantidade insuficiente, verminoses, pancreatite, Síndrome de má absorção.

Os problemas comportamentais podem ser ansiedade, falta do que fazer quando está sozinho, o pet pode comer as fezes porque ganha atenção do dono quando leva bronca, o pet come as fezes para esconder porque acha errado fazê-las, o pet come porque acha gostoso (Galileu). (fonte: Saúde Animal http://www.saudeanimal.com.br/artigo92.htm).

Se a causa for física, é necessária a orientação do veterinário. Se o problema for comportamental, a primeira coisa a fazer é não facilitar as coisas para o “comedor”, não deixando o “objeto do desejo” dando sopa. Recolha as fezes assim que forem feitas. Outra técnica possível é colocar na “obra” molho de pimenta ou repelente de cachorro (encontrado em pet shops). Quando o dog comer, vai sentir o gosto ruim. Existe no mercado pet um comprimido que depois de ingerido, deixa as fezes com gosto ruim. Estou pensando em adotar essa técnica. Claro que, como Galileu não come as próprias fezes, quem terá que ingerir o comprimido será Geometria.

Olha, só amando muito aquele branquelo porcalhão pra aguentar tantos defeitos! rsrs

Rachel Barbosa
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Barulhos


Autor: Rachel Barbosa ~ 20 de junho de 2010. Categorias: animais.

galileu

Estamos aqui, eu e meu marido, assistindo a seleção brasileira jogar com a seleção da Costa do Marfim, acompanhados dos peludos.

Eles estão bastante tranquilos, apenas após os gols Galileu e Bruno esboçaram algumas reações. Geometria não deu a mínima. Poderia até desconfiar que a bichinha é surda, porque não tem problema nenhum com barulhos altos rsrs

Eles não ligam para as vuvuzelas e outras cornetas. Apenas os rojões os deixam meio apreensivos.

É normal um cão reagir a um som alto. Em primeiro lugar porque ouve muito melhor que humanos, então o som é muito mais alto pra ele. Em segundo lugar por desconhecer a origem do som e assim não saber se representa perigo ou não.

No entanto, muitos animais, cães e gatos, levam essa reação a extremos. Infelizmente humanos às vezes são os causadores desse problema.

Nossa reação “humana” ao ver um animal expressando receio e cautela em razão de um som alto, é acolhê-lo e tentar acalma-lo. O bichinho, no entanto, interpreta esse comportamento de outra forma, como um sinal de que aquele som é realmente perigoso, já que o humano o está protegendo.

Se você já fez isso com seu peludo e hoje em dia ele entra em pânico nessa época do ano com os fogos, não é tarde para mudar seu comportamento e melhorar a forma como o pet se sente. Se você tem um filhote e essa é a primeira Copa do Mundo dele, comece da forma certa.

Em primeiro lugar, controle sua vontade de pegá-lo no colo e dizer “coitadinho”.

Facilite as coisas para o bicho permanecendo junto a ele, para que se sinta seguro. Fique dentro de casa enquanto assiste o jogo. Praças, ruas, ou mesmo o quintal, são mais expostos aos barulhos.

Evite comemorar os gols de forma exagerada. Sua gritaria excessiva ou dos outros membros da família também pode assustar.

No entanto, não deixe de comemorar. Sua felicidade é que vai dizer ao peludo que aquela barulheira é uma coisa boa. Animais leem nossa energia e nossas expressões faciais. Sabem perfeitamente quando estamos tristes e alegres. Se seu cão puder perceber claramente que você está feliz, associará os fogos e cornetadas a uma coisa boa. Mas se antes do jogo começar você já estiver nervoso por saber que seu pet irá ficar com medo, estampar um sorriso no rosto no meio da partida não irá enganá-lo.

Bom jogo pra você e seu peludo!

Rachel Barbosa
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Fotografando seu pet


Autor: Rachel Barbosa ~ 13 de junho de 2010. Categorias: animais.

No meu pet shop costumo fazer uma promoção em algumas datas comemorativas que agrada os clientes. Nas compras de um certo valor o pet ganha uma foto comemorativa. Agora na Copa a foto é inspirada na torcida brasileira.

Os cliente humanos gostam muito porque em geral não possuem boas fotos dos seus peludos. As fotos tiradas no pet shop acabam sendo as melhores. Já tive clientes que encomendaram várias cópias porque todos na família queriam uma!

Ontem uma cliente que levou o york para a seção fotográfica já chegou dizendo que seria difícil fotografar o bichinho porque sempre que ela aponta a câmera ele abaixa a cabeça, não fica quieto, etc. Como já estou acostumada a clicar cães e gatos, num instante consegui uma boa imagem e deixei a cliente surpresa com o resultado.

Daí me veio a inspiração para o post de hoje: dicas para fotografar seu peludo (e gostar do resultado)!

As pessoas costumam achar que precisam de uma câmera profissional para fazer uma boa foto. Isso não é (totalmente) verdade. A diferença entre as câmeras profissionais e as compactas de boa qualidade (aquelas pequenas, com ou sem zoom) é basicamente a automação. As compactas fazem tudo sozinhas e nem sempre os ajustes automáticos são os que produzem as imagens mais interessantes. No entanto, muitas marcas de compactas além do modo automático, possuem programas inteligentes, como “retrato”, “grupo”, “paisagem”, etc. Então aí vai a primeira dica: fotografe seu pet em modo de “retrato” ou mesmo “macro” se fotografar bem de perto. Esqueça o automático.

A segunda dica é aproxime-se do seu pet para clicá-lo. Animais são sempre menores que a gente, por isso clicá-los de longe NUNCA produz um bom resultado. Você já deve ter feito muitas fotos (ruins) do seu pet ficando você de pé e clicando o pequenino sentadinho láááááá no chão. Para fazer uma foto legal, deite no chão ou coloque o peludo sobre uma mesa (com segurança, claro).

Uma foto só é interessante se a pessoa que olha identifica o tema logo de cara. Em geral as pessoas clicam os pets junto com o sofá, as almofadas, um monte de gente. O observador não tem a obrigação de “adivinhar” que no meio de tudo aquilo sua intenção era mostrar o Totó com a roupinha de inverno nova. Se quer mostrar o Totó, mostre apenas ele. Como fazer isso? (Mais uma vez) Fotografe de perto.

Você também facilita vida do observador limpando o cenário. Um sofá estampado em geral não será um cenário tão bom quanto um sofá de uma cor só. Um gramado bem verdinho, por exemplo, é um cenário excelente.

Outra coisa importantíssima é a expressão do peludo. Clicá-lo de surpresa enquanto morde um ossinho, por exemplo, pode resultar numa ótima foto. Se a intenção for clicar uma pose, atraia a atenção dele com um brinquedo que faça barulho. Peça para um ajudante direcionar a posição do bichinho segurando o brinquedo na direção em que você quer que ele olhe.

Finalmente, uma regra absoluta para fotografar animais: jamais, eu disse jamais, utilize o flash embutido da câmera compacta! Mesmo o flash externo da câmera profissional (aquele grandão, colocado sobre a câmera), se direcionado para o modelo, produz uma luz dura, artificial, feia. No caso do flash da câmera compacta, além disso tudo a iluminação ainda é insuficiente. Prefira a luz natural. Leve o peludo para a varanda ou para perto da janela. Vale lembrar que luz natural não é sol direto. Se não for possível usar luz natural, compre uma lâmpada de 100w ou mais, e com um abajur daquele tipo spot, ilumine a cena.

Tenho certeza que as próximas fotos que você tirar do seu querido serão muito melhores!

Rachel Barbosa
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Gatos


Autor: Rachel Barbosa ~ 6 de junho de 2010. Categorias: animais.

Sempre falo aqui sobre meus filhos caninos. Talvez vocês nem saibam que além deles, também tenho uma filha felina chamada Annita.

Em setembro ela completará 17 anos de idade e está comigo desde muito pequena. Na loja em que foi comprada disseram que tinha 2 meses, mas acredito que tivesse apenas 1 mês de vida.

Tem muita gente que fala que não gosta de gatos e eu não entendo porque. Quer dizer, até imagino quais sejam os motivos.

No Egito Antigo os felinos eram cultuados e até mumificados. Séculos mais tarde os coitadinhos foram associados às bruxas e às mulheres, e passaram a ser perseguidos pela Igreja e odiados pelas pessoas. Ainda que não tenham consciência disso, o pré-conceito histórico tem sido transmitido de geração a geração, desde aquela época.

Outro argumento comum entre os que não gostam dos gatos é que são traiçoeiros, que atacam sem aviso. Eu, que convivo com cães e gatos, posso afirmar com toda certeza que felinos são tão traiçoeiros quanto cães podem ser. O que leva a essa impressão é que cães são mais espalhafatosos que os discretos gatos, por isso é mais fácil perceber pelos sinais corporais quando um canino está ficando irritado. Mas basta um pouco de observação para aprender que um pequeno movimento das orelhas pode transmitir muitas mensagens.

A independência dos gatos também incomoda as pessoas, ainda que não de forma consciente. Os cães precisam dos humanos e demonstram isso todo o tempo. Os humanos se acham importantes ao lado dos cães. Já os gatos são mais independentes, o que não quer dizer que não precisem dos humanos, mas estes acabam se sentindo ignorados.

Aliás, a capacidade dos gatos de ignorarem as pessoas quando não estão a fim é algo impressionante! Na RioVet desse ano fui visitar a exposição de gatos de raça. Logo na entrada havia uma bichana linda, toda branquinha. Parei para admirá-la e naquele instante ela resolveu que era hora do banho. No meio do salão, barulhento e cheio de gente, a gatinha começou a se lamber meticulosamente como se não houvesse ninguém mais no mundo! Nós humanos, deveríamos desenvolver essa capacidade de concentração. Seríamos muito mais produtivos no trabalho.

Mas voltando a falar da Annita, ela agora é uma senhora e já não faz muito além de comer, dormir e tomar um solzinho. Por isso acabo escrevendo mais sobre os cães, que são novos e estão sempre aprontando. Annita já teve a fase dela também.

Quando me casei, o maridão dizia que não gostava de gatos, embora jamais tivesse convivido com um. Mas como Annita já estava comigo há 7 anos, ele não teve outra saída além de aceitá-la. Durante anos ele deu a impressão de que a ignorava, mas aí ela ficou doente e flagrei o maridão fazendo carinho e cochichando para a gata “você vai ficar boa”.

Se você é daqueles que diz que não gosta de gatos, mas nunca conviveu com um, dê uma chance. Você irá descobrir que ter um bichano em casa é como ter um pequeno pedaço de vida selvagem. A beleza de um gato caminhando ou brincando de caçar uma bolinha, não pode ser superada pelo mais lindo cão do mundo.

Rachel Barbosa
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P.S.: na foto, uma garra da minha pequena selvagem.


Desafio canino


Autor: Rachel Barbosa ~ 30 de maio de 2010. Categorias: animais.

coisa fofa

Sou do tempo em que a Ciência afirmava que cães eram animais irracionais, que não tinham capacidade de pensar, de desenvolver um raciocínio. Reagiam apenas movidos pelo instinto.

Meu “instinto” me dizia que aquilo não era verdade. Muitas vezes vi meus cães resolverem pequenos problemas no dia a dia e nos treinos de agility, vi aprenderem coisas pela observação de humanos e outros cães.

Há alguns anos a Revista National Geographic noticiou um estudo que afirma que os cães têm a mesma capacidade de raciocínio de uma criança de 2 anos. Nisso sim, eu acreditei!

Claro que para desenvolverem a capacidade de raciocínio os cães precisam de estímulos mentais, como qualquer criança. Essa semana vi num site um brinquedo ótimo para isso. É uma espécie de quebra-cabeça composto por uma caixa com vários compartimentos fechados por tampinhas que deslizam. Em cada compartimento escondemos um petisco e deixamos que o peludo descubra como abrir as tampinhas para chegar aos petiscos. Amei aquilo, mas só comprarei quando o “caixa” permitir. Sei que a turma aqui de casa vai adorar, principalmente o Galileu, que já conseguiu abrir uma caixa organizadora para pegar um brinquedo.

Enquanto não compro o quebra-cabeças, descobri um desafio mental para os peludos completamente gratuito.

Fomos almoçar na Lagoa (Rio de Janeiro) e ao lado do restaurante que escolhemos havia um labirinto de concreto para crianças, simples, com paredes baixas, mas altas o suficiente para impedir a visão dos meus pequenos peludos. Sair de um labirinto é solucionar um problema, é raciocinar, ou seja, estimula o cérebro.

Pedi ao meu marido para levar o Galileu para o centro do labirinto e fiquei em uma das saídas. Lá no meio ele soltou a guia e comecei a chamar. Galileu me ouvia e queria me alcançar, mas entre nós dois havia uma parede, ou seja, um problema a ser transposto. Em segundos ele venceu a barreira e encontrou o caminho. Repeti a brincadeira com Bruno e Geometria, e Galileu comprovou que realmente poodle é uma raça muito inteligente. Os dois schnauzers tiveram dificuldade. Ficaram empacados com a parede à frente e precisei ajudá-los a encontrarem a saída indo até a metade do labirinto e indicando o caminho com o movimento do meu corpo, coisa que costumamos fazer no agility.

Eles adoraram a brincadeira e eu adorei a oportunidade de estimulá-los mentalmente.

E você? Está estimulando o cérebro do seu peludo?

Rachel Barbosa
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Galileu nos eixos


Autor: Rachel Barbosa ~ 23 de maio de 2010. Categorias: animais.

Tenho uma confissão a fazer. Aliás, duas.

Confesso que Galileu é o meu xodó. Todo mundo sempre tem um cão com quem se identifica mais. Não que não ame os outros, mas desde o começo ele sempre foi especial.

Isso, somado à pouca experiência já que ele foi meu primeiro cão (meu mesmo, os outros eram dos meus pais), me levam à segunda confissão: eu mimei o Galileu.

O adestrador sempre me avisou para ser mais rigorosa com ele, para dar duro. Eu briguei, chamei a atenção muitas vezes, mas a verdade é que nunca dei duro de verdade.

Agora ele está com quase 6 anos e resolveu “crescer” pra cima de mim.

Desde que a Geometria chegou e começou a fazer xixi fora do lugar, ele começou a fazer em cima do dela, marcando território. Eu briguei muitas vezes, mas domingo passado tive uma oportunidade única: peguei ele bem no meio do xixi. Chamei a atenção do modo como o adestrador ensinou e a reação dele foi me enfrentar!

Galileu não é agressivo e nunca tentou se impor pela violência, mas eu sempre soube que era um cão de personalidade forte (o signo dele é Leão rsrs). Até então ele sempre lidou comigo usando o charme canino. Aquela foi a primeira vez em que me enfrentou mesmo. Rosnou pra mim e não se intimidou quando endureci mais a bronca. Instintivamente o coloquei em posição de submissão, como o Cesar Millan, o Encantador de Cães, ensina. Galileu permaneceu rosnando e só tirei a mão dele quando parou. Enquanto isso, meu marido e os outros cães observavam a cena de queixo caído. Depois que parou de rosnar não permiti que se levantasse, ainda seguindo os ensinamentos do Cesar. Mantive-o deitado de barriga para cima por vários minutos, até que estivesse relaxado. Só então permiti que levantasse.

Não vou negar que foi difícil pra mim ser tão dura, mas precisava. Meu marido ficou espantado não por ele ter rosnado, pois já rosnou para umas poucas pessoas antes, mas por ter rosnado para mim.

Bruno, meu schnauzer, assim que chegou em casa mostrou ser um cão dominante. Seguindo a orientação do adestrador, me impus desde cedo. Hoje em dia ele aceita minha liderança e não contesta. Com o Galileu, por ter um jeitinho diferente, não agi da mesma forma, mas agora preciso me impor para que as coisas não saiam do controle. Isso é um processo, não acontece da noite para o dia, mas hoje constatei que fiz progresso.

Novamente flagrei Galileu fazendo xixi na sala e repeti a bronca. Dessa vez ele não rosnou. Não está perfeito ainda, só estaria se ele não houvesse feito xixi na sala, mas ao menos não houve enfrentamento direto.

Me corta o coração, mas não precisaria fazer isso agora se não o houvesse mimado.

P.S.: Parece bobagem, mas vou repetir o aviso que aparece nos programas do Encantador de Cães (“não tente isso sem a ajuda de um profissional”). Se você não sabe o modo certo para manusear um cão rosnando, pode acabar com uma bela mordida na mão, mesmo se o cão for um poodle.

Rachel Barbosa
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