Cirurgia de castração
Autor: Rachel Barbosa ~ 16 de maio de 2010. Categorias: animais.
Na 6ª feira levamos Geometria, nossa schnauzer caçula, para fazer a cirurgia de castração.
Confesso que estava nervosa e apreensiva, na última hora pensei em desistir. Confio cegamente no veterinário que fez a cirurgia, mas tinha receio que ela sofresse ou que a recuperação fosse muito penosa. Mas o maridão me lembrou porque havíamos tomado essa decisão e a razão voltou a falar mais alto.
Temos dois cães machos em casa, que não são castrados. Esse por si só seria motivo suficiente para castrarmos a Ge. A situação ficaria complicada quando ela entrasse no cio. Os machos, que não brigam, certamente começariam a brigar, disputando a fêmea. Sem contar que é muito sofrimento para um macho estar perto de uma fêmea exalando o cheiro do cio e não poder atender ao chamado da natureza.
Conheço vários casos de cães que não deveriam cruzar, mas acabaram cruzando. Galileu nasceu assim. Ge teria que passar ilesa por pelo menos três cios para que a gestação não representasse risco de saúde pra ela. Além disso, Ge e Bruno jamais poderiam cruzar porque são tio e sobrinha, o grau de parentesco é muito próximo.
Não bastassem esses motivos, recebemos mais um ótimo do veterinário antes da cirurgia: quando a cadela é castrada antes do primeiro cio, como aconteceu com a Ge, o risco de câncer nas mamas no futuro é praticamente zero. Fiquei feliz com isso, porque já vi muitas cadelinhas morrerem dessa doença terrível.
Infelizmente, a castração não é tão praticada quanto deveria. São os animais não castrados que dão origem à grande quantidade de pets abandonados nas ruas. Os não castrados acabam dando cria e não é fácil arrumar lares para gerações e mais gerações de filhotes. O dono da cadela acaba dando os bichinhos para quem estiver disposto a levá-los. Não há como garantir que todos os filhotes terão donos conscientes de suas responsabilidades, que não os abandonarão nas ruas quando se tornarem inconvenientes.
Assisti a cirurgia da Ge pela janela de observação do centro cirúrgico. Fiquei com pena logo que ela foi levada para a sala. Ficou tremendo de medo sobre a mesa, não pelo que estava para acontecer, porque ela não sabia, mas por estar em um ambiente desconhecido, com pessoas estranhas. Logo ela foi anestesiada, um pequeno corte de alguns centímetros foi feito na barriguinha e minutos depois a cirurgia havia terminado. Ficamos com ela na clínica até acordasse da anestesia. Quando a temperatura havia voltado ao normal, o médico aplicou um anti-inflamatório e nos liberou para voltarmos para casa.
Geometria passou bem a primeira noite. Eu e o maridão não rsrs Ficamos preocupados e preferimos que ela dormisse na nossa cama. Acordamos a cada movimento dela. No sábado, começou o dia meio dengosa, preferindo ficar deitadinha, mas ao longo do dia foi voltando ao normal e até saltou sozinha para fora da cama, coisa que não deveria fazer. À noite troquei o curativo e a sutura estava ótima, sequinha, com boa aparência. Em 15 dias os pontos serão retirados e minha barbuda estará novinha em folha.
Rachel Barbosa
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