Porque fazer humor e podcast é uma arte
































Categoria: animais


Cirurgia de castração


Autor: Rachel Barbosa ~ 16 de maio de 2010. Categorias: animais.

Na 6ª feira levamos Geometria, nossa schnauzer caçula, para fazer a cirurgia de castração.

Confesso que estava nervosa e apreensiva, na última hora pensei em desistir. Confio cegamente no veterinário que fez a cirurgia, mas tinha receio que ela sofresse ou que a recuperação fosse muito penosa. Mas o maridão me lembrou porque havíamos tomado essa decisão e a razão voltou a falar mais alto.

Temos dois cães machos em casa, que não são castrados. Esse por si só seria motivo suficiente para castrarmos a Ge. A situação ficaria complicada quando ela entrasse no cio. Os machos, que não brigam, certamente começariam a brigar, disputando a fêmea. Sem contar que é muito sofrimento para um macho estar perto de uma fêmea exalando o cheiro do cio e não poder atender ao chamado da natureza.

Conheço vários casos de cães que não deveriam cruzar, mas acabaram cruzando. Galileu nasceu assim. Ge teria que passar ilesa por pelo menos três cios para que a gestação não representasse risco de saúde pra ela. Além disso, Ge e Bruno jamais poderiam cruzar porque são tio e sobrinha, o grau de parentesco é muito próximo.

Não bastassem esses motivos, recebemos mais um ótimo do veterinário antes da cirurgia: quando a cadela é castrada antes do primeiro cio, como aconteceu com a Ge, o risco de câncer nas mamas no futuro é praticamente zero. Fiquei feliz com isso, porque já vi muitas cadelinhas morrerem dessa doença terrível.

Infelizmente, a castração não é tão praticada quanto deveria. São os animais não castrados que dão origem à grande quantidade de pets abandonados nas ruas. Os não castrados acabam dando cria e não é fácil arrumar lares para gerações e mais gerações de filhotes. O dono da cadela acaba dando os bichinhos para quem estiver disposto a levá-los. Não há como garantir que todos os filhotes terão donos conscientes de suas responsabilidades, que não os abandonarão nas ruas quando se tornarem inconvenientes.

Assisti a cirurgia da Ge pela janela de observação do centro cirúrgico. Fiquei com pena logo que ela foi levada para a sala. Ficou tremendo de medo sobre a mesa, não pelo que estava para acontecer, porque ela não sabia, mas por estar em um ambiente desconhecido, com pessoas estranhas. Logo ela foi anestesiada, um pequeno corte de alguns centímetros foi feito na barriguinha e minutos depois a cirurgia havia terminado. Ficamos com ela na clínica até acordasse da anestesia. Quando a temperatura havia voltado ao normal, o médico aplicou um anti-inflamatório e nos liberou para voltarmos para casa.

Geometria passou bem a primeira noite. Eu e o maridão não rsrs Ficamos preocupados e preferimos que ela dormisse na nossa cama. Acordamos a cada movimento dela. No sábado, começou o dia meio dengosa, preferindo ficar deitadinha, mas ao longo do dia foi voltando ao normal e até saltou sozinha para fora da cama, coisa que não deveria fazer. À noite troquei o curativo e a sutura estava ótima, sequinha, com boa aparência. Em 15 dias os pontos serão retirados e minha barbuda estará novinha em folha.

Rachel Barbosa
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Gatinhos no ritmo


Autor: Mafalda ~ 13 de maio de 2010. Categorias: animais.


Geometria e o bebê


Autor: Rachel Barbosa ~ 24 de abril de 2010. Categorias: animais.

crianças e cachorros
Foto: Marcelo Bassi

Um problema relativamente comum entre cães é estranhar crianças. Muitos donos repetem com frequência a frase: “meu cachorro não gosta de criança”.

O que acontece é que cães e humanos não costumam gostar daquilo que não conhecem. Se os pais não acostumam o filho aos animais, ele terá medo. Se o dono não promove o convívio com crianças, a tendência é que o cachorro estranhe aqueles agitados humanos em miniatura.

Galileu e Bruno aprenderam a conviver com crianças graças aos meus sobrinhos, que eram mais novos quando os dogs eram filhotes. Agora é a vez da Ge, mas meus sobrinhos já são adolescentes. Por sorte, hoje a Ge teve uma experiência muito positiva com um pequeno.

Estávamos passando o feriadão em Penedo e fomos passear na Aldeia do Papai Noel. Trata-se de um pequeno shopping a céu aberto, com várias casinhas parecendo de boneca, nas quais funcionam as lojas. Meu marido estava comprando alguma coisa em uma casinha e eu fiquei esperando com os cães na porta. Um pai se aproximou com o filho no carrinho, um menino com um pouco mais de um ano de idade. Normalmente os pais com crianças dessa idade passam bem longe, no máximo dizem “olha o au au” a uma distância segura. Compreendo que por receio de que um ataque ocorra, os pais adotem esse tipo de postura. Mas esse pai fez uma coisa que me surpreendeu positivamente. Escolheu o menor cão, a Ge, e chamou a atenção do filho para o cachorrinho (não para o “au au”). Manteve o carrinho um pouco afastado e se aproximou, dando a ela a chance de se aproximar também e cheirar (é através do olfato que os cães conhecem o mundo). A Ge reagiu do modo esperado: se interessou e cheirou a perna do pai, sem latir ou mostrar qualquer sinal de agressividade. Então testou a reação dela ao toque, fazendo um carinho de leve na cabeça, com o que ela não se importou. Em razão das reações positivas, o pai chegou mais perto do carrinho, atraindo a Ge. Com ela perto, incentivou o garotinho a oferecer a mão para cheirar. O pequeno estendeu a mãozinha, Ge naturalmente se interessou pelo dedinho estendido e cheirou. O menino adorou! Mais uma vez em razão da reação positiva da Ge, o pai incentivou o filho a fazer carinho. Ele estendeu a mão de novo, a Ge deu uma lambidinha e se afastou. O menino ficou rindo e o pai falou: “ganhou uma lambida”. Vendo que a Ge havia perdido o interesse, o pai continuou sua caminhada, empurrando o carrinho.

Aquele sábio pai ofereceu uma experiência nova e positiva ao filho e à Ge. Mostrou aos dois que devem ter respeito mútuo, suavidade e calma. Mostrou à Ge que aquele humano em miniatura não tem nada demais, e ao garotinho, que aquela coisinha peluda não é nenhum “bicho de sete cabeças”. Tudo isso com total segurança!

Fica aí o exemplo para pais e donos de cachorros.

Rachel Barbosa
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Um gato empacotado


Autor: Mafalda ~ 23 de abril de 2010. Categorias: animais.

Maru é um gato japonês que ficou famoso no Youtube por suas habilidades de se auto empacotar. O animalzinho é lindo, e é muito divertido vê-lo pulando ou se enfiando dentro das caixas, das grandes às minúsculas!


Filhote terrível


Autor: Rachel Barbosa ~ 18 de abril de 2010. Categorias: animais.

Vocês já sabem que desde janeiro estou com um filhote de schnauzer miniatura em casa. Em abril a Ge completou 5 meses de idade.

Um tempo depois que ela chegou, meu marido começou a dizer que era o filhote mais arteiro que já tivemos. Eu achava que era exagero dele, que já não se lembrava mais das “artes” que os outros fizeram. Ultimamente começo a achar que ele tem razão rsrs

Galileu aprontou umas boas. Arrastou pela sala a árvore de Natal de 1,80m de altura. Destruiu um lápis de cor e ficou com as patas verdes, rasgou algumas capas de livros que ficavam na prateleira mais baixa. Bruno destruiu alguns sapatos de couro, rasgou livros, espalhou cuecas e meias sujas pela casa. Mas os dois alternavam momentos de frenesi com momentos de descanso. A Ge não para. A bichinha passa o tempo todo procurando alguma coisa pra fazer. Galileu é o melhor amigo dela e eles brincam muito, mas uma hora ele cansa e vai tirar uma soneca. Ela fica sozinha e sai à caça de algo pra morder … e destruir, claro.

Esta semana ela descobriu o saco do lixo reciclável e o andou arrancando uns pedaços. Ontem ela foi fazer o número 2 e ficou com uma tira de plástico presa no bumbum, que eu tive que puxar.

Outro dia ela descobriu que melhor que morder as havaianas, é arrancar a bolota que segura as alças. Desde então, ao tirar os chinelos dos pés tenho que colocá-los em lugar alto e inalcançável.

Roubar roupa suja do cesto e sair arrastando-a pela casa é uma das brincadeiras mais divertidas.

Depois de arrancar as argolas de plástico que serviam de acabamento das alças da mochila do papai, ela agora vem tentando arrancar o acabamento de plástico da alavanca da cadeira do computador da mamãe.

Não sei qual a graça, mas ela adora pegar grãos da areia sanitária da Annita e espalhar pela casa toda. Tive um acesso de riso uma vez em que olhei pra cara da Ge e ela estava com cinco grãos brancos grudados na barba.

Mas a “arte” mais cara até agora foi a do final de semana passado. O papai estava tomando conta das “crianças”, mas deitou para um cochilo. No lugar dele, eu teria colocado a Ge de volta na caixa de transporte em que ela dorme, mas o papai não fez isso. Recentemente a pequena descobriu que se ficar de pé sobre as patas traseiras, alcança as coisas que estão sobre a mesinha de cabeceira. O papai colocou os óculos sobre a mesinha e, adivinhem, Ge comeu os óculos do papai.

Ele me telefonou muito bravo, reclamando que as lentes estavam arranhadas e a armação toda retorcida. Levamos os óculos na ótica e fui sincera com a vendedora: “o cachorro comeu os óculos dele, será que dá pra consertar?”. A vendedora achou muita graça, mas disse que consertar não era possível. Na próxima semana os óculos novos ficarão prontos.

Confesso que é cansativo passar o tempo todo vigiando a pequena terrível para que não se machuque e não estrague nada, mas esse trabalho é compensado pelos momentos de carinho. Ge aprendeu com Galileu e Bruno a pedir colo. Quando está no colo ela me dá um olhar cheio de amor e mordisca a ponta do meu nariz. Nenhuma “arte” será mais importante que isso.

Rachel Barbosa
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Páscoa animal


Autor: Rachel Barbosa ~ 2 de abril de 2010. Categorias: animais.

Hoje em dia os animais de estimação fazem parte da família. Membros da família participam das comemorações, por isso, na Páscoa muitos donos acabam servindo aos pets as comidas que humanos tradicionalmente comem nessa época. O problema é que o organismo dos animais não funciona como o nosso. Alimentos que para nós não causam nenhum problema podem matar um bichinho.

É o caso do chocolate, por exemplo. Chocolate contém teobromina, um alcalóide que pode ser venenoso para cães e gatos. Uma pequena dose é capaz de matar. A quantidade suficiente para causar envenenamento depende do peso do animal. Para um pinscher, por exemplo, bastaria uma pequena quantidade. Para envenenar um labrador, 200 gramas de chocolate seriam suficientes.

Atualmente passa na TV a propaganda de uma rede de supermercados em que um labrador destrói os ovos de Páscoa da família e todos acham engraçado. É um péssimo exemplo. Pode levar donos ou crianças a acreditarem que não tem nada demais o cachorro comer chocolate.

Caso acidentalmente seu pet coma chocolate, fique atento aos sintomas de envenenamento: excitação e nervosismo, vômitos e diarréia, espasmos, beber muita água. Os sinais costumam levar 12 horas para começar a aparecer. Por isso, caso você suspeite que o peludo tenha comido chocolate, mantenha-o sob observação por 24 horas e se notar algo errado,corra para o veterinário. (fonte: Dra. Cristina Alves, http://www.hospvetprincipal.pt/chocolates.htm)

Outro alimento comum na Páscoa é o bacalhau. Muitos donos acham o peixe tão gostoso que querem partilhar com o peludo. Mais um alimento contra-indicado. No preparo do bacalhau utilizamos cebola, que mesmo em quantidades pequenas faz mal, e alho, que em quantidades grandes pode causar anemia. Sem contar o sal e os outros condimentos, que também são ruins para a bicharada.

No entanto, peixe não salgado é um excelente alimento. Se você quiser oferecer um almoço especial ao seu pet nessa Páscoa, porque não tentar as Bolachinhas de Atum?

Bolachinhas de Atum

Ingredientes:
186 gramas de atum em lata não drenado (pode ser substituído por salmão ou cavalinha cozido, sem espinhas)
1 xícara de fubá de milho
1 xícara de farinha de trigo integral
1 colher de chá de salsinha picada
1/3 de xícara de água filtrada
1 colher de chá de catnip picadinho (se a receita for servida para cães, faça sem catnip)

Modo de fazer:
1 – pré-aqueça o forno a 150 ou 180 graus
2 – despeje todos os ingredientes numa tigela e misture com as mãos
3 – abra a massa até ela atingir 0,5cm de espessura
4 – corte a massa com cortador de biscoito (capriche nos desenhos)
5 – coloque a massa sobre papel manteiga culinário untado
6 – asse por cerca de 20 minutos ou até ficar dourado
7 – deixe esfriar antes de servir.

(fonte: Cachorro Verde http://www.cachorroverde.com.br/petiscos.php)

Boa Páscoa para você e para seu peludo!

Rachel Barbosa
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Cachorro não é gente


Autor: Rachel Barbosa ~ 28 de março de 2010. Categorias: animais.

Riley, o cachorro com sorriso humano 

Se você tem um cachorro, aposto que ao menos uma vez já disse a frase: “meu cachorro pensa que é gente”. Se você não tem um cachorro, certamente já ouviu alguém dizer isso.

O ser humano tem a tendência de humanizar tudo a sua volta, inclusive espécies não humanas, como os cães. Atribuímos aos cães comportamentos e gostos tipicamente humanos. Acabamos fantasiando que eles são capazes de fazer coisas que não pertencem à natureza deles.

Não conheço seu cachorro, mas posso afirmar com certeza que ele não pensa que é gente. O que acontece é que nossa mania de humanização causa desvios de comportamento nos cães.

Quer um exemplo? Na natureza não existem cães obesos. Eles comem apenas o necessário para ter energia para manter o corpo funcionando. Além disso, gastam nas atividades diárias a energia que consomem através do alimento. Entre os cães domésticos, no entanto, é cada vez maior a incidência de obesidade e de problemas de saúde decorrentes. Os cães comem demais e não gastam a energia adquirida. Não se exercitam, não têm que caçar a própria comida, nem mesmo têm que trabalhar para ganhá-la. Comida em excesso + falta de exercício = obesidade.

Cães são animais altamente perceptivos. Desde muito pequenos eles são capazes de notar a diferença entre um humano e um cão. Aí você vai dizer que existem cães que não gostam de seus semelhantes. E você tem razão. Um cachorro que não convive com outros cães não gosta daquilo que não conhece direito, o que não quer dizer que ele não se reconheça como cão.

Tenho pensado muito nessas coisas por causa da minha cadela mais nova. Ela é o cachorro mais cachorro que conheço! Normalmente um filhote convive com a mãe e os irmãos nos primeiros dias de vida, mas logo depois é separado dos da sua espécie e vai para uma casa em que só existem humanos. Deixa de conviver com outros cães para apenas encontrá-los brevemente nos passeios na rua e acaba desaprendendo as habilidades necessárias para se relacionar com a própria espécie. Ge nasceu numa casa com muitos cães. Não conviveu apenas com a mãe e os irmãos. Desde bebê esteve cercada por outras cadelas e filhotes de outras ninhadas. Quando deixou a casa materna, veio para uma residência com outros dois cães que já formavam uma matilha unida e consistente. Rapidamente ela se integrou a essa matilha, sem jamais ter apresentado uma única dificuldade de comunicação com os outros cães. Ge não passou um só dia na vidinha dela de quase 5 meses apenas com humanos. Para os meus outros cães, os humanos são mais importantes do que os cachorros. Para a Ge, cães são muito mais importantes do que humanos. Isso dificulta o treinamento, porque o foco dela não está nas pessoas. No entanto, assegura um excelente equilíbrio mental!

Cães precisam de outros cães. Imagine-se vivendo apenas entre cães. Tá, eles são ótimos, mas você sentiria falta de outros serem humanos para interagir, para falar (coisa que só as pessoas fazem). É assim que seu cachorro se sente se você não o leva na rua para não pegar pulgas, ou porque acha que no quintal ele tem espaço suficiente para se exercitar, ou por outro motivo qualquer. Pense nisso e faça um favor ao seu dog: permita que ele conviva com os semelhantes. Leve-o a parques para cães, matricule-o numa escolinha de socialização e adestramento, pratiquem um esporte canino (agility, fresbee, flyball) e participem de competições. Ele será um cão normal e feliz e nunca mais você terá motivos para dizer “meu cachorro pensa que é gente”.

Rachel Barbosa
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Educação canina parte 2


Autor: Rachel Barbosa ~ 14 de março de 2010. Categorias: animais.

educação canina

Na primeira parte deste post falei sobre aproveitar as “programações” que a Natureza coloca nos filhotes, lembram? Nessa segunda parte vou falar sobre como utilizar essa “programação” para ensinar o bichinho a fazer as necessidades no lugar certo.

Tá certo que ensinar o lugar do xixi não é muito fácil com alguns filhotes. O Galileu, um poodle, segunda raça na escala de inteligência canina, aprendeu em apenas 4 dias. Ele chegou aqui em casa no primeiro dia de um feriadão prolongado e no último dia já sabia onde era o “banheiro”. Já o Bruno, meu primeiro schnauzer, levou meses pra aprender! A Ge, minha segunda schnauzer, aqui em casa desde janeiro, está aprendendo mais rápido que ele, mas bem mais lenta do que eu gostaria. Todos os dias quando chegamos em casa, eu e meu marido temos que limpar a cozinha toda!

Voltando a falar das “programações”, a Natureza colocou três básicas nos filhotes de cães, em relação às necessidades.

Eles não fazem xixi e cocô perto da comida e da água. Na vida selvagem, os canídeos não fazem as sujeiras perto do alimento para que não ocorra contaminação. Na vida doméstica, a comida e a água estão em potes plásticos que não serão contaminados por um xixi no chão, mas eles preservam o comportamento. Aí ocorre o primeiro erro básico dos donos inexperientes. Eles preparam o “cantinho” do peludo, na área de serviço, colocando os potinhos de comida e água, e bem ao lado o jornal ou tapete higiênico. Depois não entendem porque o bichinho se recusa a usar o tapete. Se o “banheirinho” for na área de serviço, os potinhos devem ficar afastados, na cozinha ou em outro lugar distante.

Canídeos não fazem as necessidades em lugares que já estiverem muito sujos. O dono coloca o jornal no chão, o cãozinho vai lá e faz um xixi que deixa o papel encharcado, além de escorrer para o chão. Aí o dono espera que o peludo volte lá e faça outro xixi em cima daquele jornal hiper molhado. Você gosta de encontrar os restos de quem esteve antes de você no vaso sanitário? Não, né? Então porque seu cão tem que fazer xixi num jornal molhado? Por isso o tapete higiênico é muito mais eficiente do que o jornal. Trata-se de um pedaço de plástico quadrado ou retangular, forrado com o mesmo material da fralda descartável. O material absorvente retém a urina e o plástico não permite que ela vaze para o chão. Assim o tapete pode ser usado muito mais vezes do que uma folha de jornal, sem que o bichinho tenha a sensação de que seu “banheiro” está sujo. Claro que os resíduos sólidos precisam ser removidos pelo dono.

Finalmente, nos filhotes assim que a comida entra, os resíduos têm que sair. Pouco depois que o cãozinho se alimenta, ele tem vontade de “usar o banheiro”. Aproveite essa programação para ensiná-lo onde é o “banheiro”. Logo depois de cada refeição, leve-o ao tapete higiênico ou jornal e mantenha-o lá até que faça o número 1 ou o número 2. Quando fizer, elogie animadamente e dê uma recompensa, que pode ser um petisco ou um brinquedo.

E se apesar dos esforços do dono, o filhote errar o lugar?

Aquela história de esfregar o focinho não está com nada, é bobagem. O especialista Alexandre Rossi recomenda que não se dê bronca no bichinho, a não ser que o dono o surpreenda bem no meio do ato. Limpe o local sujo sem que o peludo veja. Utilize um produto capaz de remover completamente o odor do local, para que o cheiro não estimule o filhote a repetir a conduta.

No mais, seja persistente, não desanime, mesmo que seu bebê demore a mostrar resultados!

Rachel Barbosa
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Petiscos


Autor: Rachel Barbosa ~ 28 de fevereiro de 2010. Categorias: animais.

petisco
Foto: nyominx

Nós, humanos, adoramos comer coisinhas gostosas fora das refeições, não é? Aí acabamos achando que nossos bichos também podem fazer uns lanchinhos durante o dia. Isso é correto? Sim e não.

O mercado oferece uma infinidade de petiscos elaborados especialmente para os pets e a cada dia surgem mais opções. É quase impossível ir ao supermercado e não levar uma gostosura para o peludo que nos aguarda em casa. Quando Galileu chegou aqui em casa, meu marido descobriu esse mundo e se lançou nele de cabeça. Quase todo dia trazia um produto diferente. Biscoitos caninos, então, não podiam faltar no armário. Galileu, que até hoje é enjoado para comer, passou a trocar as refeições pelos petiscos. Eu servia a ração e ele não comia. Meu marido ficava com pena e dava petiscos. Quando percebi isso, decidi que os lanchinhos só poderiam ser dados se Galileu comece a ração (quase) toda.

Bruno teve outro tipo de problema com snacks. Nos primeiros 18 meses de vida ele teve dois eczemas, uma espécie de ferida na pele. No segundo, a vet disse que os bifinhos, cheios de conservantes e corantes, poderiam estar causando o problema. Parei de dar bifinhos e ele nunca mais teve outro eczema.

Há cerca de um ano Galileu passou a comer ração medicamentosa, elaborada com proteína de alta qualidade, para não prejudicar o funcionamento dos rins. Os petiscos são elaborados com proteína comum, portanto passaram a ser proibidos aqui em casa. Meus cães fazem agility e às vezes usávamos petiscos para motivar nos treinos. Além disso, em casa sempre ensino novos truques e treinos os que já sabem, também com petiscos como recompensa. Se os snacks estava proibidos, o que poderia utilizar? Comecei a testar opções mais naturais, que servem para todos os dogs.

Quando não tenho coisa melhor, uso a própria ração. Deixo para fazer o treino dos truques na hora do jantar e dou bolotas de ração como recompensa. Eles estão famintos e acham a ração ainda mais gostosa quando têm que “trabalhar” para ganhá-la.

Frutas são outra excelente opção. Galileu é completamente maluco por caqui, mas não gosta de banana. Pega a rodela e fica rolando na boca, sem mastigar. Evite uvas, passas e frutas cítricas, pois fazem mal para o peludo. Cuidados com frutas com caroços e frutas secas, como nozes e amêndoas. Conheço cães que precisaram ser operados porque tinham caroços de frutas (que não são digeridos) ou pequenas frutas secas não mastigadas, presos no intestino.

A turma aqui de casa prefere frutas, mas conheço cães que adoram legumes. Uma cenoura crua inteira pode entreter um cão entediado.

Carnes cozidas e queijos também podem ser servidos como petiscos. Cozinhe em um pouco de água (sem sal) lascas de fígado ou rins, peito de frango, filé de peixe. Seu cão fará qualquer coisa para ganhar esses petiscos! Galileu chegou a subir na mesa de jantar uma vez, para alcançar o filé de frango que estava esfriando numa caixinha de plástico. Não posso comer fígado sem preparar um pedaço para Annita, minha gata.

Se estiver disposto a ter um pouco mais de trabalho, faça uma busca no Google e encontre muitas receitas de biscoitos e pratos para cães e gatos. Mas não esqueça que eles não podem comer açúcar ou doces, cebola e chocolate. Evite fermentos e, se possível, sal.

Bom apetite para você e seu peludo!

Rachel Barbosa
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Cachorro 40 graus


Autor: Rachel Barbosa ~ 20 de fevereiro de 2010. Categorias: animais.

poodle no calor

Tá quente, né? Um calor quase insuportável, mas que não é exclusivamente sentido por humanos. Os animais também tem sofrido com as altas temperaturas.

A turma aqui de casa faz o que pode pra aguentar. Bruno adora ficar sentado em frente ao ventilador pequeno quando colocamos no chão. Galileu rapidamente se posiciona em frente à saída do ar condicionado quando entra no carro. Annita prefere passar o dia dormindo no chão da cozinha. Ge se refresca jogando pra fora a água de beber da vasilha.

Eles encontraram sozinhos soluções excelentes, mas se o seu cão ou gato ainda não fez isso, ajude-o. Quando sair de casa, deixe o ventilador funcionando. Normalmente a gente desliga, mas os peludos também precisam dele. Quando possível, permita que fiquem com você no ambiente em que o ar condicionado estiver ligado. Ofereça água, muita água. Vale colocar pedras de gelo pra mantê-la fresca por mais tempo. Água de coco também é excelente para hidratar e refrescar, e os cães adoram. Para os gatos, uma fonte, daquelas vendidas em lojas de produtos naturais, estimula que bebam mais água. Se você tiver um quintal, pode promover uma brincadeira com banho de mangueira. Se não tiver, vale a banheira do apartamento. Mas não deixe de secar o cão no final. Se o cachorrão vive no quintal, garanta que ele tenha sobra durante todo o dia.

Na rua é preciso tomar mais cuidado. Procure levar o dog para a voltinha do xixi bem cedo, ou no final do dia. Evite os horários mais quentes. Exercícios sob o sol quente nem pensar! Cães e gatos não suam como nós, regulam a temperatura do corpo através da respiração, por isso correm maior risco de hipertermia (aumento excessivo da temperatura do corpo, causando a perda da capacidade de controlar a temperatura), que pode levar à morte. Leve água ou compre geladinha durante os passeios. Deixar o animal dentro do carro parado, jamais! A temperatura dentro de um carro parado ao sol pode ultrapassar 50 graus, ou seja, pode matar.

Vale lembrar que sob o sol o chão da rua fica muito quente. Já colocou seu pé sem sapato no asfalto quente? Vai queimar a sola do pé, não é? Então por que fazer o cão passar descalço num piso desses? Ele também queima as almofadinhas. Coloque sapatinhos próprios ou só saia em horários não tão quentes.

Cães e gatos também podem sofrer queimadura de sol e ter câncer de pele. Os animais de cor clara ou albinos são os mais propensos. As áreas mais atingidas são aquelas com pouco ou nenhum pelo, como focinho, parte interna das orelhas, barriga e, nos machos, saco escrotal. O que fazer para evitar esses problemas? Filtro solar sempre que o pet for se expor ao sol. Existem filtros próprios para animais, mas não é muito fácil encontrá-los em pet shops. Na falta, aplique filtro para humanos, com fator de proteção alto, mas não deixe o peludo lamber!

Amanhã eu e Galileu participaremos de uma prova de agility, sob sol quente. Iremos (os dois) beber muita água gelada e ele vai ganhar um banho de água fria antes e depois de entrar em pista. Torçam por nós!

Rachel Barbosa
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