Porque fazer humor e podcast é uma arte
































Categoria: animais


Adote um animal do Quintal de São Francisco


Autor: Rachel Barbosa ~ 20 de junho de 2009. Categorias: animais.

Caramelo precisa de um lar

Infelizmente existem pessoas capazes de abandonar animais de estimação pelos mais variados motivos: “o cachorrinho cresceu muito e me disseram que ficaria pequeno”, a gata tem filhotes demais a cada cio, “a família vai mudar para apartamento e o cão está acostumado a viver em quintal”, etc

Em contrapartida, existem pessoas capazes de fazer qualquer coisa para ajudar animais abandonados. Uma amiga minha que mora em Tietê/SP, é incapaz de ver um animal abandonado na rua e não levá-lo para casa, mesmo não tendo condições financeiras de sustentar mais nenhum.

Muitas pessoas que abandonam animais já o fazem pensando que haverá um protetor ou instituição que os recolherá das ruas. Isso acaba se tornando um ciclo vicioso que não é benéfico para ninguém. Os desalmados continuam abandonando, os protetores continuam recolhendo e os animais recolhidos vivem em condições cada vez piores. Existem muitas organizações formais e informais no país que abrigam bichos com intenção de encaminhá-los para adoção. No entanto, em todas elas o número de adoções é sempre menor que o número de resgates.

Em meio a esse cenário, em 1957 foi fundado o Quintal de São Francisco, uma entidade ambientalista defensora dos animais. Além de realizar campanhas de conscientização, a fundação mantém um abrigo no bairro de Parelheiros, no extremo sul da cidade de São Paulo. No entanto, no final de 2008 o Quintal de São Francisco resolveu que encerrará suas atividades em março de 2010.

No site do Quintal a diretoria esclarece detalhadamente os motivos que levaram a essa decisão. Para que isso seja possível, a entidade está realizando a campanha Adote um animal do Quintal de São Francisco. Existem 183 cães para adoção e ainda outros 50 cães de grande porte hospedados no Município de Embú das Artes.

Para adotar é preciso ter 18 anos ou mais, comparecer ao abrigo portando RG , CPF e comprovante de residência, e assinar o Termo de Responsabilidade e Posse Responsável. Se você quer adotar mas não mora em São Paulo, entre em contato com a entidade assim mesmo, pelo telefone  11 2062-8263  ou pelo e-mail quintalfrancisco@terra.com.br . Talvez seja possível encontrar um meio de adotar. É possível ver fotos de alguns cães no álbum do Multiply.

Até o fechamento a instituição continuará funcionando normalmente. Por mês as despesas do abrigo somam R$ 25.000,00. Se você quer ajudar, mas não tem condições de adotar um cãozinho, pode fazer doações através de depósitos no Bradesco, agência 3130-5, conta corrente 21348-9; ou pode adquirir produtos na lojinha eletrônica. Consulte no site mais formas de ajudar. Finalmente, você ainda pode ajudar divulgando um banner do Quintal no seu site, blog, Orkut ou e-mail. Clique aqui e pegue um banner.

Adote um animal do Quintal de São Francisco!

Rachel Barbosa
http://rachelbarbosa.com.br


Mais um problema renal


Autor: Rachel Barbosa ~ 14 de junho de 2009. Categorias: animais.

Já contei para vocês que tenho uma gata com insuficiência renal crônica há vários anos. Agora estou envolvida em outro problema renal, dessa vez com meu poodle Galileu.

Quando ele tinha menos de um ano precisou fazer uma ultrassonografia e descobri que havia nascido com uma alteração morfológica nos rins, ou seja, os rins eram mal formados. O veterinário fez exames de sangue e urina e constatou que apesar da má formação, os rins funcionavam bem. Apenas recomendou que os exames fossem repetidos a cada 6 meses, para controle.

Galileu completará 5 anos em julho. Os exames feitos no primeiro semestre desse ano revelaram que ele estava com infecção urinária. Depois de 8 dias de antibiótico, não estava curado da infecção. O vet receitou outro antibiótico. O novo exame de urina revelou que Galileu não está curado da infecção e ainda que está com nefrite, uma inflamação nas estruturas funcionais dos rins, os néfrons. Como os rins não estão filtrando direito o sangue, ele tem albumina (uma proteína) na urina em grande quantidade, o que não é normal. O médico, então, pediu uma cultura para descobrir qual bactéria está causando a infecção. Enquanto isso, mandou trocar a ração comum por uma especial, além de receitar vitamina C, que melhora a resposta imunológica do organismo e regula o PH da urina, que está elevado.

Desde o início da semana isso não me sai da cabeça. Me sinto impotente, aguardando o resultado do exame, que levará 7 a 10 dias úteis para sair, e podendo apenas esperar que a ração alivie os rins.

Tentando me livrar da sensação de impotência, comecei a pesquisar o assunto na Internet. Com o artigo do Dr. Luiz Fernando Sabadine, publicado no site Jornale Curitiba, aprendi que nefrite é a inflamação das estruturas funcionais dos rins, que leva à incapacidade dos néfrons de filtrar o sangue. É um problema relacionado à insuficiência renal aguda ou crônica. Uma infecção bacteriana pode levar à nefrite, além de doenças infecciosas, substâncias tóxicas, problemas genéticos ou hereditários, e desequilíbrio hormonal.

Desde aquele primeiro ultrassom estou me preparando para esse momento e achei que estivesse pronta, mas descobri que não. Agora que ele tem um problema concreto, estou apavorada. Tento pensar positivamente, acreditando que depois de descobrir a bactéria que está causando a infecção urinária, o Galileu será adequadamente medicado e os rins voltarão a funcionar normalmente. Aliás, eu achava que quando os rins começavam a funcionar mal, era um caminho sem volta, mas descobri que não.

No site da Clínica Renal Vet descobri que existem vários tratamentos que podem restabelecer o funcionamento normal dos rins: soroterapia, medicamentos, diálise e até acupuntura! O artigo sobre o assunto explica que a acupuntura sozinha não cura insuficiência renal, mas apresenta ótimos resultados como coadjuvante do tratamento convencional. Gosto bastante do que conheço sobre medicina oriental, eu mesma já fiz acupuntura. Por isso estou pensando em levar o Galileu para ser avaliado, no sentido de saber se acupuntura é indicada no caso dele.

Galileu não apresenta qualquer sintoma, está comendo bem, bebendo água e urinando. Se houvesse nascido há alguns anos atrás, quando a medicina veterinária não tinha todos os recursos que tem hoje, provavelmente não teria feito aquele ultrassom, não teria feito exames de sangue e urina regulares, e eu somente descobriria que ele estava doente quando já estivesse apresentando sintomas de insuficiência renal grave. Mesmo que o problema fosse descoberto antes dele estar muito doente, não haveria muito o que fazer para tratá-lo.

Se o seu bichinho não quiser comer, se vomitar, se estiver desanimado, leve-o ao veterinário logo, não fique esperando que melhore sozinho, nem medique por conta própria. Quanto antes for diagnosticado, seja qual for a doença, maiores as chances de cura. Eu continuarei pesquisando, enquanto espero que a ração especial melhore o funcionamento dos rins do meu filhote. Torçam por ele, por favor.

Rachel
http://rachelbarbosa.com.br


Amor animal


Autor: Rachel Barbosa ~ 13 de junho de 2009. Categorias: animais.

namorados

Desde o início do mês o assunto mais comentado tem sido o Dia dos Namorados. A coluna Animais de Estimação não poderia ficar de fora e hoje contarei para vocês sobre os amores e paixões dos meus bichinhos. Sim, animais também amam! Tá certo que são movidos pela necessidade biológica de procriação, mas minha experiência me diz que não é só isso.

Minha gata Annita foi castrada logo após o primeiro cio, sem jamais ter cruzado. Na verdade ela nunca conviveu com semelhantes porque foi criada em apartamento, sem sair à rua. Mesmo assim ela já teve um namorado. Morávamos em apartamento térreo, com telas nas janelas. Na vizinhança havia um gatinho vira-latas preto e branco que um dia viu Annita na janela olhando a rua e se apaixonou. Ela já havia sido castrada há bastante tempo, por isso certamente não exalava nenhum odor que pudesse atrair o gato sexualmente. Ainda assim ele vinha todos os dias para namorar. Se vocês pensam que Annita era uma gata fácil, estão enganados. O gatinho ficava no parapeito e ela sentada numa mesa próxima à janela, se fazendo de difícil. O bichano andava de um lado para o outro com a cauda erguida, se exibindo, e ela fingia não ver. Ele miava chamando, e a besta chegava a virar a cara! Uma hora ele cansava e ia embora. Nesse momento ela corria para a janela e observava o namorado se afastar. Tenho certeza que Annita gostava do gatinho, mas o orgulho a impedir de ser mais amistosa. Como os machos não são muito persistentes, seja de que espécie forem, um dia ele desistiu e não voltou mais. Annita passou a ser uma solteirona convicta e nunca mais namorou.

Meu schnauzer Bruno nunca se apaixonou. Faz o tipo durão, que só quer saber de sexo, não quer saber de amor. Fazem o tipo dele as mulheres grandes. Já “deu em cima” de pastoras alemães, border collies, labradoras. Detalhe: ele é um schnauzer miniatura. Mas as preferidas são as huskies siberianas castradas. Uma vez o levei ao ParCÃO da Lagoa e ele passou horas assediando uma husky, que a dona informou ser castrada. A peluda tinha três vezes o tamanho dele, ainda assim ele tentava montar. No começo ela o empurrava, mas ele insistiu tanto que no final ela já deixava montar … na barriga, na cabeça, em qualquer lugar, menos no correto. Quando Bruno completou 1 ano fiz uma festa de aniversário aqui em casa. Uma das convidadas foi a Manu, outra husky castrada que foi assediada durante toda a festa. Mas a aventura sexual mais engraçada do Bruno foi quando ele descobriu a masturbação. Levei-o à casa de uma amiga minha para ser tosado. A boxer dela estava no cio e por isso, presa na cozinha. Bruno não a viu, mas passou cerca de 1:30h no apartamento, sentindo o cheiro. Quando chegou em casa reparei que ele estava, como direi, se lambendo. E lambeu, lambeu, até “resolver o problema”. O pior foi depois. O “pinto” ficou exposto, vermelho, inchado e não voltava para o lugar. Liguei pra minha amiga e perguntei o que fazer. Acabei a noite com o cachorro no colo, segurando uma bolsa de gelo até o “pinto” desinchar.

Meu poodle Galileu é um romântico, galanteador. Enquanto o Bruno se aproxima das fêmeas bruscamente, tentando impressionar pela masculinidade, o Galileu chega devagar, abanando a cauda, sorrindo. Dá umas lambidas no ouvidinho e se a mina gosta, ele parte para o sexo oral. Essa técnica de aproximação funciona bem. Ele só continua virgem até hoje porque os pais das namoradas não deixaram ele consumar o amor. Como machos de todas as espécies não querem perder nenhuma oportunidade, Galileu “dá em cima” de todas as cachorrinhas bonitinhas que vê. Mas não pensem que nunca amou. Já foi apaixonado por uma colega de escola, a Jujuca. Quando se conheceram ele ainda era criança, mas à medida que foi crescendo e se tornando adolescente, foi se apaixonando pela colega mais velha. O melhor é que o amor foi correspondido. Jujuca se apaixonou pelo Galileu. Sempre que se encontravam ficavam juntos e rolavam uns beijinhos. Um dia Jujuca entrou no cio. Enquanto esperavam a vez de treinar ficaram no maior chamego e quando olhamos, lá estava Jujuca de cauda levantada, chamando Galileu. O pai da Jujuca entrou em pânico e disse a ela que não estava disposto a ser avô. Não pense que isso diminuiu o desejo do casalzinho. Era só o pai da Jujuca olhar para o lado que ela corria para o namorado e ficava esfregando a “perseguida” na cara dele. Infelizmente a namoradinha saiu da escola e eles nunca mais se encontraram.

Annita, Bruno e Galileu desejam aos leitores humanos FELIZ DIA DOS NAMORADOS!

Rachel Barbosa
http://rachelbarbosa.com.br


Namoro pra cachorro


Autor: Rachel Barbosa ~ 10 de junho de 2009. Categorias: animais.

Pet Love Motel - São Paulo

Esse ano o Dia dos Namorados cairá na SEXta-feira. Nesse dia da semana já é tradicional o aumento do movimento nos motéis. Com o Dia dos Namorados caindo na sexta, certamente haverá filas para entrar nos motéis.

Será que as filas se repetirão nos motéis para cachorros? Sim, motel para cachorro. Você não sabia que existia?

Pesquisando na Internet, descobri que o primeiro surgiu em São Paulo, em 2005. Hoje já existem alguns pelo país, até em Goiânia, mas no Rio de Janeiro não. Devo enxergar aí uma oportunidade de negócio? rsrs

Meus cães ainda não estiveram em um, mas pelo que vi em fotos e descrições, os motéis caninos não perdem em nada para os motéis humanos: quarto decorado, cama em formato de coração, espelho no teto, TV de plasma, DVD e CD player, perfumes afrodisíacos.

Gang dos Bichos - SP

Alguns ainda oferecem um serviço que os motéis de humanos não têm: agência de encontros. Os donos interessados em “casar” seus cães preenchem um cadastro, através do qual são cruzadas informações a fim de localizar o parceiro ideal. Já imaginou se você pudesse ir ao motel sem se preocupar em encontrar um parceiro para isso?!

Gang dos Bichos - SP

A “suíte” pode ser alugada por hora ou por um pacote de dias, dependendo do motel escolhido.

E se o casal não se curtir na hora do “vamos ver”? Os donos podem optar pela inseminação artificial. Nesse caso os cãezinhos deixarão de aproveitar a parte boa da coisa.

Rachel Barbosa
http://rachelbarbosa.com.br


Raças: Poodle


Autor: Rachel Barbosa ~ 30 de maio de 2009. Categorias: animais.

Na 6ª feira da semana passada a tosadora do pet shop não foi trabalhar porque ganhou a primeira netinha. O ajudante iria fazer os banhos no lugar dela, mas ficou doente. Para não deixar os clientes na mão, mudei de profissão por um dia e fui trabalhar de banhista. Uma coisa me chamou a atenção: a quantidade de poodles que precisei banhar. Acredito que os poodles são ainda mais populares do que os labradores, mas muitas pessoas vêem defeitos nessa raça.

filhote

Antes de ter um poodle, eu tinha a impressão de que se tratava de um cachorrinho de madame, meio fresco e cheio de manias. Depois que ganhei o Galileu, descobri que não.

Tradicionalmente se afirma que a raça foi criada na França, mas segundo a Wikipedia, muitos experts acreditam que pode ser originária da Alemanha ou da Rússia.

Poodles não foram criados para serem cães de companhia. A raça era originalmente utilizada para recuperar caça na água, por isso na tosa leão, a tosa tradicional, os órgãos vitais e as articulações são protegidos pela pelagem densa para suportar a água gelada, e o restante do pelo é raspado para facilitar a natação. Tosa leãoGalileu passaria maus momentos se fosse obrigado a nadar para recuperar caça. Ele detesta água fria e passa horas tremendo se se molhar e não for seco com secador quentinho.

A pelagem do poodle dá um certo trabalho para ser mantida bonita, pois necessita de escovação quase diária para não formar nós, e tosa freqüente para manter a forma. No entanto, tem uma vantagem que muitas outras raças não têm: poodles não soltam pelos e não cheiram mal. Mesmo que o Galileu passe 15 dias sem tomar banho, fica apenas encardido, por ser branco, mas não fica com aquela famosa morrinha de cachorro. 15 dias após o último banho, é possível encostar o nariz no meu peludo e sentir cheiro do shampoo. Poodles somente exalam cheiro desagradável se tiverem algum problema de pele, embora não tenham tendência para isso.

Hoje são comuns os poodles de pequeno porte, mas a raça começou com os exemplares grandes. O desejo de utilizá-los como companhia levou os criadores a produzirem cães menores. Infelizmente, essa miniaturização exagerada trouxe problemas para a raça. Quanto menor o poodle, mas frágeis os ossos. Conheço uma poodle que quebrou uma pata apenas pulando de uma cadeira. Além disso, quanto menor, menos paciência com crianças. Os pequenos também tendem a latir demais. O pai do Galileu tem a metade do tamanho dele e late, late, late. O Galileu não nasceu com a mesma tendência, mas aprendeu o comportamento com o pai. Pessoalmente, prefiro os poodles médios como o Galileu, que tem 36cm de altura na cernelha, ou até maiores. Por não ser pequeno, Galileu tem dificuldade para encontrar uma namorada. Todas as fêmeas que conhecemos são menores que ele.

Eu pensava que latir muito era característica da raça, mas descobri que não. O excesso de latidos é um desvio no padrão. Poodles bicolores, embora sejam muito fofos, também são considerados fora do padrão da raça. O poodle deve ter apenas uma dessas cores: branco, preto, cinza, chocolate (marrom) ou abricó (avermelhado). Para evitar esses desvios de padrão é importante escolher um bom criador. Infelizmente, quando os poodles ficaram na moda, muitas pessoas se auto-denominaram criadores e saíram vendendo poodles sem qualquer critério na criação. O mesmo processo vem acontecendo hoje em dia com labradores.

Deixei a melhor parte sobre poodles para o final. A raça é delicada, não é um cão que possa viver no quintal, exposto às variações climáticas, mas é uma raça super disposta, bem humorada e inteligente. Galileu foi o primeiro cão que treinei para agility e não senti dificuldade. Com apenas 2 repetições do exercício ele já havia entendido o que deveria fazer. Senti muita diferença quando fui treinar o segundo cão, meu schnauzer Bruno. Ele demorava uma eternidade para entender cada coisa. agilityNa classificação de inteligência das raças, o poodle está em segundo lugar, superado apenas pelo border collie. Mas cuidado! A inteligência do poodle poder ser usada tanto para o “bem”, quanto para o “mal”. Pra vocês terem uma idéia, precisei trocar o modelo do cesto de roupa suja aqui de casa, que tinha tampa basculante. Galileu aprendeu sozinho a levantar a tampa para o Bruno tirar roupas de dentro para brincar. Uma vez ele resolveu que queria um brinquedo que estava dentro de uma caixa plástica. Eu disse a que se conseguisse abrir a caixa, poderia ficar com o brinquedo. Ele tentou, tentou, até conseguir.

Poodles são cães versáteis. Se acostumados desde cedo a situações, pessoas e lugares diferentes, se sentirão bem acompanhando o dono em qualquer programa. Galileu é simpático com os vizinhos, adora crianças, principalmente bebês, se dá bem com qualquer cachorro, mesmo com os machos que costumam reagir agressivamente com outros machos. Já me acompanhou em trilhas no meio do mato, viagens, restaurantes, passeios na cestinha da bicicleta, shopping e até museus!

Poodles só têm um problema. Como são muito inteligentes, logo aprendem como manipular o dono para conseguir o que querem. Podem tentar manipular com agressividade. Se perceberem que o dono faz o que querem quando ameaçam morder, passarão a controlar o dono dessa forma. Galileu descobriu que isso não funcionava comigo, então ele tenta me manipular com o charme canino. Às vezes consegue. kkkkkk

Rachel Barbosa
http://rachelbarbosa.com.br


Raças: Labrador


Autor: Rachel Barbosa ~ 17 de maio de 2009. Categorias: animais.

Em primeiro lugar quero agradecer os poucos, mas muito gratificantes comentários que esta coluna tem recebido. É bom partilhar com vocês descobertas e pensamentos, e melhor ainda saber que pude de alguma forma ajudar.

Como sempre, a inspiração para o texto de hoje veio de um fato ocorrido ontem no pet shop. Uma senhora entrou para olhar as roupinhas. Estava procurando algo para vestir sua cadela, mas não tinha certeza do tamanho. Tentando ajudar, perguntei sobre o cão e descobri ser um labrador de 7 meses de idade, que costuma rasgar as caminhas e à noite acaba passando frio, por isso a dona procurava uma roupinha para mante-la aquecida. Expliquei que talvez tivéssemos em estoque um “pijama” de soft, tamanho grande, mas ela disse que preferia um tecido mais leve para o animal não sentir calor durante o dia. Então perguntei: ah, você não quer tirar a roupinha pela manhã? E ela explicou que a cadela vive apenas em companhia de um rottweiller e não há ninguém por perto para tirar a roupa pela manhã.

Eu pensei: COMO ASSIM? VOCÊ LARGOU UM FILHOTE DE 7 MESES SOZINHO?! Claro que na qualidade de vendedora no pet, não poderia dizer a ela o que estava pensando. Não dessa maneira. Então tentei explicar que deixar um labrador apenas na companhia de outro cão é como largar trancada em casa uma criança de 3 anos, com uma outra criança um pouco mais velha tomando conta. Para minha frustração, a senhora não deu a mínima para a explicação e foi embora, prometendo tirar as medidas da cadela e voltar para comprar uma roupinha.

Basta uma volta na Lagoa, no Rio de Janeiro, ou em qualquer outro parque pelo país, para descobrir que a raça é extremamente popular. Pensando nisso, resolvi escrever sobre o Labrador Retriever e talvez ajudar pessoas que estejam considerando adotar um.

Segundo a Wikipedia, a raça foi desenvolvida no Reino Unido. Misturando raças diferentes, foi criado um cão com gosto pela água, pelagem grossa, boca capaz de carregar objetos sem danificá-los, dócil e obediente. A intenção foi criar um cachorro para recuperar na água a caça abatida, daí o nome retriever.

Agora você já sabe que o labrador é um cão de trabalho. Todo cão de trabalho necessita de trabalho, ou seja, precisa ter uma função, ou desenvolverá problemas psicológicos ou desvios de comportamento. Infelizmente, muitas pessoas não sabem disso quando vêem lindos filhotes de labrador (são lindos mesmo), que parecem bichinhos de brinquedo, e simplesmente os compram. Depois o brinquedinho começa a crescer (muito!) e se revela um ser cheio de energia, que será gasta de um modo ou de outro.

O labrador é um cão grande e forte, por isso não indicado para quem mora em apartamento. Só se torna adulto aos 18 meses de idade. Uma vez o adestrador dos meus cães contou que essa é a pior fase na vida de um labrador, por ser um filhotão forte e cheio de energia. Até os 18 meses labradores costumam ser agitados e às vezes destrutivos. O adestrador me disse que é muito comum o abandono do filhote, pois os donos não estão preparados para o que vão enfrentar e não sabem como educá-lo corretamente. Mas ele também me disse que o dono que consegue passar por essa fase educando corretamente o filhotão, tem um cão maravilhoso pelos anos seguintes.

Todo mundo sabe que labradores são excelentes em diversas funções: resgate de pessoas, localização de drogas pelo faro, guia de cegos, etc. Isso se deve à grande necessidade de conviver com humanos e agradá-los. Por esse mesmo motivo, labradores são péssimos como cães de guarda e não se adaptam de modo algum a passar muitas horas sozinhos. Imaginem, então, como deve ser difícil para um lab viver sem humanos, só com outro cão como companhia?

Se você está encantado por um filhotinho de labrador e tem condições de educá-lo e mantê-lo adequadamente (eles comem muito e você gastará uma boa grana em ração!), escolha um bom criador, decida por uma das três cores, amarelo, chocolate ou preto, e seja feliz! Cuidado apenas com a cauda. Aquele rabo grande e forte pode machucar ou derrubar muitas coisas em casa rsrs

Rachel Barbosa
http://rachelbarbosa.com.br

PS: Escute também nosso PODCAST ” Animais de Estimação” – clicando AQUI!

E INDIQUE O MONACAST PARA  PODCAST DO ANO NOS MELHORES DA WEBSFERA DO YOUPIX, clicando AQUI!!


Deixe seu cão ser um cão


Autor: Rachel Barbosa ~ 26 de abril de 2009. Categorias: animais.

Bruno se divertindo com uma amiga

Em primeiro lugar quero pedir desculpas aos leitores e à equipe por não ter publicado a coluna ontem. Acabei chegando tarde em casa.

Sábado é meu dia de trabalho no pet shop, e aquele lugar é uma excelente fonte de temas para esta coluna.

Ontem atendi duas clientes que se queixaram dos comportamentos dos seus cães. Uma achava que a cadela está ficando esclerosada porque voltou a destruir móveis e sapatos, coisa que fazia quando era filhote. A outra estava procurando um adestrador porque o cão destrói objetos em casa quando fica sozinho. Posso garantir que os dois cachorros estão apenas apresentando comportamentos normais para os contextos em que vivem.

As pessoas gostam de bichos e os querem por perto, mas sem ter que alterar suas rotinas diárias. O resultado disso são animais com excesso de energia acumulada, que procuram meios (inapropriados) para gastá-la.

Os dois cães que falei passam o dia sozinhos em casa, além de serem de raças com altos níveis de energia: um beagle e um daschund. As duas donas chegam em casa muito cansadas e sem disposição para passearem com os pets. Se você passasse o dia trancado em casa, o que faria para gastar energia?

E não é apenas nesse aspecto que as pessoas atrapalham os cães e os impedem de serem cães.

Costumava levar meus cachorros ao ParCão da Lagoa, no Rio de Janeiro, uma área cercada em que os peludos podem interagir com outros da espécie, sem coleiras ou guias. A idéia é que naquele lugar os cães possam ser cães. No entanto, várias vezes vi donos achando ruim com seus bichos por ficarem cheirando os bumbuns dos outros bichos! Um cachorro só conhece outro dessa forma. Para eles é como apertar a mão e se apresentar: olá, eu sou Fulano.

Desde que li o livro O Encantador de Cães, me tornei fã do Cesar Milan, um adestrador mexicano que construiu uma carreira de sucesso nos Estados Unidos. Ele tem um programa no Animal Planet (nas 3ªs feiras, às 22 horas), em que mostra e soluciona casos de cães com desvios de comportamento. Ele sempre diz que não é o pet que tem um problema, e sim o dono. Atitudes erradas dos donos criam desvios de comportamento nos cachorros. A técnica que ele emprega com mais freqüência é a caminhada. Por descenderem dos lobos, os cães necessitam caminhar. Os lobos caminham várias horas por dia em busca de alimento, e os cães trancados em apartamentos não podem satisfazer essa necessidade básica. Andando o animal gasta energia e o dono tem a chance de estabelecer liderança sobre ele.

Por experiência própria, sei que gastar energia resolve um monte de problemas. Tenho dois machos adultos em casa e as pessoas sempre me perguntam na rua se eles não brigam, para depois ficarem surpresas quando digo que não. No entanto, quando chove por vários dias seguidos e não posso levá-los para passear, os ânimos ficam mais acirrados. Eles se provocam mutuamente, disputam brinquedos e atenção. Quando os levo para caminhar, voltam cansados demais para procurar confusão.

Portanto, em vez de ficar reclamando do seu peludo que destrói coisas em casa, comece a exercitá-lo. Inicie com caminhadas curtas e vá aumentando o tempo gradativamente. Você e ele vão se beneficiar.


Insuficiência renal em gatos


Autor: Rachel Barbosa ~ 18 de abril de 2009. Categorias: animais.

Annita

Tenho uma gata siamesa chamada Annita. Ela tem 15 anos e estamos juntas desde que tinha 1 mês de vida.

Naquela época eu não sabia quase nada sobre bichos. Uma das coisas que não sabia era a importância de oferecer alimento de qualidade. Minha mãe alimentava à moda antiga (e errada) os gatos que tivemos: comida de panela, peixe cru, etc. Quando ganhei minha primeira gata (não morava mais com minha mãe, por isso Annita foi a primeira só minha), não segui o exemplo e desde o começo da vida Annita só comeu ração. No entanto, eu escolhia as rações pelo preço, não pela qualidade. Anos mais tarde, aprendi que as rações mais baratas e de baixa qualidade alteram o PH da urina do bichano.

Quando Annita estava com cerca de 7 anos, precisei levá-la na veterinária, pois estava com coriza. A vet pediu um exame de sangue e o diagnóstico foi insuficiência renal. Desde então, ela só come ração medicamentosa, inicialmente k/d, da Hill’s, atualmente Renal, da Royal Canin; e faz exame de sangue uma vez ao ano para avaliar a função renal.

Recentemente, a blogueira Adriana Saito perdeu o Ronrom devido à insuficiência. Chorei muito lendo o post que ela escreveu, embora não tenha conhecido o Ronrom pessoalmente. Por sorte, a ração especial controlou a doença da Annita. Os níveis de uréia e creatinina estão sempre normais nos exames.

De acordo com os Drs. Márcio Bernstein e Karine Kleine, do Renalvet, insuficiência renal é um problema comum que surge em gatos de todas as raças e idades, especialmente em felinos com cerca de 9 anos. Os rins filtram os resíduos do sangue, por isso a saúde do bichano fica muito prejudicada se esses órgãos não funcionam adequadamente.

Os seguintes sintomas podem indicar insuficiência renal: cansaço, perda de apetite e de peso, vômito, diarréia, ingestão de água de lugares pouco habituais, aumento da quantidade de urina, feridas na boca, mal hálito, fraqueza e facilidade para se cansar com qualquer atividade. Se seu bichano apresentar qualquer desses sintomas, leve-o ao veterinário.

O diagnóstico é feito através de exames completos e testes laboratoriais, como hemograma, bioquímica do sangue e análise da urina.

Infelizmente, a doença é progressiva e irreversível. O gatinho pode viver meses ou anos.

Os Drs. Márcio Bernstein e Karine Kleine afirmam que a maioria dos casos não tem causas específicas.

O tratamento dos casos graves inclui internação. Os mais leves, podem ser cuidados em casa, com medicamentos e ração especial.

Beber bastante água é importante para todos os bichanos, mas imprescindível para aqueles que têm insuficiência.

O mais importante é nunca adiar uma visita ao veterinário. Se seu gatinho vomitar, tiver diarréia, ou parar de comer, não espere pra ver se vai passar sozinho. Quanto mais rápido o diagnóstico, mais rápido o início do tratamento.

Beijocas,
Rachel Barbosa

http://rachelbarbosa.com.br

PS: Escute também nosso PODCAST ” Animais de Estimação” – clicando AQUI!


Selo peixe Grande 2010


Animais em condomínio


Autor: Rachel Barbosa ~ 11 de abril de 2009. Categorias: animais.

Annita na janela

Na vida em sociedade, freqüentemente a maioria paga pelos erros de uma minoria. Essa injustiça também acontece com os animais que vivem conosco.

Moro num edifício com 34 apartamentos, onde vivem cerca de 7 ou 8 cães de pequeno a médio porte, e 4 ou 5 gatos (a maior concentração de animais por unidade é aqui em casa rsrs). Os gatos não saem de casa. Acredito que o yorkshire do apê ao lado do meu não vá na rua. Apenas um dos cachorros sai duas a três vezes ao dia porque só faz xixi na rua, os outros saem apenas uma vez por dia, ou até menos que isso. Dá para perceber que a circulação de animais pelo prédio não é muito intensa.

No entanto, ultimamente os moradores têm encontrado xixi em alguns corredores, além de xixi e cocô na garagem. Ninguém gosta disso, é claro. Eu mesma reclamei na última reunião de condomínio.

Meus cães são mansos e adestrados, mesmo assim não andam sem guia e não permito que transformem em banheiro as áreas comuns do prédio. No entanto, estamos pagando pelos erros da minoria que permite que o bicho faça xixi e cocô por aí. Esta semana recebi um comunicado assinado pelo síndico, avisando que, em virtude dos dejetos que têm sido encontrados, de agora em diante os animais só podem passar pelas áreas comuns se estiverem no colo, sob pena de aplicação de multa prevista na convenção, no valor de meio salário mínimo.

O síndico não poderia ter tomado essa decisão sozinho, apenas a assembléia teria poderes num caso desses. Além disso, essa ordem está contrariando meu direito de ir e vir. Apesar de tudo isso, acatei a decisão em prol da coletividade. Tenho saído com os dois cachorros no colo. Mas tenham certeza irei correndo bater na porta do síndico se encontrar outro xixi no corredor do meu andar ou cocô na garagem, exigir que descubra o “culpado” e aplique a multa. Regras valem para todos ou para ninguém. Se alguém desobedecer e não for penalizado, também me sentirei no direito de não obedecer.

Muitas convenções de condomínio não permitem bichos por causa de problemas assim, além de latidos excessivos, mordidas nos vizinhos, etc. No entanto, a jurisprudência (decisões dos Tribunais) em sua maioria já garante a permanência de animais de pequeno porte que não perturbem a coletividade. Nesse sentido, por exemplo, a decisão da 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro:

“2007.001.69577 – APELACAO – 1ª Ementa
DES. TERESA CASTRO NEVES – Julgamento: 29/04/2008 – OITAVA CAMARA CIVEL

EMENTA – CONDOMÍNIO. PROIBIÇÃO DE ANIMAIS NO PRÉDIO. CÃO DE PEQUENO PORTE QUE NÃO GERA PERIGO À SAÚDE DOS MORADORES, NEM CAUSA PERTUBAÇÃO AO SOSSEGO, NÃO CONFIGURAÇÃO DAS HIPÓTESE DO ART. 1.277 E INCISO IV DO ART. 1.336, AMBOS DO CÓDIGO CIVIL DE 2002. LATIDOS EVENTUAIS SÃO MERO ABORRECIMENTO. REGRA DO REGIMENTO INTERNO QUE NO CASO CONCRETO SE TRADUZ EM ABUSO DE DIREITO. DIREITO DE PROPRIEDADE A SER PRESERVADO EM DECORRÊNCIA DE SEU USO NORMAL, REGRA DO § 1º DO ART. 1331 E CAPUT DO ART. 1.228, AMBOS DO CÓDIGO CIVIL. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO.”

Ninguém é obrigado a deixar de fazer alguma coisa se não houver lei que proíba. Não existe lei proibindo ter animais em apartamento. Além disso, o direito de propriedade permite ao proprietário fazer o que quiser dentro do seu imóvel. Mas o direito de manter animais no apartamento não é absoluto. A máxima popular que diz que “o direito de um termina onde começa o direito de outro” se aplica perfeitamente bem nesse caso. O proprietário pode fazer o que quiser dentro do imóvel, desde que não incomode os vizinhos. Por isso a jurisprudência não garante a permanência de animais de médio e grande porte, que representam risco ao bem estar físico dos moradores, ou a permanência de bichos em mau estado de saúde, que podem transmitir doenças. Já ouvi falar de gente que tem cão tão infestado por pulgas que estas chegam a invadir os apartamentos do vizinhos!

No Município do Rio de Janeiro está em vigor desde o ano passado uma lei que permite a permanência de animais domésticos, a Lei municipal nº 4.785/2008, desde que atendidas as exigências nela descritas.

Nada disso seria necessário se as pessoas usassem o bom senso. Portanto, antes de entrar numa briga por causa do seu bichinho, avalie se você tem mesmo razão, e se tiver, faça o que for preciso para garantir seu direito, até ir à Justiça.

Rachel Barbosa – advogada apaixonada por animais

http://rachelbarbosa.com.br


Manual para cuidar da pelagem


Autor: Rachel Barbosa ~ 6 de abril de 2009. Categorias: animais.

Na semana passada falamos sobre a importância da pelagem dos animais. Você ficou empolgado para cuidar bem dos pelos do seu bichinho, mas não soube por onde começar? Seus problemas acabaram! Chegou o pequeno manual Monalisa para cuidar dos pelos do seu pet.

Passo 1 – Como já foi dito antes, boa alimentação é a base. Sem ração de qualidade, seu bichinho nunca chegará a ter aquela pelagem que deixará os outros donos mortos de inveja. As melhores rações são, sem dúvida, as importadas super premium. Se você não tem como incluí-las no orçamento, procure as rações premium dos mesmos fabricantes. São muito boas e mais baratas um pouco.

Passo 2 – Escovação, mesmo que seu cão ou gato tenha pelo curto. Para os felinos, então, a escovação semanal é essencial para remover os pelos mortos. Como os gatos se lambem, podem ingerir quantidades absurdas de pelos, chegando a causar obstrução intestinal. Animais de pelos curtos podem ser escovados uma vez por semana, os de pelos longos precisam de três ou mais escovações semanais.

Os acessórios básicos para a escovação são: rasqueadeira, para pelos longos, , para pelos curtos, luva ou escova com pinos de borracha, que agarram os pelos mortos , e pentes para desfazer nós . Existem rasqueadeiras pequenas e macias que também podem ser usadas em gatos de pelo curto. Annita, minha gata, AMA ser escovada com a rasqueadeira dos cães.

Com rasqueadeiras não vale a pena comprar as mais baratinhas, que costumam ser muito duras e podem arranhar a pele. Para saber se é macia, pressione as pontinhas das cerdas contra a palma da sua mão. Se não espetarem e forem um pouco maleáveis, é um bom produto.

Não tente tirar nós muito grandes, deixe isso para um profissional de banho e tosa. Os pequenos você pode desmanchar com o pente, sempre segurando o pelo junto à raiz para não puxar e causar dor, da mesma forma que fazemos para desembaraçar nosso cabelo.

Passo 3 – Banhos regulares. Não existe unanimidade entre os veterinários sobre a freqüência do banho em cães. Uns dizem que ideal é um por mês, outros defendem a cada 15 dias e outros uma vez por semana. Mais que isso, todos os veterinários proibem. A pele dos caninos não é como a nossa, não foi feita para tomar banho todo dia e por isso, podem até desenvolver problemas de saúde.

Em relação aos gatos também não há consenso. Gatos de pelos longos precisam de banhos mais freqüentes, uma vez a cada 15 dias, por exemplo. Os de pelos curtos podem ter um intervalo maior ou mesmo nem tomar banho. Cresci ouvindo minha mãe dizer que gato só tomava banho de língua e tive gatos que viveram a vida inteira sem um banho sequer. Se seu bichano nunca tomou banho e está bem assim, não invente moda agora.

Sempre que der banho em casa, mesmo que seja verão e a temperatura esteja beirando os 40 graus, seque o bichinho com secador. O pelo retém a água em contato com a pele e a umidade propicia o aparecimento de fungos. Seque-o mesmo se ele se molhar brincando com a água do pote de beber.

Antes de dar banho, escove e retire todos os nós que existirem. O pelo no meio do nó não seca nem com secador, e você já sabe que umidade retida na pele acaba em fungos. 

Nunca, mas nunca mesmo, dê banho sem tapar os ouvidos com algodão. Um tiquinho de água no ouvido é otite certa.

Mesmo que seu bichinho tenha pelagem curta, mande-o ao pet shop ao menos uma vez por mês. Lá o banho é diferente do banho em casa, além disso ele terá as unhas cortadas e os ouvidos limpos, coisas que nem todos os donos conseguem fazer em casa.

Passo 4 – Tosas regulares (no pet shop, não em casa). Passar a máquina em um cachorro parece fácil, mas não é. Em várias situações existe risco de corte, afinal você estará passando uma lâmina na pele do bichinho. Deixe isso aos cuidados de um bom profissional. Eu, por exemplo, em teoria sei tosar um schnauzer, de tanto que vi isso ser feito nos últimos 3 anos, mas não me arrisco a fazer (apenas fico junto da tosadora, deixando-a maluqinha com meus palpites =P ).

A freqüência das tosas depende da pelagem. Poodles, por exemplo, devem ser tosados uma vez a cada 60 dias, pelo menos; schnauzers a cada 40 dias. Entre uma tosa e outra, mande-o para fazer uma tosa higiênica, em que são raspados os pelos em volta dos genitais. Isso evita que o bichinho se suje quando for ao banheiro. Tosa higiência serve para gatos peludos também.

Evite problemas de interpretação no pet shop pesquisando na Internet as tosas possíveis para a raça do seu cão. Muitos donos saem insatisfeitos depois do serviço, porque não entenderam o que o tosador queria dizer quando perguntou se deveria fazer a tosa da raça. Para poodle, por exemplo, existem a tosa leão, que é a clássica, a tosa filhote, a tosa cowboy, a chamada tosa de pet shop, etc (e eu “criei” a Tosa do Galileu, um misto entre tosa filhote e tosa de bichon rsrs).

Passo 5 – Observe sempre a pele e os pelos do seu peludo. Se der banho em casa, aproveite o momento para afastar os pelos e verificar se existem falhas na pelagem, machucados, manchas, picadas, irritações, caroços, pulgas ou carrapatos. Se não der banho em casa, faça isso quando for escová-lo. Olhe com atenção todo o corpo, da ponta do focinho até o final da cauda. O bichinho não poderá te avisar: mamãe, encontrei um machucadinho na minha barriga, veja o que é. Você mesmo terá que encontrar e lavá-lo ao veterinário, se necessário. Como a maioria dos donos não faz isso, no meu pet shop utilizo um sistema de relatório, no qual o tosador assinala se encontrou lesões na pele, pulgas ou carrapatos, se havia cera nos ouvidos, em que quantidade e de que cor. Se o pet shop que você freqüenta não faz isso, pergunte ao profissional no final do serviço.

Passo 6 – Ao menos uma vez a cada 30 ou 40 dias, leve seu peludo para fazer um tratamento estético. Hoje em dia existem cauterização e hidratação especialmente formuladas para animais. Algumas linhas têm uma seqüência completa com 4 ou 5 passos, como os tratamento para humanos, que limpam profundamente, selam as escamas dos fios e hidratam, em geral finalizando o processo passando chapinha nos cães de pelos lisos. Vocês não imaginam os resultados! Só experimentando.  

yorkshire

Fiquem à vontade para tirar dúvidas. E se este manual for útil com seu pet, envie uma foto para nos mostrar como ele ficou lindo!

Beijocas,

Rachel

http://rachelbarbosa.com.br





Busca

© 2007-2024 Monalisa de Pijamas - Todos os direitos reservados. Contato: mafalda [arroba] monalisadepijamas.com.br