Porque fazer humor e podcast é uma arte
































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60 MOTIVOS PARA IR AO CINEMA EM 2011


Autor: Mafalda ~ 8 de janeiro de 2011. Categorias: MonaCine.

Chegamos 2011 e fica aquela pergunta: será que vai ser um bom ano para o cinema?
Todos sabem que o esperado O Hobbit foi adiado, ficará (se Ilúvatar permitir) para 2012. No entanto, na categoria heróis / fantasia teremos Thor, Besouro Verde, Rango, Carros 2, Cowboy & Aliens, Lanterna Verde e Harry Potter, entre muitos outros.

Como sempre acontece, janeiro e fevereiro estão recheados de bons filmes que concorrerão ao Globo de Ouro e, provavelmente, ao Oscar e que ainda não estrearam por aqui. Filmes como Inverno da Alma, Um Lugar Qualquer, o Discurso do Rei e Cisne Negro serão lançados e estão entre os mais aguardados.

Confira uma lista de 60 motivos para ir ao cinema neste ano.

Janeiro

Além da Vida (Hereafter), de Clint Eastwood
Enrolados (Tangled), de Nathan Greno e Byron Howard
O Turista (The Tourist), de Florian Henckel von Donnersmarck
As Viagens de Gulliver (Gulliver’s Travels), de Rob Letterman
Biutiful (Biutiful), de Alejandro González Iñárritu
Bravura Indômita (True Grit), de Ethan Coen e Joel Coen
Lixo Extraordinário (Lixo Extraordinário), de João Jardim, Karen Harley e Lucy Walker
Amor e Outras Drogas (Love and Other Drugs), de Edward Zwick
Deixe-me Entrar (Let Me In), de Matt Reeves
Inverno da Alma (Winter’s Bone), de Debra Granik
Um Lugar Qualquer (Somewhere), de Sofia Coppola

Fevereiro

O Discurso do Rei (The King’s Speech), de Tom Hooper
O Mágico (L’illusioniste), de Sylvain Chomet
Cisne Negro (Black Swan), de Darren Aronofsky
O Vencedor (The Fighter), de David O. Russell
127 Horas (127 Hours), de Danny Boyle
Besouro Verde (The Green Hornet), de Michel Gondry
Rabbit Hole (Rabbit Hole), de John Cameron Mitchell

Março

Como Você Sabe (How Do You Know), de James L. Brooks
Rango (Rango), de Gore Verbinski
Turnê (Tournée), de Mathieu Amalric
Bróder (Bróder), de Jeferson De
Sucker Punch – Mundo Surreal (Sucker Punch), de Zack Snyder
Ricky (Ricky), de François Ozon

Abril

Rio (Rio), de Carlos Saldanha
Os Agentes do Destino (The Adjustment Bureau), de George Nolfi
Cópia Fiel (Copie Conforme), de Abbas Kiarostami
Pânico 4 (Scream 4), de Wes Craven
Atividade Paranormal em Tóquio (Paranormal Activity: Tokyo Night), de Toshikazu Nagae
A Garota da Capa Vermelha (Red Riding Hood), de Catherine Hardwicke
Haywire (Haywire), de Steven Soderbergh
Paul (Paul), de Greg Mottola
Thor (Thor), de Kenneth Branagh

Maio

Source Code (Source Code), de Duncan Jones
Velozes e Furiosos 5 (Fast Five), de Justin Lin
Padre (Priest), de Scott Charles Stewart
Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas (Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides), de Rob Marshall
Se Beber, Não Case! 2 (The Hangover 2), de Todd Phillips

Junho

X-Men: First Class (X-Men: First Class), de Matthew Vaughn
Kung Fu Panda 2 (Kung Fu Panda 2), de Jennifer Yuh
Lanterna Verde (Green Lantern), de Martin Campbell
Carros 2 (Cars 2), de Brad Lewis
Melancholia (Melancholia), de Lars Von Trier

Julho

A Árvore da Vida (The Tree of Life), de Terrence Malick
Transformers: Dark of the Moon (Transformers: Dark of the Moon), de Michael Bay
Harry Potter e As Relíquias da Morte – Parte 2 (Harry Potter and The Deathly Hallows – Part 2), de David Yates
Captain America: The First Avenger (Captain America: The First Avenger), de Joe Johnston

Agosto

Rise of the Apes (Rise of the Apes), de Rupert Wyatt
Cowboys & Aliens (Cowboys & Aliens), de Jon Favreau
Os Smurfs (The Smurfs), de Colin Brady
O Palhaço (O Palhaço), de Selton Mello
Conan (Conan), de Marcus Nispel

Setembro

Premonição 5 (Final Destination 5), de Steven Quale
Super 8 (Super 8), de J. J. Abrams

Outubro

Deu a louca na Chapeuzinho 2 (Hoodwinked 2: Hood vs. Evil), de Miek Disa
Fright Night (Fright Night), de Craig Gillespie
Midnight in Paris (Midnight in Paris), de Woody Allen
Footloose (Footloose), de Craig Brewer

Novembro

Dream House (Dream House), de Jim Sheridan
As aventuras de Tintin: O segredo do Licorne (The Adventures of Tintin: The Secret of the Unicorn), de Steven Spielberg

Mas sempre lembrando: assista por sua conta e risco. Feliz 2011!


Lembra de Tron – Uma Odisséia Eletrônica?


Autor: Mafalda ~ 4 de janeiro de 2011. Categorias: MonaCine, Sofá da Mona.

Você assistiu Tron – Uma Odisséia Eletrônica? Não? Você não está sozinho nessa. Tenho conversado com muita gente a respeito de Tron – O Legado e foram poucas as pessoas que viram o filme de 1982 nos cinemas, outras dizem ter visto o filme na TV, mas admitem que não se lembram muito de sua trama.

A primeira parte de Tron, dirigida por Steven Lisberger, foi um dos filmes mais comentados da época por ser o primeiro a usar a computação gráfica em grande escala. Quase todo o filme se passava em um mundo virtual, que simulava o interior de uma grande (e maligna) rede de computadores.
Apesar de toda a divulgação e do hype gerado (eu tinha 5 anos e ainda lembro dos meus primos mais velhos comentando sobre o filme), Tron acabou sendo um relativo fracasso da Disney: custou cerca de U$ 17 milhões e arrecadou U$ 33 milhões nos EUA, lucro abaixo do esperado (no mesmo ano, E.T. custou cerca de U$ 10 milhões e arrecadou U$ 435 milhões, apenas nos EUA).

As críticas também não ajudaram. Para a maioria dos comentaristas, Tron possuía um roteiro infantilóide, só valendo pelos efeitos visuais. E nem mesmo os efeitos foram unanimidade, o The New York Times publicou em sua resenha: “Eles são barulhentos, brilhantes e vazios. E são tudo o que este filme tem a oferecer”.

A verdade é que a trama rocambolesca de Tron deixa qualquer pessoa que entenda um pouquinho de computadores de cabelo em pé. Jeff Bridges é Kevin Flynn, um engenheiro de softwares que criou um jogo de arcade muito famoso, mas que teve sua idéia roubada por Ed Dillinger (David Warner), que acabou se tornando o presidente da companhia para a qual eles trabalhavam, a Encom.
Flynn tenta hackear o sistema da Encom, para mostrar ao mundo que foi sacaneado, mas Dillinger instalou um sistema de inteligência artificial que protege a rede, o Programa de Controle Mestre (MCP). Só que o MCP vai se alimentando do conhecimento de outras redes, se tornando cada vez mais poderoso, onipresente e perigoso, ameaçando até mesmo seu criador. Quando Flynn invade a empresa, com a ajuda de um casal de amigos, Alan e Lora, o MCP joga o rapaz para dentro do computador, utilizando uma máquina de tele-transporte que acabou de ser criada.

Uma vez dentro dos computadores, Flynn tem que lidar com softwares bons e maus. Neste mundo virtual, ele conhece Tron, o programa de segurança criado por Alan, que tenta combater o MCP. Como todos os outros programas, Tron é interpretado pelo mesmo ator que faz Alan (Bruce Boxleitner) no mundo real, e é ele que irá ajudar Flynn a combater a tirania do sistema que escraviza a todos.

Visto hoje, Tron – Uma Odisséia Eletrônica tem muito daquela visão mística e ingênua que as pessoas tinham dos computadores até há poucos anos, uma máquina praticamente inacessível para a maioria da população, que pensava e tinha vontade própria. Tudo é muito surreal: o MCP planeja (sozinho) invadir o sistema do Pentágono, as pessoas conversam com o computador (e ele responde em voz alta) e não existe backup, se algo acontece com o programa, ele é destruído.

Mas nada me surpreendeu mais, ao rever o filme esta semana, do que descobrir que Tron é um personagem secundário na trama. Não sei por que eu tinha na mente que Tron era o nome do ambiente virtual onde o Flynn estava preso.

Para ver Tron – O Legado, não é necessário assistir ao primeiro. Algumas coisas aconteceram entre os dois filmes (história que foi contada na HQ Tron: Betrayal, lançada há alguns meses nos EUA). No entanto, quem tiver com Tron – Uma Odisséia Eletrônica na cabeça conseguirá ver diversas referências na continuação, como os atores Bridges e Boxleitner, por exemplo, que voltam aos papéis que fizeram há 28 anos.

Depois de todos estes anos, o Tron de 1982 se tornou cultuado por fãs de ficção científica. Não dá para dizer que ele se tornou um filme melhor com o tempo, mas não podemos negar que foi muito corajoso ao inserir os atores naquele mundo criado por computação.

Vale, ao menos, pela curiosidade.

Fontes consultadas: IMDB e Wikipedia


Oscar de Animação 2011 – as pré-selecionadas


Autor: Mafalda ~ 2 de dezembro de 2010. Categorias: MonaCine.

Saiu a lista das animações pré-selecionadas para concorrer ao Oscar 2011.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou o nome dos semifinalistas na luta pelo Oscar de Animação. São 15 filmes concorrendo a 3 indicações.

O mágico

As animações que estão na luta pelo prêmio são:

Alpha and Omega, de Anthony Bell e Ben Gluck
Como Cães e Gatos 2: A Vingança de Kitty Gallore, de Brad Peyton
Meu Malvado Favorito, de Pierre Coffin e Chris Renaud
The Dreams of Jinsha, de Daming Chen
Como Treinar o Seu Dragão, de Dean DeBlois e Chris Sanders
Idiots and Angels, de Bill Plympton
O Mágico, de Sylvain Chomet
A Lenda dos Guardiões, de Zack Snyder
Megamente, de Tom McGrath
My Dog Tulip, de Paul Fierlinger e Sandra Fierlinger
Shrek Para Sempre, de Mike Mitchell
Samâ Wôzu, de Mamoru Hosoda
Enrolados, de Nathan Greno e Byron Howard
Tinker Bell e o Resgate da Fada, de Bradley Raymond
Toy Story 3, de Lee Unkrich

Em um ano fraco de grandes lançamentos e repleto de boas animações, temos vários
concorrentes de peso:

- Meu Malvado Favorito, Shrek Para Sempre e Como Treinar o Seu Dragão conseguiram, respectivamente, a sexta, a sétima e a oitava maior bilheteria dos EUA, até omomento. Três sucessos estrondosos de público.

- O Mágico é de Sylvain Chomet, o criador do aclamado As Bicicletas de Belleville, que concorreu a 2 Oscars em 2004.

- A Lenda dos Guardiões é dirigido por Zack Snyder, respeitado diretor dos sucessos 300,
Watchmen e Madrugada dos Mortos.

No entanto, se existe uma animação que surge como franca favorita, ela é Toy Story 3, da Disney / Pixar.
O filme é a maior bilheteria do ano nos USA, com quase 415 milhões de dólares arrecadados. Além disso, a aventura de Woody e Buzz foi aclamada por crítica e público, sendo apontada até mesmo como forte concorrente ao prêmio de Melhor Filme.

Os indicados ao Oscar 2011 serão conhecidos em 25/01 e a cerimônia de entrega dos
prêmios acontecerá em 27/02. Até lá, só podemos especular e torcer.

Fontes: Variety e Box Office Mojo


Filme Recomendado pro Halloween – parte 2: Madrugada dos Mortos


Autor: Mafalda ~ 27 de outubro de 2010. Categorias: MonaCine.

Madrugada dos Mortos, de Zack Snyder (2004)


Esqueça aquela regra que diz que zumbis não correm. Em Madrugada dos Mortos eles correm… e muito.

Refilmagem do filme de 1978, O Despertar dos Mortos, de George A. Romero, esta obra de Zack Snyder é mais um exemplo de que as fitas de zumbi são o que há de melhor no gênero horror nos últimos anos.

A história é simples, como todas deste estilo: um vírus qualquer mata as pessoas, transformando-as em mortos-vivos logo em seguida. Estes seres correm atrás de carne humana, e todos que são mordidos são infectados.

Um grupo de sobreviventes se forma, meio sem querer, e acaba se refugiando em um shopping center. Lá eles terão certo conforto para viver, mas estarão sempre cercados por uma horda de zumbis famintos, estando à mercê de ataques.

Madrugada dos Mortos consegue balancear muito bem as doses de horror, com monstros e muito sangue, e o suspense. Cenas como as do estacionamento vazio do shopping e da mulher grávida são de fazer a gente prender a respiração.

Um ponto fraco deste tipo de filme costuma ser o final. No caso de Madrugada dos Mortos, penso que tivemos uma solução bem digna, que não joga o resto do filme no lixo.

A fotografia é ótima e, tecnicamente, tudo funciona muito bem. Cenas bem feitas, bom timing. Em nenhum momento o filme se torna maçante.

Se você gosta de filmes de zumbis, neste halloween não deixe de assistir a Madrugada dos Mortos, de Zack Snyder.

PS: Escute também nosso Podcast “Coisas que dão Medo 2


Filme Recomendado pro Halloween – parte 1: A Profecia


Autor: Mafalda ~ 27 de outubro de 2010. Categorias: MonaCine.

Quando os judeus retornarem à Sião

E um cometa varar o céu

O Sacro Império Romano se erguerá

E você e eu devemos morrer.

Do mar eterno ele se ergue

Criando exércitos em ambas as costas

Virando o homem contra seu irmão

Até a humanidade deixar de existir.

Quando seu filho morre no parto, Robert Thorn recebe do padre que administra o hospital a proposta de que ele leve outra criança no lugar, cuja mãe morreu ao dar à luz.

Damien Thorn nasceu no dia 06/06, às 6h, em um hospital católico de Roma. Quando está para fazer 5 anos, uma série de coisas estranhas começam a acontecer à sua volta. Seu pai é escolhido para ser o embaixador dos Estados Unidos em Londres, logo em seguida, sua babá se suicida e um padre aparentemente alucinado passa a perseguir Robert.

O padre tenta informar a Thorn de que a criança é o filho do demônio, já que ele sabe disso pois estava presente em seu nascimento. Apesar da aparente loucura do religioso, os acontecimentos acabam por deixar o pai na dúvida. Logo, um fotógrafo também procura o embaixador para mostrar que as estranhas mortes que cercam à sua família podem estar sendo “profetizadas” em fotografias.

Este é um dos meus filmes de terror preferidos. Lembro de assisti-lo nos sábados à noite, na falecida Rede Manchete, ao lado do meu pai e minha mãe. O que sempre me atraiu, mais do que tudo, foi o lance das sombras nas fotos. Esta coisa de que o destino daquela pessoa já está marcado, por ela ter se colocado no caminho do plano de dominação traçado pelo demônio.

Além de contar com nomes conhecidos Gregory Peck, Lee Remick e David Warner, o filme tem como bônus o garoto, que consegue fazer algumas caras bem assustadoras. Tudo isso, embalado por uma trilha sonora mega sinistra, que levou o Oscar de 1977, tendo como principal música Ave Satani, que é de arrepiar os cabelos.

O poema do início do texto é recitado durante o filme e seria a prova de que Damien é o anticristo. O filme dá a entender que o fotógrafo está lendo o poema na bíblia, o que levou muita gente a acreditar (eu inclusive) de que ele era um trecho do livro quando, na verdade, foi criado especialmente para a história.

Quer passar medo neste halloween? Assista A Profecia, de Richard Donner, versão original, de 1976.

Curiosidades de A Profecia

Durante as filmagens, diversos acidentes “inexplicáveis” aconteceram, o que levou muita gente a acreditar que o filme estava mexendo com coisas sérias, que deveriam ser deixadas de lado:

- aviões em que estavam o roteirista David Seltzer e o ator Gregory Peck foram atingidos por raios, enquanto estes trabalhavam na produção do filme;

- ainda no quesito “aéreo”, Gregory Peck cancelou na última hora uma viagem à Israel. O avião em que ele viajaria caiu matando a todos os passageiros;

- o hotel em que o diretor Richard Donner estava hospedado sofreu um atentado à bomba, cometido pelo IRA;

- um treinador do safári onde foi rodada uma cena do filme foi atacado e morto por leões logo após a saída da equipe de filmagem;

- os Rottweilers que foram utilizados para serem os protetores de Damien atacaram seus treinadores durante as gravações.

É claro que este tipo de notícia sempre rende muita publicidade para um terror e vários deles possuem fatos “macabros” associados às gravações, com em O Exorcista, por exemplo. Mas não deixa de ser interessante.

PS: Escute também nosso Podcast “Coisas que dão Medo 2


O Terror Tosco dos Anos 80. E como eu adorava…


Autor: Mafalda ~ 26 de outubro de 2010. Categorias: MonaCine.

Como todo mundo que viveu sua infância / início da adolescência nos anos 80, eu também tinha aquela filosofia do “quanto pior, melhor”, e aquela década foi recheada de filmes toscos: porradaria, fitas adolescentes, ficção científica… todos os gêneros tinham sua quota. Os filmes de terror eram o supra-sumo desta categoria.

A princípio, a Tela Quente, a Temperatura Máxima e a Sessão das Dez eram os meus maiores provedores de filmes Z. Quando eu tinha 10 anos, meu pai comprou um videocassete e aí foi uma festa. Toda sexta eu passava na Vídeo Locadora São Paulo e pegava 5 fitas, para entregar na segunda-feira. Como é de se imaginar, depois de uns dois meses os filmes ficavam cada vez mais estranhos, já que a locadora não tinha tantos títulos assim.

Foi nessa época que eu vi e revi praticamente todos os filmes desta lista que vou apresentar para vocês.

Um dos primeiros filmes que marcou minha vida foi A Volta dos Mortos-Vivos (The Return of the Living Dead, 1985). Fiquei simplesmente fissurado com a mistura de horror e comédia. As atuações fraquíssimas, as falas exageradas, os mullets… nada disso era percebido por mim. O que chamava minha atenção eram os esqueletos comendo cérebros e a punk dançando nua em cima de um túmulo (depois ela vira uma zumbi gostosona pelada). Para encerrar, ainda temos piadas envolvendo o exército americano e sua conhecida falta de sensibilidade para lidar com crises.


Pague Para Entrar, Reze Para Sair (The Funhouse, 1981)
realmente me assustava. A história gira em torno de um grupo de jovens que resolve passar a noite em um parque de diversões e é perseguido por criaturas estranhas. Não lembro muito deste filme, mas sei que o parque era habitado por uma série de monstros e o filme apavorava minhas noites de sábado.


A Noite dos Arrepios (Night of the Creeps, 1986)
foi um clássico do “terrir” adolescente. Em um campus, todos os estudantes ficam à mercê de uma espécie de lesmas alienígenas, comedoras de cérebro. Os extra-terrestres entram pela boca da pessoa e começam a controlar suas ações, transformando-a em um zumbi hospedeiro. A única coisa que pode matar esses ETs é a alta temperatura. Nunca esqueci da famosa fala: “Tenho duas notícias para te dar, uma boa e uma ruim. A boa é que o teu namorado está te chamando aqui na porta, a ruim é que ele está morto”. Eu adorava.


A Casa do Espanto (House, 1986) é outro que cansei de assistir. Eu simplesmente era fã da história do pai e do filho que se mudam para uma casa nova e têm que enfrentar todo o tipo de aparição. Um dos atrativos era o fato do personagem principal ser interpretado por William Katt, o Super-Herói Americano da série de TV que passava no SBT.


O estranho dessa época é que nunca me interessei por A Hora do Pesadelo, cujo personagem principal era o Freddy Krueger. A exceção acabou sendo A Hora do Pesadelo 3 (A Nightmare On Elm Street 3: Dream Warriors, 1987), que passava à exaustão na Globo e que eu sempre assistia. Nunca esqueci da musiquinha “1, 2, ele vai te pegar…” e também não esqueço do Freddy usando um dos garotos malucos como marionete.


Aí chegamos em Sexta-Feira 13 (Friday the 13th, 1980, 1981, 1982, 1984, 1986, 1988, 1989), que era a série que embalava meus fins de semana e do meu irmão. Vivíamos alugando os filmes, desde o primeiro, onde a mãe do Jason era a assassina, até a oitava parte, que é quando Jason Voorhees vai para Nova Iorque e eu, finalmente, me decepcionei com ele. Se assistir a filmes violentos transformasse alguém em psicopata, os produtores de Sexta-Feira 13 seriam os maiores responsáveis pelos crimes cometidos hoje em dia…


A Morte do Demônio (The Evil Dead, 1981) - Para encerrar, o grande filme feito pelo jovem Sam Raimi, que acabou se tornando o diretor dos blockbusters da série Homem-Aranha. Um grupo de jovens vai passar um fim de semana em uma cabana abandonada, no meio da floresta e encontram uma antiga gravação. Ao ouvirem a mesma, acabam liberando um demônio que mata e possui o corpo da vítima, fazendo com que os amigos passem a atacar uns aos outros.

O filme é mega-tosco, feito com um orçamento mínimo, mas conseguia criar um clima de tensão e, ao mesmo tempo, gerar risos nervosos com toda a gosma dos corpos possuídos. Um verdadeiro clássico.

Vale ressaltar a salada dos nomes que ele recebeu aqui no Brasil. The Evil Dead foi conhecido aqui como A Morte do Demônio, Uma Noite Alucinante 1 – Onde Tudo Começou e também apenas como Evil Dead.

E estes foram alguns dos filmes que ajudaram na formação do meu caráter… E vocês? Quais os filmes toscos que vocês não esquecem?

Fonte de pesquisa: Boca do Inferno

PS: Aproveite e escute o nosso Podcast Especial de Halloween. Só clicar na imagem abaixo.


Filmes de terror com crianças


Autor: Mafalda ~ 25 de outubro de 2010. Categorias: MonaCine.

Existe um tipo de filme de horror muito específico e que sempre causa arrepios nos espectadores: filmes de terror com crianças.

Vira e mexe saem bons filmes com este tema nos cinemas. Quando bem explorada, a figura de crianças estranhas, desajustadas ou malvadas consegue deixar a platéias histéricas.

Segue uma lista de 8 filmes que têm crianças entre seus protagonistas e que estão entre os meus favoritos no gênero:

Os Inocentes (The Innocents, de Jack Clayton, 1961) – Uma governanta (Deborah Kerr) chega a um casarão onde deverá cuidar de duas crianças, filhas de um rico e ausente viúvo. Logo ela começa a perceber que existe algo muito sinistro na casa e que as crianças podem estar envolvidas. O filme não tem nenhuma cena explícita mas consegue criar um clima realmente assustador. Baseado no conto A Volta do Parafuso, de Henry James.

O Exorcista (The Exorcist, de William Friedkin, 1973) – Uma garota normal começa a apresentar transformações comportamentais e físicas, fazendo com que sua mãe passe a desconfiar de que ela está com algum tipo de possessão, o que a leva a procurar a ajuda da igreja. O filme tem muitas cenas inesquecíveis, como a do crucifixo e da garota flutuando. Baseado no livro de William Peter Blatty.

A Profecia (The Omen, de Richard Donner, 1976) – Estranhos acidentes cercam a vida de Damien, um garoto de 5 anos, filho de Robert Thorn, o embaixador americano em Londres (Gregory Peck). Um fotógrafo começa a investigar a vida de Damien e tenta convencer Robert de que existe algo muito errado com a criança.

O Iluminado (The Shining, de Stanley Kubrick, 1980) – Uma família se muda para um hotel que ficará todo o inverno isolado pela neve. Conforme o tempo passa, o pai (Jack Nicholson) começa a agir de maneira cada vez mais estranha, enquanto o filho de 5 anos passa a ter visões de duas irmãs mortas no hotel, entre outras coisas bizarras. Baseado no livro de Stephen King.

A Colheita Maldita (Children of the Corn, de Fritz Kiersch, 1984) – Casal chega a uma cidade, aparentemente abandonada, onde as crianças fazem parte de uma seita. Liderados por um pastor mirim chamado Isaac, o grupo passa a perseguir os forasteiros. Também baseado em conto de Stephen King.

O Sexto Sentido (The Sixty Sense, de M. Night Shyamalan, 1999) – Um renomado psiquiatra é baleado por um antigo paciente, que se suicida em seguida. Depois disso, ele emprega todo seu tempo para tentar tratar de um garoto (Haley Joel Osment) que possui sintomas idênticos ao do rapaz que se matou, negligenciando outros aspectos de sua vida. Conforme vai se aprofundando nos problemas do menino, descobre que existem muito mais coisas acontecendo do que ele podia imaginar. É impossível descrever a reação de quem assiste este filme pela primeira vez.

Os Outros (The Others, de Alejandro Amenábar, 2001) – Nicole Kidman mora em um
casarão com seus dois filhos. Eles possuem uma rara doença que não permite que tomem sol, o que faz com que a casa esteja sempre iluminada apenas pela luz de lampiões. É neste clima soturno que os três começam a ser assombrados por seres invisíveis, além de desconfiarem que os novos empregados da casa também não são o que disseram ser. Lembrei de Os Inocentes na primeira vez que assisti.

Deixa Ela Entrar (Låt den rätte komma, de Tomas Alfredson, 2008) – Um menino que sofre “bullying” na escola conhece sua nova vizinha Eli (Lina Leandersson), uma pessoa misteriosa que na verdade é uma vampira. Apesar de ser um filme de terror, com cenas fortes de ataques e mortes, a trama tem uma forma toda delicada de tratar o laço criado entre o par de amigos. Imperdível.

Ótimas pedidas para o seu halloween!

PS: Escute também nosso Podcast “Coisas que dão Medo 2


Dica de Filme/DVD: Como treinar seu Dragão


Autor: Mafalda ~ 13 de outubro de 2010. Categorias: MonaCine.

Como Treinar O Seu Dragão começa em plena ação, uma aldeia viking está sendo atacada por dragões e o caos está armado. Neste cenário vamos conhecendo todos os personagens principais e um pouco de suas características: Stoico é o heroico líder da aldeia, Bocão o corajoso ferreiro, Astrid a garota popular, Melequento o moleque valentão e o protagonista, Soluço, é um viking adolescente, que quer provar que pode ser tão valoroso quanto os outros, apesar de ser magricelo e atrapalhado.

Na ânsia de mostrar para seu pai, Stoico, que consegue ser um grande viking, Soluço acaba capturando o dragão mais temido de todos, o Fúria da Noite, com a ajuda de uma máquina que ele mesmo inventou. Mas, no momento de sacrificar o monstro, o garoto acaba descobrindo um belo “bichinho de estimação”.

Começa o grande dilema de Soluço. Ele quer ser considerado um herói na aldeia e aos olhos de seu pai, mas sabe que jamais terá a coragem de matar um dragão. Não por medo, mas sim por vê-los com olhos diferentes dos outros moradores do lugar.

Adoro animações e sempre me irrito com as histórias que tratam as crianças como idiotas, fazendo as coisas de qualquer jeito e apostando na repetição, o que sempre agrada aos menores. Não é o caso de Como Treinar O Seu Dragão. A trama é interessante, com uma mensagem bonita, mas sem fazer concessões. O filme chega a ter seus pinguinhos de tragédia (mas nada piegas).

A escolha de Gerard Butler, na versão em inglês, para fazer a voz de Stoico é perfeita, já que ele é o típico rei guerreiro. No meio da batalha ficamos o tempo todo esperando que ele grite: “THIS IS SPARTA!”.

Como Treinar O Seu Dragão é o tipo de filme que agrada a todo mundo. Na saída do cinema todos estavam com um sorriso no rosto, crianças, adolescentes e adultos. Meu filho adorou e eu também.

O filme acabou de sair em DVD, quem ainda não viu deve correr. É imperdível.

Selo peixe Grande 2010


As 5 melhores cenas de Karokê do Cinema


Autor: Mafalda ~ 29 de setembro de 2010. Categorias: Mona POP, MonaCine, Sofá da Mona.

Eu sempre tive uma certa vontade ou curiosidade de cantar em Karokê, mas sei que não tenho voz para isso. Eu realmente não tenho voz, nem afinação! Assim, como sempre imaginei em dançar com Gene Kelly … aquela insanidade que teima habitar na sua cabeça, mas que você tem consciência do impossível. Se virasse realidade, seria um ótima vergonha alheia no You tube.

O Cinema faz isso conosco, é culpa dele nós sonharmos com coisas impossíveis. Porém, é prazeroso ver estas cenas e se embalar com elas.

Aqui, as 5 melhores cenas de Karokês do Cinema.

O CASAMENTO DO MEU MELHOR AMIGO – a melhor “#putafaltadesacanagem” que a personagem da Julia Roberts fez com a tímida e envergonhada ” Kimmy ” de Cameron Diaz. Nem deu tempo para a menina tomar uma caipirinha antes. :)

THE CABLE GUY - Jim Carrey aloprando (que novidade!) com a música “Don´t you want somebody to love”

DUETS - linda a interpretação da música Free Bird.

ENCONTROS E DESENCONTROS ( LOST IN TRANSLATION )
Bem lembrado pela colaboradora Jú Teófilo, como deixar de fora este excelente filme que se passa no Japão, país do Karaokê!?

DUETS - passei a ver “cor” em Gwyneth Paltrow depois de ouvi-la cantando com Huey Lewis (já falei que amo Huey Lewis?) antes mesmo de ver a cena do filme. Lindo o dueto deles e minha cena preferida!

Menção Honrosa para:
Shrek - O Karaokê do Shrek é tão divertido quanto o filme! Adoro!

E você, acha que estão são as 5 melhores cenas de Karokê no Cinema, ou trocaria alguma destas cenas por outro filme que não está na lista?

Beijos,
Mafalda


Bastardos Inglórios – e se você pudesse mudar a História?


Autor: Mafalda ~ 28 de setembro de 2010. Categorias: MonaCine, Sofá da Mona.


Capa do DVD lançado no Brasil

O cenário é a II Guerra Mundial e seus horrores ímpares.
Não há nenhuma guerra sem dor ou perdas, mas a II Guerra foi marcada por apresentar ao mundo novas fronteiras da crueldade e pela personificação/concretização da loucura maligna na figura e no projeto hegemônico de Adolf Hitler. Foram milhões e milhões de vidas exterminadas. Judeus eram as vitimas principais, mas também deficientes, ciganos, homossexuais, eslavos, testemunhas de Jeová.
No cinema, na televisão e na literatura, a II Guerra já rendeu (e ainda renderá) inúmeras produções.

Em 2009, chegou a vez de Quentin Tarantino contar sua estória. Não importa o quanto um tema tenha sido explorado, Tarantino sempre consegue renová-lo com sua narrativa pop e esse é um dos motivos pelos quais seus filmes sempre detêm minha atenção. Vejo o diretor como um grande artista especialista em fazer colagens/montagens. Todas as referências cinematográficas (do western ao cinema francês) podem aparecer em qualquer filme seu, sem que isso destoe ou pareça forçado. Mistura pop refinada. Seus filmes trazem esse elemento comum: estilos, personagens, tempos, músicas, culturas e atores em uma overdose de referências (e quanto maior a bagagem do espectador, mais conseguirá identificá-las).

Preciso dizer que a trilha sonora é interessante também? Essencial para ditar o clima e o ritmo dado a certas cenas e uma assinatura dos filmes de Tarantino, que nunca faz escolhas óbvias. Neste, a trilha é assinada pelo italiano Ennio Morricone (Os Intocáveis; A Missão entre tantos). Há inserções de músicas modernas. Destaque para Cat People/putting out the fire de David Bowie na cena da maquiagem da personagem Shosanna. Genial.


A atriz Mélanie Laurent em cena memorável ao som de David Bowie.

Bastardos Inglórios se passa na França ocupada pelos nazistas. Shosanna Dreyfus (Mélanie Laurent) testemunha a execução de sua família pelo coronel Hans Landa (Christoph Waltz ganhou o Oscar por este vilão – aliás, do pior tipo: inteligente, frio e de fala mansa). A garota foge e anos depois a reencontramos em Paris na pele de uma cidadã francesa proprietária de cinema. Paralelamente, o tenente Aldo Raine (Brad Pitt – imprimindo as cores primárias e toscas que sua personagem exigia) comanda um grupo, denominado pelos inimigos de Bastardos, composto por judeus norte-americanos que estão na Europa com o objetivo de matar e escalpelar oficiais nazistas. Aliados à atriz/espiã alemã Bridget von Hammersmark (Diane Kruger- lindíssima), os Bastardos aderem a um plano dos aliados para derrubar os principais líderes do Terceiro Reich. Com o desenrolar da trama, todos se cruzam no cinema de Shosanna. Todavia, esta também arquiteta sua própria vingança contra aqueles que assassinaram sua família. Não busque no filme nenhuma fidelidade a fatos históricos ou preciosismo no trabalho de ambientação e caracterização da época. Para um filme de Tarantino, até que as cenas de violência são menos freqüentes (atenção, eu disse “para um filme de Tarantino”), mas são inevitáveis e até catárticas em alguns momentos (a parte final do filme justifica tais adjetivos).


Os Bastardos em ação e o vilão Hans Landa (destaque)

Roteiro bem amarrado, suspense na medida certa, senso de humor (com doses de sarcasmo) e elenco impecável, nas mãos criativas de um diretor com estética e linguagem próprias resultaram em uma trama que prende o espectador. Além disso, é um filme que depende de boas interpretações de seu elenco, aspecto que pessoalmente valorizo. Os diálogos são longos em algumas cenas, mas nunca desnecessários. A palavra é o principal “efeito especial” do filme. As experiências brutais, a dor e a impotência sofridas pelos que vivenciam uma guerra e o holocausto podem ser transformadoras e mudar os conceitos sobre o bem e o mal, o certo e o errado, subvertendo normas e regras sociais. Vale tudo para tentar mudar o rumo assustador que a História trilhou naquela época, incluindo missões visivelmente suicidas (e se você tivesse a chance, não faria o mesmo?). Bastardos Inglórios nos faz refletir. Em cartaz no canal Telecine (cabo) ou disponível em DVD.


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Selo peixe Grande 2010





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