Autor: Mafalda ~ 27 de outubro de 2011. Categorias:Sofá da Mona.
Como o clima no Monalisa de Pijamas é de Halloween com as “Coisas que dão Medo”, escolhi a “dedo” a dica. Primeiro: se você não assistiu Atividade Paranormal 1, não vai chegar ao clímax com o título 2 da série. Atividade Paranormal 2 explica um pouco do que ocorreu no primeiro filme e, se você não assistiu, não vai passar metade da aflição e susto no segundo. Afinal, esta é a razão de ficarmos horas em frente à TV vendo esse tipo de filme: passar medo à toa (sem contar o fato de ter uma desculpa decente para agarrar algum(a) pretendente.
Na rede Telecine (cabo) está rolando dobradinha dos filmes, uma espécie de aquecimento para o número 3 em lançamento nos cinemas. Para quem curte o estilo mockumentário (que simula uma filmagem amadora ou na forma de documentário, no estilo do seriado The Office e do filme A Bruxa de Blair; (mock: falso + documentário) é um prato cheio.
Na trama, tudo que nos faz pregar no teto de medo: um bebê, um pai cético, duas mulheres com um “passado”, um noivo mané, uma adolescente empolgada (que funciona como cúmplice do espectador, explicando parte da trama em suas fuçadas na internet – fonte de todo o saber, inclusive sobre paranormalidade…) e, obviamente, uma babá versada no misticismo/coisas do Além e uma cadela sensitiva (sim, cadela, o animal, lógico). Pronto. Todos numa casa imensa e lotada de câmeras de vigilância, após uma suposta invasão por delinqüentes. Quando as filmagens são assistidas, fatos estranhos começam a surgir em intensidade crescente.
Parte da graça desse tipo de filme é esperar o momento em que alguma zica vai rolar. Piada dos roteiristas, muitas vezes tentamos estabelecer um padrão para prever as manifestações do Além (por exemplo, toda vez que apagar a piscina ou toda vez que filmar a cozinha…). Não adianta. Não há qualquer padrão e parte da graça reside aí. Um filme sem pretensão exceto distrair e passar um pouco de medo (ou muito, no caso da Euba rsrs). E aí, vocês já encararam esses filmes? Gostaram? Comentem, comentem!
Autor: Mafalda ~ 11 de outubro de 2011. Categorias:Sofá da Mona.
Se você já assistiu Supernany ou genéricos, sabe que o “cantinho do castigo” é um lugar (desprovido de qualquer distração) em que a criança malcriada deve permanecer, digamos, por alguns minutos (por exemplo, se a criança tem 5 anos, ela fica 5 minutos e assim por diante) até “se acalmar” e depois conversar com o responsável e compreender que o que fez foi inaceitável (palavra usada pela diva Jo Frost, a supernany original).
Assistindo o desenrolar do bafafá de Rafinha Bastos e CQC, devido a uma piada de péssimo gosto proferida pelo jornalista e comediante sobre Wanessa (ex-Camargo) grávida e seu bebê, a sensação que tenho é de que Rafinha acabou indo parar no “cantinho do castigo”. Para piorar ainda mais, basta lembrar que o marido da cantora em questão (Marcus Buaiz) é um dos patrocinadores do programa. Rafinha acabou mordendo a mão que o alimenta… Vixi!
Supernany Jo Frost: “Inaceitável, Rafinha, inaceitável!”
Primeiro veio a Mônica Iozzi, uma simpatia de menina. Ontem, graças ao Dia das Crianças, veio Oscar Filho, já que é sempre zoado por sua baixa estatura, o que remete ao universo infantil (O que? O bullying?). E semana que vem? Rafael Cortez?
Não aprecio o senso de humor de Rafinha, embora ache algumas de suas tiradas ótimas. É uma questão de química, mais que de inteligência. Notei que ele foi perdendo a mão. Na verdade, foi pesando a mão. Isso não costuma funcionar no Brasil, embora tenhamos muitos comediantes desse tipo (e com sucesso) nos EUA. Brasileiros gostam de rir dos outros, jamais de si mesmos. Gostam de zoar com a mulher dos outros, mas não me venha com piadas envolvendo sua patroa. Curioso, não?
Vídeo com a declaração de Rafinha:
Mais curioso ainda é perceber que o próprio comediante não leva numa boa perguntas sobre suas declarações. Em recente entrevista à Mônica Bérgamo (Folha de São Paulo), ele a mandou (como dizer?) “praticar felação em seu grosso e bem vascularizado órgão genital” (desculpem, foi o melhor que deu pra fazer com a frase original). Por que tamanha grosseria? Porque foi indagado sobre as piadas usadas em seu show envolvendo o ator Fábio Assunção e o comercial da Nextel.
Não sei a idade de Rafinha, mas esse “cantinho do castigo” está bem prolongado para os padrões habituais (se é que existem). E embora o próprio comediante brinque com o assunto em seu atual show de stand up, divulgou-se agora que Rafinha pediu demissão da BAND. Sim, isso mesmo. Simultaneamente, já começaram os boatos de que já estaria sendo sondado pela Record e pela Rede TV.
Daí eu me pergunto: a gente não vive numa democracia? Não acabou a censura? Tudo bem, a piada é de péssimo gosto e nem engraçada foi, mas… e daí? Obviamente era uma PIADA. Ruim, mas uma piada. Não era uma ameaça, lógico. O episódio do Rafinha me fez parar para pensar que existe sim censura no país. E uma das piores. A censura velada imposta por quem banca as atrações, pelos patrocinadores. Você pode ridicularizar um pobre servidor público no “Proteste Já” (que melhorou MUITO com o comando do Oscar Filho), mas fazer uma piada escrota com a mulher de um de seus chefes não. Resumindo: passo a desconfiar de tudo que é dito agora no programa. E ainda mais sobre o (auto) senso de humor de Rafinha…
E você, leitor? O que achou de todo esse rolo? Escreva pra gente!
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Autor: Mafalda ~ 27 de setembro de 2011. Categorias:Sofá da Mona.
Deixei passar um tempo a partir da estréia do programa “Agora é tarde” comandado por Danilo Gentili. Reinventar-se e se adaptar a um novo formato é um processo árduo, especialmente para os que se consagraram com uma persona ácida e sarcástica como o caso do apresentador. Então, relevei algumas coisas que não gostei de início e persisti na audiência mais um pouco, para me assegurar de ter uma impressão mais ampla e não apenas uma vaga primeira impressão. Se para Danilo “Agora é tarde”, para mim ainda é tempo de ressaltar alguns pontos (que trocadalho do carilho…).
A fórmula é batida e clichê. Fato. De novo e mais uma vez o combo: banda + um apresentador/entrevistador + quadros de pegadinhas + comentários sobre as notícias atuais. Estou errada ou já vimos tudo isso antes? Acho que sim. Então, conta-se muito com a audiência do público do humorista Danilo Gentili. Danilo insiste em ternos (por que, afinal?) e uma postura menos agressiva, abafando a característica do humor que o fez conquistar fãs pelo país. Na estréia, lembro-me de pensar que ele buscava uma referência: Sílvio Santos? João Gordo? Jô Soares? Datena?! Pensei em vários porque não o reconheci ali em seu próprio papel.
Nunca havia visto um talk-show com tantos “coadjuvantes”. Ultraje a Rigor, Marcelo Mansfield e mais dois humoristas. Não parece muita gente pra um palco só? Nos programas que vi, achei Marcelo Mansfield (cujo estilo de humor, pessoalmente, me agrada mais) pouco aproveitado. Marcelo Mansfield tem um rastro artístico e cultural bem maior (até pela idade e vivência) que Danilo Gentili. E passa a impressão de ser um supervisor, pronto para intervir caso a peteca caia… Se a intenção não era essa, sinto muito, mas é a sensação que tive. Por muitas vezes, perguntei-me se não seria melhor o Marcelo entrevistar… Acho seu repertório, como já disse, mais amplo e profundo para aproveitar mais os entrevistados e para extrair declarações mais relaxadas, momentos engraçados… Talvez a imagem construída por Danilo Gentili, com tiradas de humor ácido o transforme num “risco” para os entrevistados. Risco de não ser ouvido, de se colocar em posição constrangedora e de não se sentir à vontade.
O principal “x” da questão no programa são as entrevistas. A lista de convidados é interessante (Peréio, Marília Gabriela, Marta Suplicy entre outros). Tudo a favor. Mas parece não funcionar. Danilo Gentili na posição de apresentador/entrevistador é outra pessoa/persona, que parece não ter ainda acertado no tom e timing. Basta dizer que a cada “tirada” dele ou do entrevistado, insiste-se num infâme toque de bateria (Sim, David Letterman fez escola com essa chatice). Pergunto: precisa? Incomoda-me tanto quanto claquete de risadas. Além disso, repito-me, nenhum entrevistado parece se sentir à vontade (na medida do possível) com Danilo.
Talvez ele próprio perceba tudo isso. Mas tal percepção não soluciona o caso. É visível sua fuga, várias vezes, para a ficha do entrevistado enquanto o mesmo fala. Nervosismo ou falta de preparo? Os entrevistados parecem falar menos. Receio?
“A Liga” (BAND) com Rafinha Bastos, a meu ver, emplacou porque houve a sabedoria de estruturar um programa aproveitando o perfil de jornalista investigativo de Rafinha Bastos e sua capacidade de expor situações e realidades distintas (somada à uma equipe e produção impecáveis). E vocês, o que estão achando do Danilo lá? Agora é tarde para ele ou ainda há chance de melhorar? Mande sua opinião!
Vídeo
Marília Gabriela incrível: “Isso é pra ser sexy?!” uahuhauhauah…
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Autor: Mafalda ~ 13 de setembro de 2011. Categorias:Sofá da Mona.
Adoro Cazuza e suas letras ainda atuais. Mas não é sobre o Cazuza essa coluna. É que assisti a um filme hoje e essa música me veio à mente. Você vai sacar o motivo.
O filme é a comédia romântica Jack and Chloe (Jusqúà toi ou Every Jack has a Jill- em cartaz na rede Telecine), uma produção francesa de 2009. Ok, se você tem resistência a filmes franceses, pode assistir sem “medo”. Não é um daqueles filmes geniais e incompreensíveis para nós pobres mortais, com gente pelada, fumando e discutindo e tudo em preto e branco (rsrs). É só um filme leve, despretensioso, que diverte e te deixa leve no final.
Jack (o fofo Justin Bartha) é um cara comum, deprimido e confuso com um recente pé na bunda que lhe tira o chão. Pra piorar, ele havia ganhado uma viagem a Paris numa promoção de um refrigerante… Apesar de não gostar de viajar, ele é encorajado pelos amigos a ir, mesmo que sozinho. Jack é tão caseiro que não tem sequer mala. Empresta uma antiga (vermelha) de seu falecido pai (a fala da mãe sobre a mala é uma pérola – recuso-me a dar spoiler). Chloe (a divina Mélanie Laurent) é uma jornalista francesa, sensível e talentosa, insegura e com medos estranhos (como falar ao telefone, por exemplo). Ela é escalada para fazer uma viagem de trabalho pela empresa em que trabalha. O previsível acontece: extravio de bagagem no aeroporto e a mala de Jack vai para Chloe.
Testemunhar o estranhamento cultural entre o norte-americano Jack e os funcionários do hotel francês rende boas risadas, mas tudo muito sutil, sem pastelão. Elenco de apoio irretocável.
De posse da estranha mala, Chloe decide abrí-la. Seu conteúdo a surpreende e encanta. Será possível conhecer alguém se baseando nos itens de sua mala? Ok, pura ilusão, as tais “mentiras sinceras…” que citei, mas não é uma idéia criativa e fofa? Chloe se “apaixona” pelo homem que imagina ter feito aquela mala. Parece bobagem, mas será que todos nós (pelo menos de imediato) não nos apaixonamos por alguém que idealizamos? A tímida Chloe resolve então devolver a mala, com seu endereço e com fotografias tiradas com a máquina de Jack. Cada foto, um recado e um pouco sobre quem ela é. Uma aposta no destino, na ilusão. Por quê não?
Destaco a trilha sonora. Achei deliciosa, cool.
Agora, o resto é com você: assistir, gostar ou não. Acho que me tocou a timidez das personagens e talvez tenha me identificado com suas supostas esquisitices (que achei normais, aliás). É duro ser diferente, ter um mundo interno complexo e rico. Então, mesmo que seja pura ilusão de cinema, é bom ver uma história bem contada, com graça e leveza sobre o que idealizamos e a realidade que se apresenta. Tem dias, que é só disso que precisamos: um pouco de ilusão.
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O Miss Universo 2011 foi realizado pela primeira vez no Brasil, em São Paulo – comemorando os 60 anos do concurso!
Nós da Monalisa de Pijamas não perdemos esta festa, e com todo o GLAMOUR que o evento pede, acompanhamos ao vivo a transmissão pela Tv Bandeirantes.
Além de mim, Euba e Phoebe, também participaram do videocast a Jú Teófilo – colaboradora aqui na Monalisa – e a nossa querida amiga e podcaster Maira Moraes do Papo de Gordo. E junto conosco, muitos ouvintes acompanharam o videocast, o que tornou tudo muito mais divertido!!
Quem perdeu o Videocast pode assistir aqui a gravação de ontem.
WEEEEEEEEEEEEEE!!!! MONACAST AO VIVO!!! SERÁ QUE AS CONEXÕES DA EUBA E DA PHOEBE VÃO AGUENTAR?? Se não conhece ainda nosso PODCAST aproveite para escutar o episódio “Concursos de Beleza”, clicando AQUI.
Autor: Mafalda ~ 31 de agosto de 2011. Categorias:Sofá da Mona.
Não, este não é um texto sobre Martin Cooper, ao qual é atribuída a invenção do celular. Mês de agosto nos momentos finais e todo mundo sabe que:
a) Agosto é o mês do cachorro louco (já ouviram essa?);
b) em Agosto se comemora o Dia dos Pais e
c) as operadoras de celular nos bombardeiam com propagandas abarrotadas de clichês para venderem mais.
E será assim até o fim dos tempos. Whatever, quem liga? Mas esse ano, durante o habitual dilúvio de propagandas sobre planos e vantagens de uma ou outra operadora, percebi que algo me incomodava.
Sou apenas uma espectadora de comerciais. Não sou publicitária, nem especialista no assunto, mas acredito que o objetivo de uma propaganda de celular seja atingir o maior número possível de consumidores. E hoje em dia todo mundo tem celular, quase como um novo órgão no corpo humano. Então, suponho que um pouco do que vemos em algumas propagandas sejam também um reflexo da sociedade, embora não necessariamente.
Nas propagandas de celular este ano, certa operadora me chamou a atenção de modo negativo. O pai sempre aparece sozinho. Não fica claro se existe uma esposa ou mãe de seus filhos. O pai é sempre representado como uma cara distante (e meio abobalhado) que se surpreende com alguma manifestação de afeto dos filhos. Estes, por sua vez, parecem artificiais (propositadamente?) em seus gestos de carinho. Fica subentendido que a “paixão súbita” pelo pai é apenas empolgação pelo grande negócio que fizeram ao comprar um celular para o pai e se beneficiarem (eles, os filhos) com algum super plano de vantagens. Uma troca comercial.
Há um exército de filhos por aí para quem o pai é um cara distante, com quem devem se “relacionar” e que paga (quando paga) suas despesas. Talvez daí a causa de meu desconforto. Acho triste uma relação pai e filho resumir-se a isso. Impossível não comparar com as propagandas veiculadas para o Dia das Mães. Nestas, a mãe é lembrada e representada por sua dedicação e presença na vida do filho, aquela que segura a barra no cotidiano, aquela que é próxima. O celular ou o produto vendido seria um presente de reconhecimento a essa figura fundamental. Na dos pais, o presente (já que tem que se dar alguma coisa) é oportunidade de ganho também para os filhos e é o que seduz estes infelizes jovens consumidores. “Já que tenho que dar alguma coisa pra esse cara que mal conheço e que mal me conhece, pelo menos ganho alguma coisa”.
Dizem que a mãe “é” e que o pai “se torna”. Para se tornar pai, só pagar despesas não basta (afinal, isso é uma obrigação assegurada por lei). Ser pai é aproximar-se do filho, interessar-se, ouvi-lo abertamente, ajudá-lo a ver o mundo, deixar um legado moral, ético e sentir as dores de seu filho. É respeitar a mãe desse filho mesmo que ela não seja mais sua esposa. É quando o filho se torna adulto e se lembra de suas frases (de motivação, de apoio, de consolo) no embate da vida. A paternidade tem muito mais a ver com atitude do que com bens e propriedades.
O que me incomodou de fato é perceber que esses pais existem em tal número que já são uma espécie de personagem no mundo da publicidade. Na vida real, lamento por cada filho obrigado a lidar com esse roteiro.
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Você é viciado em twitter e redes sociais? Não é só você. O William Bonner também!
E em pleno Jornal Nacional, ao vivo. rsrs.
Mas eu acho que foi pegadinha, para aumentar a audiência e o pessoal seguir o Bonner no twitter. Porque… não é possível isso, Bonner!!
Autor: Mafalda ~ 16 de agosto de 2011. Categorias:Sofá da Mona.
Telespectadora fiel e convicta de canais a cabo venho acompanhando a galopante epidemia do que decidi chamar de “Doença do intervalo eterno” e que acomete um número crescente de canais.
Tudo começou a parecer estranho para mim com a presença cada vez maior de comerciais da TV aberta nos intervalos da TV paga. Para mim, as propagandas deveriam ser sobre a própria programação, coisa que a maioria faz. E é esse tipo de intervalo que se manifesta mais freqüentemente como sinal da misteriosa doença.
O Animal Planet, por exemplo. Em meio ao adorável “Vídeos divertidos do Animal Planet” entra um intervalo. Ok. Mas eis que de repente você se vê em meio a uma trama de outro programa, que passa praticamente inteiro. A sensação é de que o intervalo dura 20 minutos. Sim, uma eternidade na TV. Insuportável. Às vezes eu chego a esquecer o que estava assistindo no canal.
O AXN não fica atrás. E o mais irritante é que são sempre as mesmas propagandas e invariavelmente de séries que não me despertam o menor interesse. Tem como não odiar?
Como sou uma pessoa absolutamente dedicada a assuntos contraproducentes, tive a pachorra de cronometrar um desses intervalos eternos. Resultado: um deu 8 e outro incríveis 12 minutos. E não foram os mais longos e nem menos freqüentes. Ora, se parece pouco é porque não revelei outro fator agravante: a freqüência. Você curte o programa por uns 15 minutos e no melhor… mais um intervalo infindável. Haja paciência.
Não compreendo a lógica desse tipo de propaganda tão cansativa. Ser exposta a tamanha chatice, despertou em mim uma certa birra das séries e programas anunciados. Se o objetivo é audiência, a estratégia parece furada. Talvez, se os canais a cabo investissem mais em variedade, menos reprises de temporadas e menor delay na transmissão, a audiência aumentasse.
Quando o intervalo acabar, esse garoto já terá barba.
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Autor: Mafalda ~ 2 de agosto de 2011. Categorias:Sofá da Mona.
Assisti recentemente “Por amor” (Personal effects – um título mais adequado- de 2009), protagonizado pela indefectível Michelle Pfeiffer e pelo surpreendente Ashton Kutcher (pela boa atuação dramática). Já aviso: não é um filme para relaxar.
Michelle é uma das atrizes mais bonitas em atividade. Chega a ser intimidante de tão linda, o que se confirma também em HD. Ashton não fica atrás. Nesse filme parece uma estátua grega com um andar charmosamente desajeitado. Mas não é a beleza do elenco a questão. O tema é a perda. Pior: a perda pela violência, quando lhe arrancam alguém que você ama e, junto com a dor da perda e da saudade, pensar no sofrimento passado pelas vítimas é aterrador.
A personagem de Ashton teve a irmã barbaramente assassinada. A imagem do corpo sem vida e violado ao ser encontrado aparece em vários momentos de reflexão do irmão. Parece repetitivo porque é. Quando perdemos alguém, especialmente pela violência, passamos a ser assombrados por cenas, falas e imagens da pessoa que partiu. Parte natural do luto.
Cada qual em sua busca, os protagonistas acabam se conhecendo nos corredores dos tribunais e desenvolvem um laço forte e apertado pela dor comum. Encontrar alguém que entende de fato sua dor, sua perda, é um achado para quem sofre tanto. Grupos de apoio, terapia, etc são importantes espaços para que se possa falar do indizível. O filme mostra a luta de famílias tentando continuar. Da tentativa de seguir adiante de um jeito ou de outro porque não há escolha a não ser continuar vivo (?).
No Brasil, vida real, um jovem promissor andava a pé em uma calçada na noite paulistana. Foi atropelado por um carro de luxo em alta velocidade. Dentro do carro um casal de namorados, com curso superior, supostamente esclarecidos. O jovem foi levado ao Hospital, mas não resistiu e morreu. As investigações têm revelado que trata de mais uma vítima do combo from hell carro + bebida alcoólica. Sua família buscará justiça nos morosos tribunais brasileiros. Mesmo que “vençam”, que condenem os culpados, os familiares e amigos desse rapaz sabem que nunca mais o verão. A dor excruciante, a saudade e a revolta são inevitáveis. A violência que tira uma vida extingue muitas outras. Nada, absolutamente nada, compensará a perda brutal. Não consigo pensar em dor maior que a perda de um filho, de um(a) irmão(ã) especialmente de forma estúpida. Quando penso em tudo isso, sempre me vem à mente uma frase de uma música do Chico Buarque: “A saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu”.
Vídeo com trecho legendado do filme
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Eu achei tão interessante este documentário que quis dividir aqui com vocês!
“Deus em Questão”, série da PBS em 4 partes, explora de forma acessível assuntos que preocupam todos os seres pensantes: O que é a felicidade? Como encontramos sentido e propósito em nossas vidas? Como conciliamos o conflito do amor e sexualidade? Como lidamos com o problema do sofrimento e a inevitabilidade da morte? Baseada no popular curso de Harvard ministrado pelo Dr. Armand Nicholi, autor de “Deus em Questão”, a série ilustra a vida e ideias de Sigmund Freud, crítico de longa data da crença religiosa, e C.S. Lewis, renomado egresso de Oxford, crítico literário e talvez o mais influente e popular defensor da fé baseada na razão. “Freud e Lewis representam nossas partes conflitantes”, registra o Dr. Nicholi. “Um lado de nós anseia por uma relação como fonte de toda a alegria, esperança e felicidade, tal como descrito por Lewis, mas há outro que ergue o punho desafiador e diz como Freud: “Não vou me entregar.” Que lado escolhermos para expressar, irá determinar nosso propósito, identidade e toda a nossa filosofia de vida. Momentos importantes e reviravoltas emocionais nas vidas de Freud e Lewis dão azo a ideias totalmente diferentes, que fomentam uma análise contemporânea inteligente e emocionante da questão basilar da existência humana: Deus realmente existe?”