E quem irá dizer que não existe razão?
Por Phoebe - 10 de junho de 2011. Categorias: Mona POP.
A música foi lançada quando eu era ainda pequena, mas como a Legião Urbana continuou lançando músicas e se mantendo no topo até os anos 90, quando o Renato Russo faleceu, “Eduardo e Mônica” ainda era bem conhecida e ouvida quando cheguei à adolescência. E como toda adolescente, desejei um dia conhecer o carinha por quem me apaixonaria perdidamente, teria filhos, brigaria e seria feliz até o último dos meus dias.
Confesso que, ao ver o clipe lançado nessa semana, não cheguei a chorar, mas me emocionei bastante. Achei que a emoção era por ter sido remetida de volta à adolescência e a todas as lembranças boas, de um tempo bom, que a música trazia. Mas depois fui vendo que o vídeo emocionou até mesmo pessoas que nem a conheciam.
Isso talvez tenha acontecido porque “Eduardo e Mônica” não é uma simples canção romântica. Canções românticas existem aos quilos, e centenas delas são infinitamente mais bonitas do que “Eduardo e Mônica”. O grande lance dessa música é porque ela relata um conto de fadas pós-beijo. Os livros de contos de fadas, e também as comédias românticas a que estamos acostumados, terminam quando o casal se apaixona. Já nessa música, não.
É quase ainda na metade do clipe que, “mesmo com tudo diferente, veio mesmo de repente uma vontade de se ver”, e “os dois se encontravam todo dia e a vontade crescia, como tinha que ser”. O que vem depois é o que toda pessoa normal deseja para a sua vida: um grande amor que estará ao seu lado em todos os momentos, sejam eles bons ou ruins. Vestibular, formatura na faculdade, primeiro emprego, a casa própria, os filhos, viagens nas férias. E também os desentendimentos, as crises financeiras e até mesmo ter que deixar de viajar para a cidade natal nas férias porque “o filhinho tá de recuperação”.
Sorte dos Eduardos que, ainda novos, conseguem encontrar as suas Mônicas – e vice-versa. Às vezes a vida nos prega umas peças e esse encontro acontece um pouco mais tarde, quando já não se é tão novo assim, muitas vezes depois de um ou mais relacionamentos mal-sucedidos. E pode ser até mesmo que, no fim, haja uma pequena mudança no roteiro desse clipe. Como uma frase que andei lendo no Twitter: “de tanto procurar pelo Eduardo, ela descobriu que a sua alma gêmea era a Mônica”.
Feliz dia dos namorados!
Beijos da Phoebe
http://youtu.be/gJkThB_pxpw
10 de junho de 2011 às 21:38
Lindo o texto!
Adorei!
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10 de junho de 2011 às 23:05
Parabéns pelo texto, muito bom.
Urbana Legio Omnia Vincit ou Ouça no voulme máximo. Duas frases que se alternam entre todos os discos/cds dessa banda que marcou gerações, mesmo com o relançamento dos discos em vinil da Legião ainda terminarei a minha coleção dos antigos.
E que sejam felizes todos os Eduardos e Mônicas que se acharam nessa vida….
Abraço
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12 de junho de 2011 às 15:49
Outra coisa que sempre achei bacana sobre Eduardo e Monica, é que as diferenças entre o casal são superadas através do amor. As pessoas sempre imaginam que pro casal dar certo tem que ser perfeito, redondinho, nada fora do lugar.
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13 de junho de 2011 às 11:21
Belo texto, Phoebe.
Eduardo e Mônica também me traz ótimas lembranças e tem um valor sentimental diferente para mim. Foi por causa dela que eu comecei a ouvir rock, aos 7 anos de idade.
De Legião fui para outras bandas de rock nacional e delas parti para as bandas clássicas: Zeppelin, Doors, Pink Floyd, Beatles, Stones, etc. Tudo isso voltou à minha memória quando assisti ao clipe.
Além disso, a ligação que a Vivo conseguiu fazer da história com seus produtos foi genial.
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