Ponto Gê: A perfeição do amor platônico
Por Mafalda - 11 de dezembro de 2008. Categorias: Ponto Gê.
Não existe relação mais perfeita que a platônica. Descartando o fato de que não existe contato algum, o que pode ser meio chato lá pelo 14º dia da mulher (os que não sabem o que acontece no 14º dia da mulher, joga no google que novas portas abrirão na sua vida). Mas voltando ao foco, amar platonicamente traz grandes benefícios ao corpo humano: a mente permanece em constante utilização; o coração bate forte, como em qualquer relação real, mas com a ressalva de que você nunca será traído, trocado ou magoado. Porque aí está a beleza do amor platônico, ele é perfeito como você imagina.
Claro que estamos falando de um amor imaginário saudável, se isso for possível. Mas refiro-me ao amor platônico que você tem consciência de que não passa de pura imaginação, não aquele que se torna real. E pior, somente para você. Então minha gente, é um pulo para perseguições pela rua, cartas sem sentido, ligações pela madrugada.
O amor platônico ‘bonzinho’, começa na sua adolescência por aquele professor charmoso ou aquele galã do filme e, dependendo da sua timidez, até pelo colega de sala. Com o tempo passando, o amor platônico cor de rosa acontece por motivos mais profundos. Por um jeito diferente, uma atitude, um sorriso.
Não podemos descartar, porém, que o amor platônico é, sim, uma fuga do envolvimento. Alguém que na sua cabeça é perfeito e que nunca irá lhe magoar. Conheço muitas mulheres, digo assim porque, infelizmente, nunca ouvi ou vi um homem apaixonado platonicamente. Deve ser porque, sentimentos como esse para eles, tem solução rápida e eficaz com auxílio de uma revistinha ilustrativa.
Bom, conheço mulheres que adoram uma paixão platônica, e não me descarto da conta. Parece que estou assinando atestado de maluca, mas se você acompanhar meu raciocínio vai entender. Um amor platônico não te cobra explicações, é perfeito em sua plenitude e ainda vem com o bônus do livre arbítrio, ou seja, você pode fazer o que quiser que ele continuará perfeito. Claro, que o controle da situação deve permanecer em suas mãos e não pode sequer passar pela sua cabeça que aquilo é real.
Acredite, sua imaginação está a anos luz da realidade. Quando todos os seus pensamentos felizes tornarem-se realidade, você descobrirá que o seu castelinho de areia nunca existiu. As pessoas dificilmente são como imaginamos. Melhor que permaneçam perfeitas, não?!
Existe um importante tipo de amor platônico, um estilo mais mascarado. Aquele que algumas pessoas idealizam dentro de uma realidade já existente. Você conhece o cara, começa a se relacionar com ele e na sua mente ele é perfeito. Você ignora todas as atitudes detestáveis dele, justifica as que são impossíveis de ignorar e, mesmo todos a sua volta enxergando o contrário, para você, está tudo ótimo. Esse tipo de mulher acaba freqüentando os conhecidos grupos de mulheres que amam demais. Pessoas assim, não percebem um fora nem se ele estiver autenticado em cartório.
O segredo, minha gente, é amar-se acima de qualquer tipo de amor. Seja ele platônico ou real.
Um beijo a todos.
Dedico esse texto ao Victor (da dupla Victor e Leo), Kauã Remond, Orlando Bloom (Piratas do Caribe), Hugh Jackman (eleito com toda razão o homem mais sexy do mundo), entre outros.
Gê
11 de dezembro de 2008 às 16:12
Platônico ou não, o que importa é amar, né mesmo?
E se não for aquela perfeição toda da imaginação, contanto que não desrespeite sentimentos, também tá beleza!
[Responder]
11 de dezembro de 2008 às 16:24
Adorei o texto Gê, mas devo dizer que você está redondamente enganada com relação a dois pontos:
1) Nós homens TAMBÉM temos nossas paixões platônicas.
2) Nossos sentimentos platônicos NÃO são resolvidos por revistinhas ilustrativas.
Nós também nos apaixonamos por professoras, primas, vizinhas e colegas de escola, já as estrelas de cinema geralmente ficam reservadas às revistinhas ilustrativas.
Beijos e parabéns pelo ótimo texto,
Renato
[Responder]
11 de dezembro de 2008 às 17:18
Coitado do Platão!
Amor platônico é bem diferente de ‘amor imaginado’…
Segundo os textos de Platão e o que ele escreveu sobre Socrátes, o ‘amor platônico’ era bem real e bem diferente do que chamamos de ‘amor platônico’…
Esse tipo de ‘amor imaginado’ é muito mais freudiano do que platônico
braços!
[Responder]
12 de dezembro de 2008 às 6:20
Homem tem amor platonico sim hehe.
O meu ultimo foi no colégio, e realmente faz bem pra cabeça.. e não era resolvido com revistas ilustrativas uhauaua.
Acho que essas coisas não espalhamos pra não sermos taxados de bobos, ingenos ou com tendencias levemente afeminadas
[Responder]
12 de dezembro de 2008 às 11:39
Gê, concordo totalmente!
Como é bom um amor platônico. Dá um “up” na rotina. Além de ser totalmente inofensivo (pelo menos os meus!)
E tem mais: Hugh Jackman merece o título!!
[Responder]
14 de dezembro de 2008 às 18:23
Realmente Ge…
existem amores e amores platonicos..e vc descreveu exatamente os dois principais..
o inofensivo… que chega ser lindo..e valvula de escape para todo o resto..
e o amor que mata…
que te consome e te faz perder as forças… te deixa mal… e muda tudo pra pior.. ate o dia que voce acorda pra vida e percebe que precisa antes de tudo “Se amar” …
bjos…
ps.: eu amooo esses posts…tudo de bom..
[Responder]
7 de maio de 2009 às 11:28
amor platônico é a idealização de uma fantasia,as emoções são alimentadas por utopia,e só propociona um pouco de frustação que com serteza nos levará a maturidade
[Responder]
15 de agosto de 2012 às 6:20
Olá – que todos tenham excelente dia…
Sou de opinião, que existe um tremendo mal entendido no que respeita a Platâo.
No livro, “O banquete”, ele deixa bem claro, que o amor, não é para ser uma paixão ideal e imaginária…
É para ser plenamente desfrutado: isto é; o envolvimento corporal é indispensável. Tanto é assim, que os deuses são exemplares nesse sentido.
Amar, só de alma e mente, é para quem, por algum motivo, está impossibilitado de se unir fisicamente à pessoa amada e desejada.
Um abraço – artur
[Responder]