“SE VOCÊ É DIFERENTE O NOSSO DIFERENTE TEM UM QUÊ DE SEMELHANTE”*
Por Mafalda - 17 de janeiro de 2008. Categorias: Sem categoria.
Hoje vou falar como filha, afinal na Monalisa sempre falam sobre o que é ser mãe e o que é que nos incomoda em ser mãe, o que nos delicia na maternidade. Mas e o ser filha?
Acho interessante como a forma de interferência das nossas mães (pelo menos com a minha mãe) mudam com o passar do tempo e de acordo com a fase que vivenciamos, mas estão sempre presentes mesmo com muitas de nós adultas, crescidas e mãe como elas.
As mães insistem que não podemos cometer os mesmos erros que elas, e na maioria das vezes querem que sejamos diferentes dela. Mas se somos realmente diferentes dela será que elas aceitam bem a diferença?
Vamos começar do começo, com situações completamente hipotéticas. No entanto, amiga enpijamada qualquer semelhança pode não ser mera coincidência.
A maioria das mães não quer que cometamos os mesmos erros que elas. Sem pensar na possibilidade desses erros serem necessários ao nosso amadurecimento. E se cometermos o mesmo erro elas acham que tínhamos a obrigação de não comete-lo. E quando cometemos outro que seja diferente aí então a coisa muda de figura, cada uma de acordo com sua personalidade reage de uma forma – ou será que reagem do mesmo jeito??? Afinal mãe é tudo igual só muda de endereço!
Vamos sair do campo certo/errado onde tudo é muito relativo e o que é certo pra você não é pra mim e vice-versa. Daí elas falam que querem que tenhamos a vida diferente da elas tiveram. E quando temos a vida diferente da delas? Ah! Aí a casa cai, pois a diferença, no geral, é muito difícil de ser aceita. E com as mães a coisa não é diferente e pode, às vezes, ser até pior tem todo aquele aspecto de posse que algumas mães exercem sobre os filhos e a dificuldade de aceitar que deixaram de ser o bebê que até então embalavam com canções de ninar em seus braços.
Na verdade o que mães precisam entender é que o filho saiu de dentro dela sim, tem muita semelhança, mas é quase pessoa humana e sinto comunicar-lhes: É diferente sim, mesmo que tendo um quê de semelhante!
E reage diferente a cada situação seja no papel de mãe, esposa, profissional, mulher. E já diria os filósofos de botequim “cada é cada um”: Em momentos seremos iguais as nossas mães – mesmo que tentando ser diferente ou por convicção mesmo, por considerar a atitude acertada. Em outros faremos diferente por completo pela junção de todos os fatores que formam a nossa personalidade e nossos paradigmas.
A partir de então cada mãe reagirá de uma forma: seja acatando, se surpreendendo, aceitando, respeitando, contrapondo… Assim no gerúndio mesmo, no gerúndio da ação que tem continuidade no tempo. Mesmo porque, apesar das diferenças, das semelhanças elas ainda são nossas mães e mesmo mãe nós ainda seremos filhas.
Madalena
*O título do texto é o trecho de uma música do Grupo Peixelétrico Semelhantes de Ricardo Trip.
21 de janeiro de 2008 às 23:00
Meninas,
Estão de parabéns pelo site, está lindo, super-original e cheio de questionamentos inteligents. Eu fiquei me odiando por não ter conseguido participar do podcast sobre o Amélias, mas estou de férias, sem net no meu PC e ainda com a minha maninha que mora fora aqui para eu ciceronear.
Mas quero muito participar dos pr[oximos pods e tb irei linmka-las no meu blog para vir sempre aqui ver o que está rolando.
bjs e mais uma vez parabéns,
fabi
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