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Lembra de Tron – Uma Odisséia Eletrônica?



Por Mafalda - 4 de janeiro de 2011. Categorias: MonaCine, Sofá da Mona.

Você assistiu Tron – Uma Odisséia Eletrônica? Não? Você não está sozinho nessa. Tenho conversado com muita gente a respeito de Tron – O Legado e foram poucas as pessoas que viram o filme de 1982 nos cinemas, outras dizem ter visto o filme na TV, mas admitem que não se lembram muito de sua trama.

A primeira parte de Tron, dirigida por Steven Lisberger, foi um dos filmes mais comentados da época por ser o primeiro a usar a computação gráfica em grande escala. Quase todo o filme se passava em um mundo virtual, que simulava o interior de uma grande (e maligna) rede de computadores.
Apesar de toda a divulgação e do hype gerado (eu tinha 5 anos e ainda lembro dos meus primos mais velhos comentando sobre o filme), Tron acabou sendo um relativo fracasso da Disney: custou cerca de U$ 17 milhões e arrecadou U$ 33 milhões nos EUA, lucro abaixo do esperado (no mesmo ano, E.T. custou cerca de U$ 10 milhões e arrecadou U$ 435 milhões, apenas nos EUA).

As críticas também não ajudaram. Para a maioria dos comentaristas, Tron possuía um roteiro infantilóide, só valendo pelos efeitos visuais. E nem mesmo os efeitos foram unanimidade, o The New York Times publicou em sua resenha: “Eles são barulhentos, brilhantes e vazios. E são tudo o que este filme tem a oferecer”.

A verdade é que a trama rocambolesca de Tron deixa qualquer pessoa que entenda um pouquinho de computadores de cabelo em pé. Jeff Bridges é Kevin Flynn, um engenheiro de softwares que criou um jogo de arcade muito famoso, mas que teve sua idéia roubada por Ed Dillinger (David Warner), que acabou se tornando o presidente da companhia para a qual eles trabalhavam, a Encom.
Flynn tenta hackear o sistema da Encom, para mostrar ao mundo que foi sacaneado, mas Dillinger instalou um sistema de inteligência artificial que protege a rede, o Programa de Controle Mestre (MCP). Só que o MCP vai se alimentando do conhecimento de outras redes, se tornando cada vez mais poderoso, onipresente e perigoso, ameaçando até mesmo seu criador. Quando Flynn invade a empresa, com a ajuda de um casal de amigos, Alan e Lora, o MCP joga o rapaz para dentro do computador, utilizando uma máquina de tele-transporte que acabou de ser criada.

Uma vez dentro dos computadores, Flynn tem que lidar com softwares bons e maus. Neste mundo virtual, ele conhece Tron, o programa de segurança criado por Alan, que tenta combater o MCP. Como todos os outros programas, Tron é interpretado pelo mesmo ator que faz Alan (Bruce Boxleitner) no mundo real, e é ele que irá ajudar Flynn a combater a tirania do sistema que escraviza a todos.

Visto hoje, Tron – Uma Odisséia Eletrônica tem muito daquela visão mística e ingênua que as pessoas tinham dos computadores até há poucos anos, uma máquina praticamente inacessível para a maioria da população, que pensava e tinha vontade própria. Tudo é muito surreal: o MCP planeja (sozinho) invadir o sistema do Pentágono, as pessoas conversam com o computador (e ele responde em voz alta) e não existe backup, se algo acontece com o programa, ele é destruído.

Mas nada me surpreendeu mais, ao rever o filme esta semana, do que descobrir que Tron é um personagem secundário na trama. Não sei por que eu tinha na mente que Tron era o nome do ambiente virtual onde o Flynn estava preso.

Para ver Tron – O Legado, não é necessário assistir ao primeiro. Algumas coisas aconteceram entre os dois filmes (história que foi contada na HQ Tron: Betrayal, lançada há alguns meses nos EUA). No entanto, quem tiver com Tron – Uma Odisséia Eletrônica na cabeça conseguirá ver diversas referências na continuação, como os atores Bridges e Boxleitner, por exemplo, que voltam aos papéis que fizeram há 28 anos.

Depois de todos estes anos, o Tron de 1982 se tornou cultuado por fãs de ficção científica. Não dá para dizer que ele se tornou um filme melhor com o tempo, mas não podemos negar que foi muito corajoso ao inserir os atores naquele mundo criado por computação.

Vale, ao menos, pela curiosidade.

Fontes consultadas: IMDB e Wikipedia


Veja também:

6 Comentários to Lembra de Tron – Uma Odisséia Eletrônica?

  1. Ruz

    Nunca assisti não, mas quero ver mais pra ver o trabalho desgraçado que eles tiveram em fazer na mão essas modelagens e animações 3D.

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  2. Kellbonassoli

    Excelente post.
    Eu assisti este novamente antes de ir para o cinema assistir o Tron Legacy. Vale muito a pena.(pena que tive que baixar pois não achei em dvd)
    Vale citar os easter eggs em Tron Odisseia Eletronica.
    Pac-man em Tron (essa eu descobri sozinha quando assisti)
    http://www.eeggs.com/images/items/659.full.jpg
    Mickey em Tron (este aqui só pesquisando mesmo pq é muito sutil)
    http://www.eeggs.com/images/items/658.full.jpg

    beijos :)

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  3. Falcão Azul

    Oi Luis!
    Ótimo post! O que o Marcelo Salgado disse é verdade: ao assistir o segundo filme, o primeiro se torna muito melhor. O universo criado no Tron pode ser explicado e explorado em mais detalhes no Legado, que fez a idéia original parecer bem mais interessante.

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  4. Ju Teófilo

    Se não lesse esse post, nunca me interessaria em assistir. Acho que a divulgação ou não me tinha como público alvo ou nao foi muito intensa, pois fiquei sabendo do filme vendo no jornal mesmo. Esses easter eggs são uma viagem! Sempre que reparo em algum, acho que é loucura da minha cabeça. Mas agora que outras pessoas estão falando, me sinto mais normalzinha rsrsrs
    Abs

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  5. Glicia

    Curto TRON demais, e tudo que vejo são críticas ruins. Amei esse post. E me decpcionei também ao ver TRON praticamente não aparecer no legado…

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  6. aLEX

    Tron – O Legado.
    Muito bom o filme. Realmente não precisa assistir o primeiro para entender o segundo, pois a trama tem muito do antecessor. Vale a pena assistir.

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