Porque fazer humor e podcast é uma arte
































O novo velho CQC



Por Mafalda - 20 de março de 2012. Categorias: Sofá da Mona.

A “novela” Rafinha Bastos (e seu comentário infeliz envolvendo a Sra. Wanessa Camargo) ainda nos deixa na expectativa para seus desdobramentos. Um deles estreiou nesta última segunda-feira com a volta do “novo” CQC ao ar.

De imediato, observamos que se optou pelo mais seguro: colocar Oscar Filho na bancada no lugar de Rafinha, dá a segurança de que nenhuma tirada será inconveniente. Oscar Filho opta pelo senso de humor auto depreciativo, recurso muito utilizado, e não representa “perigo” de escorregão. No máximo, o alvo será ele mesmo. A impressão dada na estréia (e que não serve para uma análise maior) é que temos agora dois Marco Luque. Humor de criança, inofensivo (e muitas vezes desnecessário e cansativo, ainda mais pelo horário). Tendo em vista a onda de reações causadas pelo episódio Rafinha, fico me perguntando se os fiéis fãs do programa de fato ficaram satisfeitos com o novo CQC. Tenho minhas dúvidas.

O novo quadro (que substitui o CQTeste de QI) submete um convidado a uma breve entrevista com o monitoramento de um polígrafo (sim, o cara do polígrafo da Márcia Goldsmith arrumou um emprego no CQC). Achei uma furada. É uma fórmula de desgaste rápido. E cá entre nós, não vai pegar ninguém. Por política de conveniência e por sabermos que quem de fato domina a arte de mentir não PE pego nesse tipo de ferramenta. Ou seja, temos um quadro em que poucas surpresas poderão rolar… Tudo super “chapa branca”, sem riscos.

As reportagens de sempre foram ao ar. Entrevistas com políticos no congresso ganharam certa graça com os ares Robocop, mostrando o novo repórter Ronald Rios e sua difícil tarefa de aprender a reconhecer políticos e seus históricos. Ronald Rios é desses caras que já nasceram engraçados. Somado a isso, temos um cara inteligente e despretensioso, menos agressivo até, na abordagem dos figurões. Acho que foi a melhor aquisição dessa  nova fase do programa. Gosto do humorista desde seu Badalhoca que ia ao ar na MTV. O cara tem talento, mas vamos ver se o formato lhe dará liberdade para desenvolvê-lo. Quando ainda era da MTV, Ronald tecia várias críticas ao CQC. Agora contratado do programa, vamos ver se ele pode contribuir para sanar as falhas apontadas no passado.

Ronald Rios e Maurício Meirelles (who?) são as novas caras no novo velho CQC. O estranho no programa de estréia foi observar que todas essas manobras de mudança,  repaginação, novas pessoas e  novos ares, só evidenciou a sombra da ausência de Rafinha e a busca da direção do programa em desassociar a forte imagem deixada pelo ex-integrante.

E você? Gostou das mudanças? Acha que o novo CQC repetirá o sucesso de sempre? Comenta aí!


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3 Comentários to O novo velho CQC

  1. @vivianevivis

    Oi Ju! Parabéns pela crítica!
    Sou fã do CQC e também concordo que as mudanças não serão suficientes para suprir as faltas de Danilo Gentili e Rafinha Bastos, mas o CQC tem um ano cheio de boas pautas e um diretor muito visionário, então poderemos ter uma boa temporada.
    E, ao contrário do que você disse, fique de olho no Mau Meirelles, ele sim será O Cara e A Cara do CQC nesta temporada. Ronald Rios é bom, mas falta muito para ele.

    Estou publicando seu texto lá no blog com os devidos créditos.

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  2. Edmilson

    Está como Dois homens e meio sem Charlie. Não deve durar

    [Responder]

  3. Luh

    Eu estranhei o Oscar na bancada, o Rafinha era tão grande e o Oscar é pequeno hehehe xD
    bom, deve ser o costume
    eu gostei dos novos repórteres, só não gostei muito do quadro do polígrafo…

    [Responder]

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