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O Terror Tosco dos Anos 80. E como eu adorava…


Autor: Mafalda ~ 26 de outubro de 2010. Categorias: MonaCine.

Como todo mundo que viveu sua infância / início da adolescência nos anos 80, eu também tinha aquela filosofia do “quanto pior, melhor”, e aquela década foi recheada de filmes toscos: porradaria, fitas adolescentes, ficção científica… todos os gêneros tinham sua quota. Os filmes de terror eram o supra-sumo desta categoria.

A princípio, a Tela Quente, a Temperatura Máxima e a Sessão das Dez eram os meus maiores provedores de filmes Z. Quando eu tinha 10 anos, meu pai comprou um videocassete e aí foi uma festa. Toda sexta eu passava na Vídeo Locadora São Paulo e pegava 5 fitas, para entregar na segunda-feira. Como é de se imaginar, depois de uns dois meses os filmes ficavam cada vez mais estranhos, já que a locadora não tinha tantos títulos assim.

Foi nessa época que eu vi e revi praticamente todos os filmes desta lista que vou apresentar para vocês.

Um dos primeiros filmes que marcou minha vida foi A Volta dos Mortos-Vivos (The Return of the Living Dead, 1985). Fiquei simplesmente fissurado com a mistura de horror e comédia. As atuações fraquíssimas, as falas exageradas, os mullets… nada disso era percebido por mim. O que chamava minha atenção eram os esqueletos comendo cérebros e a punk dançando nua em cima de um túmulo (depois ela vira uma zumbi gostosona pelada). Para encerrar, ainda temos piadas envolvendo o exército americano e sua conhecida falta de sensibilidade para lidar com crises.


Pague Para Entrar, Reze Para Sair (The Funhouse, 1981)
realmente me assustava. A história gira em torno de um grupo de jovens que resolve passar a noite em um parque de diversões e é perseguido por criaturas estranhas. Não lembro muito deste filme, mas sei que o parque era habitado por uma série de monstros e o filme apavorava minhas noites de sábado.


A Noite dos Arrepios (Night of the Creeps, 1986)
foi um clássico do “terrir” adolescente. Em um campus, todos os estudantes ficam à mercê de uma espécie de lesmas alienígenas, comedoras de cérebro. Os extra-terrestres entram pela boca da pessoa e começam a controlar suas ações, transformando-a em um zumbi hospedeiro. A única coisa que pode matar esses ETs é a alta temperatura. Nunca esqueci da famosa fala: “Tenho duas notícias para te dar, uma boa e uma ruim. A boa é que o teu namorado está te chamando aqui na porta, a ruim é que ele está morto”. Eu adorava.


A Casa do Espanto (House, 1986) é outro que cansei de assistir. Eu simplesmente era fã da história do pai e do filho que se mudam para uma casa nova e têm que enfrentar todo o tipo de aparição. Um dos atrativos era o fato do personagem principal ser interpretado por William Katt, o Super-Herói Americano da série de TV que passava no SBT.


O estranho dessa época é que nunca me interessei por A Hora do Pesadelo, cujo personagem principal era o Freddy Krueger. A exceção acabou sendo A Hora do Pesadelo 3 (A Nightmare On Elm Street 3: Dream Warriors, 1987), que passava à exaustão na Globo e que eu sempre assistia. Nunca esqueci da musiquinha “1, 2, ele vai te pegar…” e também não esqueço do Freddy usando um dos garotos malucos como marionete.


Aí chegamos em Sexta-Feira 13 (Friday the 13th, 1980, 1981, 1982, 1984, 1986, 1988, 1989), que era a série que embalava meus fins de semana e do meu irmão. Vivíamos alugando os filmes, desde o primeiro, onde a mãe do Jason era a assassina, até a oitava parte, que é quando Jason Voorhees vai para Nova Iorque e eu, finalmente, me decepcionei com ele. Se assistir a filmes violentos transformasse alguém em psicopata, os produtores de Sexta-Feira 13 seriam os maiores responsáveis pelos crimes cometidos hoje em dia…


A Morte do Demônio (The Evil Dead, 1981) - Para encerrar, o grande filme feito pelo jovem Sam Raimi, que acabou se tornando o diretor dos blockbusters da série Homem-Aranha. Um grupo de jovens vai passar um fim de semana em uma cabana abandonada, no meio da floresta e encontram uma antiga gravação. Ao ouvirem a mesma, acabam liberando um demônio que mata e possui o corpo da vítima, fazendo com que os amigos passem a atacar uns aos outros.

O filme é mega-tosco, feito com um orçamento mínimo, mas conseguia criar um clima de tensão e, ao mesmo tempo, gerar risos nervosos com toda a gosma dos corpos possuídos. Um verdadeiro clássico.

Vale ressaltar a salada dos nomes que ele recebeu aqui no Brasil. The Evil Dead foi conhecido aqui como A Morte do Demônio, Uma Noite Alucinante 1 – Onde Tudo Começou e também apenas como Evil Dead.

E estes foram alguns dos filmes que ajudaram na formação do meu caráter… E vocês? Quais os filmes toscos que vocês não esquecem?

Fonte de pesquisa: Boca do Inferno

PS: Aproveite e escute o nosso Podcast Especial de Halloween. Só clicar na imagem abaixo.





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