Porque fazer humor e podcast é uma arte

































Diga Não ao abandono. Adote!


Autor: Mafalda ~ 22 de maio de 2011. Categorias: animais.

 

Bom dia queridos amigos e amigas do Monalisa de Pijamas!

Me chamo Tiago de Angelis Silva e através da Mafalda consegui esse espaço para falar de algo que aconteceu comigo e que no fim se tornou uma tarefa muito importante.

Assim como muitas pessoas sou um amante dos animais, tenho cinco gatos e um cachorro, porém infelizmente apenas posso dizer que esse número sempre cresce, minha casa acabou virando um foco de animais abandonados e o último que chegou em minhas mãos foi essa gatinha que ilustra este post, a pequena Rosie.

Através da foto fica claro a sua fragilidade, seu tamanho e principalmente sua idade, que no final das contas não deve passar de 45 dias. Encontrei essa gatinha debaixo do meu carro, mais exatamente entre a placa de ferro que separa o chão do motor. Através dos seus miados consegui achá-la, alimentá-la e finalmente encontrar um lar provisório.

A ajuda dessa vez veio através do site Amor aos Animais, lá consegui achar pessoas do bem que dedicam suas vidas ao tratamento desses bichinhos.

Após conversar com um dos membros da entidade me comprometi em ajudar principalmente na divulgação e é exatamente isso que venho fazendo.

A entidade apóia as comunidades de Santana do Parnaíba, Barueri, Jandira e Itapevi, todas situadas no estado de São Paulo. Além de fazer o elo entre os animais e uma possível adoção, a entidade faz a castração de 50 animais ao mês com a ajuda de voluntários. Porém, assim como os animais, ela também precisa de ajuda para se manter ativa. Além de disponibilizar contas para qualquer doação em dinheiro, eles sempre precisam de rações, camas, cobertores, transportes, vasilhas, remédios e jornais, dando assim uma vasta opção para quem realmente deseja ajudar.

No fundo sei que esse tipo de pedido não é fácil de ser atendido, porém peço que acessem o site, vejam os animais e fiquem por dentro do assunto, talvez aqueles que estiverem interessados possam ajudar essas pessoas, esses animais e até mesmo a pequena Rosie que hoje está lá esperando por seu futuro dono.

Deixo aqui meus agradecimentos para a Mafalda e para aqueles que estiverem dispostos a ajudar ou até mesmo divulgar essa entidade.

Abraços.

http://www.amoraosanimais.com

Contato se tiver interesse em adotar a Rosie:
@clictecRG
email: ony2003@pop.com.br

 


“A Vida Secreta das Abelhas”


Autor: Mafalda ~ 10 de agosto de 2010. Categorias: Sofá da Mona.

Artigo raro nos dias atuais, a generosidade faz imensa falta…

Alguns anos atrás, li um livro que me encantou justamente por transbordar esta preciosidade de suas páginas. Curiosamente, naquela época, imaginava que aquele livro deveria virar um filme devido a sua estrutura narrativa, a riqueza de suas personagens, seu simbolismo e, principalmente, para que tal mensagem de generosidade pudesse chegar a um número maior de pessoas (Sim, sou realista: a maioria tem preguiça de ler).

Pois tive a grata surpresa de assistir “A vida secreta das abelhas” (2008) num canal de filmes da TV a cabo (Se você não tiver TV a cabo, alugue o DVD: vale a locação). Minha alegria começou ao notar que o título original foi preservado. Confesso que detesto certas “versões” que criam para alguns nomes de filme aqui no Brasil, pois nem sempre captam a intenção do original e geralmente subestimam a inteligência dos espectadores. Anyway…

O casting foi primoroso. Todos estão bem em seus papéis, sem excessos, mas com detalhes sutis que marcam a interpretação. Cenas em que não há palavras, mas em que muito é dito pelo olhar, pelo balbuciar, pelo gesto. Porque algumas coisas são, de fato, indizíveis (especialmente as dolorosas). Dakota Fanning, Queen Latifah, Alicia Keys (megatalentosa e linda), Sophie Okonedo (irreconhecível no papel de May) se destacaram sob a sensível direção de Gina Prince-Bythewood. O roteiro foi bastante fiel ao livro de Sue Monk Kidd, o que julgo fundamental.

A vida secreta das abelhas
Montagem do cartaz original com a famosa “casa rosa”

A Carolina do Sul (EUA), interiorana e racista da década de 60, em que negros ainda não podiam entrar em certos estabelecimentos e sequer tinham direito de voto é o cenário da trama. Acompanhamos a saga de uma garotinha branca que chega à “casa rosa” (literalmente), onde vivem as irmãs Boatwright que sobrevivem da apicultura. Desde pequena, ao perder sua mãe de um modo absurdo, esta garota carrega um dos maiores pesos que um ser humano poderia imaginar em uma existência.

Acolhida pelos excluídos, identificada com os marginalizados, ela encontra na casa rosa uma ilha alheia ao mundo injusto e ao passado de violência e abandono. Uma ilha de amor, de aceitação, de generosidade. Penso não ser por acaso, as irmãs Boatwright terem os nomes dos meses de calor nos EUA: May, June, August.
Observando o convívio da garota com as irmãs ao longo do tempo, percebe-se que a generosidade com o outro é tão importante quanto a generosidade consigo mesmo (a mais difícil). Porque é preciso perdoar-se também, aceitar-se humano, falível, porém ainda digno de ser amado (Pensa que isso é fácil? Então, pense melhor…).
E naquela propriedade onde fica a casa rosa, onde há a aceitação de cada um com suas características, virtudes e limites, onde a generosidade das irmãs de fato aquece e aninha a garotinha e os necessitados, só se poderia esperar a produção de algo tão doce e, ao mesmo tempo, fortalecedor como o mel.

colhendo mel
As personagens Lilly e August coletando favo de mel: doçura que fortalece

Outro ponto bastante tocante na história é o papel de uma via de expressão, de vazão de sentimento, para tornar a sanidade algo tangível. Quer seja colocando bilhetes num muro de pedras (veja o filme e entenderá), quer seja escrevendo suas histórias, expressar-se de algum modo é vital e talvez o único caminho possível a partir de uma dor tão imensa.

Num mundo em que olhar para si e para os outros, com olhos sempre críticos e severos demais parece ter se tornado uma tendência, acho que a Vida Secreta das Abelhas nos oferece muito para reflexão.





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