Skins – série de sucesso britânica ganha versão americana
Autor: Eubalena ~ 21 de junho de 2011. Categorias: Mona POP, Sofá da Mona.
Sucesso na TV britânica, Skins ganhou versão norte-americana. Alguns nomes mudaram, assim como mudou o gênero da personagem homossexual (na versão britânica era um garoto). Diálogos e roteiros com mais afinidade com os costumes dos EUA. Não assisti a versão original, apenas alguns trechos pela internet, mas Skins (série transmitida pela MTV, 4af – 22:30h) fisgou minha atenção (coisa relativamente difícil).
Não sei dizer se os atores são excelentes ou se há uma proximidade muito grande dos mesmos com suas personagens. Tudo parece muito natural e espontâneo na interpretação. Entretanto, isso não intimida a canastrice em certas cenas, talvez propositadamente, para mostrar como adolescentes adoram ser “posers” e exibir uma auto-confiança digna apenas de quem não sabe muito da vida. E é essa mistura que instiga o espectador.
As contradições e conflitos da juventude no mundo de hoje. Tudo tão parecido e diferente ao mesmo tempo para quem passou pela fase no final da década de 80. Os dramas mostrados em Skins são universais. Não há meio tom, tudo é cru e mostrado em cores primárias, intensas. Isso pode afligir alguns. Há quem assista e considere o grupo protagonista de adolescentes um bando de marginais. Confesso que a impressão deixada pelo primeiro episódio foi similar para mim. Mas ao assistir outros, comecei a enxergar o motivo da aflição: a humanidade de seus personagens. Porque nos episódios seguintes, vamos tomando conhecimento da história de cada personagem, seus dramas e alegrias pessoais, familiares e sociais. Pronto, a empatia surge e isso fisga quem assiste (e persiste). São jovens, como você é (ou foi um dia), num mundo em explícita transformação. Não há mais certezas. Nada é seguro e “meritocracia” é só uma palavra apagada em seu dicionário online. Crescem num país até então, dono de toda verdade e certeza, vendedor do “sonho americano” e das torres desabadas que apontavam para o céu. Que sentem os efeitos do desemprego e da crise econômica. Que buscam nas drogas e nas contravenções algum alívio e emoção. Acho que a apatia e alienação do jovem nem sejam mais viáveis para a juventude atual. Não há escolha. É muita informação. E tudo em 3D.