Porque fazer humor e podcast é uma arte

































Memória de elefante – será que só eu lembro?


Autor: Mafalda ~ 7 de dezembro de 2010. Categorias: Sofá da Mona.

Embora me traia em momentos decisivos, minha memória não brinca em serviço quando o assunto não é urgente, importante ou necessário. Guarda tudo.

Não sei se você já passou ou passa por isso: de repente, ninguém ao seu redor tem a mais vaga idéia sobre a que você se refere. Nada. É como se apenas você tivesse sido abduzido para uma dimensão paralela, vivenciado coisas e as memorizado.

Quando volta ao nosso planeta, só você tem essa lembrança. Pessoas de sua faixa etária, gente com quem você conviveu (até na mesma casa!) e que simplesmente apagou certas coisas da mente. E sequer se importam, afinal, não se sente o que não se lembra. Mas você, aparentemente o único que se lembra daquele programa de TV, daquele desenho, daquele artista etc, está condenado a vagar num mundo desmemoriado sem ter com que dividir suas impressões sobre o assunto.

Sabe o que acontece com o passar do tempo? Você nunca mais toca no assunto. Dá preguiça tentar explicar uma lembrança para refrescar a mente do outro, não dá? Não? Então faça isso umas cem vezes e me responda depois.
Esperançosa com o alcance da internet, registro algumas de minhas memórias televisivas que nunca tiveram resposta do hipocampo cerebral de meus convivas. Lanço-as no espaço, como aquelas cápsulas enviadas pela NASA (ou nos filmes) para levar uma mensagem, sem saber se haverá resposta… Hoje, trago alguns desenhos (de uma grande lista) que parecem ter evaporado das cabeças dos da minha geração (década de 70).

O motoqueiro
Nem vou entrar em detalhes. Irmãos envolvidos em shows de com motocicleta, globo da morte e acrobacias pelos EUA, ajudando a resolver problemas blábláblá… Era o desenho que eu mais esperava passar numa época da infância. Era fixada no motoqueiro, o Devlin, um tipo de John Travolta dos desenhos. Já andei muito com minha bicicletinha brincando que estava nas motos desse desenho. Este foi o único vídeo (do todo o youtube!) que consegui. E aí? Alguém se lembra?

obs: a imagem é de má qualidade mesmo

Os Muzzarela (Mozzarela, Mussarela)

A idéia é de um tipo de Flintstones só que na Roma antiga, no auge do império romano. Ao mesmo tempo, com uma fusão com a cultura norte-americana (também como nos Flinstones). O argumento era muito legal e referencias ao mundo moderno, adaptadas para recursos da época, bem engraçadas. A família central, que dá nome ao desenho, tinha a Precócia, a caçula inteligente, Zecas (o pai), Brutus era o leão mascote que vivia clandestino na casa (sob a suspeita e perseguição do Sr Chatus, o senhorio). Sim, os nomes dados na dublagem era muito bacanas e criativos. Só encontrei uma amiga até hoje que sabia que desenho era esse. E aí? Ninguém?

Urso do Cabelo Duro

Um de meus sonhos era ter a motoca imaginária em que montavam os três ursos protagonistas durante suas fugas. Eles moravam num zoológico, aprontavam e escapavam do zelador (um magro e um gordo). A caverna deles era super equipada e luxuosa, com comidas gostosas (e proibidas). Eles escondiam todo o aparato, com alavancas que moviam as paredes. Espero que alguém reconheça, como eu, a voz do saudoso ator e comediante Franscisco Milani dublando o próprio Urso do Cabelo Duro neste trecho do desenho.


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A TV da minha infância


Autor: Mafalda ~ 12 de outubro de 2010. Categorias: Mona POP, Sofá da Mona.

Filha da década de 70, vivenciei o aumento do espaço tomado pela TV em nosso cotidiano à medida que crescia. Acredito que guardei essas recordações porque são carregadas de sentimentos: eram momentos em que partilhava algo com pessoas que amava.
Então, a idéia aqui não analisar programas infantis ou algo assim, mas dividir com vocês alguns dos programas que curti na infância. Preparados? Então, vamos ao meu TOP 10:

10. Desenhos Hanna-Barbera

Sempre um clássico, depois ultrajado por sua tosca versão cinematográfico, Os Flintstones era um desenho repleto de referências da cultura pop. É divertido até hoje.

Verdadeira paixão na minha infância era o desenho Jonny Quest, lembra?


09. Barbapapas (da TV Globinho)

Criação francesa, a Familia Barbapapa passava na TV Globinho com apresentação da jornalista Paula Saldanha. Aliás, o TV Globinho era bem legal!

08. Sítio do Pica Pau Amarelo

Há várias ‘gerações” da famosa obra de Monteiro Lobato, mas para mim a “verdadeira” contava com Zilka Salaberry como Vó Benta e Rosana Garcia como Narizinho. Foi assistindo a versão televisiva que tive vontade de ler toda obra infanto-juvenil de Monteiro Lobato.

07. Musicais nacionais

Ainda sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo, um dos musicais mais bacanas de nossa geração foi o Pirlimpimpim. Aqui, vemos a Baby Consuelo (sim, esse era seu nome então) em justa homenagem ao alter-ego de Monteiro Lobato, a boneca Emília (a visão de Baby Consuelo caracterizada de Emília pode abalar os mais sensíveis…rsrs)

Se você quiser verificar se alguém já passou dos 30, basta dizer baixinho “Plunct, Plact, Zum…” Sério, a pessoa automaticamente continuará a canção! E se você não conhece ou não se lembra, aqui vai mais esse tesouro de Raul Seixas, o Carimbador Maluco (detalhe para a menina loura de cabelos curtos. É a Aretha, filha da cantora Vanusa, em seu único trabalho digno de registro)

Um dos galãs da minha infância era do pai do Fiuk, o Fábio Jr. Aqui, ele participava do musical “Amigos do Peito” do Balão Mágico, grupo infantil que estourou na década de oitenta (e aí bate aquela vergonha alheia ao ver o que virou a garotinha Simony anos mais tarde…).

06. Armação Ilimitada

Malhação?! Que nada! A onda na nossa infância era acompanhar o seriado Armação Ilimitada, protagonizado pelos então jovens surfistas e dublês de atores Kadu Moliterno e André de Biasi ao lado da atriz iniciante Andrea Beltrão. Muito humor nonsense, retrato do melhor dos anos 80.

05. As Panteras

Nove em 10 meninas queriam ser uma das Panteras (e uma não devia ter TV para não conhecer a série). Glamorosas, inteligentes, lindas e agentes especiais, eram uma síntese da mulher independente e ousada que começava a ganhar força na mídia. Quem nunca brincou de ser uma das Panteras? (Eu queria ser sempre a Kelly).

04. Turma do Lambe-lambe
Em uma era pré-louras, quem arrebentava era o Daniel Azulay e aprendi a desenhar várias coisas acompanhando seu programa. Pita, Xicória, Prof. Pirajá e outros personagens criados pelo desenhista aguçaram minha imaginação. No trecho abaixo, o próprio Daniel comenta aquela época e os avanços tecnológicos que nos encantaram.

03. Balão Mágico
Programa infantil comandado pela cantora mirim Simony, que de fato era uma gracinha. Foi no programa Balão Mágico que conhecemos os engraçado Fofão, uma espécie de alienígena meio homem, meio cachorro, que falava errado e tinha bochechas imensas. Castrinho também ajudou na apresentação durante um período, assim como a priminha de Simony (Luciana) e o Tob (integrante do Balão Mágico). Além dos desenhos animados, o ponto alto era o sorteio de cartas (pois é, não existia e-mail!) para algum prêmio. Aqui, a vinheta de apresentação mais famosa.

02. Xou da Xuxa

Nunca fui fã da Xuxa, nem mesmo quando era criança. Mas era no programa dela que iam nossos cantores e passavam os melhores desenhos. As Paquitas e suas coreografias também eram legais. Nessa época, eu saia correndo da escola para chegar em casa a tempo de assistir He-Man e She-Ra, a cereja do bolo do programa que, invariavelmente, terminava com Xuxa entrando numa nave

01. Caverna do Dragão
Desenho de inspiração nerd (só soube isso anos depois) que tornou-se cult, em parte pelas muitas interpretações sobre seu enredo e personagens. Reza a lenda que o grupo de garotos perdidos em um mundo mágico estaria de fato mortos e presos numa espécie de purgatório ou umbral ou algo assim. Quando eu assistia, eu não pensava em nada disso. Eu só não entendia porque toda vez em que achavam um portal para retornar para casa, sempre eram atrapalhados pelo filhotinho de unicórnio Uni (e por que não deixavam Uni lá mesmo?). Aqui a abertura original.

Eu poderia escrever uma lista gigantesca, uma coisa vai puxando a outra, mas tentei me ater apenas aos programas mais marcantes da minha infância. Na adolescência, minha preferência foi definitivamente conquistada pelos humorísticos (Viva o Gordo, TV Pirata, Chico Anysio Show – bons tempos) e a paixão por desenhos animados se transformou em amor, que cultivo diariamente.
E você? Tem programas de TV que marcaram sua infância? Então conta para a gente pelos comentários!

Selo peixe Grande 2010





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