MonaPop – Kymia Dawson
Autor: Eubalena ~ 10 de março de 2009. Categorias: Mona POP.
Semana passada tive a oportunidade de assistir um filme cheio de música, vida e ludismo; permeado por uma trilha sonora fantástica, sem falar que foi a trilha sonora mais bem vendida desde “Os embalos de um sábado a noite”. Um filme chamado Juno. Nossa eu sei, desatualizaderrimo, mas a vida é assim né? Enfim, adorei o filme principalmente depois de ouvir aquela voz-menina que surgia a todo momento, com o seu violão, as vezes eufórica e agitada outras vezes suave. E eu que já admirava outros cantores do gênero fiquei super curioso para saber quem era a dona dessa voz tão marcante.
Kymia Dawson é uma dessas pessoas super relax, discos caseiros, sem grandes contratos ou gravadoras, letras introspectivas e transcendentes. Outrora estivera junto com seu amigo Adam formando a banda Moldy Peaches. Kymia em entrevista se diz bem mais livre e solta em sua atual carreira solo. Toda a repercussão causada pela sua musica é algo estranho para ela, pois nem televisão tem. Além disto afirma que nada em sua vida mudou por causa da fama. Ela faz parte de um movimento o qual ela mesmo intitula como anti-folk, que valoriza a voz e o violão sem extravagâncias e mixagens, a voz é quase nua o que transmite muita sensibilidade, delicadeza e contorno.
Sabe, ouvir Kymia é resgatar bons momentos da vida, sua “inocência” remete a nossa infância e a todo aquele o brilho ingênuo. Nesta pureza e ludismo está o grande “x” da questão. O que tange a sua temática com a de Juno é força interior que ambas buscam em face da rigidez da vida. Pensar Juno é pensar numa adolescente grávida e problemática que sem o amparo e cuidado de sua mãe verdadeira tem que enfrentar situações extremas. Quem de nós nunca se sentiu assim? Juno com muita diversão e doçura enfrenta seus problemas e tudo isso é emoldurado pela magnífica trilha sonora a qual se destaca nossa cantora!
Ouvir Kymia Dawson, como já citado, remete os nossos melhores momentos. É tão agradável quanto inebriante ouvir sua voz. Para mim particularmente vale o jargão: antes tarde do que nunca! Ouçam!