Quero um amigo gay, mas…
Autor: Phoebe ~ 24 de setembro de 2008. Categorias: Sem categoria.
Um filme que marcou a minha adolescência foi “O casamento do meu melhor amigo”. Como sempre tive mais facilidade para fazer amizade com homens do que mulheres, acabei me identificando demais com a personagem da Julia Roberts. Mas, para além do roteiro, ficava fascinada com a relação dela com o amigo homossexual, e sonhava com um amigo idêntico ao dela!
Ocorre que tenho uma dificuldade enooooorme em reconhecer homossexuais, sejam eles homens ou mulheres. Tem gente que nasce com o radar ligado e sente o “bipe” antes mesmo da pessoa abrir a boca, mas o meu radar, se realmente foi instalado como equipamento de fábrica, já chegou quebrado e sem assistência técnica.
Na faculdade eu logo de cara reconheci alguns colegas gays e a amizade fluiu de forma natural, porque eram pessoas realmente adoráveis: muito simpáticos, educados e cheirosos! Fazíamos os trabalhos da faculdade juntos, saíamos nos sábados-à-noite da vida, conversávamos e ríamos muito.
Um belo dia, pá! Um dos meus amigos gays me aparece com uma namorada. Como assim??? Simples: ele não era homossexual coisa nenhuma, eu é que estava enganada!
Não satisfeita com a lição aprendida, fiz amizade com um outro rapaz e já fui logo lidando com ele como se gay fosse. Afinal, ele tinha seus 35 anos, um emprego ótimo, morava sozinho, sabia cozinhar muito bem, era bonito e… em meses de convivência, nada de mencionar a existência de namoradas. Fazia o tipo “livre, leve e solto”. Juntei todas as qualidades, mais o fato dele ter um jeito muito delicado de falar e sentenciei: ca-la-ro que é gay! Eu já me sentia a própria Julia Roberts com seu amigo gay em “O casamento do meu melhor amigo”, quando um belo dia ele me olha de forma estranha… Pára tudo!!! Meu amigo não era gay – e, depois dessa, também deixou de ser amigo, né?!
Desde então, desisti do meu sonho de ter um melhor-amigo gay. Sem radar, nada feito!
Beijos da Phoebe