Sucesso na TV britânica, Skins ganhou versão norte-americana. Alguns nomes mudaram, assim como mudou o gênero da personagem homossexual (na versão britânica era um garoto). Diálogos e roteiros com mais afinidade com os costumes dos EUA. Não assisti a versão original, apenas alguns trechos pela internet, mas Skins (série transmitida pela MTV, 4af – 22:30h) fisgou minha atenção (coisa relativamente difícil).
Não sei dizer se os atores são excelentes ou se há uma proximidade muito grande dos mesmos com suas personagens. Tudo parece muito natural e espontâneo na interpretação. Entretanto, isso não intimida a canastrice em certas cenas, talvez propositadamente, para mostrar como adolescentes adoram ser “posers” e exibir uma auto-confiança digna apenas de quem não sabe muito da vida. E é essa mistura que instiga o espectador.
As contradições e conflitos da juventude no mundo de hoje. Tudo tão parecido e diferente ao mesmo tempo para quem passou pela fase no final da década de 80. Os dramas mostrados em Skins são universais. Não há meio tom, tudo é cru e mostrado em cores primárias, intensas. Isso pode afligir alguns. Há quem assista e considere o grupo protagonista de adolescentes um bando de marginais. Confesso que a impressão deixada pelo primeiro episódio foi similar para mim. Mas ao assistir outros, comecei a enxergar o motivo da aflição: a humanidade de seus personagens. Porque nos episódios seguintes, vamos tomando conhecimento da história de cada personagem, seus dramas e alegrias pessoais, familiares e sociais. Pronto, a empatia surge e isso fisga quem assiste (e persiste). São jovens, como você é (ou foi um dia), num mundo em explícita transformação. Não há mais certezas. Nada é seguro e “meritocracia” é só uma palavra apagada em seu dicionário online. Crescem num país até então, dono de toda verdade e certeza, vendedor do “sonho americano” e das torres desabadas que apontavam para o céu. Que sentem os efeitos do desemprego e da crise econômica. Que buscam nas drogas e nas contravenções algum alívio e emoção. Acho que a apatia e alienação do jovem nem sejam mais viáveis para a juventude atual. Não há escolha. É muita informação. E tudo em 3D.
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Autor: Eubalena ~ 17 de maio de 2011. Categorias:Sofá da Mona.
Poucos homens podem usar um bigode, esta é uma verdade dura e que, como a modinha indie foi esquecida, produziu uma manada de jovens esquálidos e pálidos com bigodes pré-púberes (que só nos evocam a imagem de uma lâmina de barbear).
Não é o caso de Tom Selleck, “O bigode”. Para quem é da minha geração, ele é Magnum. Para geração mais nova, ele foi um dos namorados da Monica da série Friends. Depois de Magnum, Tom Selleck fez cinema e agora retorna ao mundo da TV.
A série Blue Bloods é policial. Se você não curte, nem Tom Selleck te fará mudar de idéia. Para quem gosta, como eu, um prato cheio e bem balanceado.
Blue Bloods tem como argumento central uma família de policiais e profissionais ligados à Justiça. Há o vovô (enxuto) ex-policial das antigas, o pai (Tom “Bigode” Selleck) que é comissário de policia (espécie de delegado), o filho policial recém-formado e a filha, advogada. Há outras personagens coadjuvantes, com o mesmo refinamento de atuação que os demais. Seriado policial é solo fértil para a canastrice, mas em Blue Bloods isso não acontece. Mérito da direção e dos atores detalhistas e sutis.
Uma coisa que vale a pena notar, diferencial de outras séries similares, é que nem sempre os casos são (ou podem ser) solucionados. Mais um ponto para o roteiro mais humanista e que se nega a colocar policiais e peritos como super-heróis ou cientistas dignos de um Nobel. O cotidiano policial é o de Blue Bloods e não a fantasia propagada e super vendida dos CSI da vida, em que um exame de DNA fica pronto em 10 minutos.
Se você preza um roteiro bem escrito, com interpretações com nuances adequadas, um elenco com química e uma boa história policial, não deixe de conferir Blue Bloods. Como bônus você poderá apreciar um dos poucos homens do planeta que sabe usar um bigode com maestria e imponência. Produzida pela rede CBS, no Brasil a série é exibida no canal Liv (cabo), inclusive com reprises.
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