Amy Winehouse no Summer Soul em São Paulo
Autor: Mafalda ~ 18 de janeiro de 2011. Categorias: Curtindo a Vida, Mona POP.
No Summer Soul, bandas brasileiras de pouca fama tocaram antes. Ignorei. Eu me programei para chegar para o show da Amy e pronto. Acabei tendo grata surpresa com o show da Janelle Monae, que se iniciava quando cheguei. Som dançante, melódico, um soul com apelo pop. Janelle é dessas que cantam, dançam e capricham no videoclip. Intervalo, aguardamos Amy. A entrada prevista pra 23:15 teve um atrasinho, coisa pouca.
Lá vem Amy, tímida para os próprios padrões, vestido lindo preto-e-branco com alça, bololô indefectível. Cumprimenta a platéia com um “olá”. O show pode ser dividido em dois. A Amy da primeira parte foi um pouco tímida, esqueceu algumas partes de uma música, coisa pequena. O som do festival não ajudava muito, estava baixo. Defeitos nos telões irritaram a platéia em vários momentos. Após um intervalinho, Amy volta poderosa. Um deleite pra quem é fã de talentos raros como Amy. Ninguém poderia interpretar aquelas canções como ela. Amy e sua obra se misturam e se confundem. A apresentação durou cerca de uma hora. Eu sou fã de Amy há muito tempo e não me decepcionei com seu show. Valeu muito mesmo.
Se a turnê no Brasil marca um reinício para Amy, tudo indica que ela caminha para uma retomada, deixando no passado um comportamento que atrapalhou imensamente sua carreira. Não, Amy não virou uma “boa moça”. Ela sempre vai aparecer mostrando um peito aqui, levando um tombo ali, enfim, levando la vida loca. Mas talvez ela agora tenha mostrado que ainda agüenta uma agenda apertada de shows. Torço, mas só o tempo dirá.
Olha eu aí, com sede e feliz na platéia da Amy!
Todavia… Sempre há um porém… Como descrever a estrutura do festival? Não fiquei na área VIP. Fiquei na platéia. Capacidade máxima, éramos 30.000 pessoas. Ao chegar, começo do segundo show, não havia mais cerveja. Mas o detalhe curioso é que a cerveja continuou a ser vendida. Então você comprava e quando ia retirar não tinha. Não havia devolução do dinheiro sem discussão e até briga. Um segurança do evento, “resolvia” as pendengas relativas ao assunto, gritando “cala a boca” para os consumidores que queriam receber o dinheiro de volta. Outra técnica usada foi o fechamento da janelinha no guichê de venda de fichas. No final do show da Amy, alguns ambulantes de fora do evento, não sei como, estavam por lá vendendo copos de água quente a módicos R$5,00.
A cerveja patrocinadora do evento, descobriu a pior maneira de marketing que eu já vi para distribuir as “vinte” caixas de cerveja que levou ao evento. Andava pela multidão com um carrinho do qual se erguia uma placa enorme com o nome da cerva. Essas placas obstruíram a visão de muitos na platéia. Péssima idéia, o carrinho era enorme, dificultando a mobilidade. Além disso, não havia latas/latões para lixo em lugar algum e você tinha que andar sobre um mar de latas e copos vazios onde quer que fosse. Tombos, tropeços, segura daqui e dali.
Na saída, pegar um taxi era um dos trabalhos de Hércules. Andamos muito tempo até encontrar um taxista que nos “aceitasse”. Motivo: queríamos ir para a Barra Funda, próximo do local. A maioria dos taxistas ou cobrava mais que o dobro para fazer a corrida ou rejeitava. Só aceitavam corridas para zona Sul, segundo alguns. Achei estranho. De onde venho, a gente entra no carro e depois informa onde quer ir. Se for um quarteirão ou cem, escolha minha. Achei preocupante em uma cidade que abrigará jogos da Copa, um comportamento tão deselegante da maioria dos taxistas. Será que o serviço de táxi em São Paulo é assim mesmo? Depois reclamam das ruas lotadas de carros com apenas uma pessoa dentro…
Vocês foram? Como foi pra vocês? Deixem seus comentários !