Mona Pop: Série Atrizes – Amy Lou Adams
Autor: Mafalda ~ 25 de fevereiro de 2009. Categorias: Mona POP, Sem categoria.
Assim, assim, lendo o nome, você sabe quem ela é? Não? Aí está a moça:
Lembrou? Sim, é a Giselle de Encantada – o filme da Disney que presta uma homenagem aos 70 anos do primeiro longa-metragem em animação dos estúdios: Branca de Neve e os Sete Anões. E este será o meu post no Mona Pop desta semana, aproveitando que o último Monacast foi sobre Animação
As animações 2D, que foram abandonadas em 2003 pela Disney, sempre tiveram aquela fórmula básica fantasiosa que encantava nossa infância: um casal príncipe & princesa (não importa qual entra para a realeza com o casamento), amores à primeira vista, muitos animaizinhos falantes, vestidos gigantescos, uma bruxa má e música, muita música. Elas sempre tiveram o formato “musical”, com canções que muitos de nós lembram até hoje.
Pois bem, em Encantada, Giselle é uma camponesa, que canta (óbvio) com os animaizinhos (que cantam também) na sua cabana por um “beijo de amor verdadeiro”. O príncipe Edward (James Marsden), que anda nas redondezas caçando um ogro, ouve a bela voz de Giselle (bela mesmo) e vai à procura de sua amada, a encontra e já marca o casamento para o dia seguinte. A bruxa má, que na verdade é a madrasta do príncipe, manda Giselle para a realidade, em Nova York. Ela encontra Robert (Patrick Dempsey), que resolve ajudá-la a pedido de sua filha de 6 anos, e com eles passa o resto do filme, esperando que o seu príncipe apareça para resgatá-la.
E porque estou aqui falando do filme? Por causa de Amy Adams. A atriz de 34 anos abriu a boca para cantar e eu virei fã.
Nascida em Vicenza, na Itália, em 20 de agosto de 1974, Amy é filha de pais americanos, e foi criada no Colorado. Ela cantou no coro da Douglas County High School, e estudou ballet com intenção de virar profissional. Por problemas musculares, ela largou a dança, quando já trabalhava atuando. Em 2005, atuou em Juneburg, que lhe rendeu a indicação ao Oscar como Melhor Atriz Coadjuvante. Em 2007, protagonizou Encantada, mostrando que é, sim, uma perfeita artista de musicais.
Mas o que precisa um artista de musicais para ser bom?
1. Ele precisa cantar bem. Cantar bem = ser afinado, ter uma colocação vocal que não machuque nem a própria laringe nem os ouvidos dos outros (afinal, não queremos ouvir ninguém gritando, e sim cantando docemente), ter segurança (básico pra tudo na vida), ter pulso interno (conseguir manter a velocidade) e, claro, tudo com muita naturalidade.
2. Ele precisa dançar bem. Porque, afinal, aquelas cenas clássicas de musicais onde as pessoas começam a cantar de uma hora pra outra sempre são melhores quando vem acompanhadas de alguma coreografia. Dá vontade de dançar junto, mesmo sabendo que muitos de nós, meros mortais, não conseguiríamos sair fazendo saltos mortais ou sapateando loucamente enquanto cantamos. Ou mesmo sem cantar.
3. Ele precisa atuar bem. Precisa explicar?
Tudo bem, Encantada é uma comédia romântica, mas nos traz três cenas típicas de musicais.
A primeira é em animação tradicional, mas Amy Adams canta, claro. Ela canta com os bichinhos e nos faz acreditar que é uma verdadeira princesa da nossa infância cantando. A voz dela é suave, doce, cristalina.
A segunda cena típica de musical é quando ela acorda no apartamento de Robert e vê que está tudo numa tremenda bagunça. Ela resolve limpar a casa e chama os animais para ajudá-la, como fazia quando estava na floresta. Claro que, na cidade, os animais que aparecem são pombos, moscas, baratas e ratos. Mas mesmo assim, ela aceita a ajuda deles e canta Happy Working Song com uma graça sem igual. A cena, mesmo contando com bichos nojentos, fica linda.
Mais adiante, Giselle sai cantando sem motivo quando ela está com Robert no parque. Ele até pede pra que ela não cante, satirizando essa situação bizarra comum em musicais. Mas os músicos do parque resolvem continuar cantando e rapidamente todo o parque está participando da coreografia, na melhor cena musical do filme. Amy Adams mostra que cantar no coro serviu pra alguma coisa, e que suas aulas de ballet foram muito bem aproveitadas. Ela consegue ter uma postura de bailarina que é sempre vista nas princesas de desenho animado, com aquela mãozinha levantada e as corridinhas enquanto canta. Quando ela pega na mão de Robert e sai correndo no meio da música me senti novamente com 6 anos querendo ser uma princesa de contos de fadas.
Claro que temos que dar o devido crédito para Alan Menken (que compôs muitas trilhas sonoras de sucesso pra Disney, como A Pequena Sereia) e Stephen Schwartz (letrista de trilhas sonoras de filmes como Pocahontas e O Corcunda de Notre-Dame). Ouça as trilhas sonoras da Disney e as melhores você verá que têm o nome de algum deles envolvido.
Só quero dizer mais uma coisa a respeito da melhor princesa dos últimos tempos: quero vê-la muito, ainda, cantando e dançando em musicais. Porque artistas boas como ela não devem ser desperdiçadas.