Porque fazer humor e podcast é uma arte
































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Oscar 2009 – Melhor Canção Original


Autor: Eubalena ~ 3 de março de 2009. Categorias: Mona POP.

Muito já se falou (negativamente) sobre as indicações nesta categoria. Pra começar aconteceu de terem sido indicadas apenas três canções, mas acho que todos já passaram da fase de indignação por isso.

Depois, tivemos o choque das próprias indicações. Várias canções lindas foram deixadas de fora, como The Wrestler, de “O Lutador” (escrita e interpretada por Bruce Springsteen e vencedora do Globo de Ouro) e I Thought I Lost You, de “Bolt – Supercão” (escrita por Miley Cyrus e interpretada por ela, juntamente com John Travolta, que também foi indicada ao Globo de Ouro). Mas acho que todos também já passaram dessa fase de indignação.

Falo das três indicações:

Primeiro, “Down to Earth, do filme “Wall-E”. A música composta por Peter Gabriel e Thomas Newman, com letra de Peter Gabriel, é a melhor maneira de encerrar o filme, que é encantador. Foi indicada ao Broadcast, a Globo de Ouro e ao Satellite, ganhou o Grammy e o World Soundtrack Awards. Peter Gabriel tornou-se famoso por ser o vocalista, flautista e líder da banda de rock progressivo Genesis, e suas canções constam em trilhas sonoras de filmes como “Filadélfia” e “Cidade dos Anjos”. Mesmo assim, esta é sua primeira indicação ao Oscar. Por outro lado, é a décima de Thomas Newman, lembrado por filmes como “Procurando Nemo” e “Beleza Americana”. O que falar da canção? Que é uma das mais lindas que já ouvi. Ela é leve, delicada, e nos faz terminar o filme com aquela sensação de ter visto uma verdadeira obra de arte. Por que não ganhou? Não sei. Alguém me explique, por favor.

Em seguida, temos O Saya, do filme “Quem Quer Ser Um Milionário?”, música de A. R. Rahman (que venceu também a categoria Melhor Trilha Sonora Original), com letra de A. R. Rahman e Maya Arulpragasam. Como não foi indicada a nenhum outro prêmio, a inclusão desta canção entre as indicações a esta categoria gerou muita estranheza. Com uma batida bastante eletrônica, cheia de efeitos que ouvimos nas músicas dance, a canção dos créditos iniciais do filme não impressiona. É daquelas que realmente pensamos “o que está fazendo aqui?”. Por que ela foi indicada? Não sei. E acho que ninguém sabe explicar.

Por fim, temos a canção vencedora. Jai Ho“, também do   filme “Quem Quer Ser Um Milionário?”. A música dos créditos do filme, composta por A. R. Rahman, com letra de Gulzar, concorreu ao Broadcast e ao Satellite. “Jai Ho” começou fazendo sucesso por estar no trailer do filme. É uma canção diferente do que estamos acostumados, sim. Não sou extrema conhecedora de música indiana, mas posso dizer que a sonoridade diferente é resultado do sistema indiano de afinação, que usa até quartos de tom na sua música (na música comum aos nossos ouvidos, o menor intervalo usado entre duas alturas é de meio tom). Claro que ela é difícil de ser executada e tem uma sonoridade diferente. Para nós, meros ocidentais. Não para os indianos. A melodia da canção é bastante tradicional, por assim dizer, e sua inovação está na batida dançante que passa pelo sabor latino e traz até uma pequena estrofe em espanhol. Ouvi a música. Não vi o filme. Talvez por isso não tenha entendido o prêmio.

Eu passei das duas fases de indignação que falei antes. Mas ainda não passei da fase “porque foi essa a canção vencedora?”. Talvez depois de assistir o filme eu entenda. Aceito explicações!

Luana Lied Zapata


Ursinho da Monalisa: Cauã Reymond


Autor: Eubalena ~ 2 de março de 2009. Categorias: Ursinho da Monalisa.

Para nosso delírio o “Ursinho da Monalisa” dessa semana é o Cauã Reymond.

Cauã começou sua carreira como modelo aos 17 anos de idade e por conta disso chegou a morar em Nova York onde fez um curso de interpretação por dois anos.

De volta ao Rio de Janeiro em 2002, participou  da novelinha Malhação.

Seu primeiro papel de destaque foi na novela Cor do Pecado. Em Belíssima fez o garoto de programa Mateus e em seu útimo trabalho fez o malandro ( que depois virou o super bom rapaz Haley), personagem que lhe rendeu um Prêmio Extra de Televisão na categoria Ator Coadjuvante.

Cauã Reymond diz que no tempo em que era solteiro, ser famoso tinha sua desvantagens “Celebridade não tem que seduzir ninguém, as pessoas já se sentem atraídas sem que você precise fazer nada. A fama é afrodisíaca. Acho isso muito chato”.

Vale lembrar que o gato é noivo da ex-BBB e atual atriz da Globo, Grazi Massafera.

Por ser um homem tãooooooo gato e que “diz” não ligar tanto para fama, ele é o nosso “Ursinho da Monalisa”.

Beijos da Duda.

http://diariodaminhavida-duda.blogspot.com/

http://ablusaqueeufurei.wordpress.com/


Não adianta!


Autor: Eubalena ~ 19 de fevereiro de 2009. Categorias: Vergonha Alheia.

Olá, pessoal. Estou muito contente pelos comentários do meu primeiro post. Ri muito! Continuem comentando.

No mundo de hoje, anda tudo muito moderno, qualquer porcaria faz sucesso, a televisão brasileira está uma baixaria
Olha, eu sinto muito, mas certas pessoas nascem para uma única profissão e não adianta insistir em outra. Tem quem nasce com dotes culinários, e não adianta tentar engenharia aeronáutica, porque não dá. Muitos nascem para mofar, e não adianta tentar alguma coisa, porque não dá. Tem quem nasce para aparecer -só aparecer.
Isso é fato. E posso comprovar:

Sheila Mello.
NÃO ADIANTA!, mas sempre tem alguém que diz: “Nossa, você dança super bem, imagina se você também cantasse?”.
E assim, em 2003, Água tornou-se um ‘hit de sucesso’ [só descobri hoje esse vídeo calamitoso].
A letra da música é chumbrega, serviria como tema de Sessão da Tarde, e o pior: a música tem coreografia!   \0/
Ela pode ter nascido para dançar, interpretar, mas cantar a ponto de fazer um clip? Hahaha!

Eu senti vergonha pela Sheila Mello.

Rafael Augusto Schiabel
http://meirritam.blogspot.com


Bookmarks: Mulherzinha


Autor: Eubalena ~ 19 de fevereiro de 2009. Categorias: Cantinho das Monas.

Vou aproveitar o espaço aqui na coluna para dividir com vocês alguns dos blogs que leio, acompanho e tenho guardados na minha pasta de Favoritos.

Nos últimos tempos, tenho procurado pela internet dicas de maquiagem. Sites, blogs, vídeos, muita coisa legal e tudo isso porque decidi que vou aprender a fazer uma make decente para olhos orientais.

Sob influência dessas pesquisas, começo apresentando meus bookmarks pela pasta Mulherzinha:

Vende na Farmácia?
http://www.vendenafarmacia.com
O que fazer quando a nécessaire divide o espaço na sua bolsa com as contas da casa?

Loo e Joo prometem fuçar perfumarias, desbravar drogarias, peneirar gôndolas de supermercados e dar trabalho para suas representantes Avon/Natura.

E é isso que elas fazem! Com muito bom humor e espírito de Creuza, elas dão dicas de produtos de qualidade e precinho camarada.
2 Beauty
http://www.2beauty.com.br
Aqui a Marina dá dicas, tutoriais (em pdf, dá pra salvar e guardar!) e apresenta resenha dos mais variados produtos de beleza: creminhos, máscaras e muita maquiagem!
Bem Resolvida
http://bemresolvida.itodas.uol.com.br/
Moda, maquiagem, acessórios. Um pouquinho de cada coisa que nós mulheres adoramos!

Beijos da Doduti

http://www.doduti.com
@Doduti



Volta às Aulas


Autor: Eubalena ~ 18 de fevereiro de 2009. Categorias: Mona POP.

Já que estamos em época de férias/volta às aulas, porque não falar das crianças? Ei, você que tem filhos, a primeira parte do texto é pra você. Ei, você que não tem filhos, continue lendo, a segunda parte do texto diz respeito a todos os adultos.

Então, eu comecei a estudar flauta-doce com 4 anos de idade. Aprendi a ler música antes de ser alfabetizada. Com 9 anos fui aprender piano e comecei a cantar em coro. Durante a faculdade, me voltei totalmente pro estudo da voz e um dos meus trabalhos é regendo um coro infantil.

Eu não pedi pra estudar música. Mas eu tinha 4 anos. Certamente se passasse mais tempo, teria pedido. Afinal, na minha casa sempre tivemos violões e rolava música ao invés de TV. Meu irmão não foi incentivado para a música como eu fui. Ele nunca estudou música.

Qual a diferença entre nós? Temos coisas de família, dificuldades que, mesmo também sendo obstáculos pra mim, eu venci mais facilmente. Ele não tinha coordenação motora fina (acabou indo fazer origami como terapia). Eu tenho dificuldade de coordenação até hoje, mas é só concentrar e “baixar o santo” que consigo fazer algo que a princípio parecia difícil. A única coisa que ainda não tentei por medo de ser muito, muito descoordenada é tocar bateria, hehe.

Outro ponto: nós dois somos muito, muito tímidos e com uma forte tendência anti-social. Sabe a criança que não era escolhida pra jogar vôlei/futebol/basquete? Éramos nós. Mas eu tinha algumas amigas, colegas de coral, alunas de piano. Eu cantava na frente de todo mundo nas apresentações do coral e isso me fez não ter problema com apresentações de trabalhos em sala de aula. Até hoje eu digo que palco não é problema pra mim. E, quando vou conversar com alguém que não conheço, invoco a artista pra que minha timidez não venha à tona e acabe me fazendo parecer arrogante. Já meu irmão só foi fazer amizade, meeesmo, no segundo grau. E olha lá.

Legal, ajuda na coordenação, ajuda no convívio social, mas só isso? Não. Todos sabem, é óbvio, que ajuda na criatividade, no gosto pessoal, na visão de mundo. Uma criança que aprendeu música não precisa virar um profissional disso, mas será aquele adulto de bom humor, simpático, com boas soluções para o seu dia-a-dia, com gostos variados, e que consegue não passar vergonha quando alguém insiste que ele venha jogar pingue-pongue, pelo menos uma partida.

Logo, se o filho pedir, coloque-o sem dúvida numa aula de música. Mas e se ele não pedir? Pergunte. Tente perceber se seu filho gosta e pergunte de novo. Porque todos nós sabemos que às vezes crianças não dizem o que gostariam. Por vergonha, ou qualquer outro fator.

Minha amiga Priscilla passou por isso. Ela diz: “quando eu era criança, eu amava dançar e cantar. então eu colocava minhas músicas favoritas no rádio e ficava dançando e cantando pelo quarto e inventando palco e público. Quando alguém abria a porta eu paralisava instantaneamente ou sentava aonde eu tava e fingia que eu estava apenas escutando a música como se nada tivesse acontecido. Eu morria de vergonha. E era uma vergonha estranha porque, da mesma maneira que eu inventava público pra poder cantar pra ele, eu não conseguia fazer isso na frente de um público de verdade. Eu era super tímida pra pedir coisas pra minha mãe. Eu chegava na barra da saia dela e ficava ‘mããããe….’ na esperança que ela adivinhasse o que eu tava pensando. Minha mãe já sabia que, quando eu fazia isso, eu queria alguma coisa. Aí começava a me perguntar se eu queria comer/beber/fazer/perguntar alguma coisa. Mas ela nunca me perguntou se eu queria fazer aula de música. Ela até perguntava ‘você quer fazer alguma coisa?’ eu mexia a cabeça dizendo que sim. Ela perguntava o quê e eu ficava sorrindo porque eu tinha vergonha de dizer que eu queria aula de música. Hoje penso que a vergonha deveria ser sobre ter de apresentar pra família o que eu viria a aprender na aula de música já que eu tinha vergonha do público de verdade.” Mas não, ela não fica apenas se lamentando sem tomar nenhuma atitude. Ela está correndo atrás do sonho dela.

Recentemente no MonaCast surgiu a dúvida: para aprender música, é necessário começar desde cedo? A resposta óbvia veio rapidamente: sim! Mas não se desespere. Ela é óbvia, mas eu discordo. E digo a razão.

Bom, então primeiro preciso falar que meu outro trabalho tem a ver com formação de professores de música. Depois de adultos, sim. Pra isso, muita pesquisa musicopedagógica, claro. E criação de um método para musicalização de adultos, que está funcionando muito bem, obrigada.

A questão é a seguinte: por que um adulto que tenta aprender música normalmente se frustra? Ora, qualquer um se frustraria se fosse ser alfabetizado depois de adulto e fosse tratado como criança. O método é outro. Crianças e adultos são diferentes, logo devem receber as novas informações de maneiras diferentes também. Crianças aceitam o novo mais facilmente, mas precisam que tudo seja conduzido mais ludicamente. Vou contar dois casos:

1. Quando eu era pequeninha, meu pai começou a fazer aula de violão e minha mãe, pra fazer companhia, começou a fazer aula de flauta-doce. Minha mãe chegava em casa e me ensinava tudo que tinha aprendido na aula daquele dia. Foi assim que tudo começou. Se eles não tivessem ido aprender música depois de adultos, eu não teria essa profissão hoje (e não consigo pensar em outra). Meu pai estuda violão até hoje. Não com o intuito de virar profissional, senão já o teria feito, mas sim como hobby. É o momento anti-stress dos dias dele, quando ele senta e pega o violão pra estudar. Ele vai pra cidade vizinha estudar, porque aqui não temos professores de violão, mas o faz com muito gosto. Uma vez por semana, ele pára de pensar em trabalho e se diverte com sua música.

2. Quando entrei na faculdade, entrou também uma senhora, que ao longo do tempo descobri ser uma bancária aposentada. Depois de se aposentar pelo banco, ela começou (sim, começou) a estudar piano. Ela nunca tinha tido uma aula antes disso. Quando ela se sentiu segura no piano, ela foi e fez a prova específica e o vestibular pra entrar no curso de música. E entrou, comigo. Ela está formada agora, em Licenciatura – Piano, e trabalha dando aula na sua casa. O modo como ela encarava as aulas, querendo aprender, mas sem aquela pressão de precisar aprender, era fantástico. Passava uma leveza pra toda a turma.

Conclusões?

1. Aproveite a volta às aulas. Leve seu filho a uma escola de música. Qual instrumento é melhor para começar? O que ele sentir vontade. Não o obrigue a estudar violino se ele quer estudar bateria.

2. Aproveite a volta às aulas. Vá a uma escola de música. Qual instrumento é melhor para começar? Aquele que você sempre quis aprender, mas se achava incapaz (por idade, coordenação ou falta de alguma coisa). Mas não queira aprender tudo num dia só. Uma coisa que as crianças entendem é que nada se aprende num dia só. Não sinta agonia por aprender um pouquinho por vez.

Luana


PONTO GÊ: Renascendo o amor


Autor: Eubalena ~ 17 de fevereiro de 2009. Categorias: Ponto Gê.

Muitos anos vivendo ao lado de uma pessoa e simplesmente: o amor acaba. Talvez ele nunca tenha existido de fato, ou realmente ele possa ter chegado ao fim. No geral, isso resulta em muito sofrimento, para ambos ou apenas um dos lados. Mas e quando o amor não acaba? Quando ele se apaga. Quando em um segundo ele estava ali e agora não se sabe se existe mais. Quando o amor que é/era tão grande, pode renascer.

Baseado em fatos reais:

Você conhece um rapaz na balada. Ficam juntos, e não imagina que ele vai se tornar uma pessoa tão importante na sua vida. Mas ele torna-se. O amor é assim.

Depois de muitos encontros e desencontros (o amor tem disso), vocês começam a namorar. Passam por todas aquelas fases, conhecer a família dele, apresentar para os amigos mais chegados. Sua vida passa a ser dupla.

Você começa a pensar sempre em dois, por dois, nos dois.

Tudo segue bem. Até a primeira briga. O que parece que era o fim, torna-se um recomeço muito melhor. Fazer as pazes é uma experiência maravilhosa.

E iniciam os planos juntos.

Casamentos, filhos…

Então, em um domingo ensolarado você está em casa. Tenta dormir, mas não consegue. Rola de um lado, rola de outro. O pensamento parece fixo em um único lugar, em uma única pessoa: o seu amor.

O telefone toca. Sem acreditar no que ouve, seus olhos choram com a notícia de que seu namorado sofreu um grave acidente. Ele está em coma.

Orações, noites em claro. Conversas sem resposta ao pé do ouvido. Nenhum sinal, nenhum movimento.

Tempo depois, uma mão meche. Sensação inexplicável. Esperança confirmada, ele vai ficar bem.

Os olhos fechados se abrem, mas no olhar um calor vazio. Apenas dúvidas.

Talvez as lembranças não estejam mais lá. É quando você descobre que o amor vai ter de renascer. Junto com o sentimento, começam os pequenos movimentos. Sessões incansáveis de fisioterapia, fonoaudióloga.

Mas a duvida é o pior. Não se sabe se todos os anos de lembrança foram apagados.

O amor deve renascer, mas acompanha o nascer de uma nova vida. Acidentes assim, têm progressos significativos, mas lentos. Tudo deve ser reaprendido.

Você descobre que é capaz de suportar uma dor que nunca havia imaginado. Percebe que possui uma força, capaz de carregar nos ombros uma montanha de dúvidas. Confirma quem são realmente seus amigos. Começa a enxergar a fé com outros olhos. O tempo já não tem tanta resistência. Não importa mais quanto dure. Cada dia uma nova batalha. Uma nova conquista. Só uma coisa segue aumentando, o amor. O sentimento que antes era divido, agora vale por dois.

Então ele fala. Em momento algum as palavras tiveram tanta importância em sua vida.

Suas dúvidas desaparecem. Ele reconhece você. Lembra de vocês juntos e do amor que sentiam. O coração refloresce.

O amor renasceu.

Esse texto eu dedico a uma grande amiga. Que sofreu muito e mereceu ser recompensada. Uma pessoa decidida e cheia de vida. Um exemplo de amor.

Uma lição que jamais esquecerei.

Beijo a todos


O Começo e o Fim


Autor: Eubalena ~ 12 de fevereiro de 2009. Categorias: Cantinho das Monas.

Tudo começou um pouco depois que passei a frequentar a casa do meu namorado – agora marido – e sua avó materna mudou-se para lá.

Com esta mudança ganhei uma avó de presente.

Uma senhora tranquila, amorosa, de voz forte e que não gostava muito de falar, mas adorava ficar no meio da bagunça, sempre ouvindo e rindo.

Todas as tardes de sábado essa senhorinha de andar vagaroso era minha companheira. Passamos muitas e muitas tardes chuvosas, dentro do carro parado na praia, esperando os netos saírem do mar. E como eram divertidas essas tardes…Nossas aventuras só terminaram quando nada mais a ajudava a caminhar e ela precisou de uma cadeira de rodas.

Muito religiosa, ela rezava por todos. Sempre rezou muito por minha saúde e felicidade.

Durante minha gravidez as orações redobraram e quando ela viu a bisneta pela primeira vez ficou encantada.

Neneca, como sempre chamou minha filha, era uma de suas alegrias e no seu último mês de vida foi a responsável pelos seus mais espontâneos e sinceros sorrisos .

Mas 97 anos pesam muito e, mesmo não querendo, a bisa partiu, deixando uma saudade imensa para quem ficou.

Eu a agradeço por ela ter vivido tempo suficiente para pegar minha filha no colo e dar todo o carinho de bisa e espero que esses quase 4 anos de convívio tenham ensinado à minha filha o valor de uma avó.

E como estamos aqui para aprender, isso é o que posso falar sobre tudo o que vivi nesses úlitmos 15 anos:

Se tens avô ou avó ainda vivos, cuide bem deles, dê atenção, passe um final de semana com eles, passe rapidamente só para um beijo ou só telefone para perguntar: – Daí, vó! Tudo bem?

Receber uma ligação de um neto pode garantir vários dias felizes.

Mas se tens avô e avó só para datas comemorativas, puro protocolo familiar, nem perca seu tempo indo ao velório deles. Eles não precisam das suas velas, flores e choro. Ninguém se sente amado e acolhido depois de morto.

Alguns idosos, algumas vezes, tornam-se rabugentos, tristonhos, agressivos, sem assunto… mas um dia, nós seremos esses idosos e vamos esperar carinho, atenção e compreensão da nossa família, nem que seja nos últimos anos de nossas vidas.

Beijos

Euba.


Twestival


Autor: Eubalena ~ 5 de fevereiro de 2009. Categorias: Cantinho das Monas.

O Twestival começou em setembro de 2008, quando um grupo de twitteiros de Londres resolveu que era hora de se conhecerem pessoalmente e organizaram um mega encontro que reuniu cerca de 300 pessoas. Já que conseguiram reunir tanta gente, por que não utilizar isso de forma positiva? E veio a idéia de realizar uma arrecadação para auxiliar uma entidade assistencial.

Esse ano, o evento será mundial e acontecerá no dia 12 de fevereiro em mais de 100 cidades e todos os eventos arrecadarão fundo para uma mesma instituição beneficente, a  Charity:water, uma ONG que trabalha para levar água potável para países em desenvolvimento. Eles fazem o levantamento para saber onde existe água no subsolo e escavam um poço (o que pode custar entre US$4.000 a US$12.000), além de promover açoes sobre a importância do uso consciente da água.

Aqui no Brasil os twitteiros se reúnem com certa freqüência, tem os #NoB (Nerds on Beer) e #ccc (café com cubo) de São Paulo, #botecamp do Rio, #ebc (Encontro de Blogueiros Curitibanos) de Curitiba, mas o único objetivo desses encontros é reunir o pessoal pra um bate-papo, uma happy hour do Twitter. Vamos aproveitar esse potencial e fazer algo de bom?

A edição paulista será no Espaço PIX/Gafanhoto, na Av. Rebouças, 3181 em Pinheiros. O horário ainda não foi definido, mas é só acompanhar pelo site: http://saopaulo.twestival.com Se você está interessado em participar, preencha o formulário. Ele não é garantia de vaga, mas ajuda a organização a saber quantos interessados em participar existem.

Se você gostou da iniciativa mas não vai participar do Twestival, saiba que qualquer pessoa pode fazer sua doação diretamente através da página do Charity:water.

Segue a lista dos organizadores do evento no Brasil:
Belo Horizonte: @lucasmezencio
Campinas: @gustavoramos
Curitiba: @macari
Florianópolis: @rafaelziggy
Passo Fundo: @cfarias
Porto Alegre: @guadalupe
Recife: @teo
Rio de Janeiro: @claudiaruiva
São Paulo: @fernandosouza

O que é o Twitter?
É um sistema de microblogging cujo grande mote é: “O que você está fazendo?”. Ele disponibiliza posts de 140 caracteres para que você responda a essa pergunta. Você pode seguir, ser seguido e criar assim sua rede de amigos.

Siga as Monalisas no Twitter:
@MafaldaMonacast
@EubaMonalisa
@phoebemonalisa

Beijos e me sigam também!
Doduti

@Doduti
It’s a Wonderful Life


PONTO GÊ: Cheguei chegando…


Autor: Eubalena ~ 5 de fevereiro de 2009. Categorias: Ponto Gê.



Oi gente, o Ponto Gê está de volta. Sinceramente, (e todos sabem que esse é meu grande defeito/qualidade), estava morrendo de saudade de escrever para vocês. De ler as opiniões maravilhosas, os elogios e as críticas, (essa última é mentira).
Estou planejando para esse novo ano, um Ponto Gê repleto de diversão e boas risadas. Mas para isso conto com ajuda de todos vocês. Vamos lá pessoal, mandem sugestões de temas que gostariam de ler na coluna. O e-mail é: pontoge@monalisadepijamas.com.br

Ano novo, uma ideia de vida nova

Ah, o ano novo. Tempo de mudança. Reflexão interior.
Novas metas, para aqueles que planejam. Novos tempos, para os que vivem cada dia.
Cada nascer de ano traz mudanças de vida a todos. Este promete inovar (200inove, plagiando a propaganda de um banco). E tudo já começa na ideia de um novo ano. Essa ideia que conquista a todos. E por que com a língua portuguesa seria diferente?

As novas regras da ortografia vieram enlouquecer quem depende dela para sobreviver. Acreditem…
O K,W e Y, voltam ao alfabeto. “Graças a deus”, agradeceu minha amiga Arina. Em 2009 ela pôde assumir sua verdadeira identidade: Karina. E claro, fez a maior festa para comemorar. Bebida liberada para todos os Willians, Wagners, Wandersons, Walters… Cerveja Kaiser a noite toda. Na manhã seguinte, descobri que não era por causa do ‘K’ que não tomava mais Kaiser. Puta que @#$%, que dor de cabeça!
Na economia, o aumento do consumo de linguiça aumenta. Aqueles com problemas de dicção já respiram aliviados comprando CINQuENTA quilos de LINGuIÇA com FREQuENCIA. É minha gente! O uso do trema caiu. O sinal que dava pronuncia ao “U”, não existe mais. Linguiça, cinquenta, delinquente, frequente.
No ramo dos acentos, ideia, feiura, colmeia, alcateia, entre outros, perdem o agudo. Explica isso pro WORD, que faz um festival de correções automáticas. Fazendo qualquer um perder a paciência.
Magoo, perdoo, voo, não apresentam mais circunflexo.  Eu gostava de acentuar essas!
Na escola, Mariazinha diz a Joãozinho:
- Pera aí não!
- Ah, Mariazinha deixa…
- Pera! Não…
- A professora já disse: aí só maças e bananas.
É pêra (a fruta) não tem mais acento. E no mesmo caminho seguem:

Pelo
Ele tem muito pelo nariz. (Pelo de nariz, e/ou por todo nariz)

Para
Para você… agora pode ficar ambíguo, dependendo da situação. (Ou para você, ou paro eu) (Para você, não para mim).

Carteira de motorista só nas novas autoescolas, com infraestrtura adequada.
Em muitas palavras o hífen não existe mais.
Não existe mais auto-aprendizagem. Portanto, só estudando muito para colocar em prática essas novas regras. Porque? Porquê? Por que? Por quê?
Droga! Isso continua a igual. Ainda existem quatro tipos de ‘porque’, por quê?

Um beijão


Por que tenho um blog?


Autor: Eubalena ~ 4 de fevereiro de 2009. Categorias: Cantinho das Monas.

Criei meu primeiro blog em 2003 e ele era totalmente “diarinho”. O objetivo principal desse blog era contar um pouco do meu dia-a-dia no Japão pra minha família que estava aqui no Brasil.

Aos poucos o foco foi mudando, percebi que minha família nem estava tão interessada assim no que eu estava fazendo e que “esse negócio de blog” era avançado demais pra minha mãe. Mas eu já tinha tomado gosto pela coisa, conhecido outros blogueiros; já tinha percebido que na internet, todo mundo tem voz.

Continuei escrevendo sobre meu cotidiano no Japão, as diferenças culturais, o trabalho, minhas alegrias e tristezas. Já não importava mais se alguém lia e comentava (mentira), aquele era o meu lugar. Lá eu podia desabafar, contar meus causos ou apenas deixar registrado meu humor naquele dia.

Foi através do blog que amigos e parentes acompanharam minha gravidez, o nascimento do Lucas, a volta pro Brasil.

Já parei de escrever por um tempo, nessa época andava depressiva e percebi que estava contaminando o blog com minha tristeza. Assim que melhorei, criei um blog novo e voltei a escrever.

Sei que não sou nenhuma literata, muito pelo contrário! E é aí que mora a beleza do blog. Qualquer um pode escrever! Tudo o que você tem pra contar pode ser contado. Na blogosfera tem espaço pra todo mundo: há quem prefira escrever sobre tecnologia, outros sobre maternidade, receitas, existem blogs de notícia, blogs de humor, blogs pessoais.

E sobre o papo do http://www.monalisadepijamas.com.br/podcasts/monacast-51-3-coisas-para-fazer-antes-de-morrer no último Monacast, que diz que antes de morrer temos que escrever um livro, plantar uma árvore e ter um filho, voto pra blog valer por livro ;-)

Beijos da Doduti

http://danidoduti.blogspot.com/

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