Moro há anos em São Paulo. Mudei pra essa cidade que sempre me foi muito
querida durante a faculdade (apesar do cheiro da marginal em dias quentes,
da poluição do ar e do trânsito por vezes insuportável no horário de pico).
Garanto que foi uma das melhores experiências da minha vida. Sair da casa
dos pais, morar sozinha e depois com outras garotas, se virar pra almoçar,
jantar, arrumar as coisas – mas sempre com os pais a menos de uma hora de
ônibus, ou duas horas de trem.
Fato é: neste tempo de faculdade, São Paulo se resumia a minha nova casa,
faculdade, baladinhas, o primeiro emprego… Nada muito mais do que isso Uma
pena, porque lá no fundo eu sabia que São Paulo me reservava coisas lindas.
Foi então que, este mês, uma amiga do Rio Grande do Sul veio nos visitar.
Final de semana estava lindo, ótimo para um turismo. Mostrar São Paulo pra
amiga não incluia o “caminho da roça”, como se diz no interior para o
caminho de todos os dias, mas os pontos lindos de São Paulo. E fomos. Meio
só que indo, um pouco planejado mas bastante flexível, tudo como tem que ser
uma viagem turística. E fui fazer turismo na cidade onde eu moro.
Começamos fazendo um tour pela USP (a amiga pensa seriamente em estudar por lá). A USP é linda. Várias pessoas vão à USP aos sábados para correr ou pedalar. A rua da raia, que é a que fica mais perto da marginal Pinheiros (entrada pela Av. Escola Politécnica), é bastante plana, perfeita para caminhadas. Quem quiser se aventurar em decidas e subidas, pode tentar subir a Lineu Prestes e descer pela Rua do Matão (minha casa por 4 anos – saudades)
Depois, fomos até a Paulista. A Paulista impressiona pelos seus arranha-céus
mas também por seus palacetes históricos, que hoje abrigam algumas
instituições conhecidas como bancos ou o instituto Pasteur e a casa das
Rosas. Também é morada do incrível prédio do MASP com seu imenso vão que às
vezes abriga passeatas, mobilizações, encontros, feiras etc. E há quem passe
por um prédio daqueles e não se impressiona com a beleza arquitetônica.
Depois do passeio, fomos até a Liberdade, que não abrigava nenhum festival
neste dia específico, mas que ainda sim é um lugar legal de se estar (a
única coisa que eu de fato detesto na Liberdade é ver pessoas sendo
enganadas pelo vendedor de “flor de Lótus” – não, não é uma flor de Lótus e
a planta jamais vai florescer novamente porque a flor que está na planta que
eles vendem – agua-pés – nem é dela. É tudo uma montagem.) Fomos em um
rodízio de sushis sensacional e espero voltar lá em breve.
Da Liberdade, Monumento às Bandeiras, Obelisco em homenagem aos heróis de 32
e Parque do Ibirapuera. Pena que a Oca não estava exibindo nada neste dia.
E isso foi só o primeiro dia, que acabou num cinema com muitas lágrimas
durante o filme “O leitor”, que eu recomendo muito.
O segundo dia fica pra próxima.
Beijo.
Paula
Paula Signorini (paulabio) foi criada em contato com bichos e natureza. Quando cresceu, foi estudar biologia. Faz divulgação científica, já deu aulas, já trabalhou em uma ONG. Agora é editora e gosta de pijamas, principalmente os de bolinhas verdes.